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Prévia do material em texto

EBOOK
MODELOS DE 
NEGÓCIOS DE 
SUCESSO
2
2
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Reitor:
Prof. Hermínio Kloch
Pró-reitora de ensino de graduação Ead: 
Profa. Msc. Francieli Stano Torres
Organização NEMP:
Leonardo Furtado da Silva - Coordenador do Núcleo
Daniele Lourdes Curso da Costa - Representante Coordenação de Curso
Luciana Fiomancini - Representante Coordenação de Curso
Cleide Tirana Nunes Possamai - Representante Coordenação de Curso
Rodrigo Borsatto Sommer da Silva - Representante Coordenação de Curso
Lindamir Pozzo Aibigaus - Representante Coordenação de Curso
Luciana Ronchi - Representante Docente
Péricles Ewaldo Jader Pereira - Representante Docente
Tiago Pedro Nicchellatti - Representante Docente
Liliane de Souza Vieira da Silva - Representante Docente
Valdinho Pellin - Representante Docente
Simone Cristina Aléssio - Representante Docente
Viviane D´Barsoles Gonçalves Werutsky - Representante Docente
Anderson da Silva - Representante Técnico administrativo
Gabriela Pedrotti - Representante Técnico administrativo
Elizabete Ortiz Roeder - Representante Egressa
Diagramação e Revisão Textual
Equipe Conteúdos Ed-Tech
3
32
O que buscamos? 
Olá, seja bem-vindo! Acreditamos que o conhecimento pode mudar a trajetória das 
pessoas, de suas famílias, das empresas e da sociedade. Nosso objetivo com este e-book é 
compartilhar conhecimento para empreendedores na criação de seu Modelo de Negócio. 
Vamos utilizar como base o quadro (Canvas em inglês 😉) elaborado pelos professores 
Alexander Osterwalder e Yves Pignuer (2011). O quadro é muito prático, pois, em uma página, 
você vai conseguir visualizar as principais funções de um negócio, compreender as relações 
entre essas funções e alterar de forma muito ativa o Modelo de Negócio. É uma ferramenta 
que facilita a visualização do futuro negócio. Além de ser muito dinâmica e colaborativa, 
o que é muito importante nos dias de hoje, pois o mercado exige cada vez mais rapidez de 
resposta dos empreendedores. 
Para ajudá-lo nessa jornada, o e-book está dividido em quatro partes. Na Parte 1, 
Coloque suas ideias em prática, vamos compreender o que é um Modelo de Negócio 
e outros temas importantes como inovação e valor. Já na Parte 2, Mãos na massa, vamos 
colocar realmente a sua ideia em prática e apresentar o Canvas de Modelo de Negócio sugerido 
pelos professores Osterwalder e Pigneur (2011). Para ajudá-lo, na Parte 3, Inspire-se, 
apresentamos alguns modelos de negócio, quem sabe você não tem um insight de sucesso 
😉 e, na Parte 4, Transforme seu projeto, vamos trazer algumas organizações que podem 
te apoiar e fazer com que o seu projeto saia do papel.
Este material foi criado por um time de professores com experiências diferentes, o 
que o torna muito rico. Nós, do Núcleo de Empreendedorismo da UNIASSELVI (NEMP), temos 
certeza de que este pode ser o pontapé inicial para você criar e recriar Modelos de Negócios 
de sucesso!
Aproveite e sucesso! 
Equipe NEMP da UNIASSELVI
4
4
Parte 1 – Coloque suas ideias em prática!
Você deve estar se perguntando, afinal, o que é Modelo de Negócio? Não vamos começar 
nada sem que antes você saiba esse importante conceito. Vamos recorrer ao professor 
Osterwalder e ao professor Pigneur (2011) no livro Business Model Generation (no Brasil, o 
título do livro não foi traduzido). 
Para eles, “um Modelo de Negócio descreve a lógica de criação, entrega e 
captura de valor por parte de uma organização”. Ou seja, um modelo é a descrição de um 
sistema. Toda empresa é um sistema em que os elementos se combinam e são interconectados 
de forma que constituem o todo, a empresa. Um Modelo de Negócio é, então, a descrição do 
negócio e de todas as partes que o compõem e como essas partes se conectam.
A grande sacada dos professores Osterwalder e Pigneur (2011) é que eles identificaram 
que, ao “desenhar” esse modelo em um quadro, fica muito mais fácil você entender o todo e, 
assim, conseguir visualizar as partes que o compõem e como elas interagem para criar, entregar 
e capturar valor. 
Pensar em um Modelo de Negócios na atualidade é pensar em inovar e se reinventar, e 
isso precisa ser muito rápido, dinâmico. Na verdade, é uma constante reinvenção, por isso que a 
ferramenta é um sucesso absoluto; com o quadro, o empreendedor consegue visualizar, avaliar 
e alterar Modelos de Negócios de forma dinâmica e colaborativa.
Opa! Agora que já entendemos o que é um Modelo de Negócio, vamos para o próximo 
passo, afinal, os professores falam em criar, entregar e capturar valor, mas o que é valor? Calma! 
Osterwalder e Pigneur (2011) nos ajudam novamente e explicam que “valor é a razão ou o 
motivo pelo qual pessoas adquirem seus produtos e serviços. Você deve pensar 
se está atendendo a uma necessidade, resolvendo um problema ou melhorando 
alguma situação existente”. 
O valor é muito importante, pois é a partir da percepção do cliente sobre o valor que a sua empresa 
está criando, entregando e capturando que ela vai optar pela sua empresa e não pelo concorrente. 
Para os professores, “algumas propostas de valor podem representar uma oferta 
inovadora. Outras podem ser similares a outras já existentes no mercado, mas com 
características e atributos adicionais”. É um conceito um pouco abstrato, sabemos disso, mas 
na próxima etapa desse e-book, vamos detalhar melhor como os empreendedores podem criar 
proposta de valor inovadoras!
5
54
Você deve ter reparado que uma palavra aparece recorrentemente quando tratamos 
de Modelo de Negócios e empreendedorismo, inovação! A inovação pode ser considerada a 
base do empreendedorismo, além de ser considerada cada vez mais uma forma de manter as 
organizações competitivas em um mercado em constante transformação. A grande questão 
então é: precisamos compreender o que é inovação.
São vários os autores e conceitos de inovação, mas vamos nos concentrar no Manual 
de Oslo, documento norteador das análises da inovação e desenvolvido pela Organização de 
Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Inovação é a “implementação de um produto (bem ou serviço) novo 
ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de 
marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na 
organização do local de trabalho ou nas relações externas” (MANUAL DE OSLO, 
2005). Podemos inovar então:
• No produto.
