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TRABALHO FARMACOLOGIA CORRIGIDO (1)

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JESSICA MATOS DA COSTA
MARIA DO SOCORRO DA SILVA CARVALHO
MELQUESEDEQUE DOS REIS FERREIRA
PAULA DARLENY DA SILVA FREITAS
RODRIGO LAIOLA DE SOUZA
ROSINEIDA ALVES VIANA
TATIANE MATOS DOS SANTOS
FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA IMUNE E NO TRATO INTESTINAL, IMUNOESTIMULANTES E IMUNOSSUPRESSORES.
ITAITUBA-PA
2021
CURSO: ENFERMAGEM – 4º SEMESTRE - TURMA: NOITE DOCENTE: EDUARDO ALVES PEREIRA
DISCENTE: JESSICA MATOS DA COSTA
MARIA DO SOCORRO DA SILVA CARVALHO
MELQUESEDEQUE DOS REIS FERREIRA
PAULA DARLENY DA SILVA FREITAS
RODRIGO LAIOLA DE SOUZA
ROSINEIDA ALVES VIANA
TATIANE MATOS DOS SANTOS
FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA IMUNE E NO TRATO INTESTINAL, IMUNOESTIMULANTES E IMUNOSSUPRESSORES.
Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem, da Disciplina de Farmacologia do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal e de caráter avaliativo.
ITAITUBA-PA
2021
Sumário
INTRODUÇÃO	3
O intestino e o sistema imune................................................................................4
O que é um imunoestimulante?............................................................................6
Fármacos imunoestimulantes................................................................................8
O que são Imunossupressores?............................................................................9
Inibidores seletivos da produção e da função das citocinas..................................9
Antimetabólitos imunossupressores, Anticorpos,
Fármacos Imunossupressores........................................................................................10
Patologias autoimunes.........................................................................................11
Alguns exemplos; Artrite reumatoide; Tratamento com MTX (metotrexato); Mecanismo de ação; Reações adversas mais frequentes; Lúpus..................................12
Tratamento com cortisona; Mecanismo de ação; Esclerose múltipla; Tratamento com cladribina.................................................................................................................13
Mecanismo de ação; Reações adversas; Doença de Chron; Tratamento com Azatioprina (Imuran®).....................................................................................................14
Mecanismo de ação; Absorção; Eliminação; Reações adversas........................15
Vitiligo; Psoríase; Tratamento com Metoxipsoraleno ou Metoxisaleno para Vitiligo e Psoriase; Mecanismo de ação; Posologia Orientativa.................................................16
Administração; Reações adversas; Quanto à distribuição; Eliminação; Síndrome de Guillain-Barre.............................................................................................................17
Tratamento com Imunoglobulina G;Mecanismo de ação; Reações adversas....18
Conclusão............................................................................................................20
Referências..........................................................................................................21
INTRODUÇÃO
O presente trabalho irá discorrer sobre Fármacos que atuam no sistema imune e no trato intestinal, imunoestimulantes e imunossupressores. Sua construção será através da pesquisa bibliográfica e sendo utilizadas pesquisas em sites seguros da internet acerca do tema abordado. Dessa forma buscar uma perspectiva de orientação e conhecimento.
Fármacos que atuam no sistema imune e no trato intestinal, imunoestimulantes e imunossupressores.
 O intestino e o sistema imune
O cirurgião francês René Leriche dizia que a “saúde é a vida no silêncio dos órgãos”. Nada mais verdadeiro. Quando nos lembramos de que temos estômago ou fígado é porque eles não estão funcionando normalmente. Talvez o órgão cujo silêncio seja mais eloquente é o intestino porque ele não somente trabalha diariamente nas suas atividades de absorção de nutrientes, mas também em funções imunológicas. Estamos acostumados com a ideia de que o trato gastrointestinal é o local de digestão e absorção dos alimentos, mas há várias décadas os imunologistas mostraram que a mucosa do intestino aloja a maior coleção de células imunes do corpo e que estas estão em atividade contínua, intensa e silenciosa.
Sabemos que a mucosa intestinal humana tem uma área total de 300 m2 dobrados em vilosidades e microvilosidades e que essa vasta superfície de contato do corpo com o meio externo é constantemente banhada por uma camada de muco contendo componentes da dieta e da microbiota. Esses estímulos (ou antígenos) naturais não são negligenciáveis. Avalia-se que nós ingerimos aproximadamente 190 gramas de proteínas por dia sendo que uma parte dessas proteínas não é digerida e chega inteira à circulação. Por outro lado, a microbiota intestinal contém 100 trilhões de bactérias comensais de 1200 espécies diferentes com uma atividade metabólica equivalente àquela do fígado e o peso de um verdadeiro órgão do corpo: 1 quilo e meio.
A descoberta, nas últimas décadas, de que a microbiota intestinal e os componentes dietéticos exercem funções até então insuspeitas no sistema imune trouxe várias informações importantes sobre as doenças humanas e sobre novas alternativas terapêuticas baseadas na manipulação desses componentes.
Vários componentes da dieta têm ação direta nas células do sistema imune e podem modificar a reatividade imunológica. As proteínas da dieta são estímulos fundamentais no início da vida para a maturação do sistema imune e a ingestão proteica insuficiente, ainda que sem causar desnutrição aparente, pode ter consequências deletérias na imunidade do bebê principalmente no período pós-desmame. As vitaminas A, C e D têm ação direta nos linfócitos e em outras células imunes presentes no intestino estimulando sua atividade anti-inflamatória e antioxidante. Assim, a deficiência de vitamina A pode causar não somente os defeitos já relatados na pele e na visão como também pode perturbar a homeostase intestinal agravando doenças inflamatórias intestinais em indivíduos suscetíveis. Até os minerais da dieta têm efeitos imunológicos.
