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AULA9_25out2021_psico escolar (1)

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PSICOLOGIA ESCOLAR
Profa Mônica Cintrão
Prof Rodnei Pereira
Curso Psicologia
Universidade Paulista - UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Curso Psicologia
Universidade Paulista - UNIP
Instituto de Ciências Humanas
Profa. Dra. Mônica Cintrão França Ribeiro
Prof. Dr. Rodnei Pereira
1
1
1
CRONOGRAMA AULAS
 OK 04/10 Aula 7. A medicalização e a judicialização da educação e da sociedade
11/10 (não houve aula – AC)
 OK 18/10 Aula 8. Alfabetização e letramento: atuação do psicólogo frente as dificuldades de aquisição da língua escrita. 
 OK 25/10 Aula 9. Violência na escola e preconceito na escola: atuação do psicólogo frente as dificuldades de comportamento na escola. O psicólogo e a orientação profissional. 
01/11 – AC (?)
08/11 – Revisão
15/11 – feriado
22/11 – PROVA NP
29/11 – PROVA SUBSTITUTIVA
06/12 – EXAME
2
3
O QUE VOCÊ JÁ SABE...
O que constitui o processo de escolarização
Foco do trabalho em psicologia escolar crítica 
Os efeitos de uma sociedade que se organiza na lógica da medicalização e judicialização educação
Atuação com as dificuldades de aquisição da língua escrita
A fundamentação teórica do atendimento psicológico à queixa escolar (OQE).
A diferença entre a perspectiva tradicional e a perspectiva crítica em Psicologia Escolar
Elementos que devem ser levados em conta quando analisamos a queixa escolar
As políticas públicas também são produtoras de fracasso escolar
Atuação com as dificuldades de comportamento
HOJE - AULA 09
25/10/2021 
 Violência e preconceito na escola: atuação do psicólogo frente as dificuldades de comportamento. O psicólogo e a orientação profissional.
Textos básicos:
Universidade Federal De Mato Grosso – UFMG (et al.) Violência e preconceito na escola: contribuições da psicologia.  Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia, 2018. 402p. Disponível em https://site.cfp.org.br/publicacao/pesquisa-violencia-e-preconceitos-na-escola/ acesso 06/06/2021. 
Aguiar, Wanda Maria Junqueira de. A escolha na orientação profissional: contribuições da psicologia sócio-histórica. psicol. educ., São Paulo, n. 23, p. 11-25, dez.  2006.   Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-69752006000200002   acesso em 06/06/2021. 
4
Violência e preconceito na escola: contribuições da psicologia (CFP)
Essa pesquisa foi desenvolvida em parceria com dez universidades federais brasileiras, no período entre 2013 a 2015, pelas entidades do FENPB voltadas à Educação, e apresentada ao Ministério da Educação.
Representa relevante contribuição da Psicologia para:
compreender os fenômenos dos preconceitos e da violência no contexto escolar brasileiro.
construir saberes e estratégias para o enfrentamento
Fonte: CFP (2015) 
5
Violência e preconceito na escola: contribuições da psicologia (CFP)
Na realidade em que vivemos, cada vez mais presenciamos, o crescimento e o avanço de expressões e atos de violência e de preconceito (homofobia, racismo, etc.)
Isso não pode ser ignorado pela sociedade e, de modo especial, pelas(os) psicólogas(os) e pelas(os) educadoras(es).
Porque visões preconceituosas, fobias sociais e atos de violência produzem a exclusão e infinitas formas de tristeza, marcas profundas de sofrimento.
 Fonte: CFP (2015) 
6
Violência e preconceito na escola: contribuições da psicologia (CFP)
O espaço escolar ocupa grande parte da vida de crianças e jovens, lugar de realização, de aprendizagens, de encontros e, também, de vivências de preconceitos e de violência.
Em função disso, a escola é o espaço para:
pensar e problematizar os fenômenos da violência e do preconceito
produzir escuta e voz da comunidade escolar (estudantes, docentes, famílias...)
conhecer e difundir experiências exitosas
compartilhar conhecimentos e propostas de enfrentamento
 Fonte: CFP (2015)
7
Violência e preconceito na escola: contribuições da psicologia (CFP)
Etapas e participantes da pesquisa:
1ª etapa – pesquisa documental e bibliográfica
2ª etapa – oficinas e rodas de conversa com professores, pais e alunos.
