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contestação Trabalhista

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE DIREITO 
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ 
 
 
Página 1 de 5 
 
Data: 10/10/2021. 
 
Matricula: 201703285727. 
 
Estagiário: Charles Ribeiro de Andrade. 
 
Evento e data do evento: Contestação Trabalhista – 21/09/2021. 
 
AO JUÍZO DA 80ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE 
CUIABÁ – ESTADO DE MATO GROSSO ... 
 
 
Processo n.º: 1000/2018 
 
 
TECELAGEM FIO DE OURO S.A., já qualificada na petição inicial, vem 
respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado 
(procuração anexa), com escritório profissional no endereço..., onde recebe 
intimações e notificações, com fulcro nos artigos 847, da CLT e arts. 335, 336 e 
seguintes do CPC, aplicados supletiva e subsidiariamente ao processo do trabalho 
por força do artigo 769 da CLT e artigo 15 do CPC, apresentar CONTESTAÇÃO à 
Reclamatória Trabalhista que lhe move JOANA DA SILVA, já qualificada nos autos 
em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
 
1- PRELIMINARMENTE 
 
1.1- INÉPCIA DA INICIAL – AUSÊNCIA DE CAUSA DE PEDIR 
– ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
 
 Na petição inicial, a reclamante postula pedido de adicional de 
periculosidade, sem, contudo, articular os fundamentos de fato e de direito que 
amparam sua pretensão. Resta, pois, ausente a causa de pedir. 
 
INÉPCIA DA INICIAL. AUSÊNCIA DE CAUSA DE PEDIR. Nos termos do art. 840, § 1º, da CLT, 
um dos requisitos da petição inicial é uma breve exposição dos fatos de que resulte o 
litígio, sendo vedada a formulação de pedido desprovido de causa de pedir. Nesse caso, 
a inicial será declarada inepta, consoante o disposto no art. 330, § 1º, inc. I, do CPC, 
aplicável por força do art. 769 da CLT. (TRT12 – RORSum – 0000289-03.2020.5.12.0056, 
Rel. NIVALDO STANKIEWICZ , 3ª Câmara , Data de Assinatura: 15/09/2020). 
 
 Logo, requer a extinção do processo sem resolução do mérito quanto a 
este pedido, com fundamento nos artigos, 485, inciso I, 337, inciso IV e art. 330, § 
1º, inciso I, ambos do CPC. 
 
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE DIREITO 
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ 
 
 
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2- PREJUDICIAL DE MÉRITO 
 
2.1- PRESCRIÇÃO QUINQUENAL PARCIAL 
 
 A reclamante iniciou seu contrato no dia 10/05/2008 até a data de 
29/09/2018, entretanto a reclamação trabalhista foi ajuizada na data de 
15/10/2018, totalizando mais de 10 (dez) anos, ou seja, ultrapassando o período 
prescricional de 5 (cinco) anos, isto é, ocorreu a prescrição quinquenal parcial no 
dia 15/10/2013. 
 
Ante o exposto, requer o acolhimento da prescrição quinquenal parcial, para 
todos os pedidos anteriores a data de 15/10/2013, com base no art. 7º, XXIX, CF, 
art. 11, CLT e Súmula 308, I, TST. 
 
 
3- DO MÉRITO 
 
3.1- DA INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL/ DOENÇA 
PROFISSIONAL 
 
 Na petição inicial a reclamante alega ser vítima de doença profissional, 
além do mais, juntou os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, 
com o diagnóstico de doença degenerativa. 
 
 A luz do artigo 20, § 1º, a, da Lei 8.213/91, está cristalino do que diz a 
respeito das doenças degenerativas, essas doenças provenientes de lesões nas 
células, não serão caracterizadas como doença de trabalho. 
 
 Desta forma, requer seja julgado improcedente o pedido de indenização 
por dano moral, proveniente de doença profissional, com base no dispositivo 
supracitado. 
 
 
 3.2- DA NÃO INTEGRAÇÃO DO PLANO ODONTOLÓGICO 
 
 Na peça exordial a reclamante requer a integração do plano odontológico 
como salário utilidade, porém o benefício disponibilizado não está caracterizado 
como possível prestação ou assistência que poderia ser incluída no salário 
utilidade, conforme art. 458, caput, da CLT. 
 
 Entretanto esse pedido está vedado legalmente, pois o art. 458, § 2º, IV, 
e § 5º da CLT, não permite que o plano odontológico ou assistência odontológica 
seja considerada salário do empregado. 
 