• No processo.
• No marketing.
• No local de trabalho ou nas relações externas da empresa etc.
A inovação surge como uma forma de esperança para transformar produtos, processos 
ou atividades cotidianas e minimizar custos, alavancando a economia. A inovação é a mola 
propulsora do crescimento econômico de uma nação. E dentro das empresas? Dentro 
das empresas a inovação tem como principais características gerar algum tipo de benefício 
para a organização ou para a sociedade e, ao mesmo tempo, se for um produto, pode ser 
comercializado, gerando divisas para a empresa e até mesmo para o país no qual a organização 
está sediada. 
Inovar é muito importante para o crescimento tanto dos países como das empresas. 
São essas inovações que irão ajudar a resolver muitos problemas da sociedade! Não podemos 
confundir inovação com:
1. Invenção: é a concepção da ideia. Já a inovação possui uma aplicação comercial e prática 
de uma ideia ou invenção.
2. Criatividade: é o processo mental que envolve a geração de novas ideias. Inovação não 
se trata somente de criatividade, uma inovação precisa ser colocada em prática, ou seja, a 
ideia precisa ser implementada e agregar valor para a empresa ou sociedade.
6
6
3. Tecnologia: nem sempre a inovação está ligada à tecnologia, é importante lembrar que 
a inovação pode ocorrer de diversas formas, é quando algo novo é implementado e vai 
agregar valor para a empresa e a tecnologia pode ou não estar envolvida.
A inovação começa com uma ideia, certo? Isso mesmo, você está certo! Tudo começacom uma ideia, inovação, Modelo de Negócio etc., assim, precisamos deixar que nossas ideias 
fluam, mas nem sempre é fácil ter ideias! 
"A melhor forma de obter uma boa ideia é ter muitas ideias" (Linus Pauling ).
Aí que entra a criatividade. Você está preocupado porque não é criativo? Vamos te dar 
uma mãozinha, saiba que é possível fomentar a criatividade e a geração de ideias. Vamos 
saber mais?! 😉 
As ideias surgem de um processo. Para começarmos a entendermos melhor, vamos 
iniciar com os pontos relevantes deste processo:
• Tudo começa com a existência de um problema ou recurso a ser explorado. 
• Uma equipe multidisciplinar ajuda na criação de ideias.
• Uma técnica bem conhecida para geração de ideias é o brainstorm.
Brainstorm
O que é?
É uma técnica para estimular a geração de um grande número de ideias em um curto espaço 
de tempo. Geralmente é realizado em grupo e conduzido por um moderador, responsável por 
deixar os participantes à vontade e estimular a criatividade sem deixar que o grupo perca 
o foco.
Como aplicar? 
Para que um brainstorming tenha sucesso, é preciso estar atento:
Qualidade pela quantidade: a qualidade e a assertividade das ideias geradas se atingem 
através da quantidade. Quanto maior a quantia de ideias geradas pela equipe, maior é a 
chance de produzir uma solução inovadora e funcional.
7
76
Evitar julgar as ideias: críticas não devem atrapalhar o processo criativo e a geração de 
ideias ousadas. O foco deve estar em aprimorar e produzir ideias, adiando a avaliação para 
um momento posterior.
Ideias ousadas são bem-vindas: novas ideias ou diferentes ângulos de uma mesma 
ideia podem gerar soluções inovadoras.
 
Combinar e aprimorar ideias: o brainstorming deve ser 100% colaborativo. Ideias 
podem ser combinadas, adaptadas, transformadas e desmembradas em muitas outras por 
qualquer um da equipe.
Após o brainstorming, apresentar a síntese de todas as ideias geradas: listar as 
ideias geradas no projeto, podendo haver um agrupamento por semelhança ou, no caso 
de um volume muito grande, uma seleção prévia. Pode-se incluir comentários relativos às 
ideias, desdobramentos e oportunidades de negócios.
Avaliar como cada ideia atende o problema: o objetivo é decidir a partir dos benefícios 
e desafios de cada solução, de modo que as ideias mais estratégicas sejam selecionadas.
FONTE: Adaptado de Vianna et al. (2012)
O brainstorming quando bem conduzido e com um foco bem definido pode trazer ótimas 
ideias sobre o problema que se precisa resolver. 
O que ocorre, muitas vezes, é que as organizações inventam produtos, no entanto, 
para que virem uma inovação, é necessário colocar a invenção no mercado com o objetivo 
de o consumidor usar e gostar e, assim, continuar usando. Um produto, serviço ou processo 
inovador pode mudar a vida de gerações inteiras, é o caso dos smartphones que mudaram a 
forma como interagimos e nos relacionamos com o mundo.
8
8
Como gerar ideias → Inovação → Modelo de Negócio
Problema + Equipe 
Multidisciplinar
↓
Brainstorm
↓
Seleção das ideias
É uma ideia ou invenção 
implementada. As inovações 
podem ser:
• produto;
• processo;
• método de marketing;
• método organizacional.
Descreve a lógica de criação, 
entrega e captura de valor de 
uma empresa.
Agora que já entendemos os conceitos principais, vamos para a próxima etapa? Vamos 
colocar a mão na massa? Na próxima etapa, explicaremos cada etapa do Canvas de Modelos 
de Negócios e como você vai construir o seu! 
Bem, já vimos muita coisa nesta primeira etapa. Ufa! Vamos dar uma recapitulada?
9
98
Parte 2 – Mãos na massa!
Agora que já compreendemos os principais conceitos, vamos apresentar o Canvas de 
Modelo de Negócio sugerido pelos professores Osterwalder e Pigneur (2011). A partir de 
agora, você poderá entender melhor como funciona, para que você consiga realmente colocar 
a sua ideia no papel, deixando ela mais clara 😉.
Primeiramente, precisamos apresentar o quadro ou Canvas de Modelo de Negócio.
Escaneie o QR Code e baixe!
Para os professores que criaram o Canvas, o quadro de Modelo de Negócios é uma 
linguagem comum para descrever, visualizar, avaliar e alterar Modelos de Negócios. Você pode 
observar que o quadro é composto por nove elementos:
• Segmentos de clientes.
• Proposta de valor.
• Canais.
• Relacionamento com clientes.
• Fontes de receita.
• Recursos principais.
• Atividades-chave
• Parcerias principais.