40 escolas públicas de Educação Básica – Fund I, Fund II e EM (Norte 16; Nordeste 10; Sudeste 04; Centro Oeste 06; e Sul 04) 
Total de participantes – 1537.
 Fonte: CFP (2015)
8
Violência e preconceito na escola: contribuições da psicologia (CFP)
Em cada escola foram colocadas duas urnas:
= Baú da violência
= Jogue aqui o seu preconceito
Objetivo: 
= Coletar as manifestações livres sobre os temas, sem necessidade de identificação e sem restrição de forma de expressão (textos ou desenhos)
Resultados:
= Violência e preconceitos aspectos interligados
= Violência e preconceitos entre alunos
= Necessidade de intervenções que possam dar conta dessas situações.
9
Quadro 37 – Baú da Violência - Região Sul
Dados Gerais: Foram depositados no Baú da violência: 212 papéis com a descrição de situações de violências
VIOLÊNCIA 
Principais Agressores: Alunos
Principais vítimas: Alunos
Tipos de violência: Verbal (ofensa moral e xingamentos); e física; Bullying; Violência institucional (principalmente relacionada à equipe gestora – supervisão e direção escolar)
Local de ocorrência: Sala de aula, pátio e corredores e arredores da escola. 
Motivação da violência: Racial; gênero, características físicas; regionalismos, classe social, orientação sexual 
Formas de enfrentamento: Mediação de professores e direção nos casos de bullying; Mudanças na conduta de professores e direção; Melhorar a relação professor-aluno Punição: Impedir o tráfico e uso de drogas na escola; revistar os alunos; Apoio do grupo de pertencimento; contar a própria experiência, para sensibilizar; Ocultar sua orientação sexual; participação familiar. 
Sentimentos:
 Incômodo com a violência sofrida e/ou presenciada e testemunhada.
10
Quadro 38 – Baú da Violência - Região Norte 
Dados Gerais: Foram depositados no ‘Baú da violência’ e na urna ‘Jogue aqui o seu preconceito’ 672 papéis com a descrição de situações de violências. 
VIOLÊNCIA/ PRECONCEITO 
Principais Agressores: Indivíduos ou grupos. 
Principais vítimas: Colegas de escola, grupos, o próprio sujeito, o próprio sujeito mais o grupo ao qual pertence, outra(s) pessoa(s) 
Tipos de violência: Verbal e física
Local de ocorrência: Sala de aula, e demais locais da escola. 
Motivação da violência/preconceito: Características raciais, físicas e sexuais. Classe social. 
Hipótese sobre as causas da violência/ preconceito: Causas grupais - grupos adversários devido a tipos de música, crenças; Causas individuais - muito magro, muito gordo.
Desdobramentos/ consequências da violência/preconceito sofridos: No próprio sujeito que sofre a violência e/ou o preconceito, nas relações escolares ou em ambas: evasão escolar, aumento da violência. 
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Quadro 41 – Baú da Violência - Região Sudeste 
Dados Gerais: Foram depositados no Baú da violência 602 papéis (429 escritos; os demais com escrito e desenho).
 VIOLÊNCIA (institucional – profs, funcionários, direção da escola)
Principais Agressores: Estudantes e Docentes. 
Principais vítimas: Estudantes e Docentes. 
Tipos de violência: Violência verbal e violência física; Institucional; bullying 
Local de ocorrência: Sala de aula, e demais locais da escola. 
Motivação da violência: Causas banais. Questões raciais. 
Hipóteses sobre as causas da violência: Família; Aspectos individuais; Uso de drogas; Indisciplina e vandalismo. 
Sentimentos: Tristeza, mágoa, vergonha. Ressentimento e medo. 
Formas de enfrentamento/ encaminhamento: Punição. Intervenção dos profissionais da equipe escolar . Postura dialogal. 
