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Raquel Bueno – 73 A Patologia Médica I Intestinos: aspectos de normalidade • Órgãos com formato tubular na cavidade abdominal • Intestino delgado é dividido em duodeno, jejuno e íleo na região central do abdome • Intestino grosso é dividido em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e reto • ID: 6 a 8 metros; depois da junção do antro com duodeno • IG: 1,3 a 1,7 metros; depois da junção do íleo com o ceco • Funções: digestão/absorção e excreção • Micro: 4 camadas Mucosa Submucosa Muscular própria Serosa Intestino delgado • Serosa lisa e brilhante • Principal função: absorção de nutrientes • Observar mesentério (por onde penetram os vasos) • Parede mais lisa e mais delgada • Mucosa com pregueamento mais acentuado, em decorrência das vilosidades • Micro: tem vilosidades intestinais e microvilosidades; borda em escova pra aumentar superfície de contato; células caliciformes Intestino grosso • Presença de haustrações • Principal função: absorver água, secretar muco e deixar fezes mais endurecidas • Preguemaneto menos proeminente que o ID (não tem as vilosidades) • Micro: têm criptas na mucosa; sem orla em escova; epitélio com mais células produtoras de muco para lubrificação (evitar que as fezes danifiquem o intestino grosso) Irrigação • A. mesentérica superior: ramo da aorta abdominal • A mesentérica inferior: ramo da aorta abdominal • Artéria gastroduodenal irriga o duodeno • Arcadas mesentéricas fazendo várias anastomoses (fator de proteção contra isquemia) • Quando ocorre infarto nesse órgão ele é vermelho, em decorrência da dupla circulação Doença isquêmica intestinal • Causada por fluxo sanguíneo deficiente • Predomina em idosos (>70 anos), já que esse grupo tem mais aterosclerose e tem mais problemas cardiovasculares de maneira geral • Alta morbidade e mortalidade • Isquemia: Crônica: angina abdominal Aguda: infarto • Causas: Interrupção do fluxo sanguíneo → Obstrução arterial (trombose, embolia...) → Obstrução venosa (ex: trombo nas veias mesentéricas em paciente com ICC ou com inflamação de órgãos abdominais...) Baixa perfusão tecidual (ICC, desidratação, estados de choque...) Fatores mecânicos: podem causar isquemia e obstrução. → Hérnia: protusão de uma parte do intestino para fora da cavidade abdominal em pontos de fraqueza da parede abdominal → Aderência/brida: traves fibrosas que se desenvolvem entre alças de intestino ou entra a alça e a parede → Volvo: torção da alça intestinal sobre si mesma; muitas vezes está relacionado ao megacólon → Intussuscepção: invaginação da alça sobre ela mesma, que pode levar a compressão vascular Isquemia intestinal crônica • Por aterosclerose das artérias mesentéricas • Baixo fluxo sanguíneo gerando hipóxia e consequentemente à angina abdominal • Angina abdominal: dor intermitente, duração variável, piora após refeições • Lesão das células epiteliais gerando inflamação, que pode levar à erosão e ulceração da mucosa • Processo reparativo pode gerar fibrose da lesão e estenose (pode levar à obstrução intestinal) Isquemia intestinal aguda • Se intensidade e duração forem baixas: infarto apenas da mucosa • Se intensidade e duração forem altas: necrose abrange todas as camadas da parede intestinal (infarto transmural); locais mais afetados: jejuno distal, íleo e flexura esplênica do cólon Infarto da mucosa • Necrose da mucosa (no máximo da submucosa) • Principal causa: baixa perfusão tecidual (choque e ICC) • Precipitado por vasoconstrição • Se a causa é eliminada a lesão é reparada • Prognóstico melhor que o do infarto transmural Imagem: lâmina de intestino delgado infartado (congestão vascular, descamação do epitélio); na macroscopia só é possível ver a congestão e hiperemia (não há necrose da serosa) Infarto transmural • Necrose de toda a parede intestinal • Principal causa: obstrução (trombo/embolia) da artéria mesentérica superior (60%) pois ela é mais oblíqua e mais