• Estrutura de custos.
Como já discutimos na primeira etapa, um modelo é a descrição de um sistema. À 
primeira vista, o Canvas parece até meio simples, mas é uma forma bem completa que permite 
a visualização geral do negócio, o que facilita muito no entendimento das necessidades de um 
novo negócio ou para inovar em um negócio que já existe. Agora, precisamos descrever esse 
sistema! Mãos na massa!
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Primeiro, você vai precisar de uma folha com o desenho do quadro, imprima em um 
pôster, ou você pode usar a sua criatividade, por exemplo, uma parede ou o que você tiver 
disponível, o importante é que o quadro esteja desenhado e contemple todos os elementos. 
Deixe-o sempre a sua vista, pois, provavelmente, você não irá preenchê-lo de uma única 
vez! Além disso, a colaboração é importante, deixe o Canvas em um local onde outras pessoas 
possam vê-lo e, assim, poderão colaborar com sua ideia! 
Uma dica para quem prefere versões para trabalhar on-line é a ferramenta Sebrae 
Canvas, você pode acessar em: https://uniasselvi.me/3CofHbn. A ferramenta do Sebrae 
permite a interação entre vários usuários. Você pode, por exemplo, compartilhar via e-mail ou 
links com outros empreendedores ou pessoas da sua equipe, que podem avaliar e comentar, o 
que é muito bom, pois uma das características do Canvas é a colaboração, lembra?! 
Antes de começar a preencher o quadro, precisamos entender que a ideia do Canvas é 
não ser estático, por isso, quando você utilizar a versão impressa, iremos preenchê-lo sempre 
com adesivos autocolantes. Dessa forma, ficará mais fácil escrever, reescrever, trocar de 
lugar, enfim, você vai compreender que ele é muito dinâmico e isso vai ajudar bastante você a 
organizar suas ideias. Você pode usar cores de adesivos autocolantes diferentes para ideias 
de negócio diferentes e fazer uma comparação, fica a dica! 
Último lembrete, não existe opção errada, caso você tenha dúvida, coloque a sua ideia 
no Canvas, depois, você pode melhorá-la, ajustá-la ou se precisar, até mesmo eliminar a ideia 
ou transformar em outro Modelo de Negócio. Uma das formas para você ser criativo é deixar 
que as ideias fluam, sem bloqueios. Lembra?!
Vamos começar! Por onde a gente começa? 😕 A grande dúvida é por onde começar a 
preencher o quadro? Fique calmo, nós e os professores Osterwalder e Pigneur (2011) iremos 
te ajudar. 
A sugestão é sempre começar com a segmentação de clientes e definindo a proposta 
de valor, afinal, valor é a razão ou o motivo pelo qual pessoas adquirem seus 
produtos e serviços. Então, é preciso, primeiro, identificar os clientes e como criar valor para 
eles! Vamos lá! 
1. Segmentos de clientes: aqui, você vai definir os diferentes grupos de pessoas ou 
organizações que sua empresa irá atender. Se tiver mais de um, um em cada adesivo 
autocolante.
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2. Proposta de valor: o que a sua empresa vai oferecer e o que realmente tem valor para os 
clientes que você irá atender? Os professores Osterwalder e Pigneur (2011) sugerem que 
a proposta de valor irá resolver um problema ou satisfazer uma necessidade do consumidor, 
assim, é preciso que você entenda muito bem seu público e as suas necessidades.
3. Canais: aqui, você irá descrever quais serão os canais de comunicação, distribuição e venda, 
ou seja, como a sua empresa irá alcançar seus clientes para entregar a sua proposta de 
valor. Lembre-se, muitos empreendedores tem uma ideia genial e um produto fantástico, 
mas não comunicam isso ao seu público, por exemplo, quando as pessoas não conhecem 
e sequer sabem da existência do produto,elas não compram. Por isso, é tão importante 
definir os canais que farão com que a proposta de valor chegue até o cliente.
4. Relacionamento com clientes: é preciso que você descreva os tipos de relação que 
sua empresa terá com cada segmento de cliente. Osterwalder e Pigneur (2011) sugerem 
que essa relação possam ser desde pessoais até automatizadas. Você pode pensar nas 
seguintes motivações para se ter relacionamento com o cliente: conquista do cliente, 
retenção do cliente e ampliação de vendas. 
5. Fontes de receita: é necessário, aqui, que você defina quais são as formas de obter 
receita por meio da proposta de valor. Como você vai ganhar dinheiro? Osterwalder e 
Pigneur (2011) dão algumas dicas, a receita pode vir da venda, de assinaturas, de aluguel, 
licenciamento, comissão, anúncios etc. Lembrando sempre que essas condições devem 
estar de acordo com que o cliente prefere!
6. Recursos principais: neste elemento, você irá descrever os recursos mais importantes 
para fazer o Modelo de Negócios funcionar. Os recursos principais podem ser físicos, 
financeiros, intelectuais ou humanos, estes podem ser possuídos ou alugados pela empresa 
ou adquiridos de parceiros-chave, explicam os professores Osterwalder e Pigneur (2011).
7. Atividades-chave: aqui, é necessário que você aponte as ações mais importantes que 
sua empresa deve executar para operar com sucesso, ou seja, quais são as atividades 
essenciais para que seja possível entregar a sua proposta de valor?
8. Parcerias principais: você irá definir a rede de fornecedores e os parceiros que irão 
ajudar a fazer funcionar o Modelo de Negócios. Osterwalder e Pigneur (2011) distinguem 
quatro diferentes tipos de parcerias: 1) alianças estratégicas entre não competidores; 2) 
coopetição: parcerias estratégicas entre concorrentes; 3) joint venture para desenvolver 
novos negócios; e 4) relação comprador fornecedor para garantir suprimentos confiáveis.
9. Estrutura de custos: depois que você definiu os itens anteriores, é necessário descrever 
os custos mais importantes do Modelo de Negócios, afinal, criar e oferecer valor, manter o 
relacionamento com clientes e gerar receitas incorrem em custos, explicam Osterwalder e 
Pigneur (2011).
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Bastante coisa né? Para te ajudar, o Sebrae, na cartilha O quadro de modelo de 
negócios: um caminho para criar, recriar e inovar em modelos de negócios, dá umas 
dicas e sugere que o Canvas de Modelo de Negócio pode ser agrupado em quatro grupos que 
responderão as seguintes perguntas:
O QUE?
O que vou fazer?
Qual é o valor que 
ofereço?
PRA QUEM?
