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[Resumo] Medula Espinal - Neuroanatomia funcional

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MEDULA ESPINAL
Emilly Peres - Segundo período de Fonoaudiologia-UFES
Coluna
A coluna vertebral é dividida em 7 ossos
cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5
sacrais e 2 a 3 coccígeas.
Existe um disco entre elas no corpo. As
partes de uma vértebra são: processo
transverso, processo espinhoso, corpo e
forame vertebral. Entre um corpo e outro
da coluna vertebral, há um disco
intervertebral. O canal vertebral está ao
longo das vértebras.
Tem a função de estar entre o sistema
nervoso periférico e o central, e faz essa
conexão de informações entre o encéfalo
e o SNP.
Introdução a Medula Espinal
Medula é miolo, o que significa que está
dentro, a medula óssea está dentro dos
ossos, a medula suprarrenal no rim e a
espinhal dentro do canal vertebral. A
medula espinal é uma massa cilindróide,
de tecido nervoso, situada dentro do canal
vertebral mas não o ocupa
completamente. Cranialmente, a medula
se limita com o bulbo, ao nível do forame
magno do osso occipital. Tem limite
caudal na segunda vértebra lombar L2,
ela termina afiliando-se para formar um
cone, o cone medular; que continua com
o delgado filamento meníngeo, o
filamento terminal. Possui forma cilíndrica
mas tem intumescência cervical C3-T2
lombo-sacral e T10-L1.
As intumescências correspondem às
áreas em que fazem conexão com a
medula as grossas raízes nervosas que
formam os plexos braquial e
lombossacral, destinadas à inervação dos
membros superiores e inferiores. Essa
formação é devido a grande quantidade
de neurônios que entram e saem destas
áreas e que são necessárias para a
inervação dos membros.
A superfície da medula apresenta sulcos
longitudinais que percorrem sua extensão:
sulco mediano posterior, fissura mediana
anterior, sulco lateral anterior e sulco
lateral posterior. Na medula cervical existe
o sulco intermédio posterior que continua
em um septo intermédio posterior.
Na medula, a substância cinzenta está
por dentro da branca e é na forma de um
H medular.
A substância branca é formada por
neuróglia, axônios e fibras, a maior parte
dela mielínicas, que sobem e descem na
medula e podem ser agrupadas de cada
lado em três funículos: anterior, lateral e
posterior.
A substância cinzenta é formada por
corpos neuronais, neuróglia e fibras
amielínicas, quando a informação chega
ela entra pela medula na parte cinzenta e
faz uma conexão, depois entra em um dos
funículos e sobe ou desce.
O núcleo é uma massa de substância
cinzenta dentro de substância branca,
grupo delimitado de neurônios com
aproximadamente mesma estrutura e
função.
Segmentos Medulares
A medula é o maior condutor de
informações que sai e entra no encéfalo
através dos nervos espinhais. Filamentos
radiculares que são pequenos filamentos
nervosos, fazem conexões pelos sulcos
laterais anterior e posterior, os filamentos
radiculares se unem para formar as raízes
ventral e dorsal dos nervos espinhais. As
duas raízes se unem e formam os nervos
espinhais, essa união ocorre em um ponto
situado distalmente ao gânglio espinhal
existente na raiz dorsal. Existem 31 pares
de nervos espinhais: são 8 cervicais, 12
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1
coccígeo.
São 8 pares de nervos cervicais e 7
vértebras cervicais, isso porque o primeiro
par C1 emerge acima da primeira vértebra
cervical, assim sendo entre ela e o osso
occipital, e o oitavo C8 par emerge abaixo
da sétima vértebra.
A medula cresce menos no
desenvolvimento do que o canal vertebral,
então no adulto, ela não ocupa todo esse
canal, e sim, termina da L2. Abaixo desse
nível, o canal contém apenas meninges e
as raízes nervosas dos últimos nervos
espinhais que, dispostas em torno do
cone medular e filamento terminal são o
que se chama de cauda equina.
Medula e coluna vertebral só crescem
iguais até o quarto mês de vida
intrauterina. A coluna começa a crescer
mais do que a medula a partir dessa data,
as raízes nervosas mantêm as relações
com os respectivos forames
intervertebrais, há o alongamento das
raízes e diminuição do ângulo que elas
fazem com a medula. Esses são mais
pronunciados a parte caudal da medula,
levando a formação da cauda equina.
Nos adultos, a vértebra T11 E T12 não
estão relacionadas com o segmentos
medulares de mesmo nome mas sim com
os lombares, esse fato é muito importante
para diagnóstico e prognóstico e
tratamento de lesões vértebromedulares,
já que uma lesão da vértebra T12 pode
afetar a medula lombar, já a lesão da
vértebra L3 irá afetar apenas as raízes da
cauda equina, sendo o prognóstico
completamente diferentes nos dois casos.
