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TEXTO 13: INTERESSES, CONFLITOS E PODER Natureza política das organizações: - Autocracia: governo absoluto - Burocracia (escritório + poder): regra exercida por meio da palavra escrita - Tecnocracia: regra exercida através do uso do conhecimento - Co-gestão (1 representante do capitalismo e 1 dos trabalhadores na cúpula): partes opostas entram em entendimento para gerar juntas interesses mútuos - Democracia representativa: regra exercida através da eleição de membros - Democracia direta: cada um tem direito igual de governar tomando parte em todas decisões A escolha organizacional é sempre uma escolha política, o homem sempre busca relações de poder Interesses da tarefa (ligada ao trabalho a desempenhar) x interesses de carreira x interesses extra-organização (pessoais) O conflito aparece sempre que os interesses colidem. O conflito não é necessariamente negativo: quando é gerado de maneira correta provoca o crescimento da empresa, evitando estagnação O poder é o meio através do qual conflitos de interesse são resolvidos. Fontes de poder: Autoridade formal Controle sobre recursos escassos Uso da estrutura organizacional, regras e regulamentos Controle do processo de tomada de decisão Controle do conhecimento e da informação Controle dos limites (relações de fronteira) Habilidade de lidar com a incerteza Controle da tecnologia Alianças interpessoais, redes e controle da “organização informal” Controle das contra-organizações (ex: sindicatos) Simbolismo e administração do significado (ex: persuadir) Sexo e administração das relações entre sexos Fatores estruturais (ex: poder da matriz x poder da filial; poder do cliente x poder do fornecedor; poder da produção x poder financeiro) O poder que já se tem (poder p/ adquirir + poder) Assertivo COMPETITIVO COLABORADOR tentaiva de satisfazer as preocupações dos outros NEGOCIADOR IMPEDITIVO ACOMODADOR Não Assertivo Não Cooperativo Cooperativo tentaiva de satisfazer as necessidades dos outros Impeditivo: - ignora os conflitos - usa sigilo p/ evitar confrontação - apela p/ regras burocráticas Negociador: - discute - procura entendimento e compromissos - encontra soluções satisfatórias ou aceitáveis Competitivo: - cria situações claras de ganhar ou perder - usa rivalidade - força a submissão Acomodador: - cede e obedece Colaborador: - quer resolver os problemas - busca soluções integradoras - vê conflitos como desafios TEXTO 14 E 15: ORGANIZAÇÕES NA PERSPECTIVA SÓCIOTÉCNICA E SOCIOTECHNICAL SYSTEMS Sócio-técnica: oposta as escolas clássicas Mais difícil de ser encontrada nas empresas, pois quem implementa o modelo é a cúpula e ao implantar o mesmo, a cúpula tira parte do poder das próprias mãos Desenvolvida no ocidente na mesma época que o modelo japonês surgia Anos 60/70: ambiente turbulento exige que empresas sejam mais flexíveis: Mudanças nas demandas sociais (movimentos contra cultura) Mudanças nas demandas políticas Mudanças econômicas Mudanças na base tecnológica (microeletrônica: trabalho passa ser de vigilância) Chega no Brasil apenas nos anos 90 A organização na perspectiva sócio-técnica: É um sistema aberto: interage com o ambiente; é capaz de auto-regulação; pode alcançar um mesmo objetivo através de vários caminhos; deve aprender continuamente; É formada por dois subsistemas: subsistema técnico (máquinas, equipamentos...) e subsistema social (indivíduos, grupos, comportamentos, cultura, sentimentos...), que devem ser otimizados conjuntamente Os indivíduos são diferentes entre si, portanto os modelos e estruturas de trabalho que os motivam são diferentes O comportamento das pessoas face ao trabalho depende da forma de organização do trabalho e do conteúdo das tarefas a serem executadas No momento do projeto, o sistema social e o técnico devem ser considerados em conjunto. Organizações tradicionais X Organizações sócio-técnicas Princípios da escola sócio-técnica: Definição e gerenciamento de fronteiras (do grupo) e controle de variâncias próximo à fonte Valores e filosofias organizacionais explícitos e compatíveis; explorar as mudanças de valores e filosofias que ocorram no ambiente e influenciem a organização Compatibilidade entre a organização desejada e o processo de mudança Multifuncionalidade Mínima especificação crítica Princípio do incompleto: a organização está em permanente evolução Princípio da congruência de apoio: setores de apoio têm que garantir que os grupos semi autônomos funcionem O trabalho na perspectiva sócio-técnica: Deve haver variedade de tarefas dentro da função Cada função deve ter um aspecto de tarefa completa e gerar contribuição perceptível na utilidade do produto (“product focused forms”) Realimentação sobre os resultados (feedback) Inclusão na função de tarefas auxiliares e preparatórias Projeto de canais de comunicação adequados para o funcionamento da produção Estrutura de remuneração combinando recompensas