calibrosa • Prognóstico ruim; alta mortalidade • Infarto vermelho (hemorrágico) • Segmentos mais acometidos: ID: jejuno distal e íleo, já que a artéria mais acometida é a mesentérica superior IG: flexura esplênica (onde termina a mesentérica superior e começa a irrigação da mesentérica inferior – ponto de vulnerabilidade) • Parede: Edemaciada, congesta, escurecida (vinhosa a enegrecida), com sangue na luz Limite nítido: obstrução arterial Limite pouco definido: obstrução venosa Imagem: serosa já necrosada Imagem: tromboêmbolo na mesentérica superior causando infarto transmural Imagem: Infarto por obstrução arterial: limite nítido • Microscopia do infarto transmural: Necrose isquêmica + inundação hemorrágica; infarto vermelho Infiltrado com muitos neutrófilos Colonização bacteriana predispõe à perfuração Microscopia do infarto hemorrágico transmural do intestino Imagem: Mucosa com inundação hemorrágica e presença de neutrófilos • Clínica do infarto intestinal: Dor abdominal súbita e intensa, em região periumbilical Taquicardia e hipotensão arterial Redução ou abolição dos movimentos peristálticos Náuseas, vômitos Diarreia sanguinolenta (hemorragia digestiva baixa) • Sangramentos após a flexura duodenojejunal: hemorragia digestiva baixa; hematoquezia • Sangramentos antes da flexura duodenojejunal: hemorragia digestiva alta; melena • Complicações do infarto transmural: Choque hipovolêmico; hemorragia digestiva baixa Íleo paralítico ou adinâmico pela necrose da parede (redução dos movimentos peristálticos) Peritonite: perda da impermeabilidade da parede e proliferação bacteriana Perfuração intestinal: isquemia + proliferação bacteriana Pela peritonite e perfuração pode ocorrer septicemia e choque séptico Prognóstico depende da extensão e do tempo de diagnóstico Apendicite aguda • Inflamação aguda do apêndice cecal • Apêndice = divertículo verdadeiro normal do ceco • Principal causa de abdome agudo cirúrgico • Mais comum em crianças, adolescente e adultos jovens • Predominância em homens • Causas: obstrução Fecalitos Parasitas Corpo estranho Tumores • Obstrução da luz→retenção de muco→proliferação bacteriana e distensão da parede→aumento da pressão intraluminal→compressão venosa→isquemia→hipóxia + resposta inflamatória • Clínica: Hiporexia, náuseas, vômitos Febre Dor periumbilical Dor na FID (Blumberg +) Leucocitose com desvio para esquerda • Morfologia: luz aumentada, hiperemia, necrose da parede, supuração • Microscopia: muitos neutrófilos, infiltrado inflamatório em todas as camadas da parede, áreas com epitélio destruído Doença de Hirschsprung • Megacólon congênito • 1 em 5000 nascidos vivos • Esporádica ou associada a outras anomalias (ex: síndrome de down) • Causa: aganglionose → falta ne neurônios nos plexos nervosos submucoso e mioentérico • Predomina em homens • Localização: retossigmoide (principal) • Falta de contrações peristálticas • Ausência de neurônios nos plexos nervosos → ausência de contrações peristálticas → obstrução funcional → dilatação do segmento intestinal à montante (proximal). • Manifesta-se no período neonatal: Ausência de eliminação de mecônio Distensão abdominal Vômitos • Constipação intestinal crônica Enterocolites associadas à estase perfuração → peritonite → septicemia → choque séptico • Diagnóstico: biópsia aberta • Microscopia: aganglionose • Tratamento: ressecção do segmento agangliônico Doença diverticular do cólon • Condição patológica adquirida • Divertículos: dilatações saculares da mucosa e submucosa através da camada muscular da parede intestinal • Divertículos colônicos são falsos pois não saem as4 camadas • Diverticulose: divertículos múltiplos • Predomina em idosos • Localização: cólon sigmóide • Dois fatores principais: 1. Fraqueza local da parede Inserção dos vasos mesentéricos; mais comum na borda mesocólica 2. Aumento da pressão intraluminal Padrão alimentar: dieta pobre em fibras e vegetais É mais comum no cólon esquerdo por