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TEXTO 1: A REVOLUÇÃO DA NOVA FÁBRICA Aborda as mudanças ocorridas nas fábricas durante os anos 70, que originaram as novas fábricas. Características das novas fábricas: - Seleção: foca na obtenção de candidatos com o perfil da natureza dos cargos. Parte do processo seletivo, que era freqüentemente muito longo, era feia por empregados da produção. E durante o mesmo o candidato era solicitado a fazer um pouco de seu trabalho real por um período de tempo. - Layout: o local físico de trabalho é igualitário (mesmo estacionamento, refeitório, redução dos escritórios) - Projeto de cargo: os empregados recebem cargos desafiadores, o que inclui fazer uma parte do trabalho e controlar. Isso tem gerado equipes auto-gerenciadas, uma vez que essas tomam decisão de como desempenhar cada função, além de estabelecer metas e controlar a qualidade. - Sistema de Pagamento: baseado nas habilidades do trabalhador. Vantagens: criam força de trabalho flexível e altamente treinada. Desvantagem: teto máximo de salário, difícil de ser mantida. - Estrutura Organizacional: caracterizada por estruturas achatadas (possibilitam autonomia as equipes) e controles extremamente dispersos. Obs.: Em alguns casos a redução de níveis é feita como forma de cortar despesa! - Treinamento: extremamente enfatizado, assim como o planejamento de carreira e o crescimento pessoal. - Estilo de Gerenciamento: busca levar a tomada de decisão até o mais baixo nível possível. Disseminação das novas fábricas Muitas organizações adotaram o modelo da nova fábrica nos anos 80. Em especial, companhias químicas, de alimentos e de papel. Esses tipos de companhia por serem de capital intensivo possuem alto nível de tecnologia, exigem especialização e os custos de mão de obra não são uma parte crítica de sua estrutura de custos. Obs.: Capital intensivo = gasta muito mais em maquinário do que em mão de obra. As fábricas velhas são difíceis de serem convertidas devido a cultura e o layout já existente. Problemas das novas fábricas: - Gerenciamento de Mudanças: mudanças nos processos de produção podem gerar muitas organizacionais, assim como nas habilidades requeridas, então um investimento já realizado pode representar um desperdício. - Eficácia da equipe: nem sempre as equipes são eficazes como deveriam ser. Além disso, a formação de uma boa equipe pode levar anos. - Sistema de remuneração: é limitado por um teto máximo. Maneiras de resolver esse problema são adicionar mais habilidades ao conjunto já existente e/ou criara um plano de participação nos lucros. - O Papel dos Gerentes: eles além de possuir um papel ambíguo, ainda são pagos pelo sistema tradicional. TEXTO 2: RESTRUTURAÇÃO INDUSTRIAL E NOVOS PADRÕES DE PRODUÇÃO Assim como o texto 1, trata doa anos 70, período no qual estava havendo a reestruturação produtiva com a implantação da empresa integrada e flexível. Mudanças nas relações entre empresas - Alianças estratégicas, fusões, aquisições - Mudanças nos contratos entre clientes e fornecedores (contratos de longo prazo em alguns casos, com qualidade assegurada – JIT) - Exigência de certificações (ex: ISO – garante a qualidade) - Desenvolvimento de produtos em conjunto Mudanças na organização geral - Focalização no core business - Gestão do desenvolvimento de produto - Redução de níveis hierárquicos - Mudanças na gestão de RH Mudanças na organização da produção - Redução de estoques e lead times - Agilidade nas informações Mudanças na organização do trabalho – Trabalhadores diretos assumem funções de qualidade e manutenção – Polivalência / Autonomia – Trabalho em grupos / equipes autogerenciáveis TEXTO DOS PARÂMETROS Os parâmetros são utilizados para analisar estruturas já existentes ou projetar novas estruturas. Definições básicas: Subsistemas: funções praticamente completas (produção, compras, projeto) Elementos do sistema: homens ou máquinas Plotagem: capacidade de dirigir (controlar) Estrutura de produção: estrutura que executa o