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Cuidados de Enfermagem à Mulher na Consulta Ginecológica

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Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
Saúde da Mulher – Aula 2 
Cuidados de Enfermagem à Mulher na Consulta Ginecológica
 
Após anamnese e dialogo conhecendo a mulher, vamos 
partir para o exame físico das mamas e das genitálias 
internas e externas. 
 
Primeiro começa com exame físico geral, e devemos 
recolher informações acerca de: 
- Peso e estatura (verificar e anotar); 
- Observar a aquisição e seguir o índice de massa 
corpórea de Quetelet* (IMC = PESO(Kg)/ALTURA 
(m²) 
*Os valores menores que 18,5 Kg/m indicam baixo 
peso (desnutrição), entre 18,5 e 24,9 Kg/m indicam 
massa corpórea normal, entre 25 e 29,9 Kg/m 
sobrepeso, entre 30 e 34,9 Kg/m obesidade classe I, 
entre 35 e 39,9 Kg/m obesidade classe II e acima de 40 
Kg/m obesidade classe III (mórbida). 
 
 
 Estrutura e função das mamas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- É formada por 15-20 lóbulos gandulares, envolvidos 
por suporte de tecido adiposo e fibroso que dá forma ao 
órgão; 
- Cada lóbulo drena ao mamilo, através de um canal 
lactífero; 
 
- O mamilo é infiltrado com músculo liso, que se 
contrai em resposta a estímulos sensoriais e táteis, 
causando a ereção do mamilo; 
- Em torno do mamilo encontra-se a aréola pigmentada; 
- Glândulas sebáceas (Montegomery), fornecem 
secreção local. 
- Situam-se sobre os músculos peitoral maior e serrátil 
anterior, estendem-se da segunda à sexta costela; 
 
 
- As mamas, por sistematização, são divididas em 
cinco quadrantes para facilitar identificação por 
qualquer profissional da saúde. 
 Quadrante súpero-lateral; 
 Quadrante súpero-medial; 
 Quadrante ínfero-lateral; 
 Quadrante ínfero-medial; 
 Quadrante central ou retro-areolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Obs: a porcentagem presente na imagem está 
relacionada aos índices de câncer de mama. 
 
 
 
- São doenças benignas que não tem relação com 
câncer de mama, são elas: 
 A dor nas mamas (mastalgia): acompanhada ou 
não de espessamento mamário. Surge no início 
do menacme e tende a desaparecer na 
MAMAS 
EXAME FÍSICO GERAL 
DIVISÃO DA MAMA - QUADRANTES 
DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
menopausa. Recebe a denominação de 
“alterações funcionais benignas das mamas”. 
É mais frequente em nuligestas e em 
mulheres com baixa paridade. Isso porque a 
descarga hormonal durante todo o ciclo 
menstrual faz com que as glândulas e ductos 
dilatem e aumentem de volume a cada ciclo e 
tudo isso mexe muito com o organismo. 
Mulheres que tem muitas gestações não tem 
tanta descarga hormonal, pois durante um 
tempo ela não vai ficar fértil. 
Apesar dessas dores regredirem na 
menopausa, elas costumam reaparecer com a 
reposição hormonal. 
 
 Alterações Fibrocísticas: estimulados níveis 
mensais de estrogênio e progesterona – 
dilatação e aumento dos ductos mamários. 
 
 Fibroadenomas: estimulados por estrogênio 
externo, progesterona, gestação e lactação. 
 
 Mastite: lactacional / não-lactacional: ductos 
congestionados com secreções e fragmentos 
celulares. 
 
