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PlanoDeAula_6 Civil III - Resolvidos

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			 Plano de Aula: 6 - DIREITO CIVIL III – CONTRATOS
			 DIREITO CIVIL III
			
		
		
			Título
			6 - DIREITO CIVIL III – CONTRATOS
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				2
			
			Número de Semana de Aula
			
				6
			
 
 Tema
		 Compra e venda
		
		 Objetivos
		 
- Estudar a disciplina legal do contrato de compra e venda.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
Unidade 3 – CONTRATOS NOMINADOS
 
3.1       Compra e venda 
3.1.1  Conceito, características, natureza jurídica e elementos 
3.1.2  Modalidades especiais de venda
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
Caso concreto 01
 
Eládio faleceu deixando como herdeiros dois filhos, Emanuel e Elisângela. Antes de finalizar o inventário, Emanuel transferiu a propriedade de imóvel rural integrante do acervo hereditário, a título de cessão de direitos hereditários, a Roberto, sem consultar a irmã, pois já havia ficado acertado que o referido bem ficaria, por ocasião da partilha, em propriedade de Emanuel.
 
Neste caso, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Elisângela poderá anular o contrato celebrado entre Emanuel e Roberto.
 
Questão objetiva 01
(OAB/RJ) Com relação ao contrato de compra e venda, NÃO É CORRETO afirmar: 
(A) É nula a pactuação firmada que deixa ao exclusivo arbítrio de uma das partes a fixação do preço 
(B) É válida a venda de ascendente solteiro a descendente, que obtém o consentimento dos demais descendentes, quando da realização de avença 
(C) Na venda “ad mensuram� as referências às dimensões do imóvel são meramente enunciativas, não cabendo demanda quanto a uma eventual diferença nas medições 
(D) O condômino em coisa indivisível, ao desejar vender a sua parte no bem, deve, antes de vendê-la a um estranho, dar direito de preferência na aquisição, tanto por tanto, aos demais condôminos 
 
Questão objetiva 02
(Magistratura Federal/3ª Região – 6°) O contrato de compra e venda:
(A) opera a transmissão da propriedade de bens imóveis.
(B) é modo originário de transmissão da propriedade.
(C) não é suficiente para operar a transmissão de bens imóveis.
(D) depende sempre de escritura pública.
 
 
 
 Procedimentos de Ensino
	 
3.1       Compra e venda 
3.1.1  Conceito, características, natureza jurídica e elementos 
 
1. Disposições gerais sobre a compra e venda
 
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe o preço.
 
Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
 
Conceito
 
Roberto Senise Lisboa: é o contrato por meio do qual o adquirente (comprador) paga determinado preço em dinheiro com o fim de obter para si a transferência definitiva do bem do alienante (vendedor).
 
Classificação
 
O contrato de compra e venda é:
a) oneroso;
b) bilateral (sinalagmático) (art. 491, CC/2002).
c) típico;
d) não solene (exceção à compra e venda de imóvel que exceda a trinta salários mínimos, conforme o art. 108, CC/2002);
e) consensual (art. 482, CC/2002)
f) comutativo e aleatório.
 
Efeito da compra e venda
Meramente obrigacional: há um compromisso de transferência de propriedade. O ato de transferência, em si, faz parte da execução do contrato, e não de sua formação. A transferência pode ocorrer através da tradição, quando se tratar de bens móveis, ou do registro do título translativo do domínio no Cartório de Registro de Imóveis, quando se tratar de bens imóveis.
 
Elementos da compra e venda
A) Coisa
A coisa é o objeto mediato da obrigação do vendedor para com o comprador, eis que aquele deve transferir a este a propriedade.
 
Em obediência ao art. 104, II, CC/2002, o objeto de todo e qualquer negócio jurídico deve ser idôneo, ou seja, lícito, possível e determinável.
 
O objeto da compra e venda deve ser bem:
- Corpóreo. Os bens incorpóreos poderão ser objeto de alienação, porém na modalidade de cessão, negócio ao qual se aplicam as regras referentes à compra e venda;
- Próprio. Inexiste no direito brasileiro a venda a non domino.
- De coisa atual ou futura. Sendo de coisa atual, o contrato será comutativo, ao passo que se a coisa for futura (art. 483), o negócio será aleatório, podendo traduzir-se na venda de uma esperança (emptio spei) ou na venda de coisa esperada (emptio rei speratate). Não caracteriza coisa futura a herança de pessoa viva, cuja negociação (chamada de pacta corvina) é proibida pela legislação brasileira, a teor do art. 426, CC/2002.
 
