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1 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 CARDIO: ENDOCARDITE INFECCIOSA INTRODUÇÃO: • A EI é uma infecção microbiana que envolve o endotélio cardíaco. • Valvas cardíacas (comumente envolvidas), defeitos no septos (interatrial ou ventricular), corda tendínea, endocárdio mural, nos shunts arteriovenosos e artério-arteriais. Porque a endocardite envolve preferencialmente as válvulas? O endotélio sadio dificilmente vai sofrer a infecção e gerar o processo de endocardite, para gerar endocardite precisa de um fluxo turbulento com lesão endotelial e obviamente associado a bacteremia. Você vê que se eu tiver uma válvula defeituosa com esse fluxo turbulento vai gerar lesão valvar que vai predispor a presença de endocardite. Claro que se eu tiver endocardite valvar, as cordas tendíneas pode ser envolvidas, se tiver na câmara direita um marca- pass, um paciente tiver com cateter venoso pela veia cava e chega aqui na câmara direita eu também posso ter endocardite ao redor, atapetando todo esse cateter e ficando na parede. Se o paciente tiver um shunt, uma comunicação interventricular vai gerar um fluxo turbulento e vai gerar lesão endotelial e vai predispor a formação de vegetação e da endocardite infecciosa. • Pode se apresentar de forma AGUDA ou SUBAGUDA O perfil epidemiológico mudou ao longo dos tempos, antes era mais comum a endocardite ocasionada por Streptococcos e ela vinha com apresentação mais subaguda. Século XXI a apresentação mudou temos mais endorcardite por Staphylococcus com apresentação mais aguda. Porque mudou esse perfil epidemiológico? Antigamente a gente tinha como cardiopatia predisponente que era cardiopatia reumática e as cardiopatias congênitas e o germe que mais acometia era o Streptococcos e fazia aquela subaguda mais lento. Com o advento do avanço terapêutico, com o avanço das profilaxias para reduzir tanto a incidência da cardiopatia reumática, quanto para prevenir a própria endocardite se o paciente tem uma prótese, ele começa a terapia para evitar novas endocardites ou com o advento de técnicas cirúrgicas, dispositivos cardíacos, começou a mudar a flora e começou a ser mais o Staphylo e mudou o perfil do paciente que tem endorcardite, obvio que é aquele que tem cardiopatia predisponente, mas é aquele paciente associada a doenças oncológicas, pacientes que ficam mais internados com uso de cateter venosos, imunossupresso, paciente com doença renal crônica que fica com o cateter muito tempo e passou a ter mais incidência por Staphylo e é uma apresentação mais aguda. • Lesão característica: a vegetação A foto ilustra uma vegetação. Vegetação é um conjunto de fibrina, de coagulo entremeado com bactérias. Aquele primeiro momento, a gente faz uma vegetação trombótica- bacteriana que é colonizado por bactérias e surge a vegetação clássica. Vem com uma característica amorfa, no ecocardiograma vamos observar uma imagem meio algodonosa, móvel e é uma lesão bem característica de endocardite. Claro que essa vegetação pode proliferar essa infecção e proliferar, com ruptura de válvula, abscesso “periandular”, fistulas, disfunções valvares. **OBS: Só a droga intravenosa já é um fator predisponente, não precisa ter cardiopatia predisponente. • Incidência: 1,9—6,2: 100.000/ano 3:100.000/ano -> crianças • É mais comum no sexo masculino (1,6 a 2,5 mais casos que mulheres) • Condição de alta morbidade (50-60%) e mortalidade (20-30%) Mesmo com o advento das técnicas cirúrgicas e mesmo com a melhora da cobertura antibiótica. • Taxas de óbito podem chegar a mais de 50% nos grupos de alto risco. • Avanços diagnósticos e terapêuticos (ATB + cirurgia) Vamos tratar com antibiótico todo mundo e uma média de 50% vai precisar de cirurgia. • Impacto: -Diagnóstico precoce/acurado -Uniformização de condutas terapêuticas Fazer protocolo tanto para diagnóstico quanto para tratamento. • Condições predisponentes: -Próteses valvares** -Endocardite prévia -Valvopatias adquiridas -Cardiopatias congênitas cianóticas -Prolapso valva mitral -Usuários de drogas injetáveis -Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva 2 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 O risco individual mais prevalente para ter endocardite é a Prótese valvar. Claro que endocardite prévia é importante como fator predisponente, valvopatias adquiridas (ex. cardiopatia reumática), prolapso valvar mitral COM REGURGITAÇÃO, porque eu preciso que tenha a regurgitação com lesão tecidual para ter endocardite (prolapso puro não é fator predisponente), usuários de drogas injetáveis e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva que gera gradiente da via de saída e isso também é um fator predisponente para gerar lesão tecidual. FISIOPATOLOGIA: • Complexo hospedeiro-microorganismo • Características cardíacas anatômicas • Disfunção endotelial e hipercoagubilidade favorecem a formação de trombos • A ativação do sistema imune leva a agressão vascular e tecidual • Bacteremia/características do patógeno Não faço endocardite de graça, tenho um complexo hospedeiro-microrganismo, ou seja, eu preciso de um indivíduo que tenha predisposição para ter endocardite e um microrganismo que tenha uma virulência que consiga fazer endocardite. Predisposição do hospedeiro: características cardíacas anatômicas predisponentes. Para isso, esse defeito cardíaco precisa gerar um gradiente de pressão para gerar um fluxo turbulento, seja por um jato regurgitante por disfunção catética, seja um fluxo turbulento por defeito do septo, essa lesão endotelial gerada por esse fluxo turbulento e vai acontecer uma disfunção endotelial e hipercoagulabilidade que vai fazer a formação do trombo, vou ter a ativação do meu sistema imunológico graças a agressão tecidual e endotelial e isso vai fazer com que ocorra um depósito de plaquetas e fibrinas com chamamos de vegetação trombótica-abacteriana. Nesse primeiro momento é com conglomerado de plaquetas mais fibrina, e vamos supor que o seu paciente tenha uma condição dentária bastante precária e no ato de escovar ele faça uma bacteremia, então surgiu a questão do complexo hospedeiro-microorganismo e a bacteremia (também pode ser o paciente internado e fez uma bacteremia por S. aureus por conta de um cateter, celulite, ou então o paciente fez procedimento na região oral e aquilo lesou mucosa), essas bactérias tem características como alta adesividade, um fator antifagocitico para se manter com alta virulência para colonizar esse trombo e isso vai gerar uma vegetação. *Qual é o sinal ou sintoma mais comum na endocardite bacteriana? Febre, tem bacteremia acontecendo aqui. APRESENTAÇÃO CLÍNICA: Apresentação clínica mais comum é a febre. E sintomas gerais como inapetência, perda ponderal, adinamia e cefaleia que é bem