trabalho Estrutura de pilotagem: forma que se estrutura o controle Aspectos do sistema: elementos de apoio (ex: indicadores). Parâmetros 1) Concentração funcional - Analisa o fluo de produção - Alta concentração: todas as ordens são produzidas em todos os subsistemas - Baixa concentração: cada ordem pode ser produzida em seu próprio subsistema (havendo subsistemas em paralelo) Obs.: arranjo físico funcional = alta concentração linha de produção (ou arranjo físico linear) = alta concentração arranjo físico celular (baixa concentração) 2) Diferenciação de desempenho - Divisão vertical do trabalho - Separação ou integração de funções de preparação, apoio e execução - Se existe muita diferenciação na vertical = mais diferenciação 3) Especialização de desempenho - Analisa o posto de trabalho - Divisão horizontal do trabalho - Separação (ou integração) das funções de produção e controle - Se existe muita divisão na horizontal = mais especialização 4) Especialização da pilotagem - Visualiza a organização como um todo - Grau de alocação dedicada de aspectos do sistema, ou seja, se qualidade, manutenção etc são alocados em unidades específicas ou não. - Divisão em departamentos = alta especialização 5) Diferenciação da pilotagem - Divisão do controle em domínios separados (estratégico, tático, operacional) - Divisão dentro do próprio departamento por produtos = alta diferenciação 6) Alocação do ciclo de pilotagem - Análises de como as decisões são tomadas na produção -Divisão das funções de pilotagem, alocando o ciclo de pilotagem (percepção – julgamento – definição da ação) a diferentes elementos ou subsistemas TEXTO 3: AS ORIGENS DA GERÊNCIA O texto foca na mudança do capitalismo mercantil para o capitalismo industrial, mostrando a oposição entre trabalho e capital. Antes do capitalismo industrial: - produtos eram feitos por artesões que controlavam todo processo - organizavam em cooperações ( estruturas rígidas que tinham regras para manter a qualidade dos produtos) - as mercadorias eram vendidas por comerciantes Relação de trabalho: - artesões tinham aprendizes e alguns ajudantes - não existia a figura do chefe e do subordinado - o objetivo era de aprendizagem - cada um tinha seu tempo de produção - todos os elementos da produção estavam nas mãos dos artesões Esse sistema não era adequado para o capitalista, uma vez que sem o domínio sobre os custos da produção, ele não podia controlá-la. Soluções: - concentrar trabalhadores no mesmo espaço para poder controlá-los - surge a figura do gerente (mediador da relação trabalhador e capitalista) - a especialização e a divisão do trabalho, como forma de aumentar a produtividade Motivos da divisão do trabalho, como redução do tempo de produção: - especialização do trabalho (repetição -> habilidade) - reduz troca de ferramenta, locomoção, etc - criação de novas máquinas (simples visualizar a otimização) - reduz custo de mão de obra (o trabalhador faz tarefa simples sem ter conhecimento do todo) Mas mesmo quando o trabalho é dividido a maneira como as pessoas realizam o mesmo não é dominado pelo gerente (não se sabe o tempo individual de produção) -> Taylor propõem o estudo de tempos e métodos TEXTO 4: TAYLORISMO E A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO Contexto: - trabalho já estava dividido - já havia grandes indústrias - positivismo (a ciência tem todas as respostas podendo a sociedade se embasar nessa) Taylor percebia que a capacidade produtiva estava nas mãos dos funcionários. Propõem o sistema de incentivo, se produzir mais que a meta ganha bônus. Princípios do Taylorismo: 1. A “análise científica do trabalho” - A gerência determina o “melhor método” de se fazer uma tarefa = menor tempo - Ferramenta: estudo de tempos e métodos 2. Seleção e treinamento - Selecionar conforme a exigência da tarefa - Tarefa prescrita (não era bom um funcionário ensinar o outro porque poderia ensinar algum truque; truque não é lago científico,logo esta errado) - Treinamento se restringe à tarefa 