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Prolapso de órgaos pélvicos


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Laila Naiane 
Prolapso de Órgãos Pélvicos 
Prolapso dos órgãos genitais 
 Descida da parede vaginal anterior 
e/ou posterior, assim como do útero ou 
cúpula vaginal após histerectomia 
 Os músculos do assoalho pélvico 
possuem duas funções principais: 
1. Suporte para as vísceras 
abdominais 
2. Continência para a uretra, o 
orifício anal e o vaginal 
Prevalência 
 Depende da definição e do desenho 
do estudo 2-3% são sintomáticos 
 22% entre 18-83 anos 
 50% entre 50 e 83 anos 
 WHI: 41% entre 50-79 anos tinham 
algum tipo de prolapso, sendo 34% de 
parede anterior, 19% de parede 
posterior e 14% do útero 
 300.000 procedimentos cirúrgicos ao 
ano 
 1 bilhao de dólares de custo anual 
 20% das mulheres em fila de espera 
para cirurgia ginecológica 
Denominação 
 Cistocele: prolapso da parede anterior 
da bexiga 
 Uretocele: uretra 
 Uretrocistocele: uretra e bexiga 
 Reto: retocele 
 Enterocele: intestino delgado 
 Prolapso uterino: útero 
Fatores de risco 
 
 
Cistocele (parede anterior) 
 
Uretrocistocele (parede anterior) 
 
Retocele (defeito na fáscia posterior) 
Obesidade DPOC Hipoestrogenismo
multiparidead
Doneças do 
colágeno
Laila Naiane 
 
Prolapso uterino 
Epidemiologia: 
 Incidência de prolapso de parede 
anterior de vagina: 41,1% 
 Parede posterior da vagina: 18% 
 Prolapso uterino: 14,24% 
 Quanto maior a idade, maior a 
prevalência de prolapsos 
 Prevalece a idade entre 60 e 69 anos 
 Os arcos tendíneos não tem como 
danificar 
 Corresponde a cerca de 20% das 
indicações cirúrgicas ginecológicas 
 Maior incidência em mulheres 
caucasianas 
Anatomia: 
Aparelho de suspensão: 
 Peritônio (parietal) 
 Fundo de saco vesicouterino 
 Fundo de saco retouretino (Douglas) 
 Ligamento largo 
 Paracolpos; paramétrios e 
mesossalpinge 
 Fáscia visceral 
o Ligamentos pubovesicouterinos 
o Ligamentos transversos 
cercicais (cardinais ou de 
Mackenrodt) 
o Ligamentos uterossacrais 
 
 
Ligamento pubo-vesico-uterino: promove a 
sustentação anterior 
Paramétrios laterais, cardinais ou ligamentos 
de Mackenrod: promove a sustentação 
lateral 
Ligamento útero-sacro: promove a 
sustentação posterior 
 
Laila Naiane 
 
Prolapso os órgãos pélvicos 
 Aparelho de sustentação 
 Diafragma pélvico: fecha a abertura 
superior da cavidade pélvica e é 
constituído pelo músculo levantador 
do ânus e coccígeo 
 O músculo levantador do ânus é 
constituído pelos músculos 
ileococcígeo e pubococcígeo 
(pubovaginal, puborretal e 
pubococcígeo) 
 Hiato urogenital: espaço por onde 
passa a uretra, vagina e o reto 
Diafragma pélvico: 
 
 
 
 
 
 
 
Diafragma urogenital: 
 
 
Diafragma urogenital: 
 Espaço perineal profundo 
 Músculo transverso profundo do 
períneo 
 Membrana peritoneal 
Espaço perineal superficial: 
 Músculo transverso superficial do 
períneo 
 Bulbocavernoso 
 Isquiocavernoso 
 Esfíncter estriado do ânus 
Fáscia endopélvica: 
 Fáscia obturadora 
 Fáscia vesico-vaginal 
 Fáscia reto-vaginal 
 Arco tendíneo da fáscia pélvica 
 Arco tendíneo do levantador do ânus 
 
Diafragma urogenitl 
Fascia pubovesical, fascia retovaginal ➔ 
impedem o prolapso 
Laila Naiane 
 
 
 
A fáscia endovéplvica é extremamente 
importante para reconstrução cirúrgica do 
arco pélvico 
Classificação de DeLancey 
nível 1: apical, fibras do complexo útero-
sacro-cardinal e pelas fibras superiores dos 
paracolpos → lesões desse nível levam a 
prolapso uterino e de cúpula vaginal 
nível 2: médio, fibras do paracolpo. Lesões 
a esse nível levam a cistocele e/ou retocele 
nível 3: inferior, músculo elevador do ânus, 
corpo perineal, uretra, fáscia endopélvica. 
Lesões a esse nível levam a incontinência 
urinária, ruptura perineal e incontinência 
fecal 
 
