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Psicologia Escolar
Curso Psicologia
Universidade Paulista - UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Profa. Dra. Mônica Cintrão França Ribeiro
Prof. Dr. Rodnei Pereira
1
Ementa
Atuação da/o psicóloga/o na interface com a educação em uma perspectiva crítica em Psicologia. 
Atuação da/o psicóloga/o em relação aos processos educativos e às demandas escolares que surgem no contexto clínico, institucional e comunitário.
Atuação da/o psicóloga/o na clínica ampliada – escola e processos educativos.
2
CRONOGRAMA DAS AULAS
- mês de agosto - 
OK 16/08 – Aula 1. Apresentação do Plano de Ensino. A Psicologia Escolar na perspectiva crítica.
OK 23/08 – Aula 2. Teorias da Educação e a questão da marginalidade. Histórico da escolarização brasileira e as implicações em psicologia escolar. 
30/08 – Aula 3. Políticas públicas em Psicologia e Educação no Brasil: discurso oficial e consequências no processo de escolarização.
3
QUAL A PERGUNTA EM PSICOLOGIA ESCOLAR CRÍTICA?
4
NA AULA ANTERIOR
DE 
“POR QUE A CRIANÇA NÃO APRENDE?”
PARA
“O QUE ACONTECE NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO QUE FAZ COM QUE ESTA CRIANÇA NÃO SE BENEFICIE DA ESCOLA?”
Retomada do caso “Gabriela não lhe fica”
Fernández, Alícia. (1991) A inteligência aprisionada. Abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artmed.
5
Gabriela não lhe fica
Gabriela tem 10 anos, cursa a 2ª série de repetentes e querem enviá-la à escola especial. Havia feito a educação infantil sem intercorrências e as dificuldades manifestaram-se a partir da 1ª série. A pré-escola, 1ª série e 2ª série ela fez na mesma escola, depois mudou residência e foi para outras escolas. Desde que ingressou na 1ª série Gabriela trocou de escola quatro vezes.
A família é integrada pelo pai, de 49 anos, a mãe, de 48 anos, ambos imigrantes, com quatro filhos, dos quais Gabriela é a menor. Nas mulheres havia problemas de aprendizagem, mas não no único filho homem. A mãe, quando se refere ou se dirige à filha, assume uma atitude de desqualificação e de desvalorização. 
6
Gabriela não lhe fica
Na entrevista a mãe afirma que: ‘O problema começou na 2ª série, quando tinha que formar frases, ela não conseguia... porque a professora não estava em cima. Me disseram: “Pode ser que tenha uma deficiência”. Agora vejo que Gabriela não tinha nada, aí comecei a exigir, a apertar. Aí trocamos outra vez de casa. A professora dizia: “vamos fazer Gabriela passar”, e eu digo “não, não, prefiro que repita, se não sabe nada, não pode passar, uma menina que não sabe”. 
A diretora me disse então, que Gabriela não devia estar em classe normal, mas em uma classe especial... descobrimos que Gabriela não unia as frases... A diretora dizia que ela estava avançando, e eu via que a menina não se lembrava de nada, aí deixei, enquanto isso comecei a levá-la ao médico, a fazer exames, e cá estamos. 
7
Gabriela não lhe fica
No transcurso de quatro anos, deram-lhe três psicodiagnósticos completos e lhe administraram o teste WISC pelo menos seis vezes. 
Realizou e interrompeu tratamentos psicopedagógicos, fonoaudiológicos e familiares. 
Consultou a neurologia, dali foi enviada à endocrinologia, avaliação genética e psicopatologia. Transitou por várias clínicas.
 Não havia na paciente antecedentes patológicos de importância, e a maturidade psicomotora estava dentro dos limites normais. 
8
Gabriela não lhe fica
Na entrevista a mãe disse: ‘Estamos aqui porque não sabemos o que acontece com Gabriela, porque não vai bem na escola. Em casa é uma garota e na escola é outra completamente diferente. Eu quero saber de onde e por que não pode estudar e reter o que estuda. Não lhe fica’. 
O pai insiste: ‘Viemos porque já́ lhe fizemos mil exames; em casa brinca muito, na escola é calada, não se dá com ninguém. 
A mãe afirma: ‘Trouxemos os cadernos de Gabriela, um de aula e outro particular, você vai ver a diferença que há na escrita, para ver como é. Por que? Porque é uma mudança muito grande, é diferente em casa e na escola’... Antes ela ia contente para escola porque se encontrava com as amiguinhas, como agora trocou de escola, trocou de colegas e de professora também... gostava da outra professora, essa agora é mais velha...’.