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	Dados Gerais
	Região do Brasil
Sul 217; Nordeste 373; Centro-Oeste 535; Sudeste 371
	Principais agressores	Estudantes, grupos
	Principais vítimas
	estudantes; gays, lésbicas, pessoas pobres, deficientes, pessoas com dificuldades de aprendizagem; pessoas mais frágeis
	Tipos de preconceito e Local	aparência física (gordo, magro, deficiente), racismo, orientação sexual/gênero, classe social, orientação sexual, características raciais e étnicas(negros, indígenas, diferenças regionais, classe social).
Local: sala de aula e espaços da escola
	Sentimento
	incômodo pelo preconceito sofrido ou presenciado
	Formas de enfrentamento	denunciar os preconceitos; mudanças nas relações na escola; impedir ou limitar o funk; respeito às diferenças; cada um faz a sua parte; iniciativas de âmbito individual e da vontade; punição; vigilância (seguranças e câmeras); diálogo.
Jogue aqui o seu preconceito
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Como podemos intervir em psicologia escolar?
SOUZA, Beatriz de Paula. Professora desesperada procura psicóloga para classe indisciplinada. In: Psicologia escolar: em busca de novos rumos. São Paulo: Casa do Psicólogo,1997. 
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QUANDO A QUEIXA ESCOLAR SÃO PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
O conceito de indisciplina varia conforme a exigência de cada pessoa. 
Frequentemente referida como distúrbio, desvio, como se o natural fosse a disciplina. 
“A transgressão e a agressividade são inerentes ao ser humano e fundamentais para o desenvolvimento seja do indivíduo, seja da sociedade.” (Souza, 1997, p.101)
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QUANDO A QUEIXA ESCOLAR SÃO PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
Queixa: cinco classes 4º ano EF (8/9 anos) de uma escola pública; indisciplina excessiva, quase inviabilizando o trabalho pedagógico. Profas estavam visivelmente extenuadas. 
Perspectiva de atuação da(o) psicóloga(o): psicólogo(a) como agente capaz de contribuir para o rompimento de discursos institucionalmente cristalizados; dentre outras formas, pela abertura de espaços de expressão para discursos reprimidos e aclaramento destes.
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QUANDO A QUEIXA ESCOLAR SÃO PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
Procedimentos:
1º: REUNIÃO COM PROFESSORAS – aprofundar a queixa, pedido e contrato, estabelecer as especificidades de cada classe, verificar que não parecia tratar-se de rigidez excessiva das professoras e que essas já́ haviam explorado bem seus recursos. Uma das professoras não apresentava queixa, mas interessava-se pelo assunto. Propus ouvir os alunos.
Com o grupo de professoras, o trabalho prosseguiu por algum tempo, com reuniões de acompanhamento. 
Foi interessante ter adotado procedimento similar com a classe da professora não-queixosa, pois seus resultados ofereceram interessante e produtivo contraponto. 
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QUANDO A QUEIXA ESCOLAR SÃO PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
2º: CONVERSA COM AS CRIANÇAS: Foi solicitado aos alunos que expressassem de alguma forma no papel — anonimamente se quisessem — como sentiam a classe. 
Foi analisada a produção dos alunos, a psicóloga fez reuniões com cada professora para dialogar sobre essa análise dos desenhos, levantar mais hipóteses e pensar a devolutiva com a classe, que foi feita com a professora presente. Com algumas classes, foram feitas várias reuniões. 
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Expressões dos alunos
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Expressões dos alunos
Figuras não parecem seres humanos, são ‘seres escolares’ que de humano só tem a cabeça. Corpos misturados à carteira, confinamento.
Na escola só há espaço para o racional, intelectual.
Corpos inteiros somente nos desenhos na quadra, pátio, rua, fora da sala de aula.
Massificação, indiscriminação das pessoas na sala.
Produção das crianças da sala não queixosa era cheia de nomes, de quem gostavam, de quem não gostavam.
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Expressões dos alunos
‘Eu acho a classe muito bagunceira. Eu não sou de muita bagunça. Eu só ‘bagunso’ quando estou na rua. E aqui na escola eu não gosto também porque quando eu chego na minha casa eu penso só na bagunça e eu não aguento ver os outros brincando e daí eu vou brincar também (final)’.