O sal de cozinha (NaCl), por exemplo, quando ingerido em excesso, pode desencadear, além dos seus efeitos cardiovasculares deletérios, ativação de linfócitos inflamatórios Th17 e agravar doenças inflamatórias crônicas como a esclerose múltipla e a colite ulcerativa. Por outro lado, alguns lipídeos, como o ômega 3, têm ação direta em receptores de linfócitos e podem regular sua atividade inflamatória.
O componente responsável pela pungência da pimenta vermelha, a capsaicina, também apresenta efeitos anti-inflamatórios importantes em modelos de doenças autoimunes e na aterosclerose. Assim, uma vasta gama de substâncias presente nos alimentos apresenta funções imunológicas e algumas delas vêm sendo estudadas como ferramentas de intervenção imunológica no curso de doenças crônicas.
As descobertas incríveis sobre a microbiota intestinal possibilitadas pelas novas metodologias de sequenciamento genético têm revelado também o papel fundamental das bactérias comensais no funcionamento normal do nosso sistema imune e de outros sistemas do corpo. Vários estudos mostram que a nossa microbiota se estabelece muito cedo na vida e que a sua composição é influenciada por fatores como o tipo de parto, o aleitamento, a alimentação que adotamos assim como o uso de antibióticos e conservantes alimentares. Perturbações na diversidade dessas microbiota (disbiose) desencadeada por esses fatores externos têm sido relacionadas ao desenvolvimento de doenças tão diversas como as alergias, as doenças autoimunes e inflamatórias crônicas e até a obesidade e distúrbios neurológicos graves como o autismo.
Em seu contexto normal, as bactérias comensais que habitam o intestino exercem funções críticas na digestão de alimentos como fibras produzindo ácidos graxos de cadeia curta que, por sua vez, têm ação anti-inflamatória, na produção de nutrientes essenciais como vitamina K e na proteção contra a invasão da mucosa por agentes infecciosos.Vários trabalhos têm mostrado também que a disbiose pode ser corrigida e a composição da microbiota restaurada através da introdução de bactérias probióticas capazes de devolver o equilíbrio homeostático das funções imunológicas do intestino e até de exercer atividades anti-inflamatórias em várias doenças tais como alergias e doenças inflamatórias crônicas do intestino. Esses probióticos têm sido crescentemente utilizados na clínica com sucesso.
O sistema imune no intestino, por outro lado, pode se tornar bastante inflamatório quando a mucosa é invadida por agentes infecciosos tais como parasitas bactérias patogênicas ou vírus. Nesse momento, reações como diarreia e náuseas que nos impedem de ingerir alimentos são reações protetoras que acompanham a resposta imune inflamatória que controla a infecção.
Recentemente foi descrito que a drenagem linfática de regiões anatômicas distintas do intestino para os diferentes linfonodos intestinais (mesentéricos) se encarrega de compartimentalizar respostas imunes anti-inflamatórias dirigidas aos componentes da dieta e da microbiota daquelas reações imunes protetoras contra patógenos. Ao final, o mais surpreendente é que, após a cura das infecções, seja espontaneamente pela resposta imune do hospedeiro seja pelo uso de antibióticos, a atividade imunológica do intestino retoma sua homeostase robusta e silenciosa.
Como vimos, o sistema imunológico deve combater o organismo contra vírus, fungos, bactérias ou substâncias nocivas à saúde como alérgenos e toxinas. Porém, quando há alguma falha, ao invés de proteger o corpo, o sistema apresenta reações autoimunes. 
Veja o que pode desencadear reações autoimunes:
· Uma substância normal do organismo sofre alteração provocada por um vírus, um remédio, pela luz solar ou pela radiação, entre outros, fazendo com que o organismo não a reconheça mais;
· Entrada de uma substância estranha, como um alérgeno inofensivo, pode causar uma reação do organismo;
· Funcionamento inadequado das células que controlam a produção de anticorpos, fazendo com que eles atacam as células saudáveis;
· Lesão que causa a liberação de uma substância na corrente sanguínea, normalmente encontrada em uma parte específica do corpo.
De acordo com estudos do Instituto Nacional de Ciências da Saúde Ambiental (NIEHS), centros de pesquisa americanos já existiam cerca de 100 tipos de doenças do sistema imunológico detectáveis. Nesse sentido, a gravidade vai depender dos órgãos atingidos e da sua intensidade.
Desta forma, as doenças são divididas em dois grandes grupos:
· Doenças sistêmicas: são aquelas que não afetam um órgão específico, mas podem atacar vários. São exemplos o lúpus, artrite reumatoide, entre outras;
· Síndromes locais: de caráter dermatológico, hematológico ou endócrino, atacam um tecido em particular, como é o caso da Tireoidite de Hashimoto e Doença de Chron.
 O que é um imunoestimulante?
Um imunoestimulante desencadeia aumento da atividade imunológica. Um imunoestimulante é uma substância que aumenta a capacidade do sistema imunológico de combater infecções e doenças.
Os agentes estimuladores do sistema imunológico, também conhecidos como imunoestimuladores, são substâncias (fármacos ou nutrientes) que estimulam o sistema imunitário induzindo a ativação ou intensificando a atividade de qualquer de seus componentes. Um exemplo notável é o fator de estimulação de macrófagos granulócitos. A seguir estão as duas categorias principais de imunoestimulantes. Imunoestimulantes específicos: proporcionam especificidade antigênica na resposta imunitária, como vacinas ou qualquer antígeno.
