Buscar

Prática Simulada Constitucional - Av2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTRUÇÕES 
 Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; 	 
 A postagem da avaliação deve ser DEVOLVIDA ATÉ DIA 18-11-2021, às 23h59; 	 
 A avaliação é constituída de 1(UMA) questão discursiva. VALOR 10,0 PONTOS
 	 
 Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. 
BOA PROVA!
CURSO: DIREITO 
PROFESSOR: NILSON JOSÉ GOMES BARROS 
DISCIPLINA: PRATICA SIMULADA CONSTITUCIONAL CCJ 0261 ALUNO(A):____________________________________________________________________________________________
TURMA: 2002 TURNO TARDE
DATA: 17/11/2021
AV2
Nota dos trabalhos: _______________
Nota da Prova: _______________
Nota Final: _______________
Assinatura Prof.: ________________________ 
COMPOSIÇÃO DA AV2
PROVA VALOR 10,0 PONTOS
ALUNO(A)
CASO CONCRETO
Diante da preocupação internacional com a violência doméstica e familiar contra a mulher e tendo em vista os diversos tratados internacionais ratificados, foi sancionada a Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha). O Partido Político ABC criou departamento próprio para efetuar pesquisas sobre o 
número de casos de violência dessa natureza em determinadas localidades do país. Com a pesquisa concluída, constatou-se percentual significativo de decisões judiciais que entendiam pela não aplicação da referida lei. 
Dentre os argumentos apresentados, verificou-se como principal, o Princípio da isonomia previsto no art. 5°, l da CRFB/88. Inconformado com as decisões conflitantes, que ora aplicam a referida lei, ora afastam sua incidência sob o argumento de sua inconstitucionalidade, o Diretório Nacional do Partido Político, que possui representação no Congresso Nacional, deseja, em nome do partido, ver declarada a harmonia da lei para com o texto constitucional, a fim de que seja alcançado efeito para todos os indivíduos no território brasileiro. Afirma, ainda, a necessidade de solução urgente, já que há outras inúmeras ações pendentes de julgamento. 
Na qualidade de advogado, redija a peça cabível atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos, inclua Doutrina e Jurisprudência na sua peça.
a) competência do órgão julgador; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) argumentos a favor da constitucionalidade da referida lei; 
d) tutela de urgência; 
e) requisitos formais da peça judicial proposta. 
BOA PROVA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n°... e no TSE sob o n°..., por seu Diretório Nacional, com sede em ..., com fundamento no art. 102, I, “a” da CRFB/88, e nos dispositivos pertinentes da Lei nº 9.868/99, por seu advogado infra-assinado..., com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC vem propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE em defesa da Lei Federal nº 11.340/06, elaborada pelo Congresso Nacional e pelo Presidente da República, conforme especificará ao longo desta petição, nos termos e motivos que passa a expor.
I – DO OBJETO DA AÇÃO E COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO JULGADOR
	Diante da preocupação internacional com a violência doméstica e familiar contra a mulher, e tendo em vista os diversos tratados internacionais ratificados, foi sancionada a lei ordinária federal 11.340/06 (Lei Maria da Penha).
	Entretanto, após a realização de uma pesquisa, constatou-se percentual significativo de decisões judiciais que entendem pela não aplicação da mencionada lei, sob o argumento principal de que a norma supostamente violaria o princípio da isonomia previsto no art. 5°, I, da CRFB/88, por isso se faz necessária a confirmação de sua constitucionalidade, na forma do art. 102, I, a, da CRFB/88:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - Processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
 Desta forma, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação declaratória de constitucionalidade é originária do Supremo.
	Ademais, como se observou na norma supracitada, é objeto da ação declaratória de constitucionalidade lei ou ato normativo federal. A norma impugnada corresponde à lei federal.
II – DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA
	O autor é legitimado ativo para a propositura da ação, de acordo com o art. 103, VIII da CRFB/88 e art. 2°, VIII, da Lei 9868/99 e não precisa comprovar a pertinência temática diante da sua importância para o regime democrático, na forma do art. 17, da CRFB/88. Além disso, possui representação no Congresso Nacional e foi criado de acordo com a Lei 9096/95, estando plenamente habilitado para o ajuizamento da presente Ação Declaratória de Constitucionalidade.
	No tangente a legitimidade passiva, como observado, esta inexiste nos casos de ADC.
III – DA RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL
