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Pneumo 3 - Espirometria

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1 Pneumologia – Espirometria Daniel Duarte MED79 
É um método bastante difundido e de enorme 
aplicabilidade na pneumologia. A espirometria 
consiste na medida dos fluxos e capacidades 
pulmonares. 
A partir dessas medidas, podemos ter 
resultados da função pulmonar do paciente e se há 
patologia, podemos ter o caráter dela, Obstrutiva ou 
Restritiva. 
 
 Indicações da Espirometria 
A espirometria pode ser solicitada para a 
investigação e observação de uma série de fatores, 
como: 
 Investigar sinais e sintomas característicos 
da pneumologia (Tosse, Dispneia e 
sibilos); 
 Diagnosticar doenças respiratórias e 
identificar o caráter (Obstrutiva ou 
Restritiva); 
 Analisar a gravidade da enfermidade 
pulmonar, ou seja, o grau de 
comprometimento da função pulmonar. 
 Acompanhar e observar a evolução do 
tratamento da doença pulmonar; 
 Pré-operatórios, é necessário para 
algumas cirurgias, como: 
o Ressecção Pulmonar (Avaliar a 
perda da função pulmonar após o 
procedimento); 
o Derivações coronarianas; 
o Cirurgias abdominais; 
 Rastrear pacientes com fatores de risco 
para doenças pulmonares (Fumeantes com 
mais de 45anos ou risco ocupacional); 
Além das indicações, há instruções ou contra 
indicações para paciente. Essas instruções são feitas a 
fim de evitar resultados errôneos. 
Entre essas indicações, temos: 
 Infecções respiratórias, pacientes devem 
esperar 3 meses para realizar o exame. 
o Pode contaminar o aparelho; 
o Alterar o resultado do teste, 
algumas infecções posem resultar 
em hiperatividade transitória, o 
que pode indicar para o 
diagnóstico de asma, mesmo ele 
não sendo asmático. 
 A não utilização de broncodilatadores 
durante um certo tempo antes da 
espirometria. 
o O exame em alguns casos é feito 
antes e depois do uso de 
broncodilatadores. 
o De Curta duração (Salbutamol, 
Fenoterol, Atroven, Berotec) por 4 
horas. 
o De longa duração (Formoterol e 
Salviterol) por 12 horas. 
o Broncodilatadores novos (Spiriva 
e Intracaterol) por 24 horas. 
 Não beber café e chã 6 horas antes do 
exame, uma vez que eles podem Ativar o 
SNC e causar uma hiperatividade. 
 Evitar fumar, pelo menos, 2 horas antes 
da espirometria. 
 Evitar refeições copiosas antes do exame, 
uma vez que pode induzir restrições no 
resultado do exame. 
 Não ingerir álcool 4 horas antes do exame; 
 Repouso de 5 a 10 minutos; 
 Jejum não é necessário; 
 
 Fisiologia da Respiração 
Como sabemos, a respiração é composta pela 
inspiração e expiração do ar. Esses movimento podem 
ser podem ser variáveis dependendo da necessidade 
de oxigênio e da força realizada. 
Assim, a partir dessas alterações dos 
movimentos respiratórios, temos os seguintes volumes 
e capacidades respiratórias. 
 
 
2 Pneumologia – Espirometria Daniel Duarte MED79 
A partir dessa imagem podemos começar a 
entender a Espirometria. Na imagem, temos os 
seguintes pontos: 
Volume Corrente de Repouso (VCR): Está 
relacionado com a quantidade de expirado e inspirado 
durante o repouso. 
Volume de Reserva Inspiratória (VRI): Que é a 
quantidade de ar que podemos inspirar durante um ato 
forçado além do VCR. 
VCR + VRI = Capacidade Inspiratória 
Volume de Reserva Expiratório (VRE): 
Quantidade de ar que podemos expirar em um ato 
forçado além da VCR. 
VCR + VRI + VRE = Capacidade Vital 
Volume Residual (VR): A quantidade de ar que 
permanece no pulmão mesmo após uma expiração 
forçada. 
VCR + VRI + VRE + VR = Capacidade Pulmonar 
Total 
Após entendermos esses volumes e as 
capacidades, temos que, na Espirometria, só podemos 
analisar a Capacidade Vital. 
Não é possível analisar a capacidade pulmonar 
total na espirometria, uma vez que não conseguimos 
expirar o VR. 
 
 Realização do Exame 
Pede para o paciente inspirar o máximo que 
conseguir (CI=VCR+VRI) e em seguida expirar o máximo 
que conseguir (CV). 
Além dos volumes inspirados e expirados, 
analisamos também o tempo de cada procedimento, 
uma vez que variações do tempo de expiração pode ser 
indicativo de algumas coisas, como: 
 Adultos Normais: Expiram, em torno, 
de 6 segundos; 
 Crianças e Adolescentes: Expiram de 
modo mais rápido (<6 segundos). 
Lembrando que o nariz do paciente deve estar 
fechado durante o exame, ou seja, não pode inspirar 
ou expirar pelo nariz. 
 