inespecífico. • >90%: Febre, inapetência, perda ponderal, adinamia e cefaleia • Sopro cardíaco—85% dos casos Tem uma excelente acurácia, o problema é que não é o sopro em si mas a modificação desse sopro. Ou um sopro novo ou a modificação da amplitude desse sopro, um sopro que ficou mais agressivo. Antigamente isso era colocado nos critérios de Duke, hoje isso deixou de ter valor, porque a clinica as vezes é mal avaliada e a gente tirou isso do critério para tornar ele mais objetivo possível. Até ta lá no critério mas deixou de ter valor para a gente. • Idosos e imunodeficientes apresentam manifestações atípicas • Formas de evolução rápida podem causar toxemia e sepse As vezes você pega um paciente com febre e esplenomegalia e vai pensar um monte de coisa, mas não esquece que endocardite faz parte dessa suspeita. • Esplenomegalia é observada em 50% dos casos (principalmente na forma subaguda) Esplenomegalia inclusive na forma subaguda que éa mais prolongada. Esplenomegalia pode esta em até 50% dos casos, por evolução séptica. • O diagnóstico geralmente é tardio devido ao quadro multissistêmico. As vezes o paciente chega lá com febre, uma dor abdominal inespecífica e vamos pensar em várias coisas menos endocardite. Não vai ser a primeira hipótese obviamente, pode pensar em uma apendicite e enfim, mas não esqueça de endocardite dentro das possibilidades. Vá em busca ativa das manifestações periféricas, se a tua suspeita aumentar e os critérios de Duke reforça a hipótese, não deixa para ser tão tardio, pois a mortalidade pode ser até 30% e aquele grupo de risco mais alto pode chegar a 50%. • Fenômenos periféricos 3 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 Os fenômenos periféricos são mais comuns nas endocardites de evolução prolongada, na subaguda. E são dicas para o diagnóstico. • Tríade de Osler: endocardite, pneumonia e meningite, por um mesmo agente. Síndrome de Austrian, quando a infecção for por Streptococcus Pneumoniae. **PROVA: Tríade de Osler, foi descrito por Osler em que ele identificou um quadro bastante exuberante, o paciente tinha endocardite, pneumonia e meningite e quando eles vão atrás de um agente etiológico, tinha um agente que explicava tudo que é chamado de Tríade de Osler. E quando esse agente é chamado de Streptococcus Pneumoniae é chamado de Síndrome de Austrian que seria endocardite, pneumonia e meningite e esse agente etiológico é o Streptococcus pneumoniae. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO: Von Reyn desenvolveu os critérios para endocardite, na ocasião ele apenas colocou as hemoculturas e as evidencias clínicas. Já tinha uma especificidade excelente de 99%, porém tinha uma baixa sensibilidade, porque a ecocardiografia não tinha sido utilizada ainda como critério diagnóstico nesse momento. Só para ter noção, em 1976 foi quando começou a surgir a ecocardiografia no modo “N” que é o unidimensional, modo bidimensional com doppler só surgiu em 1984 e obviamente que as técnicas vem avançando com maquinas com uma excelente acurácia. CRITÉRIOS DE VON REYN (1980) • Hemoculturas + evidências clínicas CRITÉRIOS DE DUKE (1994) • Incorporou evidências ecocardiográficas • Mais sensível (76%--Duke/ 56%- Von Reyn) • Mesma especificidade (..99%) E Duke em 1994 fez o seguinte, vamos aumentar essa especificidade em 76% pois vamos incorporar agora os dados ecocardiográficos, é tudo muito parecido mais agora temos a ecocardiografia que vai jogar lá para cima nessa sensibilidade. Eu vou ganhar que vai passar a ser um exame de triagem (a eco) fantástico e vai aumentar minha acurácia e vai tentar mudar esse desfecho tão deletério que a gente tem de endocardite. Como que funciona os Critérios de Duke?? Primeiro ele diz que para ter endocardite definitiva eu tenho 5 cenários: * 2 critérios maiores (eco e hemocultura) -> preciso achar algo semelhante com vegetação ou complicações dela ou preciso achar hemocultura com germes típicos *1 maior e 3 menores *5 maiores *Padrão-ouro: Anâtomo-patológico positivo para endocardite, só ele puro vamos supor que o paciente faleceu e tirou o pedaço que achou que era endocardite e mandou para análise ou cirurgia e mandou para o estudo. Só isso já é suficiente. CRITÉRIOS MAIORES: Hemoculturas positivas OU endocárdio acometido *OBS: A questão do sopro? Isso caiu em desuso, hoje vamos ver as imagens ecocardiográficas. Se tiver um RNM ta valendo? Ta valendo. Pet Scan ta valendo? Também, qualquer imagem que mostre acometimento endocárdico. Colocamos aqui o ECO, pois é o exame inicial que a gente vai fazer pois tem boa acurácia. CRITÉRIOS MENORES: Drogas intravenosas, febre>38º, condição cardíaca predisponente e vai vem os fenômenos periféricos, vasculares, imunológicos ou qualquer microbiologia positiva que não feche como critério maior. Quais são os critérios microbiológicos que é um critério maior? Os critérios maiores que vão absorvendo com 4 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 hemocultura positiva que é o microbiológico ou evidencia de envolvimento endocárdico, que é uma evidencia positiva no ecocardiograma. Vamos falar sobre os critérios microbiológicos. Primeiro ponto: existe alguns critérios para fechar como maior dentro do microbiológico: isolar 2 culturas de hemocultura com germes típicos (Streptococos viridans, Streptococos bovis, grupo HACEK, S. aureus e enterococos). OBS: S. epidermidis não está aqui não? Não, aqui são os microrganismos típicos, qualquer outro que também possa estar associado a gente não vai exigir 2 hemoculturas. Isolamento de microrganismo de uma forma genérica com hemocultura persistente positiva. Se tiver 2 amostras de hemocultura no intervalo de 12 horas, ou se tiver várias positivas 4 hemoculturas sendo que dessas a maioria positiva (3 positivas)-> é o que chamamos de hemoculturas persistentemente positivas. Ou uma simples hemocultura positiva para Coxiella burnetti, pois ela é difícil positivar então uma só dessa está valendo. Como ela é difícil de positivar tem outra forma de achar que ela está positiva? Pelos títulos, sorologia os títulos de IGG ACIMA DE 1/800. PRECISA SABER, pois não é qualquer germe e qualquer sorologia que vai contar como critério maior. E o ECO: vai esta lá uma massa intracardiaca que chamo de vegetação ou as complicações da endocardite, seja um abscesso perianular ou nova deiscência da valva protética, aqui não sai falando tudo mas a gente vai falar mais na frente (uma fistula, pseudoaneurisma) E os critérios menores? As condições predisponentes que já aprendemos que é a endocardite previa, uso de drogas (droga injetável, precisa levar bactéria para fazer bacteremia e ir para o tecido cardíaco), valva protética, prolapso de válvula mitral com regurgitação*, cardiopatia congênita cianótica, outras lesões cardíacas por