causa da formação do bolo fecal (maior pressão luminal) Divertículos na borda mesentérica (local onde os vasos sanguíneos penetram) • Clínica: Maioria assintomática Desconforto/dor abdominal tipo cólica Constipação intercalada à diarreia Distensão abdominal Hemorragia geralmente discreta • Complicações: Diverticulite (inflamação) Perfuração: peritonite, abscessos, fístulas Reparação, fibrose e estenose Doença inflamatória intestinal • Condição idiopática, de inflamação prolongada, exacerbada e destrutiva direcionada ao TGI • Condição crônica resultante da ativação imunológica inapropriada da mucosa • Parece resultar da ativação do sistema imune por antígenos da microbiota normal do hospedeiro • Diarreia crônica e recidivante que pode durar anos ou décadas • Mulheres, brancos, 20 a 40 anos • Formas: 1. Doença de Crohn 2. Retocolite Ulcerativa (RCUI) • Patogênese desconhecida: Resposta imunitária anormal à microbiota intestinal; Composição alterada da microbiota intestinal; Disfunção do epitélio intestinal (permite contato de antígeno com células inflamatórias na mucosa intestinal) • Genética Risco maior quando há membro da família afetado; Mais de 160 genes associados; Gene NOD2: - mutado em 10% dos pacientes - codifica proteína que se liga à peptidoglicanos bacterianos → ativa vias de sinalização inflamatória • Microbiota: Estudos experimentais demonstram que animais isentos de bactérias não desenvolvem colite; só desenvolve colite aqueles colonizados • Mecanismos imunitários: Ativação anormal e contínua da resposta imunitária, por: - Defeito intrínseco do sistema imunitário? - Falha nos mecanismos de supressão da resposta inflamatória? Mediada por linfócitos T CD4+ Medicamentos imunossupressores (tratamento) • Obs.: não é doença autoimune!!! • Defeitos epiteliais: Defeitos na função de barreira permite contato com antígenos • Resumo: modificações na microbiota intestinal e alterações na barreira epitelial induzem resposta imunitária exagerada e destrutiva em indivíduos geneticamente suscetíveis. Propicia lesões morfológicas na mucosa: disabsorção. Diarreia mucossanguionolenta, intermitente com debilitação dos pacientes. • Diagnóstico: clínica + laboratório + histopatologia • 10% dos casos: colite indeterminada • Doença de Crohn pode acometer todo o TGI • Retocolite ulcerativa não afeta o intestino delgado!! Imagem: observar que na doença de Crohn há inflamação transmural com ulcerações e fissuras. Na colite ulcerativa há ulceras de base mais larga e mais superficiais e pseudopólipos. Doença de Crohn • Também é chamada de ileíte regional • Pode comprometer qualquer trecho do TGI • Lesões salteadas • Estreitamentos são comuns • Tipicamente transmural • Macroscopia: congestão, edema e processo inflamatório → destruição epitelial→ erosões • As erosões podem evoluir pra úlceras profundas e estreitas Alteração de aspecto em “pedra de calçamento”: tecido doente é deprimido e abaixo do nível da mucosa normal • Úlceras podem coalescer e formar fissuras lineares e tortuosas • Se a fissura for profunda o suficiente ela pode atingir a serosa, provocando perfuração, aderências ou fístulas com outros órgãos • Com o reparo e a fibrose pode ocorrer estenose • Microscopia: inflamação transmural, agregados linfoides e distorção arquitetural (decorrente dos ciclos repetidos de destruição e regeneração das criptas), formação de granulomas não caseosos, microabscessos de cripta, infiltrado inflamatório com neutrófilos intraepiteliais (inclusive no lúmen da cripta = microabscesso de cripta), pode haver ulceração, fibrose e fissura Imagens acima: inflamação trasmural, agregados linfoides e distorção arquitetural (observar que as criptas não estão mais retas e paralelas) Imagem acima: granuloma não caseoso (só ocorre em Crohn) Imagem acima: microabscesso de cripta (neutrófilos no interior da cripta) Imagem acima: ulceração e fibrose Imagem acima: fissura • Clínica: Variável, manifestações recorrentes