Para quem estou 
fazendo?
QUANTO?
Quanto vou 
ganhar?
Quanto vou 
gastar?
COMO?
Como vou fazer?
• Vou fazer o quê? A sua resposta será a sua proposta de valor.
• Para quem vou fazer? São três blocos que serão respondidos: segmento do cliente, canais 
e relacionamento com clientes.
• Como vou fazer? Aqui, você irá descobrir quais são os recursos principais, as atividades e 
os principais parceiros.
• Quanto? Você deve avaliar quais e como serão obtidas as receitas e qual será a estrutura 
de custos para viabilizar o negócio. 
Você deve ter notado que a proposta de valor será elaborada com base no entendimento 
dos segmentos de clientes que serão atendidos e que todos os demais itens giram em torno 
da proposta de valor. São muitas coisas a serem pensadas, mas é preciso começar. Você não 
precisa ter presa de terminar, esse processo pode ser longo, o importante é deixar o quadro 
sempre à vista e quando tiver um insight, colocar a ideia no quadro, assim, ela não vai se perder!
Vamos fazer um resumo de como você vai construir o seu Canvas de Modelo de Negócio?
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Elaborar um Modelo de Negócios não é simples e requer tempo e aprendizado, por isso, 
as sugestões colocadas antes de explicarmos o quadro, é preciso refletir e pensar em cada 
ideia, então, não tenha pressa e use os adesivos autocolante para anotar e colar no quadro. 
Ah, conte também com a colaboração de outras pessoas! Quando você tiver o quadro pronto, 
poderá refletir e visualizar possibilidade de mudanças, por exemplo, novos canais, pois é esse 
quadro que vai fazer com que você consiga validar o seu Modelo de Negócio. 
Lembrando que é importante após a elaboração do Plano de negócio, a validação do 
Modelo de Negócio, para detalhar o seu negócio e identificar a viabilidade e o retorno do 
investimento necessário.
Para que esse processo de elaboração do seu Modelo de Negócios fique mais claro, 
na próxima etapa, apresentaremos alguns Modelos de Negócios que podem te ajudar na 
construção do seu modelo. Vamos lá?
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Parte 3 – Inspire-se! 
Agora que você já sabe os conceitos básicos – o que é valor e como você vai elaborar o 
seu Canvas de Modelo de Negócio –, vamos apresentar alguns modelos de negócio, quem sabe 
você não tem um insight de sucesso.
A proposta de valor vai ajudar o cliente com algum problema ou necessidade, já 
verificamos que é assim que se cria valor para o cliente. Devemos pensar em criar e entregar 
valor. A grande pergunta é: como criar valor em um mercado cada vez mais competitivo e que 
muda constantemente? É preciso entender o consumidor.
Para nos ajudar, os professores Osterwalder e Pigneur (2011) identificaram cinco 
padrões de Modelos de Negócios e explicam que um único Modelo de Negócio pode incorporar 
diversos padrões. 
Os cinco modelos são: desagregados, cauda longa, plataformas multilateriais, grátis e 
Modelos de Negócios abertos, vamos entender mais sobre cada um deles?
1. Modelos de negócios desagregados
Os teóricos que cunharam este termo sugerem que uma empresa é composta por 
três tipos distintos de negócios: relacionamento com o cliente, inovação de produto e 
infraestrutura. Como esses três negócios dentro de uma empresa são muito diferentes, a 
sugestão seria que as empresas separassem os negócios e se concentrassem em apenas um 
dos três internamente, para que não haja conflitos internos.
Um exemplo são as empresas de telefonia móvel. Os professores Osterwalder e 
Pigneur (2011) explicam que, tradicionalmente, as empresas de telefonia móvel competiam 
em qualidade de rede, mas agora elas fecham acordos de compartilhamento com competidores 
e terceirizam operações conjuntas com fabricantes de equipamentos. Você deve estar se 
perguntando, por quê? A grande sacada dessas empresas é que elas perceberam que o recurso 
principal delas não é mais a rede (infraestrutura), mas a sua marca e o relacionamento com os 
clientes.
 
Vamos ver como fica esse Modelo de Negócio? Esse é o Canvas do modelo tradicional.
15
1514
MANUTENÇÃO DA REDE 
MARKETING
VOZ
DADOS
RECEITA DE SERVIÇOS
VOZ
DADOS
CONTEÚDO BASE INSTALADA DE 
CLIENTES
REVENDA
RELACIONAMENTO 
COM O CLIENTE
GERENCIAMENTO DE INFRAESTRUTURA
INOVAÇÃO DE PRODUTO
AQUISIÇÃO
RETENÇÃO
REDE
MARCA
BASE DE CLIENTES
MANUTENÇÃO DE 
REDE
FORNECEDORES 
DE SERVIÇOS 
MARKETING
FORNECEDORES DE 
EQUIPAMENTOS DE 
TELECOMUNICAÇÃO
ATIVIDADES-
CHAVE
PARCEIROS-
CHAVE
ESTRUTURA DE 
CUSTOS FONTE DE 
RECEITAS
CANAISRECURSOS-CHAVE
PROPOSTAS DE 
VALOR SEGMENTO DE 
CLIENTES
RELACIONAMENTO 
COM CLIENTES
O Modelo de Negócio de uma corporação desagregada sugere que dentro deste modelo 
existem três Modelos de Negócios diferentes, um com foco no gerenciamento de infraestrutura, 
outro com foco na inovação de produtos e outro com o foco no relacionamento com o cliente. 
Desse desmembramento, é necessário pensar em três quadros diferentes. Vamos ver como 
fica o quadro com o foco no relacionamento com o cliente?
16
16
MARKETING RECEITA DE SERVIÇOS
VOZ
DADOS
CONTEÚDO BASE INSTALADA DE 
CLIENTES
VAREJO
AQUISIÇÃO
RETENÇÃO
MARCA
BASE DE CLIENTES
REDE 
OPERADORES
ATIVIDADES-
CHAVE
PARCEIROS-
CHAVE
ESTRUTURA DE 
CUSTOS FONTE DE 
RECEITAS
CANAIS
RECURSOS-CHAVE
PROPOSTAS DE 
VALOR SEGMENTO DE 
CLIENTES
RELACIONAMENTO 
COM CLIENTES
Conseguiram observar as diferenças entre os dois modelos? No modelo que foca o 
relacionamento com o cliente, ele forma o recurso-chavee a base do novo negócio. Quando 
as empresas se concentram nos clientes, aumentando a fatia de assinaturas, elas podem 
alavancar investimentos feitos ao longo dos anos, adquirindo e mantendo clientes, explicam 
Osterwalder e Pigneur (2011). 