 Imunoestimulantes não específicos: atuam independentemente da especificidade antigênica para aumentar a resposta imunitária de outro antígeno ou estimular componentes do sistema imunitário sem especificidade antigênica, como adjuvantes e imunoestimuladores não específicos. Muitas substâncias endógenas são imunoestimuladores não específicos. Sabe-se, por exemplo, que os hormônios sexuais femininos estimulam tanto as respostas imunes adaptativas quanto as inatas. Algumas doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso, atacam as mulheres preferencialmente, e seu início muitas vezes coincide com a puberdade. Outros hormônios parecem regular o sistema imunológico também, mais notavelmente prolactina, hormônio do crescimento e vitamina D. Algumas publicações apontam para o efeito do ácido desoxicólico (DCA) como imunoestimulante do sistema imune não específico, ativando suas principais células, os macrófagos. De acordo com essas publicações, uma quantidade suficiente de DCA no corpo humano pode desencadear uma boa reação imune não específica.
Algumas, como as vacinas, têm como alvo proteínas específicas; estes são denominados imunoestimulantes específicos.
Outros são inespecíficos e trabalham no sistema imunológico como um todo ou sistemas gerais dentro dele para aumentar a resposta imune. O corpo produz alguns desses compostos naturalmente e eles também são produzidos em ambientes sintéticos e por alguns organismos naturais.
O sistema imunológico inclui uma complexa rede de sistemas que funcionam juntos para proteger o corpo de agentes infecciosos. Os imunoestimulantes podem desencadear o sistema imunológico a entrar em ação para responder a uma ameaça.
Com a vacinação, por exemplo, o sistema imunológico aprende a reconhecer proteínas específicas e atacá-las, garantindo assim que, quando um paciente é exposto a um agente infeccioso, o sistema imunológico atue. Estimulantes imunes inespecíficos podem aumentar a atividade imunológica geral.
As vacinas são frequentemente dadas com um composto chamado adjuvante. Estes atuam como imunoestimulantes, aumentando a resposta do organismo à vacina. Além de aumentar as chances de a vacina ser eficaz, o imunoestimulante também reduz a quantidade de material necessário em uma vacina, o que a torna mais segura para o paciente. Dentro do corpo, vários compostos podem aumentar e diminuir para regular a função imunológica. Às vezes, as concentrações de imunoestimulantes ficam muito altas e as pessoas experimentam reações autoimunes. Seus corpos começam a atacar-se na crença equivocada de que as células contêm proteínas prejudiciais.
Acredita-se que certos hormônios estejam ligados à atividade imunoestimulante, explicando por que as pessoas às vezes começam a desenvolver distúrbios autoimunes durante a puberdade, à medida que seus níveis hormonais aumentam e mudam. Os pacientes também podem tomar medicação imunoestimulante para fins específicos. Alguém com uma infecção ativa podem tomar medicação para aumentar a capacidade do organismo de combatê-la.
Os profissionais médicos equilibram o desejo de atacar o agente infeccioso com a necessidade de evitar o desencadeamento de respostas autoimunes. Medicamentos como o interferon, um composto produzido naturalmente no corpo e sinteticamente no laboratório, podem ajudar no tratamento de algumas doenças em que a função imunológica não é suficiente para resolver a infecção. Algumas preparações e alimentos fitoterápicos estimulam a saúde imunológica e podem ser recomendados para pessoas com resfriados e infecções menores. Os pacientes devem abordar esses suplementos com cautela, pois podem causar efeitos colaterais e podem não fornecer proteção suficiente contra a doença. Um prestador de cuidados pode oferecer conselhos sobre se algo é seguro e provável de ser útil. Pode ser possível utilizar a terapia complementar, onde os pacientes usam suplementos de ervas, bem como medicamentos convencionais para tratar uma infecção.
As citocinas são um tipo de imunoestimulante que é produzido pelas células do sistema imunológico, e muitas têm um papel no aprimoramento da função imunológica. Além disso, alguns hormônios sexuais femininos, bem como o fator estimulante de colônias de granulócitos e macrófagos, a prolactina e o hormônio de crescimento são conhecidos por terem efeitos imunoestimulantes.
Vários tipos de drogas imunoestimulantes sintéticas foram fabricados. Um deles é o Macrokine, também conhecidocomo tetraclorodecaoxido, que possui uma variedade de funções. Drogas imunoestimulantes como Macrokine podem funcionar como adjuvantes e usadas no tratamento de úlceras, problemas do pé diabético e curativos de feridas.
Os nutrientes imunoestimulantes são substâncias obtidas de alimentos ou plantas medicinais que têm um efeito estimulante sobre o sistema imunológico. Esta classe de imunoestimulantes inclui várias vitaminas, minerais e outros tipos de nutrientes. Uma das mais conhecidas é a vitamina C, mas, embora as evidências anedóticas e os resultados de alguns estudos indiquem um efeito imunoestimulante, o verdadeiro papel dessa vitamina ainda não é bem conhecido. A vitamina C, no entanto, foi demonstrado em pelo menos um estudo para reduzir a duração da infecção com o resfriado comum, mas a gravidade dos sintomas não é reduzida.
Os beta-glucanos (ß-glucanos) são outro tipo de nutriente imunoestimulante, encontrado em plantas, fungos e bactérias. Vários tipos de beta-glucanos (ß-glucanos) ocorrem em fibras de celulose em árvores e plantas, e também podem ser encontrados em leveduras, bactérias e fungos. Os beta-glucanos (ß-glucanos) foram testados como adjuvantes na terapia do câncer, para curativos para ajudar a prevenir a infecção pós-cirúrgica, como um tratamento para a exposição à radiação, e no tratamento de certos tipos de alergia.