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Expressões dos alunos
Num lugar onde só a racionalidade é admitida, não pode haver brincadeira, que em tal contexto muda de nome e significado. 
Brincadeira, na escola, é bagunça. Bagunça, na rua, é brincadeira. 
A impossibilidade de brincar se torna ‘bagunça’ na escola.
A cisão entre estudar e brincar (ter prazer) afasta o interesse dos alunos dos conteúdos e interfere na aprendizagem.
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Expressões dos alunos
“A questão da cisão entre o estudar e o brincar, ou melhor (ou pior), entre estudar e ter prazer, foi das que mais apareceu. Não que eu acredite ser possível estudar tendo prazer e brincando o tempo todo, mas sabemos que existem muitas estratégias pedagógicas que contemplam integradamente ludicidade e conteúdo escolar, além de propiciar a aprendizagem significativa”(Souza, 1997, p.104)
“Mais uma vez foi muito positivo o envolvimento da professora não-queixosa e de sua classe, pois ficou claro que não era coincidência o fato de ela ser a única que usava com frequência técnicas de trabalho em grupo, colagens, desenhos etc.” (Souza, 1997, p.104) 
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Expressões dos alunos
Significado da LOUSA para os alunos:
 Desenhos dos alunos em que só apareciam nome nos objetos escolares.
 Desenho de lousa repleta de exercícios repetitivos para cópia – tarefas mecânicas.
 Desenhos de lousas vazias – sem significado.
 No desenho a profa. está perto da lousa, perto do conhecimento e os alunos distantes dela.
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Expressões dos alunos
“Uma metáfora do vazio de significados dos conteúdos escolares para os alunos, que não conseguiam relacioná-los a nada de mais imediato em suas vidas. São como obstáculos a serem saltados para se chegar ao diploma, ou a ser um bom aluno, ou ainda a ser uma pessoa de bem, um cidadão respeitável.” (Souza, 1997, p.105)
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Expressões dos alunos
Significado da PROFESSORA para os alunos:
Relação do professor com conteúdos acadêmicos – repetição de modelos também sem ludicidade.
Vivência do professor enquanto aluno – difícil ensinar de forma lúdica quando nunca se passou por algo assim.
Tendência a repetição daquilo que viveu. 
“Esse é um exemplo claro de onde a ação do pedagogo e do psicólogo se complementam. Faltam ao psicólogo as técnicas pedagógicas, falta essa que aliás foi sentida ao longo desse trabalho. E falta ao pedagogo a formação para lidar com questões mais profundas como essas, sem o que a simples apresentação de técnicas corre o risco de cair no vazio.” (Souza, 1997, p.106) 
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Expressões dos alunos
“Minha Classe. O menino está puxando o cabelo da menina. Deveremos ficarmos educados e nunca brigar. Para isso temos que ser amigos um do outro, respeitar a professora”.
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Expressões dos alunos
Cerceamento do corpo e aparecem crianças como que amarradas às cadeiras
Crianças que seriam as educadas, que seguem as regras
O texto do aluno reproduz o discurso oficial, o permitido
Conflito entre meninos e meninas – meninas reprimidas pelos meninos.
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Expressões dos alunos
“Eu me sinto ruim. Porque eles começam a fazer barulho e não deixam a gente fazer lição. Daí fica uma gritaria e a professora grita de cá e os meninos gritam de lá́. E eles puxam a gente e também enchem o saco que nem agora. E eles também não deixam a gente quieta”.
Fica claro que uma escola não pode ser entendia à margem daquilo que ocorre na sociedade.
Questões de gênero – Machismo – Racismo.
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Expressões dos alunos
“Na minha classe eu me sinto um chato. Eu sou bagunceiro, bato em todo mundo, eles provocam, mas eu vou encima. Aí me sinto bagunceiro, eu sinto desobediente, que nem respeito a professora. Eu sou muito mal e ignorante entendeu. Eu não respeito nem a professora. Respondo todo mundo menos a diretora. E a minha mãe e meus irmãos grandes e meus pais é a minha família”.
