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Cabeça e Pescoço - APS

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Patologias Cabeça e Pescoço
Estruturas que fazem parte desta patologia?	2
Patologias principais?	2
Patologia Inflamatória	3
Cárie	3
Placa	4
Complicações da Cárie:	4
Periodontite	4
Estomatite	4
Vírus Herpes Simplex 1 (HSV-1)	5
Herpangina	6
Estomatite Aftosa	6
Faringite Eritemato-Pultácea	6
Angina de Vincent	7
Angina de Ludwig	7
Sapinhos/ Candidíase Oral	7
Sialoadenite	8
PAROTIDITE VIRAL:	8
PAROTIDITE SUPURATIVA:	8
PAROTIDITE AUTOIMUNE:	8
SÍNDROME DE MICKULICZ	9
RINITE	9
SINUSITE	9
OTITE MÉDIA	9
OTITE SEROSA MÉDIA AGUDA	10
MIRINGITE INFECCIOSA	10
OTITE SUPURATIVA MÉDIA AGUDA	10
OTITE SUPURATIVA MÉDIA CRÓNICA E MASTOIDITE	10
OTITE MÉDIA CRÓNICA	10
Complicações da Otite Média	11
Otosclerose	11
Labirintite	11
Doença de Méniere	11
Manifestações orais da SIDA	11
Manifestações orais de Doenças de Pele/ Sistémicas	12
Doença Vesicobulhosa e Ulcerativa	12
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DÉFICES ALIMENTARES	12
PIGMENTAÇÃO DA MUCOSA ORAL	12
Neoplasia	13
Leucoplaquia	13
Eritroplaquia	13
As causas podem ser variadas:	13
Características histológicas da Leucoplaquia:	13
Factos do cancro oral:	13
AMELOBLASTOMA	14
TUMORES DAS GLÂNDULAS SALIVARES	14
CARCINOMA NASOFARÍNGEO	15
CARCINOMA DA LARINGE	15
PÓLIPOS NASAIS	16
Pólipo inflamatório:	16
Papiloma pavimentoso	16
Angiofibroma juvenil	16
LINFOMAS	16
OUVIDO (tumores)	16
Estruturas que fazem parte desta patologia?
· Face e estruturas anatómicas subjacentes do aparelho respiratório e digestivo, ouvido e órgãos do pescoço
Patologias principais?
· Doenças dentárias de etiologia inflamatória e/ou infeciosa
· Doenças da boca
· Glândula salivar
· Nariz
· Ouvido
· Faringe
· Neoplasias
Patologia Inflamatória
Este tipo de patologia é transversal para todas as patologias infeciosas/ inflamatórias e que vão depender:
· Natureza da Resposta do hospedeiro desencadeada pelo patogénico que vai determinar a patologia de uma determinada infeção
1. Inflamação local vai produzir lesão no tecido local
2. Com a inflamação sistémica vai resultar manifestações do choque séptico/ sépsis
3. A gravidade do choque depende do grau de resposta do hospedeiro ao estímulo
4. Resultado da infeção – depende do equilíbrio entre a resposta do hospedeiro na eliminação eficaz do patógeno
5. Resposta inflamatória excessiva – incapacidade de eliminação eficaz do patógeno que vai resultar na lesão tecidular e mais tarde doença 
Cárie
· Decaimento da enamela e dentina por ação de bactérias
· Patógeno mais importante – Streptococcus mutants é uma bactéria Gram-positiva com forma de coccus e pertence ao grupo A de Lancefield; atua através da produção de ácido e prolifera na saliva que contêm resíduos de açúcar
· Esta bactéria adere através da placa
· 
Placa
· Forma-se na superfície da enamela através da calcificação de detritos alimentares e epitélio descamado da superfície mucosa
· 
Complicações da Cárie:
· Pulpite aguda
· Abcesso apical
· Granuloma peri-apical
· Quisto radicular
Pulpite aguda – Infeção da cavidade central do dente com associação de dor.
Abcesso apical – Formação de pus/ abcesso que pode drenar para a cavidade oral pela vertente lateral do dente afetado.