9
Gabriela não lhe fica
Em carta, a profa. afirma que ‘em matemática Gabriela se sai bem, mas confunde e omite letras; e apresenta bom relacionamento social’. 
A equipe escolar solicita a opinião da Psicologia para encaminhar ou não Gabriela para uma sala de educação especial, se deve ou não permanecer na escola comum.
10
Gabriela não lhe fica
QUAL O ENCAMINHAMENTO QUE VOCÊS DARIAM PARA O CASO DE GABRIELA?
GABRIELA DEVE IR PARA CLASSE ESPECIAL?
45
Dois procedimentos em Psicologia
Modelo clássico e tradicional em Psicologia – diagnóstico da Gabriela como ‘aluna problema’ e família disfuncional; análise do processo de aprendizagem.
Psicologia escolar na perspectiva crítica – análise da rede de relações que produz a queixa escolar; análise do processo de escolarização.
12
EXAMES NEUROLÓGICOS/ IMAGENS/ QUESTIONÁRIOS
PSICODIAGNÓSTICO CLÍNICO
TESTES PSICOLÓGICOS
LAUDOS
ESCOLA NÃO É INCLUÍDA NO PROCESSO
MODELO CLÁSSICO TRADICIONAL
‘aluno problema’
7
13
PSICOTERAPIA E ORIENTAÇÃO FAMILIAR
MEDICAMENTOS
EDUCAÇÃO ESPECIAL
EDUCAÇÃO 
COMPENSATÓRIA
ESTIMULAÇÃO PRECOCE
PSICOPEDAGOGIA
MODELO CLÁSSICO TRADICIONAL
‘aluno problema’
14
8
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
RELAÇÕES 
ESCOLARES
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
PSICOLOGIA ESCOLAR CRÍTICA
15
9
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DA ESCOLARIZAÇÃO DEVEM EXPRESSAR A COMPLEXIDADE DA VIDA ESCOLAR
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO FENÔMENOS INSEPARÁVEIS
FENÔMENOS ESCOLARES SÃO PRODUTO DO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO
COMO INTERPRETAR O PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO?
16
PSICOLOGIA ESCOLAR CRÍTICA
10
Na aula de hoje...
AULA 2  Teorias da Educação e a questão da marginalidade. Histórico da escolarização brasileira e as implicações em psicologia escolar. 
Leitura: 
SAVIANI, D. As teorias da educação e o problema da marginalidade. In: Escola e Democracia. São Paulo: Editores Associados. 2003. 38a ed. p. 03 - 34. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/609.pdf
Acesso em: 09/06/2021.
FREIRE, P. Educação ‘bancária’ e educação libertadora. In PATTO, M. H. S. Introdução à Psicologia Escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. Pág. 61-78.
17
18
Escola e Democracia
19
Dermeval Saviani
Nasceu em Santo Antonio de Posse SP, em 03 de fevereiro 1944
Graduou bacharel e licenciado em filosofia em 1966;
Pós-Doutorado em 1994-1995, Universidade de Bolonga;
Obteve o título de doutor em filosofia da educação pela PUC-SP, em 1971.
20
Orientou cientistas como
Gilberto Luiz Alves
José Carlos Libâneo
Paulo Ghiraldeli Júnior
Gaudêncio Frigotto
Guiomar Namo de Mello
Paolo Nosella
Carlos Roberto Jamil Cury
Mitsuko Aparecida Makino Antunes
21
Autor de grande número de trabalhos publicados na forma de livros (25), capítulos de livros (62), prefácios de livros (62) de artigos (151) em revistas nacionais e internacionais, concluiu 18 projetos de pesquisa e orientou 37 dissertações de mestrado, 48 teses de doutorado, seis projetos de pós-doutorado e oito projetos de iniciação científica.
22
“Não se trata de optar entre relações autoritárias ou democráticas na sala de aula, mas de articular o trabalho desenvolvido nas escolas com o processo de democratização da sociedade.” 
(Escola e Democracia p. 78)
23
As teorias da educação e o problema da marginalidade
24
1. Teorias Não Críticas
Pedagogia Tradicional
Pedagogia Nova
Pedagogia Tecnicista
2. Teorias Crítico Reprodutivistas
Violência Simbólica
AIE
Escola Dualista
A marginalidade como fenômeno da educação.
As ‘Teorias da Educação’ explicam a questão da marginalidade a partir das relações entre educação e sociedade.
A respeito da marginalidade temos dois grupos de teorias educacionais:
1. TEORIAS NÃO-CRÍTICAS: 
Educação como fator de equalização social, visa a superação da desigualdade, damarginalidade, visa a construção de uma sociedade igualitária.
