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Parâmetr� Farmacocinétic� . Os principais parâmetros farmacocinéticos são os estudos clínicos de fase I, estudos das populações especiais, ASC, Vd, Clearance e T1/2 Ordem Cinética: . É o modo pelo qual a concentração (C) ou a quantidade (X) de um fármaco no organismo relaciona-se com a velocidade envolvida no processo de transferência do fármaco através do sistema biológico . A ordem cinética é representa por dC/dt ou dX/dt . Os processos ADME estão relacionados, principalmente, com as cinéticas de primeira ordem e ordem zero Cinética de Eliminação: . É constituída por duas ordens, sendo elas: Primeira Ordem: . É exponencial . Possui taxa de eliminação é diretamente proporcional a concentração do fármaco . A clearance permanece constante . Uma fração constante da substância é eliminada por uma unidade de tempo . A velocidade do processo é diretamente proporcional à concentração ou a quantidade de fármaco envolvido no processo . A cinética de eliminação de primeira ordem é, também, denominada cinética linear . No processo de absorção de um fármaco administrado por via oral, por exemplo, ocorre a cinética de primeira ordem . Enquanto a concentração do fármaco no trato gastrointestinal (TGI) é elevada, a velocidade de absorção é maior . A medida que esse processo se esgota, observa-se a redução da velocidade de transferência das moléculas do fármaco do lúmen do TGI para a corrente circulatória . Logo, há uma relação diretamente proporcional entre a variação da concentração e a velocidade do processo de absorção . Nos processos de eliminação ocorre o mesmo, altas taxas de concentração plasmáticas do fármaco implica em elevada velocidade de eliminação. Ao longo do tempo, essa velocidade se reduz . Há uma fração fixa da dose do fármaco sendo eliminada na unidade de tempo Ordem Zero: . Possui taxa de eliminação constante, independentemente da concentração da substância . A clearance diminui com o aumento da concentração . Essa cinética expressa a alteração da concentração ou da quantidade do fármaco no sangue ou no plasma, em relação ao tempo . É representada por: dC/dt = k . C → K = é a constante de velocidade de eliminação → dC/dt = é a velocidade envolvida no processo de transferência do fármaco através do sistema biológico . Expressa o processo envolvido na eliminação do fármaco do organismo . A cinética de eliminação de ordem zero é, também, chamada de cinética de dose dependente ou não linear . Esse tipo de cinética possui duas fases, sendo elas: ● Fase Alfa: onde há a constante da velocidade de distribuição ● Fase Beta: onde há a constante da velocidade de eliminação Disposição Cinética: . Refere-se ao modo pelo qual um fármaco se distribui e é eliminado . É a determinação do modelo farmacocinético (mono ou bicompartimental), ocorrendo de acordo com a escala logarítmica Meia-Vida de Eliminação (t1/2): . É, também, chamada de meia-vida biológica . Relaciona-se a constante de velocidade de eliminação K ou Beta . A fórmula da meia-vida de eliminação é: t1/2 = 0,693 / K . Para encontrar o valor da meia-vida de eliminação, em um modelo monocompartimental por exemplo, deve-se verificar no gráfico o valor de tempo que corresponde a 5,0 ug/ml . Com a meia-vida de eliminação calcula-se a constante de velocidade de eliminação (K), podendo ser: → K = 0,693 t/12 → K = 0,693 / 4,0 h → K = 0,1733 h-1 . A meia-vida de eliminação depende do volume aparente de distribuição do fármaco (Vda) e do Clearance (Cl), podendo ser: t1/2 = 0,693 . Vda / Cl . A meia-vida de eliminação aumenta com o aumento do volume de distribuição e com a redução do clearance do fármaco . A meia-vida de eliminação determina o tempo para se atingir o estado de equilíbrio (steady-state) e a frequência para a administração das doses. Porém, ela limita-se quando há insuficiência hepática ou renal e quando o Cl e o Vd variam na mesma direção, exercendo efeitos opostos sobre a t/12 e impedindo-a de variar Volume de Distribuição: . É a medida relacionada com o volume no qual o fármaco está diluído no organismo . Chamado de volume (V) porque relaciona a quantidade (X) de fármaco no organismo a sua concentração (C) no plasma (X = V . C) . Não possui significado fisiológico . É um volume aparente que relaciona a concentração plasmática com a quantidade de fármaco no