individuais e em grupo Equipes semi-autônomas, auto-gerenciáveis Processos completos alocados a uma equipe Diminuição dos níveis hierárquicos Hierarquia típica de uma organização sócio-técnica: O que fazer com o antigo supervisor: - Demitir - Inserir no grupo - Staff: monitorar resultado - Staff: apoio técnico - Deslocar p/ outro setor - Intermediar gerente e GSA - Preparar para virar gerente Objetivo do GSA: proporcionar ambiente mais participativo, maior autonomia na tomada de decisões, mais agilidade nas respostas às mudanças, equipes mais motivadas e comprometidas; melhoria significativa nos indicadores de performance da fábrica O grupo é responsável por um conjunto de tarefas e pelos recursos a sua disposição O arranjo do trabalho é definido com a participação dos próprios membros O GSA pode ter um líder, sem função hierárquica, que deve garantir as condições e recursos necessários ao bom funcionamento do grupo. Estímulo à multifuncionalidade; rotação de funções; interação cooperativa Remuneração atrelada ao desempenho do grupo Gerenciamento por metas: indicadores de desempenho conhecidos por todos no grupo Cuidados na concepção e implantação: A transição deve contemplar o lado técnico (ex: mudanças nas linhas, relações de fronteira, tamanho dos grupos...) e comportamental (habilidades técnicas, administrativas e de relação interpessoal para os membros dos grupos) Definição de Indicadores de desempenho: Devem refletir as prioridades estratégicas da empresa. As metas não podem ser nem muito fáceis nem muito difíceis de serem alcançadas. Grupo deve se auto-avaliar e interferir na criação dos indicadores Grupos devem ter condições de interferir nos fatores que levem ao alcance das metas Indicadores não devem estimular competição entre grupos Instrumentos para viabilizar o desempenho: Deve haver adequado treinamento e formação para que o grupo possa agir e se responsabilizar pelo que lhe foi atribuído Fluxo de informações deve disponibilizar aos grupos as informações necessárias, nos momentos e locais corretos O grau de autonomia desejado e as operações que o grupo realizará devem estar definidas desde o início Relação das equipes com outros setores (manutenção, qualidade, PCP...): Possibilidades: incorporar especialistas ao grupo ou manter as áreas de suporte Dificuldades: diferenças de status e salariais; dificuldades de comunicação TEXTO 16: TRABALHO EM GRUPO TEXTO 17: TRÊS PARADIGMAS Condições: Elevado nível educacional e cultural da população; Médias salariais entre as mais elevadas do mundo; Presença de políticas de bem-estar social; Grande influência sindical quanto à organização industrial e do trabalho Anos 70/80: altos níveis de rotatividade voluntária (30%) Fábrica de Udevalla: - montagem final deautomóveis (6.000/ ano em 1 turno) - conceito adotado: produção em docas Características da produção: Grupos de 10 pessoas, com líder eleito pelo grupo, que recebe adicional salarial Metas semanais de produção recebidas e negociadas pelo grupo Terminais de computadores nos grupos: informações on line sobre a produção e envio de pedidos ao almoxarifado Não há controle de tempos e métodos, embora esta técnica tenha sido utilizada para o dimensionamento dos grupos Automóveis montados pelos grupos, do começo ao fim, em fases sucessivas (docas) Uso de equipamentos universais, não dedicados e não automatizados (o grupo decide como usar o equipamento) Apoio do sindicato Poucos níveis hierárquicos: montadores, gerentes de produção, gerentes funcionais e gerente geral Reduzido staff na área de serviços de apoio, já que os grupos deveriam realizar parte dessas atividades Remuneração baseada em competências e no alcance de metas de produção, salários atribuídos individualmente Treinamento on-the-job, com GSA especial para treinamento Problemas: - Não foram considerados aspectos como: Relações com fornecedores Frequência de lançamento de produtos novos Organização por processos Infra-estrutura organizacional de apoio aos grupos do chão de fábrica - Estratégia de produção não era coerente com a linha de produtos: Produção de só um modelo padronizado, com longa permanência no mercado Outras plantas menos flexíveis produziam automóveis customizados - Dependência de insumos importados (necessidade de estoque) Planta foi fechada em 92 e reaberta em 95 TEXTO 18: TOYOTA KYUSHU PLANT Novo Toyotismo Segunda metade do século 19: fim da “bolha econômica” Crise de trabalho: jovens não aceitam mais trabalho “sujos, duros e perigosos” (3K) Busca de soluções inovadoras: - Planta de Tahara (1991): “Cortar” a linha de montagem, em mini-linhas, com buffers entre elas, e a utilização de “plataformas” para a realização das tarefas pelos grupos -Planta de Kyushu (1992) Planta de Kyushu: - Planta para montagem de veículos médios e de luxo - Relativamente independente da Toyota Motor Corporation Desenvolvimento de produtos e programação de vendas e produção (nivelamento) ocorrem