Início: ataques intermitentes de diarreia leve, febre e dor abdominal Períodos assintomáticos: semanas, meses ou anos Hematoquezia • Complicações: Anemia Obstrução intestinal por estreitamentos fibrosantes Perfuração; fístulas, abcessos e peritonite; sepse Desidratação e desnutrição (diarreia e má absorção) Aumenta risco pra câncer colorretal Retocolite ulcerativa • Limitada ao cólon e ao reto • Lesões contínuas • Estende-se apenas à mucosa e à submucosa • Macro: mucosa hiperemiada, granular, friável e que sangra com facilidade. Transição abrupta entre o cólon doente e o sadio. Úlceras de base larga. Espessamento mural não está presente e estenoses não ocorrem • Formação de úlceras rasas limitadas à mucosa/submucosa • Pseudopólipos inflamatórios (ilhas isoladas de mucosa regenerativa) Imagem acima: observar pseudopólipos inflamatórios • Micro: inflamação da mucosa; não tem fibrose com espessamento da parede; pode haver microabscessos de cripta; não há granulomas • Úlceras rasas e pseudopólipos inflamatórios • Demais achados semelhantes ao Crohn, exceto os granulomas (ausentes) Atenção ao microabscesso de cripta • Clínica: Distúrbio recorrente, caracterizado por episódios de dor abdominal, com diarreia mucosanguinolenta Sintomas podem persistir por longo período de tempo Períodos assintomáticos: semanas, meses ou anos • Complicações: Anemia Desidratação Aumenta risco para câncer colorretal (mais que Crohn) Neoplasias intestinais: adenoma e adenocarcinoma • Tumores primários do intestino delgado são raros • Tumores do intestino grosso: mais comuns Pólipos: → Não neoplásicos: pólipos hiperplásicos (não aumenta o risco de câncer) e pólipos hamartomatosos (aumenta o risco de câncer; lesão formada pela proliferação de um tecido normal de forma desarranjada) → Neoplásicos: pólipos adenomatosos /adenomas (benignos); precursor de adenocarcinoma Câncer colorretal Pólipos colônicos • Lesões elevadas formadas por criptas e glândulas da mucosa que se projetam para cima da linha da mucosa, formando protusão para a luz colônica • Não neoplásicos: Pólipos hiperplásicos Pólipos hamartomatosos • Pólipos neoplásicos: adenomas Pólipos hiperplásicos • Resultam da hiperplasia, ou seja, aumento do número de criptas e glândulas da camada mucosa • Mais frequentes: pequenos e sésseis • Únicos ou múltiplos • Mais comuns no retossigmoide • Principalmente a partir na 6ª ou 7ª década de vida • Micro: criptas bem definidas, protusão, maturação das células preservadas, camada única de células epiteliais sem atipia, aspecto serrilhado da glândula Pólipos adenomatosos (adenomas) • Proliferação de células epiteliais com diferentes graus de atipia celular (displasia) • Benigno • Únicos ou múltiplos; sésseis ou pediculados; até 10 cm • Adenomas: pólipos neoplásicos mais comuns e são precursores da maioria dos adenocarcinomas colorretais • Após 40 anos; principalmente após os 50 anos • Mais comuns no cólon esquerdo (retossigmoide) • Maioria assintomática • Potencial de evoluir para adenocarcinoma • Classificação: tubular, viloso e tubuloviloso • Tubular: menor risco • Viloso: maior risco • Tubuloviloso: risco intermediário • O tamanho é a característica mais importantecorrelacionada ao risco de malignidade Adenoma tubular • Maioria dos adenomas (75%) • Glândulas tubulares com atipias epiteliais (displasia) • Único ou múltiplos • Geralmente pequenos • Sésseis ou pediculados • Esporádicos ou síndromes genéticas Adenoma viloso • Minoria (10%) dos adenomas • Formação de vilos: projeções papilares ramificadas • Compostos por projeções/ramificações papilíferas com atipias epiteliais (displasia) • Geralmente sésseis e únicos • Tamanho variável: até 10 cm • Risco maior pra transformação em adenocarcinoma • Projeções arboriformes Formas de ocorrência dos adenomas • Forma esporádica ou aleatória Não relacionada à transmissão genética ou familial Pólipo único ou múltiplos (polipose colônica) • Forma genética ou