Fatores de risco gerais 
 Fatores obstétricos (partos vaginais) 
 Diretamente proporcional a idade 
(hipoestrogenismo) 
 Fatores genéticos 
 Raça: mais comum nas caucasianas 
 Aumento da pressão intra-abdominal 
(obesidade, tosse crônica, 
constipação crônica, levantamento 
repetitivo de peso) 
Quadro clínico 
 Muitos são assintomáticos 
 Sintomas urinários: incontinência de 
esforço, retenção, sensação de 
esvaziamento incompleto, ITU de 
repetição, polaciúria 
 Sintomas intestinais: constipação, 
disquesias, incontinência fecal ou de 
flatos, necessidade de compressão 
vaginal para completar a defecação 
 Sintomas sexuais: flatulência vaginal, 
dispareunia 
 Outros: sensação de peso vaginal, 
lombalgia, dor ou pressão abdominal 
 Sensação de “bola na vagina” 
 Dificuldade de manter relação 
 Dificuldade para evacuar 
 Dor 
 Sangramento 
 Perda urinária associada 
Diagnóstico 
 Anamnese 
 Grau de sintomatologia 
Laila Naiane 
 Comprometimento da qualidade de 
vida 
 Patologias associadas (pulmonar, 
renal) 
 Exame pélvico 
 Tipo e extensão do prolapso 
 Inspeção estática e dinâmica 
(Valsava) 
 A protusão ultrapassa o hímen? Qual a 
apresentação do prolapso? Anterior, 
posterior ou apical? 
 Parede anterior: cistocele? Uretrocele? 
 Parede posterior: retocele? Rotura 
perineal? 
 Apical: enterocele? Prolapso uterino? 
 Toque retasl 
Exames complementares 
 Sumário de urina e urocultura 
 Cateterismo pós miccional → para 
verificar se a paciente está retendo 
urina 
 USG endovaginal 
 Estudo urodinâmico 
Classificação de Baden-walker 
Grau 0: sem prolapso 
Grau 1: pelo menos até a metade da 
distância entre o local inicial e a carúncula 
himenal 
Grau 2: quando chega a carúncula 
himenal sem ultrapassá-la 
Grau 3: quando ultrapassa a carúncula 
parcialmente 
Grau 4: quando ultrapassa a carúncula em 
todo o seu conteúdo 
Retocele (parede posterior da vagina) / 
enterocele (fundo de saco vaginal): 
 Leve: não atinge o introito vaginal 
 Moderada: atinge o introito vaginal 
 Grave: ultrapassa o introito vaginal 
Em 1996 foi criado um novo sistema de 
classificação pela sociedade internacional 
de continência (ICS): POP-Q – quantificação 
do prolapso de órgãos pélvicos 
1. Aa/ Ap: parede anterior/ parede 
posterior 
2. Ba/Bp: parede anterior / parede 
posterior 
3. C: colo ou cúpula 
4. hg: hiato genital 
a. distância em cm entre o meato 
uretral até a fúrcula vaginal 
5. Pb: corpo perineal (CP) 
a. Distância em cm da fúrcula 
vaginal até o esfíncter anal 
externo 
6. TVL: comprimento de vagina (CVT) 
a. Comprimento vaginal total ➔ 
medido em repouso, se 
paciente com prolapso, reduzir 
e aferir 
7. D: fundo de saco 
 Prolapsos internos à carúncula → sinal 
negativo 
 Prolapsos externos à carúncula → sinal 
positivo 
 
Aa: parede anterior da vagina, 3cm proximal 
ao introito 
Ap: parede posterior da vagina, 3cm proximal 
ao introito 
Ba: parede anterior da vagina, ponto de 
maior prolapso 
Bp: parede posterior da vagina, ponto de 
maior prolapso 
C: apical, útero 
Laila Naiane 
D: apical, fórnice posterior da vagina (não 
existe caso seja histerectomizada) 
As e AP: sem utilidade clínica significativa 
para o prolapso 
 
 
 Grau 0: sem prolapso 
 Grau 1: Ba, Bp, C ou D está a menor de 
-1cm da carúncula himenal 
 Grau 2: Ba, Bp, C ou D está no mínimo 
em -1cm, mas não mais que +1cm da 
carúncula himenal 
 Grau 3: Ba, Bp, C ou D está a mais que 
+1cm, mas menos que a diferença 
(CVT-2cm) 
 Grau 4: Ba, Bp, C ou D está no maior ou 
igual que a diferença de CVT-2cm 
 
 
 
Diagnóstico diferencial 
 Hipertrofia do colo uterino 
 Inversão uterina crônica 
 Cistos de vagina 
 Divertículos de uretra 
 Miomas paridos 
Tratamento 
 Expectante → em casos assintomáticos 
 Conservador: fisioterapia, com 
exercício de Kegel (fortalecimento do 
assoalho pélvico) e pressários 
(estruturas que dão sustentação ao 
assoalho pélvico) ➔ Grau 1 e 2 
 Tratamentocirúrgico: grau 3 e 4 
o Prolapso de parede anterior: 
colporrafia anterior com 
correção da fáscia pubovesical 
o Prolapso paravaginal: correção 
da fáscia paracervical, ligando 
ao arco tendíneo 
o Prolapso da parede posterior e 
rotura perineal 
▪ Colpoperineorrafia pode 
ser feita da fáscia pré-
retal, bulbocavernoso, 
MM transversos e 
elevadores do ânus 
o Culdoplastia de McCall 
 Cistocele, uretrocistocele podem estar 
associados a incontinência urinária de 
esforço 
 Prolapso uterino: 
o 1º grau 
▪ Cirurgia de Manchester: 
reforço da fascia vesical 
Laila Naiane 
e paracervical e 
reinserção dos 
paramétrios laterais na 
frente do colo 
▪ Fothergill: acrescenta a 
amputação do colo 
uterino 
o 2º ou 3º grau 
▪ Histerectomia vaginal ou 
colpocleise (Le Fort) 
 Prolapso de cúpula vaginal: 
o Culdoplastia de McCall 
o Colpocleise 
o Suspensão com ligamento 
uterossaqcro 
o Fixação do ligamento 
sacroespinhoso 
o Sacrocolpopexia abdominal