 Logo, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, com 
fulcro no art. 458, § 2º, IV, e § 5º da CLT. 
 
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE DIREITO 
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ 
 
 
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 3.3- DO NÃO CABIMENTO DO PAGAMENTO DE CESTA 
BÁSICA 
 
 A reclamante requer o pagamento das cestas básicas referentes aos 
meses de agosto e setembro de 2018, direito esse adquirido pela convenção 
coletiva. Ademais juntou cópia da convenção coletiva que teve seu período de 
vigência entre 1º de Julho de 2016 a 1º de Julho de 2018, embora não houvesse 
nova convenção coletiva que preside o pagamento de cesta básica aos 
colaboradores, sustenta o pedido com base em prorrogação automática da 
convenção. 
 
 Pois bem, a reclamada cumpriu com o pagamento durante toda vigência 
da convenção coletiva, há não continuação do pagamento do benefício aos 
colaboradores está amplamente amparado por lei, o artigo 614, § 3º, CLT, incluído 
pela reforma trabalhista com a Lei 13.467/2017, dispõe a proibição de convenção 
ou acordo coletivo por mais de 2 (dois) anos, sendo vedada a ultratividade. 
 
 Desta forma, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, 
com base no artigo 614, § 3º, CLT, tendo em vista que a reclamada agiu conforme 
a lei. 
 
 
 3.4- DO NÃO CABIMENTO DE HORAS EXTRAS 
 
 Relata a reclamante no pedido da inicial o direito ao pagamento de 2 
(duas) horas extras, provenientes de participação em cultos ecumênicos por 2 
(duas) vezes na semana, com duração de 1h (uma) hora cada. 
 
 Além do mais, juntou a circular da empresa que informava a todos os 
empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria 
todos os dias ao fim do expediente. 
 
 Como demonstrado na circular a empresa não obrigava a participação da 
funcionária, ficando a sua única e exclusiva escolha participar de tal evento fora 
do horário de trabalho. 
 
 Pelo fato de a participação ser facultativa pela parte do empregado não 
se caracteriza como tempo à disposição do empregador, nos termos do art. 4º, § 
2º, I, CLT. 
 
 Deste modo, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, 
com fulcro no artigo 4º, § 2º, I, CLT. 
 
 
 
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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ 
 
 
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 3.5- DA INEXISTÊNCIA DE COAÇÃO 
 
 Entretanto conforme pedido de demissão escrito de próprio punho 
(anexo) pela reclamante, e o documento com a quitação dos direitos da ruptura 
considerando um pedido de demissão, não há o que se falar em coação. 
 
 Subsidiariamente, incumbe à trabalhadora comprovar que sofreu coação 
moral, o que teria motivado seu pedido de demissão, sendo que ela não 
comprovou qualquer fato neste sentido art. 818, I, CLT e art. 373, I, CPC. 
 
 Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da 
Reclamante, com fulcro no art. 818, I, CLT e art. 373, I, CPC. 
 
 
 3.6- DA INEXISTÊNCIA DE ACÚMULO DE FUNÇÃO 
 
 A reclamante alega acúmulo de função, pois fora contratada para o cargo 
de cozinheira, mas era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os 
alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados 
do setor, sendo caracterizado como outra função, a de garçom. 
 
 Entretanto a suposta segunda função apresentada pela reclamante, é de 
compatibilidade com o cargo profissional e sua condição pessoal, ou seja, não 
havendo o que se falar em acúmulo de função. 
 
 O artigo 456, parágrafo único, da CLT, dispõe que a inexistência de cláusula 
expressa ou falta de prova, será compreendido como serviço compatível com a 
condição pessoal do empregado. 
 
 Desta forma, pugna pela pelo julgamento improcedente do pedido da 
Reclamante, com base no art. O artigo 456, parágrafo único,da CLT. 
 
 
4- DOS PEDIDOS 
 
 Assim, diante do exposto, vem mui respeitosamente perante à Vossa 
Excelência, para requerer: 
 
a) Acolhimento da preliminar de inépcia; 
 
b) Pronúncia da prescrição; 
 
c) Improcedência dos demais pedidos; 
 
d) Protesto por provas; 
 
 
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CURSO DE DIREITO 
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA MACAÉ 
 
 
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e) Honorários advocatícios sucumbenciais (art. 791-A, CLT). 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Rondonópolis/MT (data) 
 
(Assinatura do Advogado (a)) – OAB

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