2. A Cauda longa
Este Modelo de Negócio trata de vender menos de mais produtos, os professores 
Osterwalder e Pigneur (2011) explicam que esse Modelo de Negócio oferece um grande 
número de produtos de nicho. 
Você deve estar se perguntando, o que é um produto de nicho? Calma, vamos te 
explicar. Um nicho é uma estratégia que utilizamos quando segmentamos um mercado, ou 
seja, a empresa irá escolher um pedaço de determinado segmento para atuar e será referência 
para os clientes. Por exemplo, um petshop que só trabalha com gatos! 
Modelos de negócio de cauda longa requerem baixo custo de estoque e plataformas 
robustas para disponibilizar prontamente conteúdo segmentado para os compradores 
interessados. 
17
1716
Alguns exemplos desse Modelo de Negócios é o Netflix e o YouTube. Vamos ver como 
fica o Canvas?
GERENCIAMENTO + 
DESENVOLVIMENTO DA 
PLATAFORMA
VENDER MENOS DE MAIS
FERRAMENTAS 
DE PRODUÇÃO DE 
CONTEÚDO
GRANDE ESCOPO 
DE CONTEÚDO DE 
NICHO
FORNECEDORES 
DE CONTEÚDO DE 
NICHO
MUITOS 
SEGMENTOS DE 
NICHO
SCRC
CN
R$CS
PVAC
RP
PP
INTERNETPLATAFORMA
CONTEÚDO GERADO 
PELO USUÁRIO
FORNECEDORES 
DE CONTEÚDO DE 
NICHO
GERENCIAMENTO 
DA PLATAFORMA 
PROVISÃO 
DO SERVIÇO 
PROMOÇÃO DA 
PLATAFORMA
No Modelo de Negócio da cauda longa, a proposta de valor é caracterizada pela oferta 
de uma vasta gama de itens que não são “de sucesso” e que podem coexistir com produtos 
de sucesso. Isso fica bem nítido no YouTube, você encontra muita informação e para todos os 
públicos. Os modelos de negócio de cauda longa podem facilitar a construção de conteúdo 
gerado pelo usuário, assim, a plataforma para disponibilizar esse material é o recurso principal, 
esse tipo de Modelo de Negócio foi potencializado pela internet, que é o principal canal. 
Dica! Você quer saber mais sobre a teoria da cauda longa? A dica é a leitura do livro 
de Chris Anderson, A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. O 
autor defende o surgimento do mercado de nichos, em oposição ao mercado de massas, que 
caracterizou os grandes sucessos comerciais do passado. A leitura é ótima, vale muito a pena!
3. Plataformas multilaterais
A primeira coisa que precisamos deixar claro é o que são Plataformas Multilaterais? Os 
professores Osterwalder e Pigneur (2011) explicam que são plataformas que unem dois ou 
mais grupos distintos e interdependentes de consumidores. As plataformas criam valor, como 
intermediários, conectando esses grupos. Cartões de crédito, por exemplo, ligam comerciantes 
18
18
aos portadores do cartão ou consoles de videogames que ligam desenvolvedores de jogos a 
jogadores. Os professores alertam que a plataforma precisa atrair e atender a todos os grupos 
simultaneamente para criar valor.
Veja um Canvas de Modelo de Negócio de Plataforma Multilateral.
GERENCIAMENTO + 
DESENVOLVIMENTO DA 
PLATAFORMA
FONTE DE RECEITA 1
FONTE DE RECEITA 2
ETC...
ETC... ETC...
SUGESTÃO 
DE VALOR
1
POSSÍVEL FLUXO 
DE RENDA 
SUBSIDIADO
SEGMENTO 
DE CLIENTE
1
SUGESTÃO 
DE VALOR
2
SEGMENTO 
DE CLIENTE
2
SCRC
CN
R$CS
PVAC
RP
PP
PLATAFORMA
GERENCIAMENTO 
DA PLATAFORMA 
PROVISÃO 
DO SERVIÇO 
PROMOÇÃO DA 
PLATAFORMA
Nesse Modelo de Negócios, a proposta de valor deve criar valor em três áreas principais: 
• atraindo grupos de usuários (segmentos de clientes); 
• combinando esses grupos;
• reduzindo custos canalizando as transações através de plataforma. 
Lembrando que nesse Modelo de Negócio existem dois ou mais segmentos de cliente 
e o recurso principal é a plataforma, assim, as três atividades-chaves serão: o gerenciamento 
da plataforma, o fornecimento do serviço e a promoção da plataforma, explicam Osterwalder 
e Pigneur (2011).
4. Grátis como modelo de negócio
Você deve estar se perguntando, como vou sobreviver com um Modelo de Negócios que 
oferece um produto grátis? Calma! Você vai ver que existem muitos modelos de negócio e que 
pode ser uma alternativa muito viável.
19
1918
Osterwalder e Pigneur (2011) explicam que, no Modelo de Negócios grátis, pelo menos 
um segmento de clientes substancial é capaz de se beneficiar continuamente de uma oferta 
livre de custos. Para que isso seja possível, clientes não pagantes são financiados por outra 
parte do Modelo de Negócios ou por outro segmento de clientes. O Google é um ótimo exemplo, 
a maioria das pessoas não paga para utilizá-lo, você já parou para pensar como o Google gera 
lucro, qual a sua fonte de receita?
Existem três padrões para tornar o grátis uma opção de Modelos de Negócios: 1) oferta 
gratuita baseada em plataformas multilaterais, com base em anúncios; 2) serviços básicos 
gratuitos com serviços premium opcionais (freemium); e 3) o modelo “isca e anzol”, em que uma 
oferta inicial gratuita ou barata atrai o usuário para compras recorrentes.
Vamos detalhar um modelo bastante utilizado, o freemium (junção dos termos free, ou 
gratuito, e premium, que carrega um significado de exclusividade). Essas empresas fornecem 
serviços básicos sem custos e serviços premium por uma taxa, são vários os exemplos, o 
Spotify é um deles. Você pode acessar a versão free do Spotify e terá acesso a milhares de 
músicas e podcasts da plataforma, no entanto, será interrompido por propaganda, que é uma 
forma do Spotify conseguir recursos para oferecer o serviço gratuito. Caso você não queira ser 
interrompido por propaganda, pode pagar uma assinatura e, além disso, ter outras vantagens.