Sociedade harmônica, homogênea, visa à integração de seus membros.
Marginalidade: é um fenômeno acidental, que afeta individualmente seus membros, um desvio, uma distorção que não só pode como deve ser corrigida e superada pela educação.
A educação emerge como instrumento de correção das distorções. Constitui uma força homogeneizadora que tem por função reforçar os laços sociais, promover a coesão e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social. (p.4)
As teorias não críticas encaram a educação como autônoma e procuram compreendê-la a partir dela mesma.
Teorias não críticas
	Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova Pedagogia Tecnicista
25
Concepções, tendências e 
correntes da educação brasileira
Teorias não críticas: desconhecem as determinantes sociais do fenômeno educativo;
25
Pedagogia tradicional 
Inspirada no ideário da Revolução Francesa;
“Educação como direito de todos”;
Transformar súditos em cidadãos e findar a ignorância (marginalidade);
O professor era o centro e visava à transmissão do conhecimento; 
26
Não conseguiu universalizar o conhecimento e nem todos os bem sucedidos conseguiram se ajustar na sociedade;
26
Pedagogia nova (escolanovismo)
Corretora da marginalização;
Ajusta e adapta os sujeitos à sociedade;
“aprender a aprender”;
Deslocamento de eixos do processo educativo;
Professor é estimulador do processo;
O sujeito é visto como único e individual;
27
Do intelecto p sentimento; Do lógico p psciológico; conteúdo p método; esforço o interesse; disciplina a espontaneidade; quantidade o processo; ( afroux da disciplina e rebaix do ensino p. pobres e melhorias p. ricos; agravo o problema da marginalidade; é melhor uma escola boa para poucos que uma direrente para muitos 
27
Pedagogia tecnicista
O modelo era a relação empresarial (organização, divisão do trabalho, mecanização do processo, operacionalização dos objetivos);
Privilegiou o processo;
Marginal: improdutivo e incompetente;
Aprender a fazer.
28
Conseq: conteúdos fracos; altos índices de evasão e repetência
28
2. TEORIAS CRÍTICO REPRODUTIVISTAS:
Educação como instrumento de discriminação social, um fator de marginalização.
Sociedade é marcada pela divisão de grupos ou classes antagônicas, que se relacionam à base da força, que se manifesta pelas condições de produção material. 
Por isso, a marginalidade é um fenômeno inerente à própria estrutura da sociedade, o grupo que detém mais força é dominante, se apropria dos resultados da produção social, relegando aos demais a condição de dominados, marginalizados.
Nesse cenário, a educação é compreendida como dependente da estrutura social geradora da marginalidade, cumprindo a sua função de reforçar a dominação e legitimar a marginalização (produz e reproduz).
“Nesse sentido, a educação, longe de ser um instrumento de superação da marginalidade, converte-se num fator de marginalização já que sua forma específica de reproduzir a marginalidade social é a produção da marginalidade cultural e, especificamente, a escolar. 
As teorias são críticas porque se empenham em compreender a educação a partir de seus objetivos, à estrutura socioeconômica que determina a forma de manifestação do fenômeno educativo; a função básica da educação é a reprodução da sociedade.
Teorias crítico reprodutivistas: Teoria do ensino como violência simbólica; Teoria da escola como aparelho ideológico do Estado (AIE); Teoria da escola dualista.
29
Concepções, tendências e 
correntes da educação brasileira
Teorias não críticas: desconhecem as determinantes sociais do fenômeno educativo;
29
Teorias crítico-reprodutivistas
Educação era instrumento de discriminação social;
A marginalidade era inerente à estrutura da sociedade; 
O papel da escola era reproduzir a sociedade de classes e reforçar o modo de produção capitalista;
30
Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica (Bourdieu e Passeron)
Marginalizados = classes dominadas socialmente e culturalmente;
 A função da educação é a reprodução do status quo;
Imposição arbitrária da cultura dos dominantes aos dominados
31
Jornais, igrejas, revistas, moda, propaganda...
31
“Another Brick in the Wall”, Pink Floyd
32
Jornais, igrejas, revistas, moda, propaganda...
32
Teoria da escola enquanto aparelho ideológico do Estado (A.I.E) (Althusser)
É um aparelho criado pela burguesia para perpetuar seus interesses;
Marginalizado = classe trabalhadora;
A escola é o instrumento mais acabado de reprodução das relações de produção capitalista;
33
Para perpetuar a ideologia burguesa
33
Teoria dualista (Baudelot e Establet) 
A escola é dividida em duas: burguesia e proletariado;
Reforçou e legitimou a marginalização duplamente;
A escola cumpre duas funções: formação de força de trabalho e inculcação da ideologia burguesa.