 Parâmetros Funcionais Usado 
Temos os seguintes parâmetros a serem 
analisados: 
CVF (Capacidade Vital Forçada): Corresponde 
ao volume total de expiração, ou seja, resta apenas o 
Volume Residual. 
VEF1: Corresponde ao volume de ar expirado 
no 1 segundo da expiração forçada. 
Em casos de doenças Obstrutivas, vamos 
apresentar um VEF1 reduzido, ou seja, temos uma 
diminuição do volume expirado no segundo 1. 
Outro aspecto importante para o diagnóstico 
das doenças pulmonares é a relação entre CVF e o 
VEF1, o qual é Chamado de Tiffeneau. 
Tiffeno = VEF1 / CVF % 
Em Doenças Obstrutivas, temos o Tiffeno 
reduzido, uma vez que a tendência é o VEF1 estar 
reduzido e o CVF estar normal. 
Há essa diminuição do VEF1, uma vez que 
pacientes com doenças obstrutivas vão apresentar a 
obstrução/colabar os brônquios. 
Já em Doenças Restritivas, temos o VEF1 
normal e o CVF, normalmente, reduzida, o que dará um 
Tiffeneau Normal. 
FEF 25-75%: Corresponde ao Fluxo Expiratório 
Forçado medido na parte média da CVF. Esse 
parâmetro pode ser usado para investigar doenças 
Obstrutivas quando temos um FEF1 normal. Assim: 
 FEF 25-75% Diminuído  Doenças 
Obstrutivas; 
 FEF 25-75% Aumentado  Alterações 
intersticiais como Fibroses. 
 
 Curvas da Espirometria 
Temos 2 tipos de Gráficos obtidos na 
espirometria, são eles: 
 Curva Fluxo e volume; 
 Curva Volume e Tempo; 
É necessário analisar as curvas do exame para 
saber se elas são satisfatórias e se foi feito o 
procedimento correto. 
 
3 Pneumologia – Espirometria Daniel Duarte MED79 
Curva Fluxo Volume: 
Temos a variação do fluxo de ar nos 
movimentos respiratórios (Expiração e Inspiração) ao 
longo do tempo. 
Neste Gráfico, Deve ter um pico no primeiro 
segundo da expiração, caso não haja esse pico, muito 
provavelmente o exame foi feito errado. 
Além disso, após esse pico, a curva deve 
decrescer de modo gradativo e sem variações 
abruptas, como vemos na imagem a seguir. 
 
Figura 1- Espirometria, Curva Fluxo Volume. 
Devemos observar a curva volume tempo, a 
fim de investigar s há expiração foi feita no tempo 
correta, lembrando que deve ter, no mínimo, 6 
segundo. Em casos de expirações mais prolongadas, é 
sinal de ar aprisionado no pulmão, o que ocorre em 
doenças obstrutivas. 
A seguir temos a Curva Volume tempo: 
 
A partir de alterações dessas curvas, podemos 
ver se há obstruções ou restrições. Mas também 
podemos identificar exames que não foram feitos de 
maneira correta. Assim, deve ser feito pelo menos, 3 
vezes o exame, no intuito de ver a verdadeira CVF do 
paciente. 
Além disso, Destes 3 exames, os quais devem 
ser aceitáveis (Qualidade A= quando temos variações 
menores que 500 ml dos picos), devemos ter, pelo 
menos, 2 reprodutíveis, que é quando temos variações 
entre os picos menores que 150 ml. 
 
 Valores de Referências da 
Espirometria 
Os valores de referências deve ser de acordo 
com aquele grupo populacional, ou seja, de acordo 
com a constituição étnica daquela população (Tem os 
valores de referência Brasileiros, americanos, etc.) 
Além disso, é fundamental lembrar que há 
variações de valores de referência entre o sexo, o 
Biotipo e a idade. 
 
 Classificação dos Distúrbios 
Ventilatórios 
Apósobtermos as curvas, os valores de 
referência e os parâmetros, podemos avaliar o exame 
do paciente e após isso, podemos Laudar/Diagnosticar 
o exame. 
Temos as seguintes possibilidades de 
Resultado: 
 Normal; 
 Restritivo; 
o Quando o Distúrbio 
ventilatório Restringe a 
respiração por impedir a 
inspiração e a expiração. 
o EX: Derrames Pleurais, 
Fibroses Pulmonares. 
 Obstrutivo; 
o Quando temos a obstrução, o 
que promove o 
aprisionamento do ar. 
o EX: Asma e DPOC; 
 Obstrutivo com CVF Reduzido; 
 
4 Pneumologia – Espirometria Daniel Duarte MED79 
 Inespecífico; 
o Quando não conseguimos dar 
um diagnóstico. 
 Misto ou Combinado; 
o Quando temos tanto 
distúrbios restritivos como 
obstrutivos; 
 