 
Inspeção estática: 
- Solicitar que a mulher sentada com o tronco 
desnudo, voltada para você e a fonte de luz, 
mantenha os braços soltos ao longo do corpo 
para serem observadas as mamas e mamilos 
quanto a: 
 Alteração na cor da pele, contorno e ou 
retrações da mesma; 
 Fissuras, descascamento ou úlceras no mamilo 
e secreção mamilar. 
Inspeção dinâmica: 
- Solicitar a mulher que eleve os braços e depois 
coloque as mãos na cintura com os braços 
erguidos ao máximo, realizando contratura dos 
músculos peitorais, para tornar nítida: 
 Alguma alteração na cor da pele; 
 Descascamento ou úlceras no mamilo e 
secreção mamilar. 
Palpação: 
- Solicitar a mulher que sentada apoie o 
antebraço no examinador (geralmente no 
ombro), mantendo o braço bem relaxado. 
Examinar a região supra e infra clavicular 
(investigar linfonodos) e axilar bilateral, assim 
como toda a mama e em volta da aréola com a 
face palmar dos dedos da mão dominante. 
Repetir o exame com os braços elevados e 
fletidos e com as mãos sob a nuca e com a 
mulher deitada em decúbito dorsal. 
Obs: para o exame de mama, a mão do 
examinar sempre tem que estar enluvada. 
 
 
Inspeção dinâmica: 
- Solicitar a mulher que eleve os braços e depois 
coloque as mãos na cintura com os braços 
 
 
 
 
Avaliação Mamilar: 
- Posicionar a usuária em decúbito dorsal, sem 
travesseiro e com as mãos atrás da nuca na mesa 
de exames. 
- Palpar todos os quadrantes da mama 
detalhadamente, em busca de nódulos. 
 
*Apesar da foto, mãos SEMPRE enluvadas. 
 
 Avaliação Mamilar – Espremer o mamilo: 
 
- Fazer a expressão suave da mama, desde a 
base até o complexo aréolo-papilar. 
- Ocorrendo a saída de fluxo, observar se é uni 
ou bilateral. 
- Para verificar adequadamente a cor do fluxo, 
deve ser absorvido em uma gase. 
EXAME DAS MAMAS 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
 
 
 
- Se houver presença de secreção encaminhar ao 
laboratório para realizar leitura de citologia de mama: 
 Derrame papilar espontâneo; 
 Secreção sanguinolenta ou cristalina; 
- A técnica de coleta: Passar uma lâmina de vidro sobre 
a papila, coletando-se o derrame ou descarga – em 
seguida é espalhado sobre a lâmina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação Mamilar – Palpação axilar: 
 
- Pode ser realizado com a mulher deitada ou 
sentada. 
-Fazer uma concha com os dedos da mão 
esquerda, penetrando o mais alto possível em 
direção ao ápice da axila. A seguir, trazer os 
dedos para baixo pressionando contra a parede 
torácica. 
- Os músculos peitorais devem estar relaxados 
para um exame completo. Músculos contr´dos 
podem obscurecer discretamente linfonodos 
aumentados de volume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Melhor método para registrar os achados do 
exame físico mamário: 
- Combinação de descrições (por escrito) com 
um esquema gráfico mamário. 
 
- Tumores e outros achados físicos devem ser 
descritos pelas seguintes características: 
1. Localização por quadrante; 
2. Tamanho em centímetros (seja de uma 
massa ou nódulo que tenha identificado 
na palpação); 
3. Forma (redonda, oval); 
4. Delimitação em relação aos tecidos 
adjacentes (bem circunscrito, 
irregulares); 
5. Consistência (amolecida, elástica, 
firme, dura); 
6. Mobilidade, com referência a pele e aos 
tecidos subjacentes; 
7. Dor à palpação focal (não é desconforto 
pelo toque, é DOR); 
8. Aspectos dos achados visíveis 
(retração, erupções, eritemas e 
depressão). 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
 
 
 Estrutura genital feminina: 
- Incluem: Ovários, tubas uterinas, útero e vagina; 
- Vulva: genitália externa. Partes: grandes lábios e 
pequenos lábios; 
-Vagina; 
- Clitóris: corpo e glande; 
- Glândulas de Bartholin; 
- Útero: órgão muscular me forma de pêra invertida 
 