34
Relação com althusser O AIE; impedir o desenvolvimento das ideias do proletariado
34
35
		TEORIAS NÃO CRÍTICAS
- Sociedade: homogênea, harmoniosa
- Educação: igualdade e equalização social
- Marginalidade: distorção individual			TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS
- Sociedade capitalista: divisão de classes
- Educação: reproduzir dominação e legitimar marginalização
- Marginalidade: constitutiva desta estrutura social		
	TEORIAS 	PEDAGOGIA
TRADICIONAL	PEDAGOGIA NOVA
(ESCOLA NOVA)	PEDAGOGIA 
TECNICISTA	TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO COMO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA	TEORIA DA ESCOLA COMO APARELHO IDEOLÓGICO DO ESTADO - AIE	TEORIA DA ESCOLA DUALISTA
	CONCEPÇÃO	- Meados do Séc. XIX
- vencer barreira da ignorância	- fim do séc. XIX
- diferenças individuais	- meados do séc. XX
- racionalidade, eficiência e produtividade	- 1975: Bourdieu e Passeron
- violência simbólica	- Althusser
- Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE)	- Budelout e Establet
- dualidade da educação
	MARGINALIZADO	- Ignorante, não esclarecido	- rejeitado, desajustado	- incompetente, ineficiente e improdutivo	- grupos ou classes dominados	- classe trabalhadora	- proletariado
	FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO	- X ignorância
- conhecimento X marginalidade	- adaptação e aceitação da individualidade	- X marginalidade com indivíduos eficientes e aumento da produtividade	- reproduzir a marginalização social	- manutenção dos interesses da classe dominante	- impedir o poder do proletariado e a luta revolucionária
	ESCOLA	- Centro: professor	- centro: aluno	- ensino mecanizado	- instrumento de reprodução	- instrumento de reprodução	- duplo poder de marginalização
	QUESTÃO CENTRAL PEDAGÓGICA	- Aprender	- aprender a aprender	- aprender a fazer	- autoridade pedagógica e trabalho pedagógico	- inculcação de saberes práticos da ideologia dominante	- trabalho intelectual x manual
36
TEORIAS NÃO CRÍTICAS
TEORIAS CRÍTICO REPRODUTIVISTAS 
Educação – visa a igualdade e equalização social
Sociedade – homogênea, harmônica
Marginalidade – distorção individual; serviços educativos têm a função de eliminá-la
Educação – produz, reproduz e mantém a discriminação social
Sociedade – divisão de classes
Marginalidade – constitutiva desta estrutura social; educação é aquela que gera
Essas teorias da educação apresentam propostas pedagógicas para resolver a questão da marginalidade
(carácter ilusório)
Essas teorias não apresentam propostas pedagógicas, mas explicam que a marginalidade é função da escola, por isso a necessidade ideológica de permanecer como tal
(carácter impotência)
Para pensar...
Leia atentamente as afirmativas abaixo que se referem às teorias da educação e ao conceito de marginalizado. Das afirmativas abaixo quais correspondem as teorias não críticas, segundo Saviani?
I. A marginalidade é um fenômeno acidental, que afeta individualmente seus membros, um desvio, uma distorção que não só pode como deve ser corrigida e superada pela educação.
II. A educação tem a função de superação da desigualdade, da marginalidade, de construção de uma sociedade igualitária.
III. A educação é instrumento de discriminação social, um fator de marginalização.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II(B) I e III
(C) I
(D) II
(E) III
37
Para pensar...
Leia atentamente as afirmativas abaixo que se referem às teorias da educação e ao conceito de marginalizado. Das afirmativas abaixo quais correspondem as teorias não críticas, segundo Saviani?
I. A marginalidade é um fenômeno acidental, que afeta individualmente seus membros, um desvio, uma distorção que não só pode como deve ser corrigida e superada pela educação. teorias não críticas
II. A educação tem a função de superação da desigualdade, da marginalidade, de construção de uma sociedade igualitária. teorias não críticas
III. A educação é instrumento de discriminação social, um fator de marginalização. teorias crítico reprodutivistas
Está correto o que se afirma em
(A) I e II 
(B) I e III
(C) I
(D) II
(E) III
38
3. Teorias Crítico NÃO Reprodutivistas:
	Somente poderá ser formulada a partir dos interesses dos dominados.