Granuloma peri-apical – Granulação do tecido que se desenvolve dentro do abcesso peri-apical em resolução.
Quisto radicular – Pseudo-quisto que fica revestido pelo epitélio da gengiva devido ao seu crescimento.
Pseudo-quisto – Se o pus no abcesso for reabsorvido a cavidade mantêm-se e não tem revestimento epitelial.
Periodontite
· Inflamação do periodonto/ recesso periodontal
· Associado a – gengivite, piorreia, reabsorção do osso peridental, alargamento da contenção do dente e perda da peça dentária
· É a causa mais frequente de peças dentárias 
Piorreia – pus em drenagem do alvéolo dentário
Estomatite
· Inflamação da boca/ mucosa bucal
· Causa – mecanismo imunológico ou secundário a infeção
· As causas infeciosas são abrangentes uma vez que pode ser viral, bacteriana ou fúngica
	Doenças infeciosas mais comuns que afetam a boca e orofaringe
	Doença/ Agente
	Lesão
	Vírus Herpes Simplex 1 (HSV-1)
	Herpes labial (afta); Gengivoestomatite
	Vírus Coxsakie A
	Herpangina
	Sarampo (morbilivirus; paramixovírus)
	Manchas de Koplik (na periferia do ducto parotídeo)
	Mononucleose infeciosa (EBV)
	Faringite exsudativa; adenomegálias, leucoplasia cabeluda (HIV)
	Faringite Eritemato-pultácea (S. pyogenes)
	Faringite exsudativa/amigdalite
	Difteria
	Faringite pseudomembranosa
	Candidíase oral (Candida albicans)
	Thrush/Sapinhos
	Sífilis (Treponema pallidum)
	Cancro duro da sífilis primária
	Angina de Vincent (Spirocheta vincent)
	Gengivite e faringite (Boca da trincheira 1ªGGM)
	Angina de Ludwig
	Celulite por disseminação de faringite
	Estomatite aftosa
	Úlceras com etiologia variada/desconhecida
Vírus Herpes Simplex 1 (HSV-1)
· O herpes labial é caracterizado por uma infeção que forma vesículas no lábio que pode disseminar-se originando uma gengivoestomatite. Estas vesículas sofrem rotura e transformam-se em úlceras que acabam por ser cobertas espontaneamente formando uma crosta
· Este vírus tem tropismo para o tecido neural periférico
· Recorrência do herpes: 
1. Começa por migrar através do nervo facial com a finalidade de se alojar no gânglio de Gasser do nervo trigémeo ficando depois num estado de dormência por um período indefinido
2. Quando reativa sai do gânglio de Gasser do trigémeo e migra através do nervo facial para a pele e mucosa do lábio e manifesta-se através de vesículas que coalescem e são dolorosas
3. Esta reativação pode ser secundária a uma infeção viral prévia como uma coriza, aparecendo no decurso do período febril (‘’aftas da febre’’) 
Coriza – Inflamação catarral da mucosa das fossas nasais com derrame mucoso ou de muco purulento pelas ventas
Tropismo – Movimento ou progressão de seres vivos inconscientes por causas ligadas ao meio; desenvolvimento de um organismo numa dada direção, sob a influencia duma excitação exterior, como luz, calor, etc.
