Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV Exame físico ginecológico Referência: Rotinas em Ginecologia – Capítulo 3. INTRODUÇÃO Embora seja relacionado aos aspectos ginecológicos, o exame físico deve-se iniciar por uma avaliação geral, que inclua peso, altura, observação do estado geral, ectoscopia (pele e pelos), pressão arterial, palpação da tireoide, ausculta cardíaca e pulmonar e avaliação das extremidades. Deve-se orientar a paciente sobre a necessidade da realização anual do exame físico ginecológico. EXAME DAS MAMAS Se inicia por inspeção estática, seguida por inspeção dinâmica e palpação (cadeias de linfonodos e das mamas com expressão delicada dos mamilos). INSPEÇÃO ESTÁTICA Paciente com tronco desnudo, na posição sentada e com braços ao longo do corpo – observada para afastar ou diagnosticas áreas de hiperemia, edema, inversão de mamilos, alteração de volume. INSPEÇÃO DINÂMICA Na posição sentada, com mãos apoiadas na cintura, paciente é orientada a contrair os músculos peitorais, para expor possíveis abaulamentos, retrações e assimetrias. PALPAÇÃO DE LINFONODOS Podem ser acometidos por metástases de câncer de mama – avaliação. Inicialmente, palpam-se os da cadeia supraclavicular, cervical posterior, cervical anterior e, por último, cadeia axilar. PALPAÇÃO DE MAMAS Paciente na posição supina, com braços sob a cabeça. Palpação circular, abrangendo todos os quadrantes, região retroareolar e prolongamento axilar. Feita com as mãos espalmadas para dar mais precisão, como percepção de adensamentos e nódulos. No fim, realizar a expressão suave dos mamilos para avaliar a presença de derrame papilar. EXAME DO ABDOME A paciente deve se posicionar em decúbito dorsal; Inspeção: aspecto da pele, estrias, hérnias, cicatrizes e diástases dos músculos retos do abdome; Ausculta: pesquisar presença de ruídos hidroaéreos. Percussão e palpação: massas abdominais, ascite ou irritação peritoneal. Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV EXAME PÉLVICO EXAME DA VULVA E DO PERÍNEO Realizados de forma sistemática, do monte púbico ao ânus; com palpação dos linfonodos inguinais. Observa-se pele e trofismo vulvar, alterações e mudanças de coloração, lacerações, secreções e lesões. Manobra de Valsalva: auxilia na investigação de prolapsos urogenitais. OBS: as glândulas de Bartholin normalmente não são vistas e identificadas à palpação. EXAME ESPECULAR A fim de diminuir o desconforto, o espéculo deve ser menor (normalmente 1 de Collins, exceto em multípara, obesas ou com distopia genital). Técnica: introdução oblíqua do espéculo em relação ao períneo, aprofundando em direção ao fundo da vagina, ao mesmo tempo em que é feita a rotação para a direita até a posição transversa. Evitar o uso de lubrificantes, mas, se necessário, usar soro fisiológico para umedecer o introito vulvar. Além da inspeção, o exame permite a coleta da secreção. TOQUE VAGINAL BIMANUAL Com as mãos enluvadas para realizar o toque, pode-se lubrificar os dedos indicador e médio (serão introduzidos no canal vaginal), fazendo pressão uniforme para trás enquanto os pequenos lábios são afastados. Palpa-se a musculatura pélvica, as paredes da vagina, o colo uterino e os fundos de saco vaginais. Com a outra mão espalmada sore o hipogástrio, comprime-se a parede abdominal enquanto o colo é elevado pelos dedos, palpando-se o útero entre as duas mãos. Esse exame permite a análise do volume, posição, mobilidade, consistência, regularidade da superfície e dor à mobilização do colo uterino. Após essa etapa, faz-se a palpação bimanual das regiões anexiais: • Ovários: em mulheres não obesas e relaxadas; • Tubas uterinas: não são palpáveis; • Fundo de saco de douglas. TOQUE RETAL Não é feito rotineiramente em todas as consultas; é útil na avaliação de pacientes com dor ou massa pélvica identificada, suspeita de endometriose ou neoplasia, na presença de sintomas intestinais ou sangramentos, ou na possibilidade de tumor na área. EXAMES COMPLEMENTARES Exame de secreção vaginal e coleta de CP de colo uterino: espátula de Ayre, colhida do fundo do saco vaginal → lâmina com soro fisiológico e outra com hidróxido de K+ a 10%. Outros exames (dependendo da clínica da paciente): colposcopia; biópsia de colo uterino, vulva ou vagina; biópsia de endométrio ou endocérvice. A ultrassonografia permite diagnóstico rápido e punções que podem ser feitas em nível ambulatorial e com baixo custo. CONCLUSÃO DA CONSULTA GINECOLÓGICA Após aplicar o raciocínio clínico e avaliar com todos recursos disponíveis, a consulta deve ser concluída com uma completa orientação. Deve-se explicar com linguagem simples e acessível, as hipóteses diagnósticas e as condutas. A paciente deve ter a chance de expressar suas dúvidas e solicitar esclarecimentos.
Compartilhar