B) Preço
O preço é a contraprestação do comprador, caracterizando, assim, o sinalagma do contrato de compra e venda. O preço deve ser:
- em dinheiro ou expressão fiduciária correspondente. A estipulação de bem diverso do dinheiro desnatura a compra e venda e caracteriza uma troca. O pagamento de coisa diversa do dinheiro é dação em pagamento. Corresponde a pagamento em dinheiro o pagamento feito em cheque ou nota promissória.
- em moeda corrente.
- sério e certo. O pagamento deve guardar equivalência com o valor da coisa, dado a natureza sinalagmática do contrato de compra e venda. Se o preço for desproporcional ao valor da coisa, pode o contrato ter se desnaturado em doação ou estar viciado de lesão.
	
		
 
O preço pode ser fixado:   - livremente pelas partes;
                                           - por terceiro designado pelos contratantes (art. 485);
                                           - por tabelamento ou tarifamento;
                                           - conforme a taxa de mercado ou da bolsa em certo dia e lugar.
 
C) Consentimento
É o acordo de vontades entre comprador e vendedor com relação à coisa e o preço. Em conformidade com o art. 482, CC/02, o contrato de compra e venda é concluído com o simples consentimento (contrato consensual).
 
Legitimação das partes
Apesar de capazes, não têm legitimidade para celebrar contrato de compra e venda:
 
- Nulidade absoluta (art. 497,CC/2002):
a) tutores e curadores (compradores), com relação aos bens dos seus tutelados e curatelados (vendedores);
b) testamenteiros e administradores, com relação aos bens sob sua administração;
c) servidores públicos, com relação aos bens ou direitos da pessoa jurídica a que estejam vinculados;
d) juiz e auxiliares da justiça, com relação aos bens que estejam sob sua autoridade. Exceção: quando se tratar de cessão ou venda entre co-herdeiros, para pagamento de dívidas ou para a garantia de bens que já pertençam a essas pessoas.
e) leiloeiros e seus prepostos, com relação aos bens que a eles caiba vendem.
 
A compra e venda entre cônjuges é possível, sempre que tiver como objeto bens excluídos da comunhão (art. 499, CC/02). A compra e venda de bem pertencente à comunhão é nula por impossibilidade jurídica do objeto, consoante o art. 104, II, CC/2002.
 
- Nulidade relativa (art. 496, CC/02):
Compra e venda entre ascendentes (vendedor) e descendentes (comprador) sem a devida autorização EXPRESSA dos demais herdeiros (incluindo, portanto, o cônjuge do alienante, a menos que se trate de regime de separação legal de bens). O prazo decadencial para anular a venda é de 2 (dois) anos, contados a partir da data da conclusão do contrato. O Código não menciona a necessidade de autorização para a compra e venda entre descendentes (vendedor) e ascendentes (comprador). 
 
Inteligência do dispositivo: evitar a fraude à lei com relação à proteção à legítima dos herdeiros necessários.
 
Obrigaçõesdo comprador
 
- pagamento prévio do preço, de modo que, salvo estipulação contratual em contrário, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o pagamento (exceção de contrato não cumprido);
- arcar com as conseqüências de seu eventual inadimplemento (purgação da mora);
- arcar, salvo estipulação contratual em contrário, com as despesas da transcrição do título no Cartório de Registro de Imóveis;
- responder pelos riscos do transporte do bem feito por ordem do comprador, salvo se o alienante se abster de instruir o transportador.
 
Obrigações do alienante
 
- transferir a propriedade do bem. Salvo estipulação em contrário, quando a compra e venda for à vista, a entrega se dará após o pagamento, enquanto que na compra e venda a prazo, a entrega será feita no momento da celebração do contrato.
- arcar com as despesas de conservação e transporte até a tradição. Salvo estipulação em contrário, a tradição se dará no local em que a coisa se encontra.
- responder por eventuais vícios redibitórios;
- arcar com as despesas da tradição em casos de bens móveis.
 
Responsabilidade pelos riscos
 
Obrigação de dar.
 
3.1.2. Modalidades especiais de venda
A) Venda ad corpus e ad mensuram (art. 500, CC/02):
- venda ad corpus: o bem imóvel é vendido como coisa certa e individuada, independente de suas medidas, que, nesta hipótese, têm caráter meramente enunciativo e é irrelevante para a formação da vontade contratual. Toda vez que a diferença entre as medidas for inferior a 5% (cinco por cento) da área total constante do instrumento contratual, há presunção juris tantum de que a venda foi ad corpus.
- venda ad mensuram: as medidas do bem imóvel são determinantes para a formação da vontade contratual, de sorte que uma eventual discrepância entre o discriminado no contrato e as medidas reais do bem pode ensejar extinção contratual. Assim, se a venda for ad mensuram e o imóvel for inferior àquilo que foi acertado, tem o comprador as seguintes opções:
a) exigir, quando possível, o complemento da área;
b) solicitar, através de ação estimatória (quanti minoris) o abatimento proporcional do preço;
c) solicitar, através de ação redibitória, resolução do contrato.
 