Veja o Canvas padrão de um modelo freemium. 
CUSTOS 
FIXOS
SERVIÇOS BÁSICOS GRATUITOS
SERVIÇOS PREMIUM PAGOS
SERVIÇO BÁSICO 
GRATUITO
CUSTO DE 
SERVIÇOS PARA 
USUÁRIOS
CUSTO DE 
SERVIÇOS PARA 
USUÁRIOS 
PREMIUM
GRANDE BASE 
DE USUÁRIOS 
GRATUITOS
SERVIÇO 
PREMIUM
PEQUENA BASE 
DE USUÁRIOS 
PAGANTES
SCRC
CN
R$CS
PVPA
RP
PP
PLATAFORMA
DESENVOLVIMENTO
+ MANUTENÇÃO DA 
INFRAESTRUTURA
PERSONALIZAÇÃO 
AUTOMATIZADA + 
DE MASSA
20
20
No modelo freemium, é necessária uma grande base de clientes que se beneficiarão 
da oferta gratuita, a porção de clientes que se torna pagante é pequena, em torno de 
10%. Geralmente, essa pequena base de pagantes consegue subsidiar os não pagantes, 
isso é possível, pois os custos para os serviços gratuitos precisam ser muito baixos. Assim, 
Osterwalder e Pigneur (2011) explicam que é preciso pensar nas seguintes métricas: 1) o 
custo médio do serviço para um usuário gratuito e 2) a taxa de conversão de clientes gratuitos 
e clientes pagantes. Você deve ter percebido que aqui também a plataforma é o recurso padrão 
mais importante, pois é ela que permitirá a oferta de serviço básico gratuito com baixo custo.
5. Modelos de negócios abertos
Modelos de negócios abertos e inovações abertas tratam do mesmo conceito, ou seja, 
é o processo de abertura do processo de pesquisa de uma empresa para grupos externos. 
Os Modelos de Negócios abertos podem ser utilizados por companhias para criar e capturar 
valor sistematicamente colaborando com parceiros externo. Esse conceito é do pesquisador 
e professor Henry Chesbrough. Para ele, em um mundo caracterizado pela distribuição do 
conhecimento, as empresas podem criar mais valor e explorar melhor suas próprias pesquisas 
ao integrar conhecimento, propriedade intelectual e produtos externos aos seus processos 
de inovação. Chesbrough também sugere que os produtos, tecnologias, conhecimentos e 
propriedade intelectual internos podem ser monetizadas ao serem disponibilizadas para 
grupos externos através de licenciamento, empreendimentos conjuntos ou ramificações. 
Assim, os professores Osterwalder e Pigneur (2011) explicam que os Modelos de 
Negócios abertos podem acontecer de fora para dentro, ou seja, quando a empresa explora 
uma ideia externa dentro da empresa, ou de dentro para fora, fornecendoa grupos externos 
ideias ou recursos internos.
"A inovação aberta é, fundamentalmente, reconhecer que se opera em 
um mundo de conhecimento abundante e que nem todas as pessoas espertas 
trabalham pra você, então é melhor você encontrá-las, se conectar com elas e se 
inspirar naquilo que sabem fazer" (Henry Chesbrough) .
Vamos ver como ficam os Canvas de Modelos de Negócios abertos? Começar com o 
padrão “de fora para dentro” da empresa.
21
2120
EXTERNALIZAÇÃO
CUSTOS DE DESENVOLVIMENTO
SCRC
CN
R$CS
PVAP
RP
PP
PROJEÇÃO 
GERENCIAMENTO 
DE REDE EXPLORAR 
MERCADO 
SECUNDÁRIO
CAPACIDADES 
DE PROJEÇÃO 
ACESSO A REDE DE 
INOVAÇÃO
PARCEIROS DE 
INOVAÇÃO
COMUNIDADE DE 
PESQUISA
NÃO IN
VENTAD
O 
AQUI
NÃO IN
VENTAD
O 
AQUI
NÃO IN
VENTAD
O 
AQUI
Como você pode observar, o Canvas, nesse caso, é preenchido primeiramente pelo 
lado esquerdo, assim, é como se o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de novos 
produtos fosse “terceirizado”. Essas fontes externas geralmente são menos caras e mais 
ágeis, o que pode resultar em produtos lançados no mercado de forma mais rápida e com 
um melhor retorno. Nesse modelo, a empresa trabalha com a curadoria das oportunidades 
identifi cadas e depois internaliza os projetos selecionados. É importante ressaltar que nesse 
Modelo de Negócios as empresas precisam ter uma forte relação com os clientes e todos os 
stakeholders, pois eles serão a base para novas oportunidades.
Quer conhecer um exemplo? A Tecnisa é uma construtora brasileira que trabalha com o 
que eles chamam de Fast Dating Tecnisa, um encontro em que as empresas têm dez minutos 
para apresentar suas ideias inovadoras e explicar como elas podem agregar valor à Tecnisa em 
qualquer área. Acesse https://www.tecnisa.com.br/lp/fastdating e saiba mais!
Agora, vamos entender mais do padrão de “dentro para fora”. 
22
22
TRANSFERÊNCIA 
DE VENDAS
RESULTADOS DE 
PAD
MERCADO 
SECUNDÁRIO
PROPRIEDADE 
INTELECTUAL NÃO 
UTILIZADA
SCRC
CN
R$CS
PVAP
RP
PP
PLATAFORMAS DE 
INTERNET
LICENÇAS
CLIENTES DE 
INOVAÇÃO
TAXAS DE 
LICENCIAMENTO
RAMIFICAÇÃO
NÃO VENDIDO 
AQUI
NÃO VENDIDO 
AQUI
NÃO VENDIDO 
AQUI
O foco aqui é bem diferente, você consegue observar que o lado direito do Canvas é 
quem foi preenchido. Aqui, o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos 
é interno e “vende” os seus resultados para outras empresas. Esses “produtos que serão 
vendidos” geralmente não fazem parte do negócio da empresa, por motivos estratégicos ou 
até mesmo operacionais, no entanto, o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento é tão 
robusto que existe muito conhecimento, tecnologia e propriedades intelectuais que não são 
utilizadas, então, podem ser utilizados como proposta de valor e serem utilizados para outras 
empresas. 