 
 
 É a porção cilíndrica em contato com a vagina 
e possui de 2 à 4 cm. Está localizado da seguinte 
maneira: 
 Anterior: bexiga; 
 Posterior: reto; 
 Superior: corpo uterino. 
- Sua parte interna é o endocérvice: epitélio colunar 
simples. É o epitélio que fornece muco cervical 
- Sua parte externa é o ectocévice: epitélio escamoso e 
estratificado 
- Entre os dois epitélios temos a Junção escamocolunar 
(JEC) 
 
 
 
 
 Localização da JEC: durante a infância e o 
período pós menopausa ela se contra dentro do 
canal cervical. 
Durante a fase reprodutiva ela está no nível do 
orifício externo ou para fora desse, 
caracterizando uma ectopia. É uma questão 
fisiológica e um dos fatores é o estrógeno. 
Quando temos a ectopia, há a 
metaplasia escamosa, que é a substituição 
fisiológica do epitélio da endocervide para o 
epitélio da ectocervice. 
Chamamos o local onde ocorre a 
metaplasia de zona de transformação. 
E na zona de transformação que estão 
90% das lesões precursoras ou malignas do 
colo de útero. (motivo: são células que estão 
mudando de lugar) 
 
 
 
 
 
 
 
- Também identificamos no colodo útero o 
Cisto de Naboth. 
 Glândulas de epitélio colunar simples 
permanecem na endocérvice (ainda secretam 
muco) e são recobertas por epitélio escamoso. 
- Formam-se cistos de retenção de muco. São 
totalmente fisiológicos e não geram grandes 
repercussões que necessitam de tratamento. 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS GENITAIS FEMENINOS 
COLO DO ÚTERO 
JUNÇÃO ESCAMOCOLUNAR - JEC 
CISTO DE NABOTH 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
 
OBS IMPORTANTE: O exame satisfatório dos 
órgãos genitais depende da colaboração da 
paciente e do cuidado do profissional em 
demonstrar segurança em sua abordagem no 
exame. 
- Todos os passos do exame deverão ser 
comunicados previamente, em linguagem 
acessível. 
 
Otimizando o esfregaço vaginal 
 Agendar exame 2 semanas após primeiro dia da 
última menstruarão (células sanguíneas 
mascaram células que podem demonstrar 
alguns tipos de alterações); 
 Abster-se de ter relações sexuais nas 48hrs 
antecedentes ao exame (devido a presença de 
sêmen); 
 Não usar duchas nas 48hrs antecedentes ao 
exame (para evitar que a água retire células que 
precisam ser investigadas); 
 Não usar tampões, geleias ou medicamentos 
vaginais nas 72hrs antecedentes ao exame (para 
não alterar o exame); 
 Cancelar o esfregaço vaginal em caso de 
sangramento. 
- Material de coleta de esfregaço cervico vaginal: 
 
*Raramente se usa o swab 
 
 
A posição ginecológica ou de litotomia é a preferida 
para a realização do exame ginecológico. 
 O exame deve seguir uma sequência lógica: 
1. Órgãos genitais externos – vulva; 
2. Órgãos genitais internos – vagina, útero, 
trompas e ovários. 
 