qualquer fluxo dentro dessas câmaras. A febre. Os fenômenos vasculares, exemplo as lesões de Janeway (lesões eritematosas, micro embolização sistêmica séptica). O que é os fenômenos vascular dentro da endocardite? Imagina a endocardite lá dentro do coração e de repente o sangue está passando no ciclo cardíaco e ele carrega parte dessa vegetação ao longo do corpo. Se for nas câmaras direitas vai para o pulmão e faz uma embolização séptica pulmonar, pode fazer pneumonia e infarto pulmonar séptica. E se for para o corpo, seguir o caminho da câmara esquerdo pode ir para o cérebro fazendo embolizações sépticas (pode fazer embolizações endoteliais nos vasos artérias cerebrais e pode fazer o que a gente chama de aneurisma, foi descrito em mais ou menos 1984 e quando Osle descreveu esse aneurisma ele falou que esse aneurisma tem uma característica na parede como se fosse fungica e chamou de aneurisma micótico, a definição é aquele aneurisma causada por embolizações sépticas oriundos de endocardite bacteriana e ele pode romper pois o vaso está bem fragilizado, pode fazer hemorragia intracraniana, avc isquêmica, hemorragias). Os fenômenos imunológicos, ele diz a presença de marcadores sorológicos, fatores reumatoides positivos, glomerulonefrite por imunocomplexo, nódulos de Osler (ocasionado por uma vasculite por imunocomplexo e vai fazer aqueles nódulos dolorosos) e as manchas de Roth (pequenos sangramentos “intra retinianos”). PRECISA SABER cada fenômeno! Pois diante de um paciente com febre prolongada são esses fenômenos que vamos ficar buscando beira leito. Olhar membros, esplenomegalia... se você não fez o diagnóstico e ele esta fazendo embolizações sépticas pode ser que ele embolo para o cérebro e curse com sintomas hemorrágicos. E qualquer achado microbiológico que não se enquadre nesses critérios maiores, vamos encaixar como critério menor.PRECISO DE QUE: 2 CRITÉRIOS MAIORES 1 MAIOR + 3 MENORES 5 MENORES Um pouco diferente da febre reumática. CRITÉRIOS MICROBIOLÓGICOS: • 90% dos casos apresentam culturas positivas • Hemoculturas: 03 amostras de 10ml (aeróbios e anaeróbios) sangue periférico, intervalo de 20- 30min entre cada, antes de iniciar ATB. Pois o início do antibiótico e a coleta da hemocultura pós está associada a hemoculturas negativas -> falso-negativo. E esses 10% negativo está associado à o que, já que faz bacteremia? Pois temos alguns germes que são difíceis de crescer na hemocultura. • Agentes etiológicos: -Típicos: S.aureus, Enterococos, Streptococcus viridans, Streptococcus bovis, Grupo HACEK. -Bacilos gram negativos (como pseudômonas), S. epidermidis 5 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 -Fungos, micobactérias, rickettsias, clamídias e micoplasmas -Coxiella burnetti e Bartonella spp *Grupo Hacek (5%): Haemophylus, Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella, Kingella Obs: Podem demorar de 14-21 dias para crescer em meio de cultura. Geralmente ficamos vendo a cultura até 5 dias, então como ele difícil de crescer a gente coloca em um grupo especifico que é o grupo HACEK. Faz parte dos germes típicos mas não acho fácil na hemocultura. *pergunta: Se for um paciente com cirurgia cardíaca qual o agente etiológico que mais vai causar mais endocardite (principalmente 12 meses e principalmente nos primeiros 60 dias)? S. epidermidis que é o Staphylo coagulase negativo. Paciente usuário de drogas intravenosas os fungos é um agente etiológico que chama atenção. Micoplasma também pode ser difícil de fechar na hemocultura e a Coxiella Burnetti também. GRUPO HACEK, FUNGOS, COXIELLA BURNETTI E BARTONELLA SPP -> associados aos 10% de hemoculturas negativas. Hemoculturas negativas não afasta endocardite. OBS*: precisa ser de sítios diferentes para ter mais acurácia • EI AGUDA -> S.aureus // EI SUGAGUDA-> Strepcocos viridans Aguda é muito rápido, chega grave, com toxemia, febre de poucos dias e já se apresenta deteriorado do ponto de vista clinico. A subaguda pode chegar com um histórico de febre a um mês e vamos buscar ali, pois tem uma evolução mais prolongada, permanece mais estável ao longo do tempo • Endocardite em usuário de drogas IV (pp. Em valva tricúspide): Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida; Usuário de drogas é mais comum ter endocardite de válvulas direitas, valvas tricúspide e valva pulmonar. Principalmente tricúspide, pois não tem como passar pela tricúspide e acometer somente a pulmonar. • Até 60 dias da PO CC: o agente mais comum é o Sthaphylococcus epidermidis, S. aureus, Candida Albicans. Se o paciente fez uma cirurgia cardíaca, teve aquele coração instrumentalizado qual o agente que mais vai causar? Até 60 dias, vamos supor que é um paciente que teve uma febre reumática que complicou no centro cirúrgico, dentro da janela de 2 meses esse paciente volta com febre, você pode pensar em faringite, infecção urinaria... mas não esquece que esse paciente tem um alto risco de endocardite e você tem uma obrigatoriedade de entender qual a causa dessa febre e pensar em endocardite e uma vez pensando em endocardite, pensar e não esquecer do Staphylococcus Epidermidis. Tenho ele na pele, as vezes tenho uma amostra só de S. Epidermidis você vai dizer que é contaminação da amostra mas se esse Staphylo estiver persistente em amostra, pensar em endocardite. Tenho também S. aureus e Candida como outras causas de agente etiológico dos pacientes que sofreram de cirurgia cardíaca. A gente colocava isso até 60 dias, hoje a gente expande até 12 meses, no caso de S. epidermidis ele tem um pouco mais de resistência. • Endocardite por Enterococos: Relação com manipulação do trato geniturinário. Vamos supor que fez a cultura e achou lá que era um enterococo, muitas vezes você pergunta e ele operou próstata recentemente, ou seja, tem uma relação com a manipulação do trato geniturinário que é onde esta colonizado esses enterococos • Endocardite por Strepcocccus bovis: Relação com malignidade do trato gastrointestinal e pólipos colônicos (indicada colonoscopia); *QUESTÃO DE PROVA DE RESIDENCIA: Se você uma endocardite por S. bovis trata sua endocardite obvio, mas não esqueça de depois fazer uma colonoscopia pois esse paciente pode ter um câncer gastrointestinal. Até pode ser só pólipos algo benigno, mas é mandatório fazer colonoscopia por conta dessa associação. EVIDÊNCIA DE ENVOLVIMENTO ENDOCÁRDICO: • Ferramenta diagnóstico: ECOCARDIOGRAFIA • Papel da ecocardiografia: -Algoritmo diagnóstico -Identificar cardiopatia predisponente Também muda o desfecho, pois em um eco de rotina por exemplo, descubro um prolapso valvar mitral com regurgitação e ele diga para o médico que vai fazer um procedimento dentário, então você fala para uma hora antes usar amoxicilina 1g 2hrs antes para evitar endocardite. -Informações sobre as