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Atenção preventiva a mulher Semiologia (história clínica e exame físico) Cuidados preventivos o Exercícios o Prevenção a doenças da tireoide o Saúde mental Prevenção de infecção Contracepção Rastreamento para câncer Osteoporose Obesidade Hipertensão arterial Diabetes melito Doença cardiovascular Síndrome metabólica Dislipidemia Acidente vascular encefálico A consulta ginecológica apresenta características próprias, pois aborda aspectos íntimos e ou mesmo ligados à sexualidade, podendo o exame ginecológico ser encarado, às vezes, como constrangedor às pacientes. Por isso, a atitude médica deverá ser de ouvir, ver, captar e orientar a paciente a respeito da sua problemática Semiologia médica É a parte da medicina relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas. É importante para o diagnóstico da maioria das enfermidades Semiologia ginecológica: é a semiologia aplicada à ginecologia Identificação: Nome completo Idade Endereço Profissão Estado civil Queixa principal: Anotar com as palavras expostas pela paciente História da doença atual: Com base em ampla análise das queixas referidas, caracterizando-se pelo início e evolução de todo o processo clínico Detalhamento dos sinais e sintomas relatados na QP, como? Quando? Piora com? Melhora com? Discutir sobre exames anteriormente realizados ou medicamentos utilizados Antecedentes pessoais: HAS, DM, cirurgias Questionar sobre possíveis hábitos, como fumo, uso de álcool e de drogas ilícitas, reações alérgicas medicamentosas ou de outros agentes alergênicos Antecedentes familiares: miomas, menopausa precoce, Ca de mama, DM, HAS, hipotireoidismo Valorizar a ocorrência de neoplasias, como as das mamas, intestinais e dos ovários, principalmente que tenham ocorrido em parentes de 1º grau Avaliar a idade do surgimento das neoplasias, principalmente das mamas, pois isso exigirá um rastreio mais precoce das pacientes que futuramente possam ser envolvidas Antecedentes menstruais: informações sobre a idade da menarca, do desenvolvimento cronológico, do surgimento dos caracteres sexuais secundários e da regularidade ou irregularidade dos ciclos menstruais subsequentes são imperativas Anotar as datas da ultimas menstruações Observar a regularidade ou irregularidade dos ciclos e sintomas associados o Ciclos regulares ▪ Duração: 3 a 7 dias ▪ Volume: 30 a 80ml ▪ Ciclo: 22 a 35 dias o Ciclos irregulares ▪ Duração? ▪ Volume? ▪ Ciclo? Antecedentes obstétricos: Número de gestações Numero e tipo de partos (normal ou cesáreo) Abortos (espontâneo ou induzidos) Traumas genitais Complicações infecciosas Período puerperal Período de lactação (duração e complicações) Antecedentes sexuais e dos métodos contraceptivos: esclarecer o início e as possíveis falhas e efeitos colaterais Número de parceiros Ocorrência de doenças sexuais prévias Diminuição da libido Antecedentes mamários: questionar sobre o desenvolvimento das mamas, lactação, nódulos, dores, processos inflamatórios e traumas mamários prévios Avaliar a fase e a época do surgimento e do desenvolvimento de nódulos existentes e sua velocidade de surgimento e crescimento Caso tenha realizado exames de imagens (mamografia, ecografia mamária), perguntar quando realizou e o motivo de sua indicação, e se já realizou biópsia mamária e sobre o laudo histopatológico Avaliação das queixas urinárias ou gastrointestinais: ocorrência e o número de infecções urinárias, medicações utilizadas e o tempo de uso Incontinência urinária Urgência miccional Intolerância gástrica a alimentos ou medicamentos Ritmo intestinal Continência fecal Sangramento ou dores durante evacuação Distúrbios menstruais Alterações na duração do ciclo (normal 22 a 35 dias) o Eumenorreia: ciclo normal o Polimenorreia: dura 15 dias o Opsomenorreia: 45 o Espaniomenorreia: 60 o Amenorreia: >90 Alterações na duração do fluxo menstrual (normal 3 a 7 dias) o Hipomenorreia: <3 o Hipermenorreia: > 7 Alterações na intensidade do fluxo (normal 30 a 80 ml) o Oligomenorreia (diminuído) o Menorragia (aumentado) Antecedentes menstruais Menarca: data que a marca o inicio da menstruação na mulher DUM: data da última menstruação Menopausa: ultima menstruação o Amenorreia há mais de 1 ano, e a paciente já está na idade. Aspecto da vida sexual Coitarca: primeira relação sexual Libido Orgasmo Dispareunia Sinusiorragia: sangramento durante a relação sexual (pode estar relacionado a endocervicite, CA de colo de útero) Métodos contraceptivos Antecedentes obstétricos Número de gestações Números de partos Número de abortos Tipos de abortos Exame físico geral Pressão arterial Peso Altura FC Mucosas Estado nutricional Ausculta cardíaca Ausculta respiratória Abdome Exame físico específico Mamas Inspeção (estática e dinâmica) o A inspeção estática e dinâmica deverá sempre ser procedida com a paciente sentada e o examinador postado à sua frente, permitindo-se, assim, uma análise das mamas quanto a sua simetria, volume, mobilidade e retrações ou abaulamentos o Quando se examina a axila, é importante que a paciente relaxe, para que os músculos peitorais fiquem relaxados e seja feito um exame completo da axila. Músculos contraídos podem obscurecer discretamente linfonodos aumentados de tamanho Palpação Expressão Estimular o autoexame das mamas (AEM) Genital Inspeção da vulva e períneo Pilificação (típica ou atípica) Grandes e pequenos lábios Região vestibular (meato uretral; himem, clitóris) Região perineal: suficiente, rotura, cistocele (descida da bexiga), retocele Exame especular Vagina: Corrimento (coloração, aspecto e odor) Aspecto do muco (finlante no período ovulatório) Aspecto da mucosa (hiperemia, trófica ou atrófica) Colo uterino: Aspecto da mucosa (hiperemia, sangrando à manipulação) Presença de mácula rubra periorificial (ectopia) Corrimento extravasando pelo orifício do colo (aspecto catarral) Muco finlante. Fica mais finlante quando a mulher está ovulando Corrimento é um termo patológico Corrimento branco-acinzentado bolhoso ➔ fala muito a favor de tricomaníase, mas pode ser vaginose bacteriana, mas ela cursa com poucas bolhas e tem odor fétido Teste das aminas: colocar hidróxido de potássio, e libera aminas voláteis que causa esse odor Toque vaginal combinado Avaliar o tamanho, mobilidade e superfície do útero (regular ou irregular) Presença de dor Palpação dos anexos (tubas e ovários) o Avaliar a presença de massas tumorais o O ovário direito costuma ser palpável na mulher não obesa, e o ovário esquerdo é dificultado pelo cólon o Trompas e ligamentos redondos são palpáveis quase somente quando estão aumentados de volume, por inflamação ou infiltração o Procuram-se detectar também nódulos e tumorações no fundo de saco de Douglas, os quais podem significar endometriose e desencadear tenesmo ou dor quando tocados Prevenção de infecção Vacinação HPV Rubéola Hepatite B Rastreamento para DST Identificar fatores de risco Exame físico e história clínica suspeita Evitar complicações: infertilidade, dores pélvicas, morbimortalidade Papel educativo! Contracepção Realizar planejamento familiar Escolher o melhor método o Avaliar a eficácia o Efeitos colaterais o Benefícios não contraceptivos o Contraindicação o Disponibilidade e facilidade em usarRastreamento para câncer Câncer do colo uterino Citologia oncótica: Papanicolau Início aos 21 anos Nos exames normais: repetir a cada 2 anos. A partir dos 30 anos, a cada 3 anos Suspender a coleta após 65 a 70 anos, caso nos últimos 10 anos tenham 3 coletas normais Suspender a coleta após histerectomia realizada por patologias não suspeitas Câncer de endométrio Fatores de risco Obesidade Hipertensão arterial DM Síndrome dos ovários policísticos Sangramento pós-menopausa Irregularidade menstrual Rastreio Ultrassonografia endovaginal Diagnóstico Biópsia do endométrio guiado pela histeroscopia Câncer de ovário História familiar: avaliar mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 Rastreio: ultrassonografia endovaginal (componente sólido, doppler) Marcadores tumorais: Ca 125 (linhagem epitelial) USG não é um método eficaz de rastreio, quando vê a lesão, a paciente possivelmente já está com câncer Câncer de mama Rastreio: mamografia A cada 2 anos, a partir dos 40 anos e anual a partir dos 50 anos Realizar antes dos 40 anos caso necessário Complementares: ultrassonografia das mamas, RNM Câncer colorretal Rastreio a partir dos 50 anos Anual: pesquisa de sangue oculto nas fezes A cada 10 anos: colonoscopia Fatores de risco Antecedente familiar Antecedente pessoal Portador de doença intestinal inflamatória crônica Pólipos adenomatosos prévios Obs: estas pacientes terão seus rastreios mais intensificados de acordo com a necessidade Osteoporose Fatores de risco Deficiência de vitamina D Hipocalcemia Não praticar atividades físicas Menopausa Rastreio: densitometria óssea após a menopausa Obesidade Diagnóstico IMC <18,5: magreza 18,5 a 25: saudável 25 a 30: sobrepeso 30 a 35: obesidade l 35 a 40: obesidade ll >40: obesidade mórbida (lll) Circunferência abdominal: <88 cm para mulheres Comorbidades HAS DM tipo 2 Hipercolesterolemia Colelitíase DCC AVC Câncer Apneia do sono Irregularidade menstrual SOP Tratamento Mudanças dos hábitos de vida Medicamentos: Sibultramina, Orlistate Cirurgia bariátrica Hipertensão arterial Causas Idiopáticas; IRC; Terapia crônica com esteroide e síndrome de Cushing; Coarctação de aorta; Induzida ou relacionada a medicamentos: AINES, cocaína, anfetamina, simpatomiméticos (descongestionantes, anoréxicos), contraceptivos orais combinados, eritropoetina; Feocromocitoma; Doenças da tireoide e paratireoide; Aldosteronismo primário. Diabetes Melito Fatores de risco Idade > 45 anos Sobrepeso História familiar Inatividade física habitual História de DMG HbA1c >/= a 5,7% HDL <35 e ou TG >250 SOP Outros quadros de resistência à insulina (acantose nigrans) Histórico de doença vascular Diagnóstico Intolerante o HbA1c entre 5,7% a 6,5% o Glicemia de jejum >100 e < 126 o TTGO 75 de 2h >140 e <200 DM o HbA1c: >6,5% o Glicemia de jejum > 126 o TTGO 75 de 2h >200 Síndrome metabólica Causas Obesidade abdominal Resistência à insulina Comorbidades DM tipo 2 DCC AVC Tratamento Mudanças de hábitos de vida Exercício físico Perda de peso Diagnóstico 3 dos 5 critérios: Circunferência abdominal >88cm TG >150 ou farmacoterapia HDL <50 ou farmacoterapia TA elevada ou farmacoterapia Glicose >100 ou farmacoterapia Outras patologias DCV Dislipidemias: LDL e TG AVE Falta de exercícios físicos Doenças da tireoide Disfunção cognitiva Depressão Tabagismo
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