familial Centenas ou milhares de pólipos Polipose colônica familial = polipose adenomatosa familial (FAP) Polipose adenomatosa familial • Doenças genética, de herança autossômica dominante, causada por mutações do gene APC • Gene APC é supressor de tumor • 2ª e 3 décadas de vida • Numerosos pólipos adenomatosos (dezenas a milhares) • Maioria dos pólipos é do tipo tubular • Forma clássica: Mais de 100 pólipos Cólon esquerdo Maior risco para desenvolvimento de câncer (100% de chance sem tratamento) Realizar colectomia profilática • Forma atenuada: Menos de 100 pólipos Cólon direito Risco para desenvolvimento de câncer: 50% • Síndrome de Gardner: + lesões extraintestinais (ex: osteomas, cistos cutâneos e tumores da tireoide) • Síndrome de Turcot: + tumores do SNC Adenocarcinoma colônico • 95% dos tumores malignos do IG • Neoplasia maligna de alta prevalência mundial • Brasil: neoplasia mais frequente do TGI em ambos os sexos • Localizado principalmente no cólon esquerdo; retossigmoide (lembrar que adenomas predominam no cólon esquerdo) • Tumores esporádicos ou hereditários • Esporádicos: 60 a 80 anos • Tumores herediátios: Menos de 50 anos Síndromes genéticas familiares FAP: aumento dos pólipos HNPCC (câncer colorretal hereditário não associado à polipose): menos pólipos • Fatores ambientais: hábitos alimentares e estilo de vida Poucas vitaminas (aumenta radicais livres) e fibras (fezes ficam mais tempo em contato com a mucosa, lentificação do trânsito intestinal) Ingestão acentuada de carboidratos refinados, carne vermelha e lipídeos (aumenta síntese de colesterol e ácidos biliares) Sedentarismo, obesidade, tabagismo e alcoolismo • Alterações da genética molecular: Perda da função de genes supressores de tumor Ativação de proto-oncogenes em oncogenes Carcinogênese APC: quebra a b-catenina (a beta catenina estimula a proliferação celular) Via supressora: APC/B-catenina • Sequência adenoma → carcinoma • Protótipo para o desenvolvimento da maioria dos carcinomas colorretais • Fatores de maior risco para evolução para adenocarcinoma colônico: componente viloso tamanho maior multiplicidade displasia de alto grau polipose adenomatosa familial Síndrome de Lynch: câncer de cólon hereditário não associado à polipose (HNPCC) • Forma sindrômica mais comum de câncer de cólon • 2 a 4% dos casos de câncer colorretal • Pacientes mais jovens: menos de 50 anos • Mais comuns no cólon direito • Relacionada à mutação de genes de reparo do DNA (IMS) • Via mutadora • Mutações em MSH2 e MLH1 • Pode associar-se a outros tipos de câncer Morfologia • Cólon direito: Lesões úlcero-infiltrativas Lesões polipoides/vegetantes/exofíticas Luz ampla, crescimento lento e fezes líquidas, então a obstrução é rara • Cólon esquerdo: Lesões úlcero-infiltrativas Lesões anulares e constritivas; obstrução mais frequente Imagem: enema opaco com sinal da maçã mordida (típico do câncer colorretal esquerdo) • Micro: proliferação de células colunares atípicas, formando glândulas, que invadem/infiltram as camadas da parede colônica Clínica • Fase precoce: assintomático • Cólon direito: Silencioso Sinais e sintomas inespecíficos: fadiga e fraqueza por anemia crônica • Cólon esquerdo: Obstrução intestinal progressiva Alterações do hábito intestinal e das fezes Diarreia Constipação e dor abdominal Perda de sangue nas fezes; hematoquezia • Complicações: Emagrecimento acentuado (caquexia) Sangramento: crônico (anemia) ou agudo (HDB – hematoquezia); choque hipovolêmico Obstrução Perfuração, peritonite, sepse, choque séptico Fístulas Disseminação (ascite carcinomatosa, carcinomatose peritoneal, infiltração de órgãos adjacentes ou metástases) • Prognóstico: depende da invasão e das metástases Referências: Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças - 9ª edição – Elsevier Site Anatpat – Unicamp (http://anatpat.unicamp.br/pecasdc.html) Aulas de patologia médica I da FCMMG
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