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Expressões dos alunos
A responsabilização dos alunos pelo que ocorre de “errado” na classe, o que ocorre de mau rendimento e mau comportamento, faz parte do discurso oficial. Este é frequentemente internalizado por tais alunos, levando a rebaixamento da autoestima na criança.
É importante, sim, considerar as responsabilidades dos alunos. Não se trata aqui de isentá-los disso, imputando tudo à Escola e à Sociedade. 
O problema é quando somente o aluno é responsabilizado, outros fatores que produzem a queixa são ignorados e mascarados.
Diferenças de comportamento em casa e na escola.
Troca de professores.
Classe agressiva? Ou classe agredida?
31
AÇÕES EM PSICOLOGIA ESCOLAR
Realizar revisão das estratégias pedagógicas(com adoção de trabalhos em grupo, por exemplo).
 Repensar os mecanismos escolares que reforçam o afastamento de meninos e meninas (como fila, chamada na aula de Educação Física, atitudes diferenciadas).
Aproveitamento das temáticas raciais para trabalhar o tema do racismo, questões de gênero, etnia, modelos familiares, etc. 
Realizar rodas de conversa com os professores e com os alunos para refletir sobre situações de violência e de preconceito na escola, para em conjunto construir estratégias de enfrentamento e superação.
32
AÇÕES EM PSICOLOGIA ESCOLAR
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PARA SABER MAIS...
Vários professores de uma escola pública têm procurado pelo psicólogo escolar com a queixa de indisciplina por parte dos alunos. Apresentamos abaixo algumas possibilidades de atuação profissional, assinale a correta:
Fazer uma reunião com as professoras para aprofundar as queixas, dialogar sobre a especificidade de cada sala, sobre a atuação das professoras e escutar os alunos.
Fazer uma avaliação das crianças para verificar qual delas apresenta algum problema e, dessa forma, orientar os pais e encaminhar para psicoterapia.
Fazer um mapeamento da sala de aula e trabalhar com os pais dos alunos indisciplinados, solicitando que chamem a atenção de seus filhos quanto à indisciplina escolar.
Fazer uma reunião pedagógica para investigar a forma como os professores ministram as aulas e propor mudanças.
Estabelecer uma diferença entre professores não queixosos e professores queixosos, como um meio de avaliar e tomar as medidas necessárias de comparação entre eles.
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PARA SABER MAIS...
Vários professores de uma escola pública têm procurado pelo psicólogo escolar com a queixa de indisciplina por parte dos alunos. Apresentamos abaixo algumas possibilidades de atuação profissional, assinale a correta:
Fazer uma reunião com as professoras para aprofundar as queixas, dialogar sobre a especificidade de cada sala, sobre a atuação das professoras e escutar os alunos.
Fazer uma avaliação das crianças para verificar qual delas apresenta algum problema e, dessa forma, orientar os pais e encaminhar para psicoterapia.
Fazer um mapeamento da sala de aula e trabalhar com os pais dos alunos indisciplinados, solicitando que chamem a atenção de seus filhos quanto à indisciplina escolar.
Fazer uma reunião pedagógica para investigar a forma como os professores ministram as aulas e propor mudanças.
Estabelecer uma diferença entre professores não queixosos e professores queixosos, como um meio de avaliar e tomar as medidas necessárias de comparação entre eles.
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Orientação profissional e a psicologia escolar
Aguiar, Wanda Maria Junqueira de. A escolha na orientação profissional: contribuições da psicologia sócio-histórica. psicol. educ., São Paulo, n. 23, p. 11-25, dez.  2006.   Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-69752006000200002   acesso em 06/06/2021. 
Bock, Silvio. Orientação Profissional: a abordagem Sócio Histórica. Cortez Editora: 7 de novembro de 2014, São Paulo. ISBN:9788524920998. 
37
Orientação profissional
Vocação – habilidades prontas, pré-existentes na pessoa, principio do dom, potencialidade que se desenvolve espontaneamente na pessoa. A finalidade da orientação vocacional é identificar por meio de testes essa vocação inata da pessoa.
Orientação Profissional – a pessoa tem a possibilidade de pensar, escolher, decidir; envolve a possibilidade de ESCOLHA, pensar e decidir entre múltiplos fatores e possibilidades e fazer uma escolha; a escolha envolve o contexto histórico cultural em que a pessoa está inserida.