Lesões medulares
Tetraplegia - plegia é paralisia, tetraplegia
é o comprometimento ou perda da função
motora ou sensorial devido a lesão nos
segmentos cervicais da medula. (Paralisia
dos 4 membros)
Paraplegia - prejuízo ou perda da função
motora sensorial como resultado de lesão
dos segmentos torácicos, lombar ou
sacral da medula espinal.
Os atos reflexos são respostas rápidas e
involuntárias, isto é, independentes de
nossa vontade, que nosso corpo gera
diante de determinados estímulos. Essa
resposta é gerada pela própria medula, o
que significa dizer que a mensagem
gerada pelo estímulo não precisa chegar
ao cérebro para que uma resposta seja
criada OU SEJA = O Reflexo acontece só
no nível medular, não chega no encéfalo.
Envoltórios da Medula
A medula é envolvida por membranas
fibrosas denominadas meninges. São a
dura-máter, pia-máter e aracnóide. A
dura-máter é a mais espessa, também
chamada de paquimeninge. As outras são
leptomeninge.
● Dura-máter: meninge mais
externa, formada por abundantes
fibras colágenas que a tornam
espessa e resistente. A dura-máter
espinhal envolve toda a medula
como se fosse um dedo de luva, o
saco dural. Cranialmente ela
continua com a dura-máter
craniana, caudalmente termina em
um fundo-de-saco no nível da S2.
Prolongamentos laterais
embainham as raízes dos nervos
espinhais, continuando com o
tecido conjuntivo que envolve
estes nervos.
● Aracnóide: se dispõe entre a
dura-máter e a pia-máter.
Compreende um folheto justaposto
à dura-máter e um emaranhado de
trabéculas, as trabéculas
aracnóideas, que unem este
folheto a pia-máter.
● Pia-máter: é a meninge mais
delicada e mais interna, ela adere
intimamente ao tecido nervoso da
superfície da medula e penetra na
fissura mediana anterior. Quando a
medula termina no cone medular,
a pia-máter continua caudalmente,
formando um filamento
esbranquiçado chamado
filamento terminal. Esse
filamento perfura o fundo-do-saco
dural e continua até o hiato sacral.
Ao atravessar o saco dural esse
filamento terminal recebe
prolongamentos da dura-máter e o
conjunto passa a ser denominado
filamento da dura-máter espinhal.
Quando ele entra no periósteo da
superfície dorsal do cóccix ele
constitui o ligamento coccígeo. A
pia-máter forma de cada lado da
medula, uma prega longitudinal
denominada ligamento
denticulado, que se dispõe ao
longo de toda a medula.
Espaços entre as Meninges
São três: epidural, subdural e
subaracnóideo.
O espaço epidural situa-se entre a
dura-máter e o periósteo do canal
vertebral, contém tecido adiposo e um
grande número de veias que constituem o
plexo venoso vertebral interno.
O espaço subdural está entre a
dura-máter e a aracnóide, é uma fenda
estreita contendo uma pequena
quantidade de líquido, suficiente apenas
para evitar a aderência das paredes.
O espaço subaracnóideo é o mais
importante e contém uma quantidade
razoavelmente grande de líquido
cerebroespinhal ou líquor. Que está
entre a pia-máter e a aracnóide.
Anestesias
● Raquidianas: o anestésico é
introduzido no espaço
subaracnóideo por meio de agulha
que penetra o espaço entre as
L2-L3, L3-L4 ou L4-L5. Agulha
perfura a pele, a tela subcutânea,
ligamento interespinhoso,
ligamento amarelo, dura-máter e
aracnóide. Partos, ginecológicos,
cirurgias abdominais e cirurgias
MMII.
● Epidurais ou periduais: são feitas
na região lombar, introduzindo o
anestésico no espaço epidural
onde ele se difunde e atinge os
forames intervertebrais pelos quais
passam as raízes dos nervos
espinhais. Usadas em partos.
🧠 Viagem da agulha atéa medula:
Primeiro ela atravessa a pele, depois a
tela subcutânea (gordura), depois o
ligamento interespinhoso (entre um
processo espinhoso e outro), na parte
interna passa pelo ligamento flavo, depois
cai no espaço chamado epidural,
atravessa a dura-máter, depois o espaço
subdural e depois atravessa a aracnoide,
em seguida atravessa o espaço
subaracnóide com o liquor e chega a
pia-máter, que envolve todo o SNC.
