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Acidose metabólica - Resumo

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Beatriz Cunta – Turma 2024 @biaemedicina 
LÍQUIDO EXTRACELULAR 
A concentração de ácidos (H+, com 
40nmol/L) normalmente é bem menor que a 
de bases (HCO3-, com 24mmol/L) no líquido 
extracelular. 
O hidrogênio extracelular tem grande 
facilidade em adentrar as células, ligar-se às 
proteínas intracelulares e provocar 
disfunção celular. Por isso, é importante 
manter a homeostase. 
A produção ácida normal é de cerca de 50-
100mmol/dia, pelo metabolismo de 
aminoácidos. A produção ácida anormal, 
pelo contrário, acontece pelo metabolismo 
de carboidratos (ácido lático, geralmente em 
hipóxia) e gordura (cetoácidos – ausência de 
insulina). 
Acidemia e Alcalemia metabólica são 
distúrbios frequentes, sendo a acidose lática 
a forma mais comum de acidose (presente 
em diferentes tipos de choque). 
PAPEL RENAL 
Os rins são responsáveis pelo processo de 
reabsorção de todo o HCO3- filtrado e de 
excreção de H+, principalmente sob a forma 
de NH4. 
 
Eles também formam bicarbonato no túbulo 
proximal, onde há maior quantidade de 
mitocôndrias, a partir do metabolismo da 
glutamina (amoniogênese renal). 
 
Para cada H+ excretado pelo rim há um 
HCO3- regenerado no plasma por meio da 
anidrase carbônica. 
 
O tempo de “resposta” renal varia em torno 
de 2-5 dias, sendo mais lento que o tempo 
pulmonar. 
 
 
 
EFEITOS DELETÉRIOS DA 
ACIDOSE METABÓLICA 
 Sobrecarga respiratória 
 Arritmias 
 Anorexia, náuseas, vômitos 
 Alterações neurológicas 
 Hiperpotassemia 
 Vasoconstricção renal e oligúria 
 Resistência à ação da insulina 
 Diminuição da responsividade a 
aminas vasoativas 
 Depressão da contratilidade 
miocárdica, vasodilatação arterial e 
venoconstricção 
 
GASOMETRIA 
- pH < 7,35. 
- PaCO2: se > 45mmHg, a acidose é 
respiratória. 
- HCO3: se < 22mEq/L, a acidose é 
metabólica. 
 
Beatriz Cunta – Turma 2024 @biaemedicina 
AVALIANDO A ACIDOSE 
METABÓLICA 
1) Avaliar o pH 
2) Avaliar o HCO3- 
3) Avaliar resposta compensatória 
Na acidose metabólica, calcula-se o PCO2 
esperado. 
PCO2 esperado = 1,5 x HCO3 +8 ± 2 
 
Se menor que o esperado, observa-se uma 
alcalose respiratória associada. Se a PCO2 
for maior que a esperada, há uma acidose 
respiratória associada. Nesses casos, existe 
um distúrbio misto. 
 
OBS: Regulação da PaCO2 
A PaCO2 é regulada principalmente por 
fatores respiratórios neurais e não está 
sujeita à regulação pela taxa de produção de 
CO2. Por outro lado, também podem 
ocorrer por alterações compensatórias em 
resposta a uma alteração primária de HCO3- 
plasmático. 
 
4) Avaliar o ânion GAP 
Existe uma correlação entre cátions (Na+) e 
ânions (HCO3- e CL-): 
AG = Na – (Cl + HCO3) 
Valores de referência: 8 a 12. 
 
Caso o AG seja >12, significa existência de 
“novos ânions”. Ex: acidose lática, 
cetoacidose ou intoxicações por salicilatos, 
metanol, etilenoglicol, etc. 
 
Caso o AG esteja dentro da faixa de 
normalidade, o cloro se eleva em uma 
hipercloremia compensatória. Isso acontece 
em situações de acidose tubular renal e 
perdas pelo TGI (diarreia). 
 
TRATAMENTO 
 Acidose lática tipo A (choque) 
Restaurar volemia 
 
 Administração de bicarbonato de 
sódio 
- Cetoacidose com pH < 7,0 
- Acidose metabólica com pH < 7,1 e BIC < 6

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