vegetações -Detectar complicações 6 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 Abscesso, fistula, pseudo aneurisma, infecções por contiguidade vai sair acometendo ao redor do anel da prótese, tem situações que faz a decência da prótese. -Avaliar consequências hemodinâmicas Se tem disfunções valvares, disfunção miocárdica. -Avaliação seriada Pois as vezes é um paciente que você está tratando só com medicamento e precisa seriar o ecocardiograma para saber se é só medicamento mesmo ou preciso fazer uma cirurgia? O ECO serve tanto para diagnóstico quanto para prognóstico. -Prognóstico • Local mais frequente da vegetação: Borda livre dos folhetos -Superficie atrial das valvas AV -Superficie ventricular das valvas semilunares A vegetação vai estar onde temos a turbulência do fluxo e a lesão endotelial, se eu tenho uma regurgitação na valva atrioventricular (mitral e tricúspide), a regurgitação vai para o átrio então a superfície vai ser a atrial onde o fluxo regurgitam-te esta indo. Valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide)-> se o refluxo vai para o átrio a vegetação também vai para superfície atrial, onde vai ter maior frequência das vegetações. Valvas semilunares (aórtica e pulmonar) -> superfície ventricular • Acometimento: Valva mitral (40%)/ Valva aórtica (34%) -VM> VAo > VM +VAo (mitral e aórtica juntos) > VT (valva tricúspide) > VP (pulmonar raramente) -Valvas D + E: shunt intracardiaco (CIA/CIV) Se tiver todas as valvas acometidas, suspeitas inicialmente de um shunt. Ta circulando bacteria vindo da direita para esquerda e da esquerda para direita, seja por uma comunicação interatrial ou interventricular. Tem acometimento mitral e tricúspide por exemplo, tem a possibilidade de ter um shunt ou a região microaortica ta acometida, ta progredindo e tem chances de ir para todos os lados com uma infecção gravíssima nesse endocárdio. *Toda vez que estiver com uma infecção de valva da esquerda para direita buscar no eco a possibilidade de shunt intracardiaco. • Pode ser normal ou inconclusivo em até 30% dos casos E as vezes quando está inconclusivo precisa lançar mão de outras coisas para fechar diagnóstico. Aqui é uma imagem de um ecocardiograma, temos aqui o ventrículo direito, ventrículo esquerdo, átrio esquerdo e a aorta. Aqui a valva abre e fecha, o fluxo sairia do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo e vai para aorta, o fluxo regurgitante ele vai voltar e vai lesionar a face ventricular desse folheto. Por isso a vegetação vai está na face ventricular. No caso da mitral é diferente, o fluxo não está vindo do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo ele está regurgitando e vai acometer a face atrial. O tamanho da valva está relacionado com IC e mortalidade?Não, o tamanho da vegetação os estudos mostram com a possibilidade apenas de embolização, de complicar e não necessariamente com mortalidade e IC. Temos um eco assim: vegetação aderida ao folheto tricúspide anterior da valva mitral medindo 20mm, mas ali não tem regurgitação, não tem abscesso, não tem fistula, não tem nada... então vamos colocar ali um medicamento com a pessoa da infecto e fica tranquilo. Pois acima de 10mm o risco de complicar por embolização aumenta de forma vertiginosa. 7 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 TAMANHO DA VEGETAÇÃO -> prognóstico com relação a embolização ECO TT X ECO TE TE: TRANSESOFAGICO TT: TRANSTORÁCICO *VAMOS FAZER O ECO TT EM TODOS PACIENTES QUE SUSPEITAMOS DE ENDOCARDITE Pois o TE também começa pelo TT. Para endocardite de câmaras direita o TT ele é excelente, pois quando fazemos o eco quem está na frente são as câmaras direita a acurácia do exame é melhor. Porém, quando falamos de câmaras esquerda o TT perde a acurácia e acaba sendo o TE melhor. *Dispositivos intracardiaco (marco-passo, cateter etc) lançar mão de complementar TT com TE. O que muda do TT para o TE é a sensibilidade, a sensibilidade para avaliar próteses, valvas calcificadas o TE é superior. E o TE traz informações adicionais quando falamos em câmaras esquerdas. Câmaras direitas o TT é favorável, vai complementar com TE se tiver dispositivos intracardiaco. SENSIBILIDADE: • ECO TT: 60-70% (valva native) 15-35% (V. protéticas) -Melhor: Vegetações valvas direitas -**Dispositivos intracardíacos: ECO TT/TE • ECO TE: 90-100% -Escolha: valvas degeneradas ou calcificadas/próteses/AVALIAR complicações ESPECIFICIDADE: • Variação ampla • Diminuição FP—Contexto clínico *Quando suspeitar de complicações? Fez antibiótico, o paciente permanece com febre, dispneia e acha que piorou disfunção valvar, ou bloqueio (ex na aula: na imagem abaixo, suponha que essa vegetação perto do septo forma um abscesso e começa a invadir esse septo, onde esta o nó AV? Começa a fazer um bloqueio de 1 grau, suspeita de abscesso). Suspeita de endocardite infecciosa -> ECO TT sem demora Tem prótese mitral (principalmente metálica) -> complementa com TE Não tem material protético, tem uma boa janela ecocardiográfica e o TT deu positivo, precisa pedir um TE para confirmar? Para confirmar não, para ai. Mas se suspeita de complicações, ou vai para cirurgia e quer fazer uma imagem mais detalhada -> complementa com TE. Fez um TT, não tem material protética, a imagem não é de boa qualidade -> complementa com TE Paciente fez TT, não tem material protética, imagem de boa qualidade, mas deu negativo -> se sua suspeita for baixa para por ai // suspeita alta: complementa com TE. ENDOCARDITE DO LADO DIREITO: • 5 a 10% dos casos (30-70% -> Us. De drogas IV) No grupo de usuário de drogas é a mais comum. • Valva tricúspide (+ comum) -Drogas IV/ cateter de demora/MP (marca-passo) • Valva pulmonar (mais raro) -Cateterização arterial pulmonar (para ter uma endocardite de valva pulmonar pura) Mas se tenho uma na tricúspide e se embolizou, pode ter na pulmonar. • Vegetações 8 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 São chamadas de vegetações gigantes, por isso ela é facilmente visualizada no TT. • Eco TT X Eco TE Por ter uma boa imagem e vegetações gigantes na endocardite de camaras direita o TT tem uma sensibilidade parecida com o TE. Quando pedir um TE em endocardite de camaras direita? Quando tem dispositivo intracardiaco e artefatos que dificultem a realização do exame. • Cirurgia: Vegetações tricúspide> 20mm com embolia pulmonar recorrente, com ou sem ICC. Na esquerda ponto de corte é de 10mm. Na direita você já espera que as vegetações sejam grandes, mas grandes a ponto de ser maior que 20mm e está com embolia pulmonar recorrente (2 ou mais), independente de sintomas de IC é indicação cirúrgica. PERGUNTA: Qual a valva que mais complica com abscesso perianular? Valva Aórtico Qual a valva que mais complica com embolização? Vegetação anexada no folheto na valva mitral (como se tivesse jogando para trás) *PROVA* FENÔMENOS VASCULARES: Se tem vegetação na tricúspide, pode gerar embolização pulmonar pode gerar pneumonia recorrente, infarto pulmonar. Se tem embolização nas câmaras esquerdas vai gerar embolização sistêmica. Qual o sítio que mais ocorre embolização sistêmica? Sistema Nervosa Central. Sai da aorta, vai para o arco aórtico e quem ta ali o tronco cefálico, carótida, subclávia então se fosse chega ali seguindo o fluxo normal vai para o cérebro. • Embolia sistêmica ou pulmonar, aneurisma micótico, hemorragia cerebral, manchas de Janeway, petéquias, hemorragias subungueais (manchas de Splinter). -Fenômenos embólicos podem estar presentes em até 43% dos casos (SNC é o sítio mais comum: AVCi, AVCh, aneurisma micótico, meningite, abscesso) Principalmente nas endocardites mais demoradas. -Também podem acometer órgãos abdominais como baço e fígado (abscessos), extremidades (isquemia aguda de membros) e coronárias. -Embolia pulmonar é muito frequente na EI de câmaras direitas (usuário de drogas, HIV+). Então, na endocardite de câmara direita quais são os fenômenos vasculares? Só acometimento pulmonar, seja por abscesso, infecção ou infarto pulmonar. Todo esse resto -> ENDOCARDITE DE CAMARAS ESQUERDA *OBS: Se tiver hemorragias subunguineas + Lesões de Janeway + aneurismo micótico -> no ponto de vista da pontuação é um ponto só (um critério menor-> fenômeno vascular) FENÔMENOS IMUNOLÓGICOS: • FR (fator reumatoide)positivo, glomerulonefrite, nódulos de Osler, manchas de Roth. Glomerulonefrite por imunocomplexos, pode ter alterações no sumario de urina que pode passar despercebido. Nódulo de Osler espécie de vasculite que acontece por imunocomplexo. Mais comum na subaguda Fenômenos por imunocomplexo mais comum nas endocardites mais prolongadas. Tem algo patognomonico em endocardite? Não Tem algo patognomonico em Febre Reumatica? Nódulos de Aschoff *LEMBRANDO: fator reumatoide + manchas de roth + nódulos de osler -> uma pontuação só (fenômenos imunológicos) DIAGNÓSTICO - A manifestação clínica mais comum é a febre - O achado laboratorial mais comum é a anemia ACHADO LABORATORIAL: 9 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 - Anemia é muito frequente nas endocardites prolongadas (90%) – Nos casos agudos pode ocorrer leucocitose com desvio, podendo ter alteração de lactato, acidose em um paciente mais grave e com sepse grave. – Elevação de PCR e VHS – Positividade do fator reumatóide (até 50% dos casos, principalmente nos casos mais prolongados) – Exame da urina: hematúria microscópica, proteinúria, cilindros hemáticos, piúria, cilindros leucocitários e bacteriúria. Obs: As vezes acontece do paciente chegar com febre, sumário de urina que foi informado anteriormente e achar que é uma ITU, mas devemos ter cuidado pois esse paciente pode estar tendo uma glomerulonefrite e vai pontuar como fenômeno imunológico. Para fechar o diagnóstico precisamos de três pilares, logo precisamos dos critérios de Duke modificados (critérios maiores: hemocultura e evidência de envolvimento endocárdico, e irei contar também todos os critérios menores, como mostra na imagem abaixo). Mas os três pilares falado anteriormente, devemos pensar em história clínica suspeita, hemocultura e o dado do ecocardiograma transtorácico. Logo, se isso começar a alterar vamos colocar no escore diagnóstico de Duke modificado e vamos então definir. Então, se ao fizer isso ficar com endocardite definitiva (são: 2 critérios Maiores; 1 maior + 3 menores; 5 menores; Anatomopatológico (necrópsiaou cirurgia)), nesse caso também pode dar uma encocardite possível (naqueles casos que o paciente tem manifestações atípicas, que fazem uso de antibiótico e a hemocultura deu negativa, mas nesse caso não fica fácil de resolver como esperamos normalmente). - Maiores: Hemoculturas positiva; Envolvimento endocárdico/ECO - Menores: Condição cardíaca predisponente/ drogas IV/ febre >38°/ fenômenos vasculares/ fenômenos imunológicos/ evidências microbiológicas A endocardite possível é quando tenho 1 critério maior + 1 menor ou 3 menores. Obs: da mesma forma que o anatomopatológico é o padrão ouro e sozinho ele define endocardite, se eu não tiver endocardite em peças anatômicas iremos afastar o critério de endocardite. A endocardite totalmente afastada é quando há presença de diagnóstico alternativo, resolução dos sintomas em quatro ou menos dias de tratamento (aquele paciente que estava com febre e melhorou com uso de antibiótico, com 4 dias ou menos) e ausência de sinais de endocardite em peças anatômicas. Ao fechar diagnóstico de endocardite com escores iremos parar e tratar. Mas se temos uma suspeita e a paciente tem uma hemocultura negativa, vamos então ‘’burlar’’ afim de positivar essa hemocultura, isso é por meio de sorologias, podemos usar PCR que é a reação em cadeia de polimerase, podemos também usar o RNA ribossomal e também algumas culturas especiais, como cultura para fungo, micoplasma. Mas se tivermos um diagnóstico de endocardite que não concluirmos mesmo fazendo a transesofágica, mas ainda há suspeita alta, devemos fazer outros exames para fechar o diagnóstico que é o PET scan(=tomografia por emissão de pósitron, cintilografia com leucócitos marcados, ele é bom para ver inflamação perivalvar, mas se for no pós-operatório de cirurgia cardíaca não temos como saber se é infecção ou inflamação do pós-operatório, sendo assim não ajuda muito se for no pós-operatório, sendo assim existe exames melhores para diagnóstico nesse período), da ressonância magnética e TC multislice (isso é apenas em alguns casos, não fazemos de rotina), esses dois últimos são bons para avaliar mais as complicações do que diagnóstico. TRATAMENTO - Antibioticoterapia (em todos, sem exceção) 10 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 - Cirurgia cardíaca ▪ Torna-se necessário em 50% dos pacientes Obs: A professora falou que não irá cobrar doses. Temos uma ampla variedade dos agentes etiológicos e a depender se é valva nativa ou protética (=biológica), o tempo e o tipo de antibiótico serão diferentes. De forma generalista, a endocardite de valva nativa é dividida em 4 semanas o tratamento ou no máximo de 4-6 semanas, já a de valva protética é de no mínimo 6 semanas. O tratamento é tão prolongado por conta da vegetação intracavitária ela é avascular, então o antibiótico ele não consegue ter uma boa penetração para poder atuar diante daquele microorganismo, então precisamos fazer antibiótico por longo período de tempo e com nível terapêutico bem elevado para manter a endocardite sobre tratamento. Primeiramente antes de iniciarmos o tratamento temos que entender se estamos diante de uma endocardite aguda ou subaguda, porque o cargo ‘’chefe’’ para endocardite é o Staphylo (=aguda) e o