Herpangina
· Doença vesiculo-ulcerativa da mucosa oral 
· Afeta principalmente crianças e em epidemias
· Causas – vírus Coxsakie A
· Desenvolvimento – Começa com a formação de pápulas eritematosas e vesículas na úvula, palato mole e amígdalas; lesões dolorosas que ulceram
· Curam de forma espontânea entre 2-5 dias
Estomatite Aftosa
· Existência de úlceras pouco aftosas na mucosa oral
· Etiologia – desconhecida e que pode recorrer meses ou anos após o episódio inicial
· Estas patologia afeta principalmente estruturas móveis da boca (superfície mucosa do lábio, mucosa oral ou língua)
· Existe 2 tipos:
· Minor - <5mm e duram dias e curam sem presença de cicatriz
· Major - >10mm e duram mais tempo, mas existe presença de cicatriz
*Úlceras Herpéticas afetam as gengivas*
Faringite Eritemato-Pultácea
· A faringite e amígdala são exsudativa/ ‘’transpiram’’
· Causa – S. pyogenes e grupo A dos Beta-hemoliticos mas >50% pode ser de etiologia viral
· Apresentação – Odinofagia, febre, adenomegálias cervicais; faringe eritematosa com exsudado fibrinoso-amarelado a cobrir as amígdalas
· Presença de anticorpos anti-estreptolisina O que são detetáveis no sangue
Exsudar – expelir/ saída em forma de gotas ou suor
Angina de Vincent
· Também designada de ‘Boca de Trincheira’
· Causa – Spirocheta vincent, bactérias anaeróbias (espiroquetas e fusobactérias)
· Normalmente devido a uma má higiene oral
· Sintomas – febre, halitose pútrida, gengivorragia (hemorragia fácil ao toque das gengivas)
· Existência de úlceras nas papilas interdentárias, com exsudado fibrino-purulento
· Simula a Faringite Eritemato-Pultácea quando se estende à orofaringe
Angina de Ludwig
· Etiologia – polimicrobiana
· Desenvolve-se rapidamente em que o ponto de partida é uma infeção/ abcesso dentário peri-apical que pode mais tarde disseminar-se para a fáscia e músculos do pescoço
· Edema cervical, dor, celulite, febre alta
· Pode comprimir estruturas cervicais como laringe o que provoca disfonia e dispneia
Gengivorragia – hemorragia das gengivas
Celulite - inflamação do tecido subcutâneo, que se manifestapela formação de nódulos subcutâneos e por sensibilidade dolorosa à pressão; infeção do tecido subcutâneo, mais frequente nos membros inferiores; inflamação dos tecidos moles
Hiperemia – congestão sanguínea de um órgão
Eritema – dermatose caracterizada por manchas vermelhas de tamanho variável, em diversas regiões do corpo
Sapinhos/ Candidíase Oral
· Causa – Candida albicans que faz parte da flora saprófita da cavidade oral
· Existência de pseudomembranas brancas, são facilmente removíveis com uma espátula, que cobrem a superfície mucosa da boca e língua ou outra zona da orofaringe. Com a remoção é revelado mucosa hiperemiada subjacente.
· Doentes:
- Imunosuprimidos
- Diabéticos
- Após antibioterapia de largo espectro
- Doentes em quimioterapia
Sialoadenite
· Inflamação da glândula salivar
· Parótida é a maior glândula salivar e a mais frequentemente afetada
· Forma aguda ou crónica de inflamação
· Aumento da glândula salivar
· Dolorosa à palpação
· A inflamação pode altera a produção de saliva:
· Sialorreia: aumento de saliva
· Xerostomia: diminuição/ cessação da produção de saliva
PAROTIDITE VIRAL: 
· Forma mais frequente é PAPEIRA (vírus da papeira)
· Outros vírus como EBV, parainfluenza, influenza, CMV e HIV
PAROTIDITE SUPURATIVA:
· Infeção bacteriana ascendente pelo ducto salivar da parótida, em casos de xerostomia, má higiene, anestesia, fármacos anticolinérgicos
PAROTIDITE AUTOIMUNE:
· Síndrome de Sjorgen afeta glândulas salivares e lacrimais (Forma primária)
· Pode ser secundária ao Lúpus eritematoso
SÍNDROME DE MICKULICZ
· Edema crónico e doloroso nas glândulas salivares e lacrimais
· Secundário ao Síndrome de Sjorgen
· Sarcoidose
· Tuberculose 
· Diagnóstico por biópsia, para exclusão de neoplasia epitelial ou linfoide
RINITE
· Inflamação da mucosa nasal
· Associada a etiologia infeciosa ou alérgica
· Manifesta-se com Rinorreia
· Agentes infecioso mais comuns são vírus
· Manifestação mais típica da Coriza (constipação comum; a gripe não produz rinite, é seca, sem rinorreia)
SINUSITE
· Inflamação comum do trato respiratório superior