38
Orientação 
Vocacional
≠ Orientação
Profissional 
Orientação profissional
ESCOLHA
gera conflito, ansiedade, dúvida, indecisão, insegurança porque requer uma decisão – escolher significa resolver o conflito.
envolve um processo, pensar sobre percurso vivido e o futuro projetado
envolve decisão sobre o futuro e o ingresso no mundo adulto
envolve risco, perda.
O QUE É A ESCOLHA PROFISSIONAL?
a pessoa se perceber como sujeito do processo e não como em um momento mágico de descoberta
identificar em sua história seus desejos, potencialidades, interesses
conhecer as profissões por meio do relato de profissionais das diferentes áreas.
39
40
DINÂMICA DO SORVETE
X
Y
Dinâmica do sorvete
Você vai ter que tomar uma decisão muito importante: vai escolher um sorvete. Para facilitar a tarefa, utilizará apenas um tipo de sorvete: o picolé e apenas dois sabores – SABOR X e SABOR Y. Mas existem algumas regras:
1.Você não pode dar uma ‘lambidinha’ antes para depois escolher (você não pode experimentar 100 profissões para depois escolher);
2.Você só pode escolher 1 sorvete, isto é, não pode escolher os dois (não pode escolher ao mesmo tempo 100 profissões);
3.Você quer fazer a melhor escolha, com menor risco possível e com maior chance de ‘sucesso’;
4.Esta escolha é importante; não é para o resto da vida (como a profissão também não é), mas deve permanecer um certo tempo com você.
Proposta:
Em grupo elaborem hipóteses para resolver o problema da escola de 1 sabor de sorvete.
BOCK, 2014 
41
Dinâmica do sorvete
Hipóteses construídas:
Tirar a sorte par ou impar
Olhar a embalagem, observar a cor dos sorvetes
Conhecer os ingredientes dos sorvetes
Perguntar para outras pessoas o que elas acham
Identificar ‘quais as consequências para a vida’ de cada opção; identificar vantagens e desvantagens.
Pesquisar o mercado; observar se há diferença de consumo entre homens e mulheres
Analisar o preço				BOCK, 2014 
42
Este problema tem solução?
Ao que parece nada garante a melhor escolha;
mas existe uma forma de resolvê-lo:
ATO DE CORAGEM
Dinâmica do sorvete
“... Escolher algo, como uma profissão, pressupõe que a pessoa conheça a realidade que contextualiza a decisão, que se autoconheça e que esteja informado das possibilidades. Sobre tudo isto, terá o ‘ato de coragem’ que é uma intervenção de ordem emocional, que envolve o bom senso, a intuição e a vontade.” (Bock, 2001, p.65)
BOCK, 2014 
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44
BARALHO DAS PROFISSÕES
45
Fonte: https://acaoeducativa.org.br/wp-content/uploads/2016/10/Guia-To%CC%82-no-Rumo.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=_RJ0Xw0URP0 
46
Vamos assistir? Curta “Passagem” - https://curtadoc.tv/curta/comportamento/passagem-2/ 
Passagem
Documentário que aborda a concepção do ‘ser’ adolescente. Uma exposição de suas idéias e percepções numa contextualização desta fase da vida, em um debate de temáticas variadas que delineia perfil adolescente da geração de bombardeio de informações e mudanças de moral e costumes. Gravado com depoimentos de adolescentes da Grande Florianópolis e de Rancho Queimado.
Realizado de forma coletivamente pelos alunos Ariel Schvartzman, Cleuza Maria, Fabíola Beck, Filipe Figueiredo, Maurício Marques, Oscar R. Júnior, Saulo Velasco, Thais Reis, Yanina Peralta na disciplina de Documentário 2, sob a orientação da professora Márcia Paraíso.
Tema: COMPORTAMENTO
Tags: adolescência, comportamento, comportamiento, juventude
47
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PRÓXIMA AULA
REVISÃO PARA AVALIAÇÃO
ATÉ SEMANA QUE VEM!!!
PSICOLOGIA ESCOLAR
Profa Mônica Cintrão
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Instituto de Ciências Humanas
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