3. Planejar e controlar o trabalho - o planejamento se torna possível com o conhecimento do tempo -após planejar é possível controlar - Quem faz não controla (funções de apoio e gerência) Obs.: O método científico utilizado consistia em dividir a realidade em pedaços menores e estudar separadamente. Depois juntar para compreender tudo. No entanto, isso podia gerar resultados distorcidos uma vez que as partes se interagem. TEXTO 6: FORDISMO E A LINHA DE MONTAGEM Princípios fordistas: - evitar passos supérfluos - evitar cansaço desnecessário *as peças/componentes devem chegar exatamente ao ponto da montagem *facilitar o acesso às peças e ferramentas *as operações devem ser dispostas em uma sequência natural - salário justos *altos salários permitem que os funcionários consumam o que produzem *proporcionava boas condições de vida, sem sobrar para jogos e bebidas *todos recebiam o mesmo salário, pois produziam a mesma quantidade (ritmo fixo) Os funcionários não são capazes de enxergar a produção como um todo. A especialização é levada ao extremo (produção de um único modelo – Ford T). Organizações muito verticalizadas, ou seja, produziam todos os componentes necessários na montagem (ex: borracha para o pneu). A linha de montagem elimina os tempos mortos, convertendo-os em tempo de trabalho produtivo. E facilita o controle sobre o funcionário. Dado o parcelamento/precarização do trabalho, a substituição de mão de obra era um processo simples. TEXTO 7: AS NOVAS ABORDAGENS DA PRODUTIVIDADE O texto critica as inconsistências do taylorismo, mas também explica os fatores que sustentaram sua aceitação. Com a medição dos tempos o empresário passou a ser capaz de saber o quanto se gasta com a mão de obra e o retorno que essa lhe dá. O taylorismo permitiu a aproximação entre a contabilidade e a produção, a partir da determinação da capacidade produtiva do trabalhador. Obs.: Parâmetro utilizado como mensuração da produtividade. Volume Resultado MO = mão de obra ---------------- ≈ ------------------ MP = matéria prima MO, MP, EQ Investimento EQ = equipamento Essa relação não é mais verdadeira. Atualmente as empresas nem sempre são capazes de vender tudo o que produzem devido a concorrência. Obs.2: No processo contínuo o Taylorismo não se aplica uma vez que o tempo de mão de obra, na maioria das vezes, não é um fator influente. Tudo é baseado no volume. Os princípios de Taylor criam mão de obra indireta: - controle da produção - medição de tempos - seleção e treinamento Esta estrutura gera gastos que não são computados, sendo atividades de caráter intelectual. TEXTO 8: AS TEORIAS D EMOTIVAÇÃO NO TRABALHO Maslow: hierarquia das necessidades Auto-realização Reconhecimento Social Integração e filiação (amizade) Segurança (emprego regular, abrigo) Necessidades básicas Se falta a base, os outros níveis desmoronam. Analisando sob a Teoria de Maslow, o Taylorismo e o Fordismo são muito restritos porque as pessoas só atenderiam parte da pirâmide de necessidades. Herzberg - Fatores higiênicos: ausência gera insatisfação, presença não motiva Ex.: administração, supervisão, condições de trabalho, relações interpessoais, segurança - Fatores Motivadores: ausência gera insatisfação, presença gera motivação e satisfação Ex.: realização, reconhecimento, desafios, responsabilidade, desenvolvimento pessoal Argyris: Teoria da congruência de metas As empresas tratam os funcionários como crianças. Ampliação do trabalho: -Rotação de cargos - Ampliação horizontal (+ atividades para cada funcionário) - Ampliação vertical (faz alguma atividade de apoio) - Enriquecimento de cargos (ampliação vertical e horizontal) TEXTO 9: O SURGIMENTO DA PRODUÇÃO ENXUTA O texto trata sobre a produção enxuta (sinônimos: modelo japonês ou modelo Toyota) Contexto de criação do modelo (1945): - pós guerra -> Japão em crise - falta de recurso e demanda - falta de mão de obra (homens mortos na guerra) O sistema produtivo Toyota (STP) é estruturado em torno dos seguintes objetivos: - Aumentar produtividade / reduzir custos - Eliminar desperdícios A difusão do STP ocorre após a crise do petróleo (1973), que atinge as indústrias automotivas ocidentais (os carros produzidos por essas consumiam muito combustível). As indústrias japonesas tentam entrar no mercado americano, mas o governo forçado pelas automobilísticas cria leis protecionistas. Como forma de burla essas barreiras são abertas fábricas japonesas nos Estados Unidos. O SDP é difundido no Brasil somente após o Plano Real que elimina a inflação. Disperdícios no Modelo Toyota: - Estoque de produto acabado (“superprodução”) - Estoques intermediários (“espera”) - Estoque de matéria prima (“estoque disponível”) - Transporte e processamento desnecessário - Movimentos desnecessários do trabalhador - Produção de produtos defeituosos Meios para eliminar o desperdício no STP: - JIT: produção / compra de produtos somente na quantidade necessária (estoque zero) - TQC, kaizen, padronização de métodos – eliminar processamentos e movimentos desnecessários e produtos defeituosos - Células de manufatura – eliminar transporte desnecessário - Trabalho em equipes – eliminar produtos defeituosos, diminuir número de mão-de-obra TEXTO 10: O REDESCOBRIMENTO DO TRABALHO EM GRUPO Meios de eliminas o desperdício: - Controlar a qualidade - Trabalhar de forma participativa - Aplicar as ferramentas de Tempos e Métodos -> padronizando as tarefas - Treinamento on-the-job: aprendizado mais rápido, cooperação estimulada - Trabalhar em equipe Trabalho em grupo: - tarefa é dada para o grupo e não para as pessoas - é feita avaliação do grupo e não individual Taylor tinha uma visão negativa da cooperação, acreditava que um trabalhador sempre iria proteger o outro e que os vícios do trabalho seriam repassados se existisse trabalho em grupo. No modelo japonês, como o grupo era avaliado, os trabalhadores iriam se preocupar em desenvolver o trabalho de forma eficaz e caso alguém não ajudasse os outros comunicavam ao superior. � Trabalho em individual: - Uma pessoa em cada posto de trabalho - Não estimula a cooperação - Conhecimento restrito do processo de trabalho Trabalho em equipe: - Uma pessoa em mais de um posto de trabalho - Todos cooperam para equipe - Todos conhecem todo o processo � No Sistema Toyota de Produção, há rotação de funções obrigatória entre os membros das equipes. As equipes têm autonomia para decidir, a partir de alternativas pré-determinadas, a seqüência de produção. As equipes se responsabilizam pela qualidade e pela manutenção básica, além da limpeza do ambiente As equipes devem realizar kaizen (melhoria contínua) Melhorias incrementais podem ser implantadas sem consultas à engenharia. As demais melhorias devem ser submetidas à aprovação Controle de qualidade: - Criação de máquinas com dispositivo de segurança e parada automática quando se detecta algum erro - Os funcionários são orientados a pararem a linha caso ocorra algum problema - Possibilita atuação imediata sobre problemas TEXTO 11 e 12: THE LIMITS OF LEAN e OUTRO LADO DO MODELO JAPONÊS Os textos fazem uma crítica ao modelo japonês, apresentando os problemas do mesmo. Problemas do modelo: - As mulheres, com a recessão japonesa, passam a fazer parte do quadro de funcionários. No entanto elas trabalham recebendo muito menos. - Com o aumento da automatização, inicia-se o processo de demissão, que vai contra ao sistema de emprego vitalício proposto pelo modelo. - Estoque zero nem sempre é eficiente. Além do que, o sistema JIT gera muito trânsito e congestionamento. - A relação com fornecedores se tornou difícil com a distância e a pressão estabelecida por partes dos compradores. - Os japoneses preferem o trabalho qualificado. Surge uma demanda por operários que é suprida porestrangeiros, esses trabalham em condições precárias e sofrem discriminação. - A alteração constante do portfólio da empresa, além de gerar altos gastos, gera problemas na eliminação de produtos (problemas ambientais). Elimina as “gorduras” presentes na produção em massa