· Localizada nos seios perinasais
· Consequência da sobre-infecção bacteriana
· Secundária a inflamação do trato respiratório superior
· Agentes bacteriano frequentes Streptococcus pneumonia, Haemophilus influenza
· Infeção supurativa, com acumulação de pus dentro da cavidade sinusal, com dor, febre e drenagem purulenta
OTITE MÉDIA
· Inflamação do ouvido médio
· Formas de apresentação:
· Otite serosa média aguda
· Miringite infeciosa
· Otite supurativa média aguda
· Otite supurativa média crónica e mastoidite
· Otite média crónica
OTITE SEROSA MÉDIA AGUDA
· Cavidade do ouvido médio preenchida por transudado
· Diferença de pressão exterior / cavidade do ouvido médio (Barotite média)
· O ar necessita de entrar pela trompa de Eustáquio para equilibra a pressão (mergulho, descida de avião)
· Obstrução da trompa de Eustáquio (Alergia), a pressão não se igualiza
· Dor, hemorragia, transudado
MIRINGITE INFECCIOSA
· Inflamação envolve a membrana timpânico
· Hipoacusia (perda de audição)
· Causada por vírus, micoplasma, Streptococcus pneumonia
OTITE SUPURATIVA MÉDIA AGUDA
· Etiologia bacteriana (Streptococcus pneumonia)
· Pus acumula-se no ouvido médio
· Causa protusão do tímpano e perfuração
· Não resolução do processo infecioso, evolui para otite média crónica serosa
· Pus é reabsorvido, persistindo líquido seroso
· Associado a obstrução da trompa de Eustáquio
OTITE SUPURATIVA MÉDIA CRÓNICA E MASTOIDITE
· Infeção bacteriana persistente
· Drenagem crónica pela membrana timpânica com rotura
· Destruição dos ossículos
· Perda de audição
· Extensão da infeção para a mastoide e consequente destruição
OTITE MÉDIA CRÓNICA
· Inflamação persistente após a infeção aguda
· Associada a perfuração timpânica
· Formação de tecido de granulação, que pode partir pelo orifício da perfuração do tímpano, formando um pólipo inflamatório
Complicações da Otite Média
· Perda de audição - consequência da perfuração do tímpano, lesão dos ossículos ou nervo
· Colesteatoma - lesão expansiva que resulta do crescimento do epitélio pavimentoso para o ouvido médio, através da perfuração da membrana timpânica. As células produzem queratina, que estimula por seu lado uma reação inflamatória crónica, de tipo corpo estranho com células gigantes. As consequências do colesteatoma são as infeções secundárias e erosão óssea
· Disseminação intracraniana da infeção - otite média grave pode disseminar-se causando meningite ou abcesso epidural, subdural ou intracerebral
Otosclerose
· Doença autossómica dominante
· Imobilização dos ossículos para a janela oval do ouvido médio
· Causa mais frequente de hipoacusia por condução
Labirintite
· Etiologia viral
· Inflamação do ouvido interno
· Vírus da rubéola e papeira nas crianças
· CMV em imunocomprometidos
Doença de Ménière
· De etiologia desconhecida
· Episódios recorrentes de vertigem
· Perda auditiva sensorial
· Acufenos
· Vómitos
· Associado a distensão do sistema endolinfático coclear, perda de fluido endolinfático, para a perilinfa
· Os episódios de vertigem resolvem espontaneamente, algumas horas depois
· Perda de audição é permanente
Manifestações orais da SIDA
· Gengivite na forma de eritema gengival ou periodontite ulcerativa necrotizante
· Candidíase oral
· Estomatite aftosa persistente
· Leucoplasia oral cabeluada (EBV) nos bordos laterais da língua (mais frequente), ou noutros locais
· Sarcoma de Kaposi, placas eritematosas no palato duro
Manifestações orais de Doenças de Pele/ Sistémicas
Doença Vesicobulhosa e Ulcerativa
· Pênfigo Bolhoso - bolhas com depósitos lineares de IgG ao longo da membrana entre o epitélio e o tecido conectivo
· Pênfigo Vulgar - bolhas com depósitos de IgG ao longo da membrana do epitélio
· Eritema Multiforme - reação de hipersensibilidade complexa a agentes infeciosos e fármacos e que se apresenta com bolhas e lesões eritematosas multiformes
· Síndrome de Stevens-Johnson - forma severa de Eritema Multiforme, que pode ser fatal
· Líquen Plano - reação de hipersensibilidade, mediada por linfócitos T
Pênfigo - Doença cutânea, de certa gravidade e com uma tendência recidiva, que tem como característica o aparecimento de bolhas e/ ou vesículas cheias de líquido seroso.