Nesse Modelo de Negócio, a “venda dessas inovações”, que não são utilizadas 
internamente, são uma fonte de renda para a organização, explicam os professores Osterwalder 
e Pigneur (2011). Um exemplo é a empresa Procter e Gamble (P&G), uma multinacional que 
detém uma série de marcas como Pantene, Gillette e Ariel. A P&G trabalha tanto a inovação de 
“fora para dentro” quanto de “dentro para fora”, acesse https://br.pg.com/inovacao/ e descubra 
todos os projetos de inovação que a empresa fomenta.
E aí, já conseguiu um insight para o seu Modelo de Negócio? Certamente, as possibilidades 
se abriram em um leque maior de opções. Vamos fazer um resumo desses principais modelos 
de negócio que Osterwalder e Pigneur (2011) nos apresentam.
23
2322
Modelos de 
negócios 
desagregados
A cauda 
longa
Plataformas 
multilaterais
Grátis Modelos de 
negócios 
abertos
O negócio é 
desagregado 
em modelos 
separados, porém 
complementares.
A proposta de 
valor visa um 
número maior 
de segmentos 
de clientes 
historicamente 
menos 
lucrativos 
e de nicho, 
que quando 
agregados são 
lucrativos.
Uma proposta 
de valor que 
dê acesso a 
um segmento 
de clientes 
existente da 
empresa é 
adicionada (ex.: 
um fabricante 
de consoles 
para jogos 
fornece aos 
desenvolvedores 
de software 
acesso aos seus 
usuários).
Diversas 
propostas 
de valor são 
oferecidas 
a diferentes 
segmentos de 
clientes com 
diferentes 
fontes de 
receitas, 
sendo um 
deles livre de 
custo.
Recursos e 
atividades de 
pesquisa e 
desenvolvimento 
são alavancados 
pela utilização 
de parceiros 
externos. 
Resultado de 
pesquisa e 
desenvolvimento 
internos são 
transformados 
em proposta de 
valor oferecidos 
para segmentos 
de clientes 
interessados.
Ex.: Telefonia 
celular
Ex.: Google Ex.: Cartão de 
crédito
Ex.: Spotify Ex.: Procter & 
Gamble
Agora que você já sabe o que é proposta de valor, que já conhece o Canvas de Modelo 
de Negócio e como elaborar um e também já viu alguns exemplos de Modelos de Negócios 
conectados com o mercado, na próxima parte deste e-book, vamos te dar algumas dicas de 
organizações que podem te apoiar e fazer com que o seu projeto saia do papel. Preparados?
24
24
Parte 4 – Transforme seu projeto!
É de conhecimento de todos que o empreendedorismo é fonte de renda e 
desenvolvimento social e econômico para as nações, assim, cada vez mais ecossistemas de 
empreendedorismo e inovação estão ganhando forma e força em muitos países. 
O conceito de ecossistema vem da biologia e apresenta um conjunto formado pelas 
interações entre todos os seus elementos, são conjuntos complexos de relacionamentos. 
Assim, usamos o termo ecossistema de empreendedorismo e inovação como uma metáfora. 
Ecossistema de negócios é uma comunidade econômica que se apoia na 
interação entre organizações e indivíduos, considerados os organismos do 
mundo dos negócios (TEIXEIRA; TRZECIAK; VARVAKIS, 2017, p. 5).
Um ecossistema de empreendedorismo e inovação é o termo utilizado para descrever 
um conjunto de organizações, por exemplo, empresas, universidades, governo, institutos 
de pesquisa, entidades sem fins lucrativos que promovam relações e interações entre si e 
fomentem um ambiente propício ao empreendedorismo e a inovação.
O Sebrae, em seu material sobre ecossistemas de alto impacto, explica que, para o bom 
funcionamento do ecossistema, é necessário a presença de múltiplos atores, entre eles:
Um pool de talentos com indivíduos com alto nível de capital humano, o que inclui tanto 
habilidades técnicas quanto empreendedoras.
Mercado interno e externo composto por consumidores e empresas que atuam como 
clientes.
Capital financeiro fornecido por investidores privados ou agências públicas de fomento, 
permitindo que os empreendedores obtenham os recursos necessários para a formação e 
o crescimento de seus negócios.
Serviços de suporte que ajudem os empreendedores a obter conhecimento 
especializado.
Universidades que desempenham um papel catalisador.
25
2524
Infraestrutura física do ecossistema (para a qual, tanto atores públicos quanto privados 
podem contribuir), que fornece às empresas iniciantes os recursos tangíveis necessários, 
incluindo espaço para escritórios, instalações de telecomunicações e infraestrutura de 
transporte.
Esses atores precisam estar conectados por meio de redes formais e informais que 
permitam facilitar o fluxo de recursos e informações entre eles (SEBRAE, 2020).
Vamos discutir sobre alguns atores do ecossistema de empreendedorismo e inovação 
que podem ajudar na sua jornada empreendedora. Começaremos com as incubadoras de 
empresas.
1) Incubadoras 
As incubadoras são entidades que estimulam empreendimentos que estejam nascendo 
ou há algum tempo no mercado. São entidades sem fins lucrativos e costumam ser mantidas 
por instituições públicas, por isso, geralmente estão ligadas ao ambiente acadêmico ou 
governamental. 
Acompanhar um negócio desde seu início, auxiliando no desenvolvimento do 
empreendimento e visando sua abertura para atuação no mercado, é a base do processo de 
incubação de empresas (SEBRAE, 2020).
 
Além de toda a estrutura física que contempla escritórios, laboratórios, salas de reunião,auditórios e outros recursos, os empreendedores podem usufruir de ferramentas e serviços 
que dificilmente conseguiriam obter por conta própria em um estágio inicial do negócio. 
Não é só isso, o mais importante é que as incubadoras também oferecem suporte para o 
desenvolvimento do negócio orientando, conectando com mentores ou prestando consultoria 
aos empreendedores em diferentes áreas, como gestão empresarial, gestão tecnológica, 
captação de investimentos,  marketing, assistência jurídica, entre outros. Muito importante 
também enfatizar que a maioria das incubadoras atuam como “curadoras” da relação entre 
empreendedores e seus pares, bem como entre empreendedores e outros ecossistemas. 
26
26
2) Aceleradoras
Diferentemente das incubadoras, as aceleradoras são organizações privadas, que tem 
por objetivo apoiar e investir no desenvolvimento e rápido crescimento de empreendimentos, 
auxiliando no alcance do ponto de equilíbrio do negócio (SEBRAE, 2020). As aceleradoras 
focam em elevar empreendimentos para um patamar que permita a atração de investimentos 
por meio de capital de risco. 