organismo em um dado tempo → Vda = X / C (volume aparente de distribuição) → X = X0 (dose administrada) → C = concentração plasmática do fármaco . O volume de distribuição mínimo de um fármaco é igual ao volume do plasma . Os principais fatores que determinam a magnitude do volume de distribuição são a relação entre a ligação do fármaco às proteínas plasmáticas e a ligação do fármaco às proteínas dos tecidos (sendo esta ligação reversível, em equilíbrio dinâmico) → Vda = VP + (fL/fLT) . VT → VP = volume do plasma → fL = fração do fármaco livre no plasma → fTL = fração de fármaco livre no tecido . Cada modelo, monocompartimental e bicompartimental, proporcionam um cálculo para o volume de distribuição: ● Modelo Monocompartimental: administra-se uma dose intravascular do medicamento; extrapolando-se a reta até a ordenada encontra-se o valor de C0; dividindo-se a dose administrada (X0) pelo C0 obtém-se o volume aparente de distribuição do fármaco (Vda) Vda = X0 / C0 ● Modelo Bicompartimental: Vd(área) = X0 / ASCt . Beta → Vd(área) = volume aparente de distribuição, calculado com a área, que corresponde ao volume no qual o fármaco aparenta estar destruído durante a fase de disposição lenta (Fase Beta) → C0 = dose → ASC = área sob a curva de concentração plasmática versus tempo → Beta = constante de velocidade de eliminação . Aplicação do volume aparente de distribuição (Vda): DA = Vda . Cp (cálculo da dose de ataque - loading dose) → DA = dose de ataque (serve para “preencher” o Vd e assim atingir a concentração terapeuticamente mais rápido - dose de ataque x dose de manutenção) → CP = concentração plasmática de fármaco desejada (concentração terapêutica) Clearance: . É chamada, também, de depuração . Descreve a eficiência do processo de eliminação . Pode ser considerado o parâmetro que relaciona a velocidade de eliminação com a concentração plasmática VE = Cl . C Cl = VE / C → VE = velocidade de eliminação (mg/h) → Cl = clearance (L/h) → C = concentração plasmática (mg/L) . A clearance é expressa em L/h, sendo a fração do Vd que é depurada completamente por unidade de tempo Cl = Vd . k . A clearance total é a soma dos clearances parciais: Clt = Clh + Clr . A clearance total pode ser calculada após atingir o estado de equilíbrio e após a administração e infusão IV a uma velocidade constante Cl = k0 / Css → Cl = clearance → k0 = velocidade de infusão → Css = concentração do fármaco no estado de equilíbrio . Também podemos calcular a clearance de outras duas formas, sendo elas: Clr = Cu . V / P → Clr = clearance renaç → Cu = concentração de creatinina na urina → V = velocidade do fluxo urinário → P = concentração de creatinina no sangue Clr = fe . Cl → fe = % do fármaco excretado inalterado na urina → Cl = clearance total . Pode-se calcular a clearance, também, após a administração de dose única via IV: Cl = X0 / ASC → X0= dose → ASC = área sob a curva . Como o clearance renal e total de um fármaco pode-se estimar o seu clearance hepático: ClH = Clt - Clr . Com o clearance pode-se estabelecer a dose de manutenção para atingir a concentração terapêutica no estado de equilíbrio . No estado de equilíbrio, a quantidade de fármaco que é introduzida no organismo por meio da dose é igual à quantidade eliminada . A velocidade de introdução (dose/intervalo entre as doses) é igual à velocidade de eliminação, representada pelo clearance VE = VI ou DM → VE = velocidade de eliminação → VI = velocidade de introdução → DM = dose de manutenção DM = Cl . Css Área sob a Curva: . É empregada para determinar a Cl, o Vd e para avaliar a biodisponibilidade absoluta e relativa . É expressa em ug/ml x h . É feita com cálculo trapezoidal, com o cálculo do último trapézio: Cn/K =modelo monocompartimental C/ = modelo bicompartimental . Requer um tratamento matemático diferenciado para o cálculo da área do último trapézio, que deve ser feita dividindo o valor da última concentração plasmática determinada experimentalmente pelo valor da constante de velocidade de eliminação (K ou Beta) . Obtêm-se, então, a área total (ASCt), a partir da somatória das áreas 1 a 8 (representa a área do tempo zero até a última coleta no tempo t, ou seja, ASC0-t) acrescida da área 9 (representa a área do tempo t até o tempo infinito, ou seja ASCt = ASC0-t + ASC0t00)
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