Dermátomos e Miótomos
Dermátomos são áreas da pele supridas
por uma única raiz nervosa e os miótomos
são grupo muscular suprido por uma
única raiz nervosa.
Exploração clínica do espaço
subaracnóideo
Punção lombar para diagnóstico
clínico:
Tanto em crianças quanto em adultos, o
terceiro ou quarto espaços lombares são
os preferidos, sendo que L2-L3 e L4-L5,
podem ser utilizados.
No RN, em função da ponta medular
encontrar-se em uma posição inferior, a
posição L4-L5 é considerada uma
alternativa segura, quando não se
consegue a punção em L3-L4.
O ponto exato de introdução da agulha
está na junção de uma linha que passa
pela linha transversa que une o ponto
superior das cristas ilíacas e a coluna
espinhal.
● Meningites.
● Hemorragia subaracnóidea.
● Síndrome de Guillain-Barré.
● Esclerose múltipla.
● Medica da pressão liquor.
● Mielografia.
● Administração de medicamentos.
Organização da substância
Branca
Vias descendentes - formadas por fibras
que se originam no córtex cerebral ou em
várias áreas do tronco encefálico e
terminam fazendo sinapse com neurônios
medulares.
Vias ascendentes - as fibras que formam
estas vias relacionam-se direta ou
indiretamente com as fibras que penetram
pela raiz dorsal do nervo espinhal,
trazendo impulsos aferentes de várias
partes do corpo.
Vírus
Poliomielite:
Doença infecto contagiosa causada pelo
Polivirus, acomete principalmente o
sistema nervoso de crianças, os sintomas
são parecidos com as viroses. A
contaminação é por oral-fecal ou oral-oral.
Esse vírus destrói os neurônios motores
do corno anterior da medula espinal.
Sintomas são pouco aparentes até a
morte (tronco encefálico), há deficiência
motora súbita e na maioria das vezes
assimétrica, a sensibilidade é preservada,
há a diminuição ou ausência de reflexos
na área afetada. Ocorre paralisia flácida
dos MMII.
Neurossífilis:
Na neurossífilis ocorre uma lenta
degeneração de neurônios que carregam
informações sensoriais para o cérebro. Há
perda de sensibilidade profunda, perda do
tato epicrítico, sensibilidade vibratória.
Olhos fixos no chão, elevação excessiva
do calcanhar, ao tocar o chão os
calcanhares tocam no solo pesadamente,
lembra marcha de soldado.
Nervos
São cordões esbranquiçados constituídos
de feixes de fibras nervosas reforçadas
por tecido conjuntivo, que unem o sistema
nervoso central aos órgãos periféricos.
Podem ser espinhais ou cranianos
conforme a união seja com a medula ou
encéfalo. Sua função é conduzir por meio
de suas fibras impulsos da periferia ➡
SNC e SNC ➡ periferia.
As fibras nervosas que constituem os
nervos são, em geral, mielínicas com
neurilema. São três bainhas que
constituem um nervo: Epineuro,
Perineuro e Endoneuro. Os nevos são
muito vascularizados, sendo percorridos
longitudinalmente por vasos que se
anastomosam, também são quase
totalmente desprovidos de sensibilidade.
A origem real de um nervo é o local onde
estão localizados os corpos de neurônios
que constituem os nervos. A origem
aparente é o ponto de emergência ou
entrada do nervo na superfície do sistema
nervoso central.
Anatomia do nervo
Começa no axônio, tem a camada de
bainha de mielina, depois é enrolada pela
endoneuro, depois pelo perineuro que
forma um feixe de axônios, depois pelo
epineuro.
Terminações nervosas
Nas extremidades periféricas, as fibras
nervosas dos nervos se modificam, dando
origem a formações ora mais, ora menos
complexas, as terminações nervosas.
Estas podem ser de dois tipos: sensitivas
ou aferentes e motoras ou eferentes.
As sensitivas, quando estimuladas por
uma forma adequada de energia
(mecânica, calor, luz), dão origem a
impulsos nervosos que seguem pela fibra
em direção ao corpo neuronal. Estes
impulsos vão para o SNC e atingem áreas
específicas do cérebro, onde são
interpretados e resultam em diferentes
formas de sensibilidade.
As motoras existem na porção terminal
das fibras eferentes e são os elementos
pré-sinápticos das sinapses
neuroefetuadoras, ou seja, inervam
músculos ou glândulas. Também
chamadas de junções neuroefetuadoras
são menos variadas que as sensitivas,
elas se assemelham às sinapses entre os
neurônios. Elas terminam nos músculos
estriados esqueléticos e nas glândulas,
músculo liso ou cardíaco.

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