 Fármacos imunoestimulantes
Interferon 
O tratamento com antivirais, como interferons, pode melhorar significativamente a taxa de eliminação viral e reduzir os níveis de proteínas inflamatórias em pacientes com covid-19, de acordo com um novo estudo publicado na revista Frontiers in Immunology. Aplicação subcutânea ou intramuscular de 1MUI a 3MUI, 3 vezes por semana, durante 1 a 2 meses ou 1MUI aplicado na base do local afetado em dias alternados, durante 3 semanas consecutivas. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
O interferon alfa 2a humano recombinante é indicado para o tratamento de leucemia de células pilosas, mieloma múltiplo, linfoma não-Hodgkin, leucemia mielóide crônica, hepatite B crônica, hepatite C aguda e crônica e condiloma acuminado.
O que são Imunossupressores?
Os fármacos imunossupressores (ou agentes imunossupressores ou medicamentos antirrejeição) inibem ou impedem a atividade do sistema imunitário. Eles são usados em terapia imunossupressora para: prevenir a rejeição de órgãos e tecidos transplantados (por exemplo, medula óssea, coração, rim, fígado); tratar doenças autoimunes ou doenças cuja origem mais provável seja autoimune (por exemplo, artrite reumatoide, esclerose múltipla, miastenia gravis, psoríase, vitiligo, lúpus eritematoso sistémico, sarcoidose, glomeruloesclerose segmentar focal, doença de Crohn, doença de Behçet, pênfigo e colite ulcerativa); tratar algumas outras doenças inflamatórias não autoimunes (por exemplo, controle de asma alérgica em longo prazo). Um efeito adverso comum de muitos fármacos imunossupressores é a imunodeficiência, uma vez que a maioria deles age de forma não seletiva, resultando numa susceptibilidade aumentada a infecções. Existem também outros efeitos adversos, como hipertensão, dislipidemia, hiperglicemia, úlcera péptica, lipodistrofia, “face de lua” e lesões hepática e renal. Os fármacos imunossupressores também interagem com outros medicamentos, afetando seu metabolismo e sua ação. Os agentes imunossupressores podem ser avaliados quanto aos seus efeitos sobre subpopulações de linfócitos em tecidos utilizando imuno-histoquímica.
 Inibidores seletivos da produção e da função das citocinas
 As citocinas são proteínas sinalizadoras que se ligam á receptores em várias células. Na classe das citocinas incluem-se as interleucinas, os interferons, os fatores de necrose tumoral, os fatores de crescimento e fatores estimulantes de colônias. A interleucina 2 é um fator que de crescimento que estimula a proliferação de linfócitos T, os quais, quando ativados, produzem mais interleucina 2, interferon e fator de necrose tumoral. Fármacos que interferem na produção e 106 ENF - Revisão: Talita - Diagramação: Fabio - 25/05/2016 Unidade III secreção da interleucina 2 reduzem significativamente a resposta imune e, assim, diminuem a rejeição dos transplantes. A seguir estão listados os principais fármacos dessa classe terapêutica. • Ciclosporina: é um polipeptídio extraído de fungos. 1 – Mecanismo de ação: suprime preferencialmente as reações imunes mediadas por células. Através do bloqueio da síntese proteica (principalmente da interleucina 2), a ciclosporina diminui o número de linfócitos T; 2 – Indicação: é eficaz para prevenir a rejeição de transplantes alogênicos de rins, fígado e coração. Também pode ser alternativa para tratamento de artrite reumatoide ativa grave e psoríase recalcitrante; 3 – Efeitos adversos: apresenta inúmeros efeitos adversos, sendo necessário o doseamento constante dos níveis séricos. Apresenta alta nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, reações anafiláticas, hipertensão, hiperlipidemia, hiperpotassemia, tremores, hirsutismo, intolerância a glicose e hiperplasia gengival. • Tracolimo: é um macrolídeo isolado de fungos de solo. 1 – Mecanismo de ação: exerce seu efeito imunossupressor da mesma forma que a ciclosporina; 2 – Indicação: é recomendado como prevenção para a rejeição do transplante de fígado e rins e é usado com um corticosteroide ou um antimetabólito; 3 – Efeitos adversos: nefrotoxicidade e neurotoxicidade (tremores, convulsões e alucinações). • Sirolimo: é um macrolídeo obtido por fermentação de um fungo do solo. 1 – Mecanismo de ação: tem mecanismo semelhante ao da ciclosporina e ao do tracolimo; 2 – Indicação: transplantes renais; 3 – Efeitos adversos: hiperlipidemia, cefaleia, náusea e diarreia, além de poder potencializar os efeitos nefrotóxicos da ciclosporina e do tracolimo. 
 Antimetabólitos imunossupressores 
Os fármacos antimetabólitos imunossupressores em geral são usados em associação a corticosteroides e ciclosporina. • Azatriopina: é um pró-fármaco da mercaptopurina. 1 – Mecanismo de ação: análogo estruturalmente aos nucleotídeos de DNA usados na proliferação linfocitária; 2 – Indicação: transplantes de órgãos; 3 – Efeitos adversos: depressão da medula óssea, náuseas e êmese. • Micofenolato de mofetila: é um substituto da azatriopina, causando menos efeitos adversos e apresentando maior eficácia em prolongar a sobrevida do enxerto. 1 – Mecanismo de ação: é um inibidor potente reversível e não competitivo da desidrogenase do monofosfato de inosina, bloqueando a formação de guanosina; 2 – Indicação: transplantes de órgãos ou tecidos; 3 – Efeitos adversos: diarreia, náuseas, êmese, dor abdominal, leucopenia e anemia.
 Anticorpos
 O uso de anticorpos tem um papel importante no prolongamento da vida do enxerto. Os nomes dos anticorpos monoclonais convencionalmente contêm a palavra “muro” se forem de origem murina (camundongos), “xi” ou “zu” se forem de quimerizados ou humanizados, respectivamente, e o sufixo 107 ENF - Revisão: Talita - Diagramação: Fabio - 25/05/2016 FARMACOLOGIA “mab” (anticorpo monoclonal) identifica a categoria do fármaco. Dentre os anticorpos monoclonais utilizados no tratamento de rejeição a implantes estão muromonabe-CD3, basiliximabe e alentuzumabe. Por se tratar de fármacos altamente específicos e seletivos, apresentam baixa toxicidade.
