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Patentes de medicamentos Disciplina: Química Medicinal Avançada Prof. Me. Raul Araújo Jr. Patente É um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. O inventor ou o detentor da patente tem o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar a venda, vender ou importar produto objeto de sua patente e/ou processo ou produto obtido diretamente por processo por ele patenteado. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. Direito da Propriedade Industrial Propriedade industrial é o conjunto de direitos sobre as patentes de invenção, os modelo de utilidade, os desenho ou modelo industrial, as marcas de fábrica ou de comércio, as marcas de serviço, o nome comercial e as indicações de proveniência ou denominações de origem, bem como a repressão da concorrência desleal e às falsas indicações geográficas. No Brasil, o órgão responsável pelo registro de propriedade industrial é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Lei de Direito da Propriedade Industrial Art. 10 - Não se considera invenção nem modelo de utilidade: I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; II - concepções puramente abstratas; III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; V - programas de computador em si; VI - apresentação de informações; VII - regras de jogo; VIII - técnicas e métodos operatórios, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. Patentes na área farmacêutica ✔ Composição farmacêutica ✔ Nova forma farmacêutica ✔ Processo de fabricação de uma determinada composição ✔ Uso médico de proteínas ou genes humanos ✔ Estrutura molecular com atividade farmacológica ✔ Etc. Prós e contras das patentes farmacêuticas ✔ Subinvestimento em Pesquisa e Desenvolvimento ✔ Apropriação de conhecimento desenvolvido ✔ Patente concede exclusividade à empresa ✔ Monopólio e preços excessivos ✔ Inacessibilidade de medicamentos essenciais Acordo sobre Aspectos dos Direitos da Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS) É um tratado internacional que disciplina a criação da Organização Mundial do Comércio – OMC. O Brasil é um dos signatários deste acordo que trata-se de uma espécie de lei das patentes mundiais, a qual no seu art. 31, prevê a possibilidade do licenciamento compulsório, conhecida como “quebra da patente”. Licenciamento Compulsório (quebra de patente) Suspensão temporária do direito de exclusividade do titular de uma patente, permitindo a produção, uso, venda ou importação do produto patenteado, por um terceiro, com ou seu consentimento. Esse instrumento é acionado pelo governo do país que concede a patente, sendo um mecanismo de defesa contra possíveis abusos cometidos pelo detentor de uma patente, ou, para os casos de "interesse público". Diferente do termo quebra de patente, que propõe a idéia de rompimento de contrato, o licenciamento compulsório segue normas estabelecidas na Trips, da Organização Mundial do Comércio (OMC). Antes do decreto de uma licença compulsória, o governo proponente deve tentar negociar com o titular da patente. No caso de insucesso dessa negociação, o proponente da licença faz uma declaração expondo a situação, e após o decreto da licença deve oferecer ao titular da patente uma remuneração financeira justa, efetuando o pagamento de royalties. Partiu patentear meus produtos!
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