O prazo decadencial para a propositura dessas ações é de 1 (um) ano a contar do registro do título ou da imissão de posse do comprador caso haja demora de transmissão possessória por culpa do alienante.
 
Obs: na hipótese de diferença a maior (excesso de área), a princípio não afeta a relação contratual. Todavia, se o vendedor justificar satisfatoriamente que desconhecia a diferença de áreas caberá ao comprador escolher se devolve o excesso ou complementa o valor pago.
 
B) Venda à vista de amostras e princípio da vinculação da proposta: inteligência do art. 484, CC/02.
 
C) Venda conjunta: o vício redibitório de uma delas não implica em redibição das demais (art. 503, CC/02).
 
D) Venda em condomínio: direito de preferência aos demais condôminos (art. 504, CC/02).
	 Recursos Físicos
	 
Quadro e pincel;
Retroprojetor;
Datashow.
 Avaliação
 
Caso concreto 01
 
Eládio faleceu deixando como herdeiros dois filhos, Emanuel e Elisângela. Antes de finalizar o inventário, Emanuel transferiu a propriedade de imóvel rural integrante do acervo hereditário, a título de cessão de direitos hereditários, a Roberto, sem consultar a irmã, pois já havia ficado acertado que o referido bem ficaria, por ocasião da partilha, em propriedade de Emanuel.
 
Neste caso, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Elisângela poderá anular o contrato celebrado entre Emanuel e Roberto.
 
Resposta: Sim, pois houve violação ao direito de preferência previsto no art. 504, CC. Nesse sentido, segue decisão do STJ:
DIREITO CIVIL. CESSÃO DE DIREITOS HEREDIT�RIOS. CONDOM�NIO. INDIVISIBILIDADE. DIREITO DE PREFERÊNCIA DOS CO-HERDEIROS. ART. 1139 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 (ART. 504 DO CC EM VIGOR).
1. "Os co-herdeiros, antes de ultimada a partilha, exercem a compropriedade sobre os bens que integram o acervo hereditário 'pro-indiviso', sendo exigível, daquele que pretenda ceder ou alhear seu(s) quinhão(ões), conferir aos demais oportunidade para o exercício de preferência na aquisição, nos moldes do que preceitua o art. 1139, CC" (REsp n.  50.226/BA).
2. O art. 1.139 do Código Civil de 1916 (art. 504 do CC em vigor) não faz nenhuma distinção entre indivisibilidade real e jurídica para efeito de assegurar o direito de preferência ali especificado. Interpretação em sintonia com a norma do art. 633 do mesmo diploma legal, segundo a qual "nenhum condômino pode, sem prévio consenso dos outros, dar posse, uso, ou gozo da propriedade a estranhos" (art. 633).
3. Ao prescrever, do modo taxativo, a indivisibilidade da herança, assim o fez o legislador por divisar a necessidade de proteção de interesses específicos da universalidade ali estabelecida, certamente não menos relevantes do que os aspectos de ordem meramente prática que poderiam inviabilizar a divisão física do patrimônio.
4. Recurso especial provido.
(REsp 550940 / MG. Rel. Min. Fernando Gonçalves. QUARTA TURMA. DJe 08/09/2009)
 
Questão objetiva 01
(OAB/RJ) Com relação ao contrato de compra e venda, NÃO É CORRETO afirmar: 
(A) É nula a pactuação firmada que deixa ao exclusivo arbítrio de uma das partes a fixação do preço 
(B) É válida a venda de ascendente solteiro a descendente, que obtém o consentimento dos demais descendentes, quando da realização de avença 
(C) Na venda “ad mensuram� as referências às dimensões do imóvel são meramente enunciativas, não cabendo demanda quanto a uma eventual diferença nas medições 
(D) O condômino em coisa indivisível, ao desejar vender a sua parte no bem, deve, antes de vendê-la a um estranho, dar direito de preferência na aquisição, tanto por tanto, aos demais condôminos 
 
Resposta: alternativa C.
 
Questão objetiva 02
(Magistratura Federal/3ª Região – 6°) O contrato de compra e venda:
(A) opera a transmissão da propriedade de bens imóveis.
(B) é modo originário de transmissão da propriedade.
(C) não é suficiente para operar a transmissão de bens imóveis.
(D) depende sempre de escritura pública.
 
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