Fármacos Imunossupressores
Pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos são geralmente mantidos em tratamento com corticosteroide combinado com um inibidor da calcineurina (ciclosporina ou tacrolimo), ou com fármacos antiproliferativos (azatioprina ou micofenolato de mofetila), ou com ambos. Imunossupressores são usados para modular a resposta imune de três maneiras: imunossupressão, tolerância e imunoestimulação. Quatro classes principais desses fármacos imunossupressores compreendem: glicocorticoides, inibidores da calcineurina, agentes antiproliferativos e antimetabólitos, e os anticorpos. O eixo central da imunomodulação é a indução e manutençãoda tolerância imunológica, o estado ativo de não resposta a antígeno específico. Abordagens em que se emprega imunossupressão para superar os riscos de infecções e tumores incluem o bloqueio coestimulatório, quimerismo de célula doadora, antígenos leucocitários humanos (HLA) solúveis, e as terapias com base em antígenos.
Azatioprina é útil como complemento na prevenção da rejeição de transplante renal. O fármaco geralmente é usado com outros agentes imunossupressores (corticosteroides, ciclosporina, e citotóxicos). Embora a azatioprina tenha atividade na artrite reumatoide, em razão de sua elevada toxicidade deve ser reservada para uso em pacientes com doença grave, ativa, erosiva e não respondente ao ácido acetilsalicílico, aos anti-inflamatórios não esteroides e às terapias modificadoras da doença.
Ciclofosfamida pode ser utilizada, de modo opcional, na artrite reumatoide grave com manifestações sistêmicas, geralmente em pacientes com doença grave que não responde a outros fármacos. Sua toxicidade limita a utilidade. É de maior valor no controle de complicações sistêmicas, mediadas por anticorpos, de doenças tais como vasculites, por meio da inibição da função das células B.
Ciclosporina é usada com sucesso para prevenir a rejeição de transplantes de coração, fígado e rim e mostra-se superior ao metotrexato na sua capacidade de reduzir a gravidade da doença do enxerto-versus-hospedeiro no transplante de medula óssea. Por não ter efeitos mielotóxicos é adequada para uso em pacientes de elevado risco. Há provas de que a ciclosporina pode ser útil no tratamento de rejeições de transplante renal resistentes a corticosteroides. Nas doenças autoimunes, como doença de Crohn e colite ulcerativa, a ciclosporina induz várias respostas, devendo ter seu uso restrito aos casos mais graves, que são resistentes aos corticosteroides e outras terapias. Na artrite reumatoide, há algumas provas de que a ciclosporina pode retardar a progressão erosiva e melhorar o controle dos sintomas em pacientes que respondem apenas parcialmente ao metotrexato.
Metotrexato tem valor no tratamento da psoríase, mas por causa dos riscos associados a essa utilização, deve ser empregado somente quando a doença é grave e não responde a outras formas de tratamento. É amplamente utilizado como fármaco modificador da doença na artrite reumatoide. Metotrexato pode ser usado para prevenir a doença do enxerto-versus-hospedeiro após transplante de medula óssea e também como agente citotóxico imunossupressor, poupando o uso de corticosteroides nas doenças não malignas.
Prednisona e prednisolona são à base da profilaxia pós-operatória e tratamento de rejeição de transplantes de córnea, e no tratamento de outras condições como vasculites associadas a estímulos antigênicos, púrpura trombocitopênica idiopática, doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e colite ulcerativa), artrite juvenil idiopática, lúpus eritematoso sistêmico, e associados a outros imunossupressores no transplante de órgãos e tecidos.
Patologias autoimunes
Doenças autoimunes são doenças que atacam o sistema imunológico contra uma estrutura do próprio organismo, ou seja, uma resposta autoimune. Todo mundo aprende na escola que o sistema imunológico existe para combater ameaças externas, como vírus e bactérias. Ao "visualizar" esses agentes, produz anticorpos com o objetivo de atacá-los. Em alguns casos, no entanto, o general desse exército confunde células do próprio organismo com invasores.
Alguns exemplos;
Artrite reumatoide
A artrite reumatoide é uma doença crônica em que o sistema imunológico ataca as articulações causando inflamação, vermelhidão, rigidez e dor nas articulações.
Tratamento com MTX (metotrexato)
A eficácia do MTX está bem definida no tratamento da AR ativa e recente. O MTX é atualmente considerado o fármaco-padrão no tratamento da AR. Sua capacidade de reduzir sinais e sintomas de atividade da AR e melhorar o estado funcional do paciente foi demonstrada.Também reduz a progressão das lesões radiográficas metotrexato.
Mecanismo de ação
Absorção: rápida por via oral; completa por via IM. Distribuição:
É retido nas células como poliglutamatos por períodos longos, durante semanas nos rins e durante vários meses no fígado. Atinge concentrações baixas no líquor, exceto quando se administra em doses altas com resgate de folinato ou quando se utiliza a via Intratecal. Ligação a proteínas: 50%. Metabolismo: < 10 %. Eliminação: excretado na urina via filtração glomerular e transporte ativo, dentro de 24 horas.
Reações adversas mais frequentes:
-Vermelhidão da pele.
-Hiperuricemia.
-Oogênese ou espermatogênese defeituosa.
-Estomatite ulcerativa, glossite, gengivite, mucosite.
-Náuseas e vômitos. Potencial emetogênico: moderado abaixo de 250mg, alto acima desta dose.
-Diarreia.
-Anorexia.
-Perfuração intestinal.