Vamos ver quais as principais características apontadas pelo Sebrae (2020) que 
caracterizam os programas de aceleradoras:
• O processo de candidatura ao programa de aceleração é aberto a todos, mas altamente 
competitivo.
• Programa estruturado, com duração que varia entre três a seis meses e possui como 
foco ensinar, aos participantes, habilidades de negócio e de gerenciamento de produtos, 
incluindo eventos programados e orientação/mentoria intensiva.
• Oferece espaço de trabalho, oportunidades de networking e mentoria com empresários, 
advogados, pessoal técnico, investidores anjo, capital de risco, fundos de investimento ou 
mesmo executivos de empresas.
• Provisão de investimento, geralmente, em troca por parte do capital da empresa (equity).
• A maioria dos programas termina com um grande evento, denominado Demo Day, 
cujos empreendimentos são apresentados para um público normalmente composto por 
investidores, como um pitch.
Uma característica que distingue muito as incubadoras das aceleradoras é que as 
aceleradoras normalmente são lideradas e geridas por empreendedores e empresários com 
experiência, capacidade de investimento próprio ou financiadas por capital de risco.
3) Coworkings
Os coworkings são espaços de trabalho compartilhado. Trata-se da união de pessoas, 
startups e outros tipos de organizações que trabalham de forma independente, mas 
compartilham o mesmo espaço (SEBRAE, 2020).
27
2726
Além da comodidade de oferecer espaço, a conveniência e a economia de custos, com 
a terceirização de tarefas administrativas básicas, a proposta desses espaços é reunir em 
um mesmo espaço pessoas com necessidades e objetivos profissionais específicos. Esses 
profissionais irão formar uma comunidade colaborativa, por isso, há uma tendência de espaços 
de coworking que atenda nichos, ou seja, projetados para um propósito específico, por 
exemplo, um coworking que reúne profissionais da indústria criativa.
4) Hubs de inovação
São espaços físicos criados para propiciar o encontro de pessoas e, por meio dessa 
interação, gerar oportunidades para que essas pessoas criem, empreendam, trabalhem juntas 
e inovem (SEBRAE, 2020). 
Esses espaços reúnem startups, médias e grandes empresas e também potenciais 
investidores, tudo voltado para a geração de negócios. Oferecem um ecossistema com uma 
infraestrutura propícia (auditórios, salas de reunião, cafés etc.) para diversas atividades que 
propiciem a integração das pessoas.
Diversos bancos e empresas estão criando e participando desses Hubs, pois, ao fazerem 
isso, conseguem ter um bom posicionamento no ecossistema. O Sebrae explica que, com isso, 
ficam mais antenadas e por dentro de diversas possibilidades de negócios para financiar, 
estabelecer parcerias, investir ou fornecer serviços. Além de ampliar as oportunidades de 
negócio, essa proximidade com um ambiente de inovação e com a mentalidade empreendedora 
pode trazer como benefício a renovação da cultura da empresa e de seus empregados. Alguns 
Hubs no Brasil são:
• Cubo Itaú (https://cubo.network/). 
• Google Campus (https://www.campus.co/intl/pt_ALL/sao-paulo/).
• Habitat Bradesco – Inovabra (https://www.inovabra.com.br/).
Acesse e veja quantas oportunidades de se conectar com o universo empreendedor 
existem. Ufa! É muita ideia sensacional, é muita gente querendo ajudar e fazer parte deste 
mundo desafiador do empreendedorismo e da inovação. Vamos fazer um resumo de todas 
essas possibilidades?
28
28
Incubadora 
de empresas
São destinadas a estimular empresas nas fases iniciais de seu projeto, 
auxiliando a encontrar clientes, planejar o negócio e na prototipagem e 
desenvolvimento dos produtos. 
Aceleradoras Concentram-se em orientar empresas visando ganhos de escala, ou 
seja, são empreendimentos que já possuem uma base sólida e que 
buscam maior tração nos negócios, bem como um investimento inicial. 
As aceleradoras oferecem uma orientação personalizada que ajuda os 
empreendimentos a crescer.
Coworking União de pessoas, startups e outros tipos de organizações que 
trabalham de forma independente, mas compartilham o mesmo espaço, 
com o objetivo de colaboração.
Hubs de 
inovação
São espaços físicos criados para propiciar o encontro de pessoas e, por 
meio dessa interação, gerar oportunidades para que essas pessoas 
criem, empreendam, trabalhem juntas e inovem
Existem muitas possibilidades para ajudar empreendedores a melhorarem as suas 
ideias e a tirarem elas do papel! A Associação Nacional de Entidades Promotoras de 
Empreendedorismo Inovador (Anprotec) reúne mais de 300 associados, entre incubadoras 
de empresas, aceleradoras, órgão públicos e entidades ligadas ao empreendedorismo e à 
inovação, acesse o QR Code abaixo e descubra uma organização próxima de você que poderá 
te ajudar!
Chegamos ao fim dessa nossa jornada, esperamos que esse seja o começo de um 
futuro empreendedor! Lembre-se de que estaremos sempre aqui para ajudar a fomentar o 
empreendedorismo e as ideias inovadoras de milhares de brasileiros que sonham com um 
futuro melhor para si e para a sociedade onde vivem. 
Sucesso!
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2928
REFERÊNCIAS
CHESBROUGH, Henry; VANHAVERBEKE, Wim Co-autor; WEST, Joel Co-autor. Novas 
fronteiras em inovação aberta. São Paulo : Blucher, 2017. E-book. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788521211211. Acesso em: 9 ago. 2021.
OCDE. Manual de Oslo: diretrizes para a coleta e interpretação de dados sobre inovação 
tecnológica. Publicado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), 3. ed., 2006.
OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business model Generation: inovação em 
modelos de negócios – um manual para visionários, inovadores e revolucionários. Rio de 
Janeiro: Alta Books, 2011.
SEBRAE. Ecossistemas de empreendedorismo inovadores e inspiradores. Brasília: 
Sebrae, 2020.
SEBRAE. Cartilha O quadro de Modelo de negócios: um caminho para criar, 
recriar e inovar em modelos de negócios. Brasília, DF, 2013.
TEIXEIRA; Clarissa Stefani; TRZECIAK; Dorzeli Salete; VARVAKIS; Gregório. Ecossistema de 
inovação: alinhamento conceitual. Florianópolis: Perse, 2017.
VIANNA, M. et al. Design Thinking: inovação em negócios. Rio de Janeiro, RJ. MJV Press, 
2012.

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