	Conforme já relatado, após a realização de uma pesquisa, constatou-se percentual significativo de decisões judiciais que entendem pela não aplicação da referida lei, sob o argumento principal de que a norma supostamente atingiria o princípio da isonomia previsto no art. 5°, I da CRFB/88, o que comprova a relevante controvérsia judicial, requisito para a propositura da presente, segundo prevê o art. 14, III, da Lei 9868/99.
IV – DA TUTELA DE URGÊNCIA
	A possibilidade de concessão de medida de urgência em sede de ADC se encontra no art. 21, da Lei n° 9868/99 e possui natureza cautelar.
O fumus boni iuris se justifica pelos argumentos apresentados ao longo da petição e pela documentação anexa.
	Já o periculum in mora é comprovado pela existência de inúmeras decisões controvertidas sobre a aplicação da norma objeto da ação, o que pode causar dano irreparável para as mulheres vítimas de violência.
V – DOS FUNDAMENTOS
	O que a pesquisa constatou é que há um equívoco no entendimento e nas decisões dos magistrados ao fazer uso do argumento de que a Lei Maria da Penha não possa ser aplicada em virtude de violação do princípio da isonomia previsto no art. 5º, I, da CF/88, logo sendo supostamente inconstitucional. No entanto, data vênia, o princípio da isonomia possui duas vertentes, a formal e a material. Na primeira, tem-se a igualdade de todos perante a lei o poder público deve se abster de discriminar e é este o argumento levantado na maioria das decisões judiciais pesquisadas, porém, existe ainda a isonomia material que trata os desiguais na sua medida de desigualdade para haver uma maior equiparação, desta forma havendo uma “discriminação positiva”.
	A isonomia parte do brocardo aristotélico de tratar os iguais de maneira iguais e os desiguais de maneira desiguais na medida de suas desigualdades. O princípio da igualdade pressupõe que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de forma desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades” (NERY JUNIOR, 1999, p. 42), como é o caso das mulheres que são as maiores vítimas da violência doméstica.
	A Ação Declaratória de Constitucionalidade tem sede no art. 102, I, a, da CRFB/88 e também na Lei 9868/99. Na forma do art. 102, § 2º, as decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
	O objetivo da ADC é o de confirmar a constitucionalidade de uma normafederal, cuja compatibilidade com a Constituição esteja sendo alvo de controvérsia judicial relevante, como é o caso da Lei nº 11.340/06. Assim, urge salienta, a ADC de nº 19 do STF:
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 – GÊNEROS MASCULINO E FEMININO – TRATAMENTO DIFERENCIADO. O artigo 1º da Lei nº 11.340/06 surge, sob o ângulo do tratamento diferenciado entre os gêneros – mulher e homem –, harmônica com a Constituição Federal, no que necessária a proteção ante as peculiaridades física e moral da mulher e a cultura brasileira. 
COMPETÊNCIA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 – JUIZADOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. O artigo 33 da Lei nº 11.340/06, no que revela a conveniência de criação dos juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, não implica usurpação da competência normativa dos estados quanto à própria organização judiciária. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER – REGÊNCIA – LEI Nº 9.099/95 – AFASTAMENTO. O artigo 41 da Lei nº 11.340/06, a afastar, nos crimes de violência doméstica contra a mulher, a Lei nº 9.099/95, mostra-se em consonância com o disposto no § 8º do artigo 226 da Carta da República, a prever a obrigatoriedade de o Estado adotar mecanismos que coíbam a violência no âmbito das relações familiares.
(ADC 19, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-080 DIVULG 28-04-2014 PUBLIC 29-04-2014 RTJ VOL-00229-01 PP-00011)
	Importante destacar que a referida norma configura um grande avanço na defesa da mulher, que ainda é vítima de violência doméstica no Brasil e no mundo e foi criada em defesa do princípio da igualdade, previsto no art. 5°, I, da CRFB/88.
	Ademais, a lei reforça o compromisso firmado pela Constituição de 1988, que no seu art. 226, §8º, dispõe que o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
VI – DOS PEDIDOS
	Pelas razões acima expostas, o Partido requer:
a) que seja concedida cautelar para o fim de determinar que os juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da Lei Federal nº 11.340/06, na forma do art. 21, da Lei 9868/99 e que seja ao final declarada a constitucionalidade da norma;
b) a juntada de documentos, de acordo com o art. 14, parágrafo único da lei 9868/99;
c) que sejam solicitadas informações ao Congresso Nacional e do Presidente da República, segundo o art.6º, da Lei 9868/99;
d) a oitiva do Procurador Geral da República, consoante o art. 19, da Lei 9868/99.
e) Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15, ou valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15.
Termos em que,
pede deferimento
Local... e data...
Advogado...
OAB n.º ...

Continue navegando