-Leucopenia, trombocitopenia.
-Falha renal, azotemia, nefropatia.
-Faringite.
-Aracnoidite, toxicidade subaguda com paralisia de extremidades e até coma, encefalopatia demielinizante (somente após administração IT).
Lúpus
Chamado também de Lúpus Eritematoso Sistêmico, o Lúpus é uma doença autoimune que causa erupções cutâneas. No entanto, não se trata apenas de uma doença de pele, pois afeta diversos órgãos incluindo os rins, o cérebro, o coração e as articulações.
Tratamento com cortisona
O Acetato de Hidrocortisona é um adrenocorticoide não fluorado de potência baixa.
Os corticosteroides estimulam a síntese proteica de várias enzimas inibitórias, responsáveis pelos efeitos anti-inflamatórios dos adrenocorticoides tópicos. Esses efeitos anti-inflamatórios incluem inibição do processo inicial tais como edema, deposição de fibrina, dilatação vascular, migração e atividades fagocitárias. Processos tardios, como a deposição de colágeno e a formação de queloide, também são inibidos pelos adrenocorticoides. 
Mecanismo de ação
Os corticosteroides difundem-se através das membranas celulares e formam complexos com receptores citoplasmáticos específicos. Estes complexos entram no núcleo celular, ligam-se ao DNA (cromatina) e estimulam a transcrição do RNAmensageiro e subsequente síntese proteica de várias enzimas inibitórias, responsáveis pelos efeitos anti-inflamatórios dos adrenocorticoides tópicos. Esses efeitos anti-inflamatórios incluem inibição do processo inicial tais como edema, deposição de fibrina, dilatação vascular, migração e atividades fagocitárias.
Processos tardios, como a deposição de colágeno e a formação de queloide, também são inibidos pelos adrenocorticoides.
A resposta inicial ocorre em 7 dias. Os fatores que aumentam a absorção percutânea incluem: grau de inflamação da pele, uso oclusivo, tipo de veículo e concentração do produto.
O Acetato de Hidrocortisona é metabolizado no tecido em componentes biologicamente inativos, incluindo os glicuronídios e sulfatos.
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla ocorre quando o sistema imunológico ataca a mielina, que é o revestimento das células nervosas no nosso organismo. Desta forma, o sistema nervoso é prejudicado, afetando a transmissão de sinais nervosos entre o cérebro e o resto do corpo. 
Por isso, as pessoas com esclerose múltipla geralmente apresentam problemas de equilíbrio, dificuldade de locomoção, fraqueza, dormência, e vários outros problemas.
Tratamento com cladribina
Cladribina: É o mais novo tratamento para Esclerose Múltipla aprovada pela ANVISA no Brasil. Apesar de ser uma medicação oral, a Cladribina não é tomada todos os dias. É administrada em dois ciclos de 4 a 5 dias, separados por 4 semanas, que pode ser repetido em 1 ano. Possui eficácia moderada a alta (previne 1 a cada 2 surtos). Como efeitos colaterais, pode gerar dor de cabeça, infecções respiratórias ou pelo vírus Herpes Zoster, e, raramente, desenvolvimento de tumores. 
Mecanismo de ação
A cladribina mostrou exercer efeitos de longa duração por ter como alvo principal os linfócitos e processos autoimunes envolvidos na fisiopatologia da EM. Cladribina é um pró-fármaco que deve ser fosforilado intracelularmente parase tornar biologicamente ativo. A farmacocinética da cladribina foi estudada após administração oral e intravenosa em pacientes com EM e pacientes com neoplasias e em sistemas in vitro. Absorção Após administração oral, a cladribina é rapidamente absorvida. A administração de 10 mg de cladribina resultou em uma Cmax média entre 22 a 29 ng/mL, e em uma AUC média correspondente no intervalo de 80 a 101 ng•h/ml (médias aritméticas de vários estudos). Quando a cladribina oral foi administrada em jejum, a Tmax mediana foi de 0,5 h (intervalo de 0,5 a 1,5 h). Quando administrada com uma refeição rica em gorduras, a absorção da cladribina foi retardada (Tmax mediana de 1,5 h, intervalo de 1 a 3 h) e a Cmax foi reduzida em 29% (com base na média geométrica), enquanto que a AUC permaneceu inalterada. A biodisponibilidade de 10 mg de cladribina oral foi de aproximadamente 40%. Eliminação Com base nos dados farmacocinéticos populacionais agrupados de vários estudos, os valores medianos da eliminação foram de 22,2 l/h para depuração renal e de 23,4 l/h para depuração não renal. A depuração renal excedeu a taxa de filtração glomerular, indicando uma secreção tubular renal ativa da cladribina. A parte não renal da eliminação de cladribina (aproximadamente 50%) consiste em metabolismo hepático insignificante e distribuição e captação intracelulares extensas da substância ativa cladribina (Cd-ATP) no compartimento intracelular previsto (ou seja, os linfócitos) e na eliminação subsequente de Cd-ATP intracelular, de acordo com o ciclo de vida e vias de eliminação dessas células.
Reações adversas:
Infecções e infestações Comuns: Herpes oral, Herpes zoster com acometimento de dermátomo.Muito raro: Tuberculose.
 Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático Muito comum: Linfopenia. Comuns: Diminuição da contagem de neutrófilos.
 Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo Comuns: Erupção cutânea, alopecia.
Doença de Chron
A doença de Chron consiste em uma síndrome intestinal inflamatória crônica que acomete a região inferior do intestino delgado, o intestino grosso ou ambos simultaneamente. Além disso, pode atingir qualquer parte do trato digestivo.