Strepto (=subaguda), mas temos também os entereos do grupo hazel, devemos entender que o perfil epidemiológico e a apresentação clínica também, sendo assim o paciente chegou na emergência devemos ver se é valva nativa ou protética, se é subaguda ou aguda, logo vamos diferenciar a partir da manifestação clínica do paciente. EXEMPLO: Se o paciente chegar falando que tem 3 semanas com febre, com mal estar, dor de cabeça, então esse paciente chegou na emergência com fenômenos vasculares, imunológicos presentes, mas não está em sepse e nem hipoxemiado, mas o paciente está instável vamos pensar em um caso subagudo, pensaremos então em estreptococos. EXEMPLO: Paciente chega com poucos dias de evolução, mas já chega com febre, taquicardico, taquipneico, tendência em hipotensão, então vamos pensar na aguda. EXEMPLO: Se o paciente anterior for usuário de droga, vamos pensar em Staphylo aureus, pseudomonas. OBS: Devemos lembrar dos Critérios microbiológicos que está abaixo na hora do tratamento. - EI aguda – S aureus - EI Subaguda – Streptococos viridans - Endocardite em usuário de drogas IV (pp. Em valva tricúspide): Staphylococcus aureus; Pseudomonas aeruginosa; Candida - Até 60 dias do PO CC: o agente mais comum é o Staphylococcus epidermidis. S. Aureus, Cândida Albicans. - Endocardite por Enterococos: Relação com manipulação do trato geniturinário. - Endocardite por Streptococcus bovis: Relação com malignidade do trato gastrointestinal e pólipos colônicos (indicada colonoscopia). Devemos lembrar que o streptococcus viridans e o strepto de uma forma geral, como bovis, eles tem uma boa sensibilidade para penicilina, então quando se trata de valva nativa a penicilina G cristalina é o ideal, mas se for um paciente alérgico vai ser a ceftrixone, mas se for alérgico a ambos vamos ministrar a vancomicina. Vamos associar a gentamicina em alguns casos, como naqueles que vamos escolher penicilina G cristalina e as valvas são protéticas e não nativas vamos associar gentamicina, o mesmo ocorre se escolhermos o ceftrixone. Além disso, se for um paciente que tenha alergia a penicilina ou ceftrixone já vamos iniciar a vancomicina, logo não precisa colocar a gentamicina. Sendo assim, é penicilina G cristalina ou ceftrixone ou vancomicina na valva nativa, já na valva protética é penicilina G cristalina + gentamicina ou Ceftrixone + gentamicina ou vancomicina nos casos de valva protética. Além disso, o tempo é diferente, na valva nativa é 4 semanas, já na protética é 6 semanas. Os Enterococos, normalmente em paciente que fez um procedimento urinário, cirurgia geniturinário e posteriormente evoluiu com endocardite e então achamos o enterococo. Sendo assim o enterococo ou streptococo resistente a penicilina o tratamento na nativa é: penicilina G cristalina + gentamicina ou Ampicilina + gentamicina ou Vancomicina + gentamicina, além disso temos uma alternativa que é ampicilina + ceftriaxone, principalmente quando não quisermos colocar gentamicina em um paciente com disfunção renal. Vamos tratar de 4 a 6 semanas, mas a protética é de 6 semanas. O Estafilococo temos óxido sensível e óxido resistente, se ele for sensível vamos fazer a administração de oxacilina e se for 11 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 resistente vamos fazer a vancomicina, o tempo de tratamento é de 4 a 6 semanas, porém se for na câmara direita (exemplo: usuário de droga) é 2 semanas. Também temos alternativas terapêuticas com Daptomicina ou fosfomicina, alguns hospitais já dispõem dessa terapêutica. O grupo HACEK é tratado com ceftrixone ou Unasyn por 4 semanas. Se for estafilo (aureus- coagulase positiva-, epidermidis- coagulase negativa-) e a paciente tiver valva protética vamos usar oxacilina ou vancomicina, mas como é prótese vamos associar a rifampicina e também a gentamicina (por 2semanas). O resto mantém o uso até completar as 6 semanas. Nesse caso vamos usar oxacilina nos sensíveis, se for um estafilo aureus sensível é oxacilina, mas se for estafilo epidermidis e coagulase negativo ou estafilo aureus resistente a oxacilina vamos usar vancomicina. Mas se for um estafilo coagulase negativa também colocamos vancomicina, como por exemplo epidemidis pós cirurgia cardíaca. Se for valva protética vamos colocar vancomicina ou oxacilina associada a rifampicina + gentamicina (por 2 semanas) e o tratamento será por 6 semanas dos demais. Obs: SEMPRE que colocar gentamicina é por 2 semanas. Se estivermos fazendo uma cirurgia cardíacae a cultura deu negativa iremos fazer o uso de antibiótico só por 2 semanas e não precisa completar as 6 semanas. Vamos supor que fizemos 2 semanas para o paciente operar, ele operou e a cultura deu negativa, vamos então fazer por mais 2 semanas pos cirurgia, sendo assim faremos o tratamento no total por 4 semanas. Se tivermos um paciente que chegou na emergência, ficou internado e fizemos o diagnóstico de endocardite, pedimos as culturas, temos o eco já com os critérios menores, conseguimos fechar o diagnóstico de endocardite ou pelo menos teve uma suspeita de endocardite e vou introduzir o antibiótico. Vamos então fazer na endocardite subaguda, vamos pensar em estrepto então vamos fazer penicilina G cristalina, se for enterococo vamos fazer penicilina com gentamicina, então para tratar subaguda será penicilina + gentamicina, com o foco de tratar estrepto ou até mesmo enterococo. Se for aguda obrigatoriamente vamos tratar estafilococo, vamos então fazer oxacilina + penicilina G cristalina + gentamicina (colocamos esses dois últimos para tratar o restante) ou Vancomicina + gentamicina (EI AGUDA) Obs: Não tratamos o estafilo na subaguda porque não existe, ele sempre será aguda. No caso da aguda podemos pensar em um paciente que estava fazendo estaflo mas possa ser que o paciente pegou a flora de um entero e meio que ‘’subestimula’’ a apresentação subaguda e já se apresenta grave para o médico. Então, no agudo vamos fazer cobertura para o estafilo e o restante (**NA AULA ELA FALOU SUBAGUDO, MAS ACHO QUE QUIS DIZER AGUDO**). Fazemos então: oxa +PGC+Gentamicina. OBS: Se for um paciente com pós operatório de cirurgia cardíaca ou tem prótese, e aí estamos com medo de ser um estafilo resistente, uma epidermidis por exemplo, vamos então colocar vanco (já trata o estrepto e também enterococo)+ gentamicina. Sendo assim, por isso que faz associação no tratamento, o uso de Vanco + Genta trata tanto estafilo quanto enterro. Obs: O vanco só trata enterococo quando associado a genta. É importante saber como trata o EI aguda, porque ajuda bastante na emergência antes mesmo de receber o resultado a hemocultura. Obs: Na prova ela não vai cobrar o tratamento especificamente para cada agente. - 80% dos pacientes apresentam boa resposta com tratamento adequado - Deve ser utilizado antibiótico parenteral durante todo tratamento - Duração (depende do agente etiológico) ▪ Estreptococos: 4 semanas ▪ Estafilococos e gram negativos: 6 semanas (por exemplo, pseudomonas) ▪ Fungos: 6 a 8 semanas - Repetir hemocultura 3 a 5 dias após início do tratamento para avaliar resposta inicial e de 48 a 72 horas após término para avaliar eficácia. Obs: Só vamos fazer a vancomicina no caso de alergia para estrepto, mas se não for alérgico e o paciente tiver S. viridans ou Bovis vamos fazer penicilina cristalina ou ceftrixone, pois vamos pegar o de menor espectro para não dar uma resistência bacteriana. Então, quando recebermos a hemocultura vamos descalonar antibiótico e fazer o devido tratamento para tratar mesmo que o paciente esteja respondendo bem. INDICAÇÃO DE CIRURGIA CARDÍACA Ocorre quando temos uma complicação. - Valva nativa Quando temos um paciente com valva nativa com endocardite. Obs: A endocardite sozinha não é indicação de cirurgia. 