centralmente Autonomia em ajuste fino da produção, seqüenciamento, e organização do trabalho Características TMK: - Mudanças na gestão de RH: Salário: 60% salário base + 40% remuneração por competência Redução de horas extras – fim das janelas entre os turnos - Forte preocupação com aspectos de ergonomia e ecologia - Organização da linha de montagem: 11 mini-linhas, cada uma dedicada a uma função específica: duas para montagem do chassis (motor, suspensões); três para montagem do interior; quatro para montagem da parte externa; duas para finalização Idéia de “trabalho com conteúdo completo”: a contribuição de cada mini-linha para o produto final é visível Há buffers entre cada mini-linhas (4 a 5 carros), permitindo variação de ritmos e maior robustez de processo Há Controle de Qualidade entre cada mini-linha - Trabalho em equipes em cada mini-linha Grupos de 15 funcionários em média com supervisor (função: garantir segurança e performance) Sub-grupos de 5 funcionários com líderes Equipes estabelecem seus objetivos de custo duas vezes por ano; o objetivo é aprovado (ou não) pelo chefe da seção e as equipes receberão bônus de acordo com a performance (evita competição entre as equipes) A organização do trabalho dentro das equipes fica a cargo dos supervisores (portanto, cada equipe pode ser organizada de maneira diferente) As sete orientações do novo toyotismo: 1. Ser uma firma mundial 2. Servir as pessoas levando em conta a segurança e o meio-ambiente 3. Valorizar a tecnologia e satisfação do cliente 4. Participar da comunidade na qual a empresa está instalada 5. Criar uma cultura de empresa que respeita a individualidade dos trabalhadores e encoraja o trabalho em equipe 6. Perseguir um crescimento contínuo por uma gestão de boa performance e global 7. Construir relações de longo prazo com os parceiros (fornecedores) TEXTO 19: Críticas à Sócio-Técnica Tradicional - Sócio-Técnica Moderna Sócio-técnica tradicional: - STT coloca muita ênfase à questão da Qualidade de Vida no Trabalho; pouca atenção era dada a questões econômicas (produtividade, flexibilidade), que são igualmente legítimas - O foco era o trabalho e não a organização: incoerência com a noção de sistema (enfoque no lado social em detrimento das questões técnicas) - STT não envolve muito os trabalhadores no projeto, que é dominado por experts (o processo de implementação é complexo e muitas vezes os operadores são colocados de lado) - STT não considerava no projeto aspectos como: projeto do produto, tecnologia, sistema logístico e contábil, que acabam restringindo os graus de liberdade dos GSAs: incoerência com a noção de sistema aberto - Distinção entre “sistema técnico” e “sistema social” é problemática: a produção é um sistema único e integrado, aspectos “humanos” não podem ser isolados dos “técnicos” e vice-versa. - “Otimização conjunta” (procurar o “ótimo”, contabilizar prós e contras) vai contra a noção de inovação, adaptação, coordenação das transações entre a organização e o ambiente e entre as funções internas da organização que contém as dimensões técnicas e sociais. - O projeto parte dos sistemas separados para o todo, mas dessa forma não se obtém o projeto de um sistema integral! Princípios da sócio-técnica moderna (STM): - Conceito de projeto integral: o projeto deve se basear na análise das interações entre subsistemas e aspectos que os perpassam (logística, manutenção, qualidade etc) - Conceito de ‘dirigibilidade’ (controllability): o projeto deve objetivar o incremento da capacidade genérica de pilotagem (não se sabe quais objetivos serão demandados no futuro, nem os pontos a serem controlados!!) - Conceito duplo de estruturas de produção e controle Primeiro projeta-se a produção, tentando reduzir a ocorrência de variações; depois projeta-se a estrutura de “pilogatem” Analisar e identificar os parâmetros estruturais relacionados com a probabilidade de perturbações e a capacidade de reduzi-las. TEXTO 20: COMPETÊNCIA Mutações do conteúdo do trabalho: - Importância dos eventos no trabalho evento: descontinuidades do fluxo (pane, inovações...) + experiência e comunicação = - eventos - Importância da comunicação a qualidade das interações é fundamental para o desempenho das organizações; comunicar não é só informar! - Emergência do serviço no conteúdo do trabalho trabalhar é gerar um serviço, uma modificação no estado ou nas condições do destinatário (não importa o setor) Qual deve ser a postura do trabalhador frente a esse novo trabalho? Basta avaliar somente suas capacidades para realizar a operação? Que tipo de conhecimentos, habilidades, o trabalhador precisa mobilizar? Para Zarifian, a resposta é um modelo que mobilize as competências das pessoas Modelos emergentes: - Trabalho em grupos - Organização em rede (por processo / linhas de produto ou business units) - Organização por projeto Para Zarifian, esses três modelos podem ser utilizados concomitantemente (“organização