Tratamento com Azatioprina (Imuran®)
A substância ativa de Imuran é a azatioprina, um derivado da mercaptopurina. Os mecanismos pelos quais essa substância age, reduzindo as reações de defesa do organismo e a força do sistema imunológico (de proteção), ainda não foram esclarecidos com precisão. O efeito terapêutico de Imuran pode tornar-se evidente apenas após semanas ou meses de tratamento.
Mecanismo de ação
A Azatioprina é uma pró-droga da 6-mercaptopurina (6-MP). A 6-MP é inativa, mas age como um antagonista da purina e requer captação celular e anabolismo intracelular aos nucleotídeos da tioguanina (TGNs) para imunossupressão. Os TGN e outros metabólitos (por exemplo, ribonucleotídeos de 6-metil-mecaptopurina) inibem a síntese de novo de purina e as interconversões de nucleotídeos de purina. Os TGNs são também incorporados em ácidos nucleicos, o que contribui para os efeitos imunossupressores da droga. Outros potenciais mecanismos da Azatioprina incluem a inibição de muitas vias na biossíntese de ácidos nucleicos, impedindo assim a proliferação de células envolvidas na determinação e amplificação da resposta imune. Por causa desses mecanismos, o efeito terapêutico da Azatioprina pode se mostrar evidente somente após várias semanas ou meses de tratamento.
A atividade do radical metilnitroimidazol, um metabólito da Azatioprina, mas não da 6- MP, não foi definida claramente. No entanto, em vários sistemas parece modificar a atividade da Azatioprina em comparação com a atividade da 6-MP.
Absorção
A absorção da Azatioprina é incompleta e variável. A biodisponibilidade absoluta média (faixa) de 6-MP após a administração de 50 mg de Azatioprina é de 47% (27 - 80%). A extensão da absorção da Azatioprina é semelhante em todo o trato gastrointestinal, incluindo o estômago, o jejuno e o ceco. No entanto, a extensão da absorção de 6-MP, após a administração de Azatioprina é variável e difere entre os locais de absorção, com a maior extensão de absorção no jejuno, seguida pelo estômago e depois pelo ceco.
Eliminação
Após a administração oral de 100 mg de 35S-azatioprina, 50% da radioatividade foi excretada na urina ao longo de 24 horas e 12% nas fezes após 24 horas. Na urina, o composto principal era o metabólito oxidado inativo do ácido tiourico. Menos de 2% foram excretados na urina como Azatioprina ou 6-MP. A Azatioprina tem uma alta taxa de extração com uma depuração total maior que 3L/min em voluntários normais. Não existem dados sobre a depuração renal ou sobre a meia-vida da Azatioprina. A depuração renal de 6-MP e a meia-vida de 6-MP são 191 mL/min/m2 e 0,9 horas, respectivamente. A mercaptopurina, um metabólito da Azatioprina, foi identificada no colostro e no leite materno de mulheres em tratamento com Azatioprina.
Reações adversas:
Infecções por vírus, fungos e bactérias (inclusive infecções graves e incomuns, como catapora e herpes-zóster, e as causadas por outros agentes infecciosos) em pacientes transplantados que recebem Imuran isolado ou em combinação com outros medicamentos imunossupressores.
Diminuição das células brancas do sangue (células de defesa) devido ao comprometimento da função da medula óssea.
Vitiligo
O vitiligo leva a produção inapropriada de anticorpos e linfócitos T (um tipo de glóbulo branco) contra os melanócitos, as células responsáveis pela produção de pigmentos de nossa pele.
Psoríase
A psoríase, conhecida também como artrite psoriática, é uma doença da pele em que as células epiteliais crescem de tamanho e depois se desprendem. Isso faz com que as células se multipliquem muito mais rápido do que o normal, resultando em excesso que podem formar manchas vermelhas e escamas sobre a pele.
Tratamento com Metoxipsoraleno ou Metoxisaleno para Vitiligo e Psoriase.
Mecanismo de ação
Após a activação, ele liga-se preferencialmente às frações guanina e citosina do DNA, levando à reticulação do DNA, inibindo assim a síntese e a função do DNA.
Posologia Orientativa
Para o vitiligo:
Por via oral, 20 mg tomado 2-4 h antes da exposição controlada a luz solar ou UVA, 2-3 vezes por semana.
Nunca ultrapassar os 0,6 mg/Kg.
Por via tópica, a 0,01 – 1% em soluções ou emulsões O/W não-iónicas fluidas, caso a zona a tratar seja menos de 20%, imediatamente antes de ser submetida a fototerapia ou até 2,5 h antes (conforme o técnico), uma ou mais vezes por semana.
Para as psoríases:
Por via oral, 10 - 70 mg conforme peso, tomado 2 h antes da aplicação da fototerapia, 2 ou mais vezes por semana.
Nunca ultrapassar os 0,6 mg/Kg.
Por via tópica, a 0,015 – 0,15%, aplicado 15 min antes da aplicação da fototerapia.
Administração
Via oral e cutânea.
Reações adversas:
Após a sua administração oral podem-se apresentar incómodos gastrointestinais, e com menos frequência toxicidade do SNC.
Em terapias prolongadas pode provocar rugas prematuras, envelhecimento prematuro da pele, lesões pré-cancerosas, fototoxicidade, dor dérmica, hipertricose, despigmentação da pele e aumento da probabilidade de cancro da pele.
Depois da exposição solar podem aparecer queimaduras graves.
Aumenta a probabilidade de aparecimento de cataratas.
A farmacocinética em comprimidos é desconhecida. O pico de fotossensibilização ocorre em 1,5 - 2,1 horas após a administração de Metoxisaleno. 
Quanto à distribuição: o Metoxisaleno é distribuído amplamente nos líquidos e tecidos humanos e parece ocorrer preferencialmente nas células epidérmicas.
É distribuído também aos meios ópticos oculares em concentrações proporcionais à concentração sérica. Não se sabe se o Metoxisaleno atravessa a placenta ou se é distribuído para o leite materno.