 
- Observe a característica e distribuição dos pelos 
pubianos (os pelos existem para uma proteção, sem 
eles a mulher pode ficar vulnerável a patologias como 
a candidíase); 
- Inspecione a genitália externa, afaste também os 
grandes lábios; 
- Pesquise a presença de inflamação, ulcerações, 
secreção, aumento volumétrico ou nódulos; 
- Palpe as glândulas de Bartholin. 
 Secreta muco lubrificante durante o ato 
sexual. Não são visíveis ao olho nú. Sua palpação de 
ser feita introduzindo o dedo indicador na vagina e 
palpando com o polegar. 
*Sempre comunique todo o procedimento e nunca 
esteja sozinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Não costuma ser feito como rotina, se faz como rotina 
apenas se a mulher relatar muita dor na relação sexual 
ou se relata muita dor quando faz o exame preventivo. 
- Com a mão dominante enluvada, usar o polegar e o 
dedo mínimo para afastar os pequenos lábios; 
ESFREGAÇO VAGINAL 
EXAME FÍSICO 
EXAME GENITAL EXTERNO 
PALPAÇÃO (TOQUE VAGINAL) 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
- Com do dedo indicador e médio lubrificados, 
introduzi-los no canal vaginal, no sentido posterior, 
com pressão uniforme para trás, contra o músculo 
pubo-retal. 
- Explorar a musculatura perineal, as paredes vaginais, 
o cérvix e os fundos vaginais. 
- Com a outra mão, apalpar o abdome (útero), acima da 
sínfise púbica, ao mesmo tempo em que se examina o 
colo do útero durante o toque vaginal. 
- Durante o exame bimanual, explorar tamanho, forma, 
consistência, mobilidade e sensibilidade do útero e 
anexos. 
 
 
*O que se espera: que a mulher não sinta dor e que não 
seja identificado massa. 
 
 
 Inspeção (exame especular): 
- Com a mão enluvada, afastar os pequenos lábios, 
localizar o intróito vaginal e introduzir o espéculo para 
avaliar: 
1. Canal vaginal: amplitude, comprimento, 
elasticidade, superfície (menacme: tem aspecto 
rugoso e climatério: tem aspecto liso), 
coloração e integridade do tecido e no colo do 
útero avaliar forma, volume, superfície, 
direção; 
2. Orifício externo: primípara (circular) e 
multípara (em fenda), assim como os aspectos 
das secreções, a ocorrência de lesões, 
condilomas e pólipos. 
 
 Coleta do exame Papanicolau: 
- Deve ser realizada na ectocévice e na endocérvice em 
lâmina única (fundo de saco vaginal não é 
recomendado pois o material é de baixa qualidade); 
- Ectocérvice: utiliza-se espátula de Ayre, do lado que 
apresenta reentrância; 
 Encaixar a ponta mais longa da espátula no 
orifício externo do colo, apoiando-a 
firmemente, fazendo uma raspagem em 
movimento rotativo de 360° em torno de todo o 
orifício cervical, para que toda a superfície do 
colo seja raspada e representada na lâmina. 
Exercer pressão firme, mas delicada, sem 
agredir o colo, para não prejudicar a qualidade 
da amostra. 
 
*Protocolo: A amostra deve ser disposta no sentido 
transversal, na metade superior da lâmina, próximo 
da região fosca, previamente identificada com as 
iniciais da mulher e o número de registro. 
 
EXAME GENITAL INTERNO 
Eduarda Maia Rangel – Enfermagem - UFRJ 
- Endocérvice: utiliza-se a escova endocervical. 
 Recolher o material introduzindo a escova com 
um movimento giratório de 360°, percorrendo 
todo contorno do orifício cervical. 
 
*Protocolo: O material retirado da endocérvice 
deve ser colocado na metade inferior da lâmina, no 
sentido longitudinal. 
 
 
 
- O esfregaço obtido deve ser imediatamente 
fixado para evitar o dessecamento. Fixação com 
álcool à 96%, considerada mundialmente como a 
melhor; a lâmina deve ser colocada dentro do 
franco com álcool. 
- Fechar o espéculo não totalmente, evitando 
beliscar a mulher. Retirar o espéculo 
delicadamente, inclinando levemente para cima, 
observando as paredes vaginais. 
 
 
- Se houver alguma sintomatologia importante ou o 
exame físico for conclusivo para algumas alterações 
específicas, tratar segundo o Ministério de Saúde e/ou 
protocolo de enfermagem para ISTs. Caso contrário, 
aguardar o resultado e encaminhar para consulta 
médica. 
 
 
 
 
EXAME GENITAL INTERNO

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