em grupos e rede, animada por projetos”), apoiando-se nas competências Definições de competência: A competência é o “tomar iniciativa” e o “assumir responsabilidade” do indivíduo diante de situações profissionais com as quais se depara. - A competência é mobilizada pelo indivíduo; há um maior envolvimento da pessoa com o trabalho - A responsabilidade é a contrapartida da autonomia 2. A competência é um entendimento prático de situações que se apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que aumenta a diversidade das situações - Entendimento prático: orientado para a ação - Os conhecimentos se modificam ao contato com os problemas, numa relação dialética: o pós-evento nunca é idêntico ao pré-evento - Quanto mais diversas forem as situações, mais intensamente serão modificados os conhecimentos 3. A competência é a faculdade de mobilizarredes de atores em torno das mesmas situações, é a faculdade de fazer com que esses atores compartilhem as implicações de suas ações, é fazê-los assumir áreas de co-responsabilidade. - Situações complexas excedem as competências de um único indivíduo. - Compartilhar implicações - quando se envolve chefia e assalariados, pode ser uma questão delicada - Assumir áreas de co-responsabilidade: ex: equipes semi-autônomas - cada um é responsável pelo resultado de todos Conseqüências da adoção da “lógica da competência”: - Mudança do comportamento social dos operadores aceitar assumir responsabilidades - Mudança na maneira de avaliar a experiência a experiência não está associada à antigüidade; depende da diversidade de eventos e problemas encontrados, das iniciativas tomadas e do sucesso - Um maior envolvimento pressupõe o desenvolvimento de um sentimento de pertencer à empresa problema: clima de insegurança devido a demissões - Mudanças no papel das chefias “Delegar confiança”, oferecendo meios e garantias Definir compromissos recíprocos e explicitar formas de controle Reconhecimento: legitimar a responsabilidade Regular a distância Efeitos da “lógica da competência” nos desempenhos produtivos: - É necessário explicitar as relações entre a mobilização das competências e as implicações estratégicas. - É preciso definir e situar os efeitos do desempenho global em uma ação local - As pessoas devem ter capacidade de julgar e decidir Relações entre competência, desempenho e valor: - A competência proporciona a produção do valor nas seguintes dimensões: engajamento do trabalhador na produção de serviço (mudança de estado ou condições de atividade do destinatário, também na indústria) desenvolver competências em manutenção do sistema, dos processos, otimizando o uso dos recursos crias novos campos de valor: prospecção de novas necessidades, oferta de novos produtos... - A competência deve ser “plástica”, reformular-se em função das oportunidades, deve ser aberta Competência e organização do trabalho: - Ocorre uma ampliação da área de utilização das competências (mais do que polivalência) Dentro de um grupo, ocorre complementaridade de competências - A organização que segue a lógica das competências é simples (=desburocratizada), e o trabalho, complexo, com autonomia - A organização deve privilegiar a cooperação Deve haver espaços previstos para a comunicação - A organização deve proporcionar a qualificação contínua: via rotinas e hábitos de trabalho via valorização das instabilidades como fontes de aprendizagem isso deve ser explícito e previsto (Ex: reuniões para avaliar uma pane) Competência e papel da chefia: - Elucidar as implicações estratégicas - Realizar avaliação de apoio - Animação estimular práticas que favoreçam a comunicação; escutar, compreender, favorecer o diálogo e a superação dos conflitos - Gestão das interações com os outros serviços e ocupações e com a clientela - Gerenciar as competências dos subordinados avaliar as competências, verificar falhas, envolver-se com a formação... Competência e motivação do indivíduo: - A competência só é acionada se o indivíduo se mobilizar, se motivar. - A motivação tem a ver com o sentido que o indivíduo dá ao seu trabalho. Sentimento de utilidade do trabalho valores éticos profissionais: ajuda mútua, generosidade... Projetos pessoais - relação do trabalho com a construção do próprio futuro TEXTO 21: UM MÉTODO PARA PROJETO � EMBED Word.Document.8 \s ��� _1330714031.doc Elemento Organizações tradicionais Organizações sócio-técnicas Estrutura organizacional Estratificada/individual Plana/em equipe Conteúdo da função Tarefa única, específica Processo integral/tarefas múltipas Papel da administração Direto/controle Treinar/facilitar Liderança Top-down Compartilhada com a equipe Fluxo de informações Controlado/limitado Aberto/compartilhado Reconhecimento Individual/por antiguidade Baseado na equipe/baseado em aptidões Processo de trabalho Gerentes planejam, controlam, melhoram Equipes planejam, controlam, melhoram
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