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DÉFICES ALIMENTARES
· Vitamina B2: Queilite angular
· Vitamina B12: Glossite
· Vitamina C: Escorbuto, gengivorragia
· Glossite atrófica associada ao défice de ferro (Síndrome de Plummer-Vinson)
PIGMENTAÇÃO DA MUCOSA ORAL
· Envenenamento por metais pesados (chumbo, prata, arsénico, mercúrio, ouro)
· Hemocromatose (sobrecarga de ferro)
· Doença de Addison (insuficiência adrenocortical/défice de cortisol)
· Síndrome de Peutz-Jeghers
Neoplasia
Leucoplaquia
· Termo clínico que define a presença de uma placa branca, persistente, na superfície mucosa
Eritroplaquia
· Termo clínico que define uma placa similar à da Leucoplaquia, mas de coloração vermelha
As causas podem ser variadas:
· Tabaco
· Tabaco mastigado
· Irritação mecânica
· Hábito alcoólicos pesados
Lesões consideradas como potencialmente pré-malignas e por isso deve ser objeto de biópsia
Características histológicas da Leucoplaquia:
Aparece como uma placa branca por acumulação de queratina sobre um conjunto variado de alterações epiteliais, que podem ser classificadas de Benignas/reativas, pré-neoplásicas ou francamente neoplásicas 
· ACANTOSE, PARAQUERATOSE E QUERATOSE (80%): lesão benigna causada pela irritação do epitélio, este está espessado (acantose) e coberto por uma camada de queratina. Se o núcleo está preservado na camada de queratina, denomina-se de paraqueratose. Se o núcleo estiver ausente denomina-se de queratose.
· DISPLASIA DE CÉLULAS PAVIMENTOSAS (10%): Estas lesões têm atipia citonuclear, similar às alterações observadas no carcinoma pavimento celular invasivo. A sua graduação divide-se em lesão intra-epitelial pavimentosa de BAIXO e ALTO grau.
· CARCINOMA DE CÉLULAS PAVIMENTOSA, INVASIVO: histologicamente não difere do outro tumores invasivos com diferenciação pavimentosa.São as alterações citonucleares de uma lesão, lesão intra-epitelial pavimentosa de ALTO grau, com rotura da membrana basal e invasão do estroma, com desmoplasia associada.
Factos do cancro oral:
· Carcinoma pavimento celular invasivo, contabiliza 85% dos tumores malignos desta topografia
· Pico etário de incidência entre 50-60 anos, afetado muito mais o género masculino
· Fatores de risco associados são o tabaco e o álcool
· Tumores apresentam-se como leucoplaquia, úlcera ou induração exofítica da mucosa
· Localização mais frequente no lábio inferior e 2/3 anteriores da língua
· Metástases envolvem os gânglios linfáticos submandibulares superficiais e os cervicais profundos
· Tratamento cirúrgico e por radioterapia. Sobrevida a 5 anos entre 40-50%
AMELOBLASTOMA 
Tumor com origem nas células que constituem a enamela durante a odontogénese e é a neoplasia odontogénica benigna mais frequente. Localiza-se na mandíbula
Potencial biológico:
· É localmente invasivo!
· Mas não metastiza!!
TUMORES DAS GLÂNDULAS SALIVARES
· Glândula parótida (glândula salivar de maior volume) é a mais frequentemente afetada, mas as neoplasias podem surgir nas restantes glândulas major (sublingual e submandibular) e minor.
· Maioria dos tumores são benignos, mas a razão benigno/maligno varia inversamente com a diminuição do tamanho da glândula (Se menor, a incidência de tumor maligno, é maior!!!)