A teoria da educação nesta perspectiva deverá superar o poder ilusório e a impotência das outras duas teorias, colocando nas mãos dos educadores a ‘arma’ de luta, capaz de permitir-lhes o exercício de um poder real (ainda que limitado).
	
39
Concepções, tendências e 
correntes da educação brasileira
Teorias não críticas: desconhecem as determinantes sociais do fenômeno educativo;
39
A teoria da curvatura da vara
“Quando a vara está torta, ela fica curva de um lado e se você quiser endireitá-la, não basta colocá-la na posição correta. É preciso curvá-la para o lado oposto.”
(Lênin, in Saviani, 2012)
40
Pedagogia Histórico-Crítica
Vídeo: Dermeval Saviani. Pedagogia Histórico-Crítica. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=13ojrNgMChk. Acesso em 20/08/2021.
41
PAULO FREIRE
Educação ‘bancária’ e educação libertadora
Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997 – 76 anos), natural de Recife, foi um grande educador e filósofo brasileiro, considerado um dos maiores pensadores da pedagogia mundial, influenciou o movimento da pedagogia crítica.
Seu trabalho foi na área da educação popular (parte dos saberes do aluno e sua realidade cultural); seus estudos propõe a escolarização e a formação de uma consciência política, uma prática de educação voltada a conscientização para a liberdade, reconhecimento dos movimentos autoritários e desenvolvimento de atitudes críticas e não alienadas (desvelamento da realidade pela educação).
42
PAULO FREIRE
Educação ‘bancária’ e educação libertadora
Método Paulo Freire - método inovador de alfabetização, revolucionário, resultado da alfabetização de 300 trabalhadores rurais, em apenas 45 dias, em 40 horas de aula e sem cartilha; 
Criticava o sistema tradicional de ensino (alfabetização pela cartilha – repetição de palavras sem significado para os alunos); afirmava que no modelo ‘bancário’ de educação o aluno é visto como um copo vazio a ser preenchido pelo professor.
“...transformar os alunos em objetos receptores é uma tentativa de controlar o pensamento e a ação, leva homens e mulheres a ajustarem-se ao mundo e inibe o seu poder criativo... o sistema de relações sociais dominantes cria uma "cultura do silêncio", que infunde uma autoimagem negativa, silenciada e suprimida aos oprimidos. O aluno deve desenvolver uma consciência crítica, a fim de reconhecer que esta cultura do silêncio é criada para oprimir”.
(Freire, 1970, p. 77). 
43
PAULO FREIRE
Educação ‘bancária’ e educação libertadora
Foi o brasileiro mais homenageado da história, com pelo menos 35 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Europa e das Américas; recebeu o prêmio UNESCO para a Paz em 1986.
Escultura pública em calcário chamada de EFTER BADET (depois do banho) localizada em Estocolmo (Suécia) em que Paulo Freire aparece ao lado de personalidades internacionais entre elas Pablo Neruda.
Lei nº 12.612 de 13 de abril de 2012 declara o educador Paulo Freire “Patrono da Educação Brasileira”. 
44
PAULO FREIRE
Educação ‘bancária’ e educação libertadora
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na Ásia, agregando ao seu trabalho pedagogos, cientistas sociais e teólogos.
Em 1991 foi criado em São Paulo o Instituto Paulo Freire.
45
... e a Psicologia Escolar?
A forma de leitura sobre os funcionamentos escolares se modifica quando (o) psicóloga(o) compreende essa perspectiva histórica.
O conhecimento sobre o processo histórico da educação brasileira, leva a(o) psicóloga(o) ao compromisso ético e político de sua atuação nos processos de escolarização, visando a construção de uma educação crítica e democrática, transformadora da realidade em respeito aos direitos humanos – psicologia escolar crítica.
46
Psicologia Escolar 
Aula 3 – dia 30/08/2021
Políticas públicas em Psicologia e Educação no Brasil: discurso oficial e consequências no processo de escolarização.
 
Leitura:
SOUZA, M.P.R; SILVA, S.M.C; TOASSA, G. Atuação e Formação de psicólogos na Educação Básica: pesquisas e propostas para as políticas públicas. In SOUZA, M. P. R. (org.) Psicologia Escolar e Políticas Públicas para a Educação Básica na América Latina: pesquisas, impasses e desafios. São Paulo: Editora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021, cap. 15, pp. 203-214. 
Disponível: http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/view/602/536/2035-1 Acesso 06/06/2021.
47
ATÉ SEMANA QUE VEM!!!
48
Psicologia Escolar
Curso Psicologia
Universidade Paulista - UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Profa. Dra. Mônica Cintrão França Ribeiro
Prof. Dr. Rodnei Pereira
49

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