12 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 OBS: paciente tem endocardite e faz disfunção mitral moderada, não é indicação para cirurgia. É indicação: ▪ Disfunção valvar + sinais de IC ▪ IAo (insuficiência aórtica) ou IM (insuficiência mitral) com repercussões hemodinâmicas (diminuição do ventrículo ou aumentando a câmara esquerda) ▪ EI (=endocardite) por fungos/organismos altamente resistentes (geralmente culmina em cirurgia cardíaca, pois o antifúngico sozinho não dá conta) ▪ EI complicada (complicou com fistula, abscesso, deiscência valvar, qualquer complicação que foi citada anteriormente) ▪ Embolia recorrente (2 ou mais episódios, já na tricúspide recomenta na embolia recorrente) ▪ Vegetações persistentes (aquelas que estão crescendo e com resistência terapêutica a antibiótico) ▪ Vegetação móvel >10-15 mm (CR IIb) – porque tem alto risco de tromboembolizar, mas é bem controverso por conta da classe de recomendação IIB. ▪ Pacientes com AVC sintomático-exceção para cirurgia Obs: Endocardite do lado direito - Cirurgia: vegetações tricúspides > 20mm com embolia pulmonar recorrente, com ou sem ICC. - Prótese valvar ▪ EI de prótese valvar: 10-30% dos casos de EI Obs: Como a maioria da endocardite de prótese vai culminar com indicação cirúrgica, diferente da valva nativa, então é indicado uma consulta com cirurgia cardíaca, pois é preciso acompanhar em paralelo porque pode precisar de uma abordagem cirúrgica. Indicação: ▪ Toda EI em PV=Consulta com Cirurgia Cardíaca ▪ *TARV (é aquela prótese que passa pela perna para trocar a valva aórtica, é um procedimento via cateterismo, passa na perna pelo acesso femoral e vai até a altura da valva aórtica e então acopla a prótese para fazer um tratamento percutâneo na hora da cirurgia) – EI rara nesse contexto, só colocamos TARV quando não queremos fazer uma cirurgia cardíaca por conta do problema valvar dele e as vezes ele pode complicar com endocardite infecciosa, mas ainda bem que é raro (0,5-3%), porém alta mortalidade quando complica de 47-75%, por S aureus, isso ocorre porque é um procedimento que passa pela perna e acaba ‘’carreando’’ essa infecção. ▪ IC ▪ Deiscência de prótese (acaba complicando mais se ocorrer, porque normalmente é staphylococcus aureus ou epidermidis, então acaba complicando mesmo esse paciente) ▪ Obstrução/Regurgitação crescente ▪ Complicações (abscesso, fistulas, regurgitação grave) ▪ Bacteremia persistente/Estafilococos ▪ Êmbolos Obs: Stafilo aureus e prótese valvar = INDICAÇÃO CIRURGICA Obs: é diferente da nativa (disfunção valvar +sinais de IC ou IAo ou IM com repercussões hemodinâmicas), pois na prótese valvar (obstrução/regurgitação crescente independente de sintomas na insuficiência cardíaca). Sendo assim, não precisamos esperar os sintomas de IC aparecer nesse caso, porque pode complicar muito por conta dos agentes. Obs: O Staphylo tem uma virulência grande e a maioria das vezes complica muito em cima da prótese. Então, por isso indicamos cirurgia. PROFILAXIA Obs: Na febre reumática a profilaxia é para evitar a cardiopatia reumática contra o beta-hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes), aqui na endocardite a profilaxia é feita a profilaxia a depender do germe que é mais preponderante. PROFILAXIA NÃO MEDICAMENTOSA A melhor profilaxia nos dias atuais é importante porque fazemos bacteremias o tempo interior, então se por exemplo não escovarmos o dente corretamente iremos fazer, então naqueles pacientes – queremos quebrar o complexo do hospedeiro e microorganismo- com prótese valvar e má higienização dentaria a melhor profilaxia é saúde odontológica, então não vamos dar medicamento e sim fazer higienização, acompanhamento com dentista trimestrais, então como mostra no quadro abaixo é a profilaxia não farmacológica mais efetiva, vamos prevenir os estreptos. 13 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 Tatuagem, piercings não indicamos como profilaxia normalmente, porque o grau de recomendação é III, então paciente com prótese valvar é contraindicado realizar esses procedimentos para evitar endocardite. Só vamos fazer profilaxia em pacientes com grupo de risco elevado de endocardite. - Maior valorização da saúde odontológica do que a profilaxia com antibióticos antes do procedimento. - Indicada apenas nos pacientes com maior risco para EI que sejam submetidos a procedimentos odontológicos (manipulaçãogengival, periapical ou com perfuração da mucosa) – Sociedade Americana e Europeia. – porque há a quebra de barreira da mucosa pela manipulação gengival. Então, se tiver a união do paciente de alto risco + procedimento de alto risco para endocardite, logo serão esses pacientes que irão se beneficiar da profilaxia. - População de alto risco de endocardite infecciosa: ▪ EI prévia ▪ Cardiopatia congênita cianótica (não reparada ou corrigida parcialmente) ou corrigida com material protético (<6 meses) ▪ Valvopatia de receptores de transplante cardíaco ▪ Prótese valvar Temos também a profilaxia antibiótica de endocardite em valvopatias, os pacientes com alto risco para EI grave é: prótese valvar cardíaca, EI prévia, cardiopatia congênita não reparada ou corrigida parcialmente ou corrigida com material protético, transplantado cardíaco com valvopatia. Então eles precisam usar medicamentos para não ter endocardite com alguma bacteremia. Se o paciente sofrer algum procedimento que vai gerar bacteremia, como os procedimento odontológicos, citados anteriormente. Na sociedade brasileira, como mostra na imagem abaixo, vamos pegar os pacientes que tem risco elevado de fazer endocardite e vamos fazer profilaxia medicamentosa, por exemplo, se ele fizer procedimento odontológico com alta probabilidade de bacteremia ou se fizer procedimento geniturinário ou gastrointestinal associado à lesão da mucosa ou se fizer procedimento esofágico