 Distúrbios Ventilatórios 
Restritivos 
É definido como a redução da Capacidade 
pulmonar total (CPT). Como vimos, a espirometria não 
mede a CPT, entretanto o exame para medir o CPT é de 
difícil acesso. Assim, a partir da espirometria podemos 
encontrar achados os quais nos levem para a HD de DV 
Restritivos. 
Os achados são os Seguintes: 
 CVF Reduzida; 
 VEF1 Reduzido; 
 Tiffeneau Normal; 
o Ambos os parâmetros estão 
reduzidos. 
 FEF 25-15%/CVF Normal 
 Presença de causas potenciais para a 
restrição 
o EX: Fibrose Pulmonar, 
cardiomegalia, etc. 
Na curva Fluxo volume, temos um tempo 
menor que 6 segundos e um afastamento da curva do 
início, uma vez que o paciente demora para iniciar a 
expiração. 
 
 Distúrbios Ventilatórios 
Obstrutivos 
Vamos ter condições em que há a diminuição 
do fluxo expiratórios pelos aumento da resistência 
nas vias aéreas e/ou pela perda do recuo elástico, 
como ocorre na Asma e na DPOC. 
Desse modo, teremos a obstrução dos 
brônquios com a expiração forçada fazendo com que 
tenhamos os seguinte parâmetros: 
 CVF Normal; 
 VEF1 Reduzido; 
 Tiffeneau Reduzido; 
 FEF 25-15%/CVF Reduzidos 
o Em sintomáticos respiratórios 
ou grandes fumantes (Pós 
Broncodilatadores). 
o Isso ocorre em pacientes que 
estão iniciando agora a DPOC e 
ainda apresentam um 
Tiffeneau normal. 
 Distúrbio Ventilatório Obstrutivo com 
CVF Reduzido 
Nesses casos temos um aprisionamento do ar, 
o que vai resultar em um maior VR, isso porque a 
capacidade respiratória é a mesma. 
Assim, temos os seguintes achados: 
 CVF Diminuida; 
 VEF1 Diminuido; 
 Tiffeneau reduzido; 
 CVF melhora pós broncodilatador (BD); 
É importante diferenciar DVO com CVF 
reduzido do DV misto, o qual não apresenta melhora 
após BD. 
Na curva Fluxo volume, temo o início normal 
e com pico, mas há uma redução abrupta da curva 
após o pico, uma vez que houve o fechamento dos 
brônquios. 
 
 Distúrbio Ventilatório Misto 
Ocorrem em paciente com doenças obstrutivas 
e com doenças clínicas potencialmente restritivas 
associadas (Como Fibrose pulmonar associado a DPOC 
ou Cardiomegalia associado a DPOC). 
Como junta as duas formas de DV, temos os 
seguintes achados na espirometria: 
 CVF Muito reduzida; 
 VEF1 Reduzido; 
 Tiffeneau Reduzido; 
 Sem melhora pós BD. 
Além disso, o que podemos usar para 
diferenciar casos de DVO com CVF reduzido de DV 
Mistos? 
 Misto: Diferença menores que 12% 
entre as porcentagens de CVF e de 
VEF1 e o valores esperados (Valores de 
referência); 
 
5 Pneumologia – Espirometria Daniel Duarte MED79 
 DVO com CVF reduzido: Temos essa 
diferença maior que 25%. 
 Quanto temos valores entre 12-25%, 
melhor laudar como DVO com CVF 
reduzido. 
 
 Distúrbio Ventilatório 
Inespecífico 
 CVF Reduzido com valores acima de 
50%; 
 Tiffeno normal; 
 Sem dados indicativos de doenças 
restritivas; 
 CPT é reduzida. 
 
 Resposta ao Broncodilatador 
Como sabemos, em muitos casos, a 
espirometria é feita em duas etapas, pré e pós BD. 
Em casos já diagnosticados de DV Restritivos, 
podemos não exigir o teste pós BD, uma vez que não 
há resposta a ele. 
Quais os parâmetros para sabermos se Houve 
ou não resposta a BD? No consenso brasileiro, é 
quando temos as seguintes melhores: 
 CVF Aumentou 0,2 l ou 7% em relação 
ao valor esperado. 
 VEF1 Aumentou 0,2 l ou 7% em relação 
ao valor esperado. 
Obs: É ao valor esperado e não ao valor obtido 
no pré-BD. 
 Aumentos de VEF1 >10% e/ou 400ml é 
mais sugestivo a Asma que DPOC. 
 
 Classificação dos Distúrbios 
Espirométricos 
 
Obstrutivos analisa o VEF1 e nos Restritivos, 
Analisamos o CVF. Assim, temos a seguintes 
classificação: 
 
Distúrbios VEF1 CVF VEF1/CVF 
Leve 60 - lIm. 60 - lImt. 60 - lImt. 
Moderado 41 - 59 51 - 59 41 - 59 
Grave < 40 < 50 < 40 
 
Nos mistos, vamos ver qual está mais grave e 
laudar. 
 
6 Pneumologia – Espirometria Daniel Duarte MED79

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