· Tumor mais frequente é o ADENOMA PLEOMÓRFICO (Neoplasia bifásica ou mista).
· A recorrência é um facto se não for excisado na totalidade.
· Transformação maligna ocorre me 2-3% dos casos (carcinoma ex-adenoma pleomórfico)
· A neoplasia maligna mais frequente das glândulas salivares, é o CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE.
· É uma neoplasia com potencial biológico classificado de baixo grau de malignidade (90% de sobrevivência aos 5 anos)
	Glândulas Salivares
	Adenoma pleomórfico (60%)
	Benigno com recorrência local
	Carcinoma ex-adenoma pleomórfico (2%)
	Maligno
	Tumor de Warthin (10%)
	Benigno
	Adenoma monomórfico (3%)
	Benigno
	Carcinoma mucoepidermóide (5%)
	
Maligno baixo grau/variantes de alto grau
	Carcinoma de células acinares (3%)
	Maligno Baixo grau de malignidade
	Carcinoma adenoide cístico (3%)
	Maligno invasivo
	Adenocarcinoma de origem ductal
	Altamente maligno
CARCINOMA NASOFARÍNGEO 
É o tumor maligno mais comum na nasofaringe e localiza-se habitualmente no teto da nasofaringe. O género masculino costuma ser o mais afetado e sendo a maior incidência na África e China
· Associado a infeção viral por EBV (Vírus Epstein-Barr)
· Histologia formada por células pavimentosas malignas, com infiltrado linfocítico associado
· Metástase ganglionar cervical pode ser o sintoma de apresentação
· Radioterapia associada a cirurgia com bons resultados, 60% de sobrevida aos 5 anos
CARCINOMA DA LARINGE
· 95% dos casos são Carcinomas pavimento celulares, invasivos
· Fatores de risco são o tabaco e abuso de álcool
· Proporção do género masculino: feminino é de 7:1
· Localização classifica-se:
· Supraglótico (50%): epiglote e pregas aeripiglóticas
· Glótico (35%): envolvendo as cordas vocais
· Infraglótico (15%): abaixo das cordas vocais
· Metástase ganglionares cervicais regionais: Metástases à distância em estadios tardios
· Sintomas principais: Disfonia e Tosse
· Cirúrgica e Radioterapia: sobrevida a 5 anos> 60% 
PÓLIPOS NASAIS
Pólipo inflamatório:
· Maioria dos pólipos representam estruturas nasais inflamadas e com edema, que produz protusão na superfície mucosa (aspeto polipoide)
· Ocorrem em doentes com rinite alérgica crónica/recorrente
· Infeções crónicas nos seios peri-nasais
· Pólipos nasais em crianças com <10 anos, são uma característica da Fibrose Quística
Papiloma pavimentoso
· Tumores epiteliais benignos, mas podem ser localmente invasivos
· Principalmente a forma histológica de papiloma invertido
Angiofibroma juvenil
· Tumor benigno constituído por vasos sanguíneos de parede fina, envolvidos por estroma fibroelástico, laxo
· Angiofibromas ocorrem no sexo masculino, e sangram facilmente quando traumatizados
· Sexo feminino, associado a estrogénios (como na gravidez!)
LINFOMAS
· O Anel de Waldeyer, é um local comum para LINFOMAS EXTRA-NODAIS (EXTRA-GANGLIONARES)
· Maioria são linfomas de fenótipo B
· Classificados como difusos e de grandes células
· Sendo de Alto grau
OUVIDO (tumores)
· Podem ter origem no canal auditivo externo e ouvido médio
· Canal auditivo externo é revestido por epitélio pavimentoso, logo a neoplasia mais frequente é de diferenciação pavimentosa, similar às descritas na cavidade oral
· Glândulas ceruminosas, podem originar ADENOMAS e ADENOCARCINOMAS
· Epitélio endolinfático pode ser raramente sede de origem de adenomas
· Tumor mais frequente a envolver o ouvido médio é um tumor mesenquimatoso do tecido neural periférico, SCHWANNOMA do VIII par craniano
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