ou do trato respiratório associado à lesão da mucosa. Sendo assim, a brasileira é mais ampla do que a europeia e americana. Exemplo: Pct com prótese valvar, ele faz endoscopia, ele só vai fazer profilaxia se for biopsiar a mucosa e deve ser feita 1 hora antes. Sendo assim, tudo depende do objetivo do exame e do grau de envolvimento da bacteremia. PROFILAXIA MEDICAMENTOSA Vamos fazer em pacientes que vão realizar procedimentos odontológicos, como mostra na imagem 1, ou de vias aéreas respiratórias com lesão de mucosa, ou seja, são procedimentos de alto risco de bacteremia e esses são pacientes de alto risco para endocardite, então vamos fazer amoxicilina 2 g 1 hora antes do procedimento, mas se for um paciente alérgico vamos fazer clindamicina ou azitromicina ou claritromicina por via oral; mas se quiser fazer parenteral (e está no hospital) fazemos ampicilina e se for alérgico vamos fazer a cefazolina ou ceftriaxone; e se for ainda alérgico- porque tem reação cruzada da ampicilina com ceftriaxone- vamos fazer a clindamicina. As doses que devemos saber são as mais usadas que é 2g de amoxilicina 1 hora antes do procedimento. Exemplo: Se o paciente tiver uma prótese aórtica e vai fazer apenas uma limpeza dentária não é necessário fazer nada. Porque não lesiona mucosa. Se for um procedimento gástrico ou geniturinário o procedimento de antibiótico é diferente, porque pensamos até mesmo em enterococo (tratamos com ampicilina + 14 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 gentamicina e se for alérgico tratamos com vancomicina + gentamicina). Então, o tratamento muda porque mudou o agente etiológico. Tudo será parenteral, ou seja, endovenoso, será administrada também 1 hora antes do procedimento. QUESTÃO Resposta: D. A cúspide anterior é a que emboliza mais, então a mitral emboliza mais que a aórtica. Obs: Dúvida sobre a letra A, a do lado direito a gente tem que pensar nas lesões fúngicas, que lesionam mais do lado direito do que esquerdo. Por isso que o ecotransesofagico não tem tanto valor, sendo assim conseguimos visualizar facilmente pelo ecotranstorácico. CASO CLÍNICO Obs: No primeiro momento, o médico pensou em pneumonia. Obs: Essa benzetacil a cada 21 dias não tem a ver com profilaxia de endocardite, mas sim com profilaxia de cardiopatia reumática para evitar recorrência para disfunção em cima dessa prótese. Paciente tinha sopro sistólico grau III em foco mitral com irradiação para axila e sopro sistólico grau II em foco tricúspide com aumento do sopro a inspiração profunda. Que é chamada de manobra de Rivero-Carvallo (=se tem um sopro na região, esse tende a aumentar na inspiração, se for sopro de câmaras direitas, se esse sopro for de câmaras esquerdas ele aumenta a inspiração). Essa paciente ela operou e colocou a prótese, então não era para estar tendo sopro no foco mitral e tricúspide. O sopro sistólico no foco mitral (=insuficiência mitral). Tem um sopro próprio de insuficiência tricúspide porque com a inspiração profunda. Obs: Sopro sistólico na valva atrioventriculares é de insuficiência; e os sopros sistólicos nas ventriculoarteriais ou semilunares é de estenose. Nossa paciente tem dois sopros, um de insuficiência mitral e outra da tricúspide, sabemos disso por conta da manobra de Rivero-Carvallo, pois o sopro do lado direito aumenta com a inspiração, saindo de um grau para outro, pois ao inspirar aumentamos o fluxo das câmaras direitas. Mas se esse sopro não mudasse o padrão ou até mesmo reduzisse com a inspiração iriamos dizer que era uma irradiação do sopro que está na mitral. Logo, há dois sopros próprios. Nossa paciente tem febre+sopro+cirurgia recente, ela tem de acordo com o critério de Duke o fator predisponente, febre. Logo, tem valva protética e febre. E o fato dela ter feito uma cirurgia, não era para ter sopro, logo devemos nos atentar a isso. O dado clínico me diz que tem menos de 1 ano de cirurgia, então até que seja provado ao contrário podemos estar diante de estafilo aureus, epidermidis. E pode estar embolizando. Logo, essa paciente estava somente com 3 critérios menores. Já que ela tem um sopro tricúspide, ela pode ter embolizado e essa pneumonia que está sendo tratada pode ser do tipo séptico pulmonar. Mudamos automaticamente o esquema terapêutico para vancomicina + rifampicina+ gentamicina. Porque desconfiamos de uma endocardite possível, porque é uma paciente jovem e nem é imunossuprimida, logo não era para estar evoluindo dessa maneira. 15 Amanda Salvador e Keyse Mirelle – 6° Período Cardiologia – 19/11/2021 Essa paciente pode estar com staphylococcus aureus -muito agressivo- ou epidermidis, porque ela tem apenas 11 meses de cirurgia. Nessas três imagens mostram as manchas de Janeway, elas não são dolorosas e pode se passar despercebida, vemos também a hemorragia subconjuntivais. Então já temos um fenômeno vascular, logo temos quase 4 criterios menores. Obs: AS MANCHAS DE ROCH SÃO RETINIANAS, OCORRE NO FUNDO DE OLHO. QUAL SUA PRINCIPAL HIPÓTESE DIAGNÓSTICA DA DOENÇA DE BASE? Choque séptico franco, porque está ficando hipotensa, taquicardica, dessaturou, rebaixou, febre, taquipneia. Logo ela preenche o SOFA. Possivelmente é uma embolização séptica pulmonar, tendo convulsão (embolização do sistema nervoso central). Logo, evoluiu para morte encefálica (porque as pupilas estão midriatricas, não fotorreagente, com ausência de reflexo de tronco). A resposta é ENDOCARDITE. CONSIDERANDO SUA HIPÓTESE ACIMA, QUAL A CAUSA IMEDIATA DA MORTE CEFÁLICA? AVC hemorrágico, aneurisma micótico. Porque tudo indica que foi uma embolização séptica gerando uma aneurisma secular com rompimento e o AVC hemorrágico. O QUE SIGNIFICA OS ACHADOS PERIFÉRICOS AO EXAME FÍSICO VISTOS NAS FOTOS? Foi falado anteriormente. Significa que o paciente evoluiu para morte encefálica. ECOCARDIOGRAMA Dá para ver na primeira imagem que é bem acima de 10mm, logo embolizou. Vemos também na aórtica. Quando fizemos na tricúspide estava lotada, por isso embolizou também para pulmão com insuficiência tricúspide que ouvimos na ausculta. Logo, de acordo com o eco, essa paciente tinha uma comunicação interatrial, sendo assim o trombo migrou tanto da prótese biológica e também da tricúspide, por isso abriu quadro como se fosse uma pneumonia,mas na verdade estava com endocardite e infectou também a tricúspide porque conseguiu infectar outro lado por conta do fluxo de sangue devido ao shunt, essa tricúspide embolizou primeiro para o pulmão e chegou como se fosse uma pneumonia e logo logo deteriorou porque embolizou perifericamente inclusive para questão cerebral. A TC da paciente, na imagem abaixo, mostra um grande sangramento intracerebral com desvio de linha média, logo essa paciente evoluiu para morte encefálica.
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