Entre 75% a 91% são fixados às proteínas plasmáticas, principalmente albumina. A vida média de eliminação do Metoxisaleno é de, aproximadamente, 0,75 a 2,4 horas. Aparentemente é metabolizado de forma rápida e em quase sua totalidade. O Metoxisaleno é desmetilado a 8-hidroxipsoraleno(8-HOP) e o Metoxisaleno e o seu metabólito são conjugados com ácido glucurônico e sulfato. Após a administração oral, 80 - 90% do fármaco é eliminado através da urina dentro das primeiras 8 horas como metabólitos hidroxilados, glucuronidos e sulfatos.
Eliminação 
Menos de 0,1% da dose é excretada inalterada através da urina. A dissolução das cápsulas em água permite preparar um banho em uma tina para administração tópica em pacientes sensíveis ao tratamento oral ou com psoríase extensa.
Síndrome de Guillain-Barre
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença em que o sistema imune ataca os nervos que controlam os músculos das pernas e parte superior do corpo. Desta forma, as pessoas acometidas por essa síndrome têm fraqueza muscular nessas regiões e outros sintomas que afetam a mobilidade.
Tratamento com Imunoglobulina G
Terapia de reposição em adultos, crianças e adolescentes (0-18 anos) na(s):
Síndromes de imunodeficiência primária (PID) com produção diminuída de anticorpos;
Imunodeficiências secundárias (SID) em pacientes que sofrem de infecções graves ou recorrentes, tratamento antimicrobiano ineficaz e insuficiência de anticorpos específicos comprovada (PSAF)* ou nível sérico de IgG <4 g/L.
* PSAF = falha na elevação de um aumento de pelo menos 2 vezes no título de anticorpos IgG para vacinas de polissacarídeo pneumocócico e antígeno polipeptídico.
Imunomodulação em adultos, crianças e adolescentes (0-18 anos) na:
Trombocitopenia imune primária (PTI), em pacientes com alto risco de hemorragia, ou antes, de cirurgias, para correção do número de plaquetas;
Mecanismo de ação
O estudo holandês9 publicado em 1992, 74 pacientes foram tratados com IVIg (2 g/kg de peso corporal) e 73 com troca de plasma. A proporção de pacientes cuja pontuação funcional melhorou em um ou mais graus dentro de 4 semanas após o fim do tratamento foi significativamente mais elevada no grupo tratado com IVIg do que no grupo tratado com a troca de plasma (IVIg; 53%, vs. PE: 34%). O tratamento com IVIg também foi superior em relação aos parâmetros-alvo secundários tais como a duração da ventilação, o número de pacientes ainda sendo ventilados 2 semanas após o final do tratamento, e o tempo de recuperação da capacidade de andar.
A imunoglobulina humana normal está imediata e completamente biodisponível na circulação do paciente após a administração intravenosa. Ela é distribuída de forma relativamente rápida entre o plasma e o fluido extravascular, e após cerca de 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os meios intra e extravasculares.
Imunoglobulina G tem uma meia-vida de cerca de 27 dias. Esta meia-vida pode variar de paciente para paciente, em especial na imunodeficiência primária.
IgG e os complexos de IgG são digeridos pelas células do sistema retículo-endotelial.
Reações adversas
Calafrios, dor de cabeça, tontura, febre, vômitos, reações alérgicas, náusea, artralgia, pressão arterial baixa e dor lombar moderada;
Reações hemolíticas reversíveis; especialmente nos pacientes com grupos sanguíneos A, B e AB e (raramente) anemia hemolítica que requer transfusão;
(Raramente) uma queda súbita da pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo quando o paciente não tem hipersensibilidade à administração anterior.
(Raramente) reações cutâneas transitórias (incluindo lúpus eritematoso cutâneo - frequência desconhecida);
(Muito raramente) reações tromboembólicas tais como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar, tromboses das veias profundas;
Casos de meningite asséptica reversível;
Casos de aumento do nível de creatinina sérica e / ou ocorrência de insuficiência renal aguda;
Casos de Lesão Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão (TRALI).
Conclusão
Compreendemos que os imumoduladores são essencias para pacientes que nessecitam de tratamento no sistema imune, pois apesar de algumas doenças autoimunes não terem cura, podemos promover uma qualidade de vida melhor para o paciente, quando descobrimos a importancia de conhecer e compreender as acções desses farmacos imunoestimulantes e imunossupressores dentro do organismo.
Referências
https://www.nilofrantz.com.br/doencas-imunologicas/
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/mecanismo-de-acao-do-metotrexato/42777
1 Reich, D., Lucchinetti, C., Calabresi, P. Multiple Sclerosis. N Engl J Med, 2018. 378:169-80.
2 Marques VD, Giordani RP, Mendes MF, et al. Brazilian Consensus for the Treatment of Multiple Sclerosis: Brazilian Academy of Neurology and Brazilian Committee on Treatment and Research in Multiple Sclerosis. Arq Neuropsiquiatr. 2018;76(8):539-554.
3 Ministério da Saúde/CONITEC. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Esclerose Múltipla. Fev 2019.
4 Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas (BCTRIMS). Esclerose Múltipla. Doutor (a), eu tenho uma pergunta: qual o melhor tratamento indicado para mim? Fontenele Publicações, São Paulo, 2019. www.medicinet.com https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/formulario_terapeutico_nacional_2010.pdf
https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/imunoestimulantes
https://consultaremedios.com.br/interferon-alfa-2a-humano-recombinante/bula?__cf_chl_captcha_tk__=pmd_bVPtG7gfzY31K9tFwSE9D0OGLD7lrRkotC0WRCjCJt8-1634340901-0-gqNtZGzNA1CjcnBszQjR

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