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AIDPI: AÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
SITUAÇÃO DE SAÚDE DA CRIANÇA
Apesar do imenso avanço tecnológico observado nas últimas décadas, as doenças infecciosas e as deficiências nutricionais ainda são responsáveis por mais de 11 milhões de mortes infantis a cada ano no mundo, sendo a maioria dessas mortes nos países em desenvolvimento. Nesses países muitas crianças morrem antes de completar cinco anos de idade e muitas das que sobrevivem não crescem nem desenvolvem todo o seu potencial esperado. São cinco as causas principais de morte dessas crianças: pneumonia, diarréia, desnutrição, sarampo e malária, todas passíveis de tratamento e prevenção. Além disso, essas mesmas causas acometem, em todo o mundo, três em cada quatro crianças que buscam atenção médica. Esse quadro se reproduz com freqüência em áreas periféricas e menos desenvolvidas de regiões ditas desenvolvidas.
Várias condições contribuem para tornar difícil o controle das doenças de maior prevalência na infância, entre as quais as condições inadequadas de vida, incluindo o fornecimento deficiente de água potável, a má higiene e a aglomeração familiar, que promovem a disseminação rápida de doenças. Além disso, os pais podem deixar de buscar atenção de saúde a seus filhos - onde poderiam receber tratamento necessário – se não reconhecerem que estes possam estar gravemente doentes. Além disso, é possível que, ao buscar uma unidade de saúde, o atendimento recebido não seja efetivo. Os profissionais de saúde podem não estar devidamente capacitados e não haver disponibilidade dos medicamentos necessários. É possível ainda que não se reconheça que a criança possa apresentar mais de uma condição que necessite de atenção e tratamento, ou ainda que práticas comunitárias não adequadas e prejudiciais, resultantes de crendices populares, possam complicar o problema da criança. Soma-se a isto o fato conhecido de que, em geral, os medicamentos são utilizados de maneira excessiva e muitas vezes em perigosas combinações. Finalmente, com relação à nutrição, as práticas
alimentares deficientes e o uso de substitutos do leite materno elevam o risco de infecção e de morte, especialmente para as crianças menores de um ano de idade.
Em função da problemática de saúde atual apresentada anteriormente, essa estratégia tem como objetivos reduzir a mortalidade na infância e contribuir de maneira significativa com o crescimento e desenvolvimento saudáveis das crianças, em especial daquelas que vivem em países e regiões menos desenvolvidas.
VERIFIQUE SE EXISTEM SINAIS GERAIS DE PERIGO
Uma criança que apresenta um sinal geral de perigo deve ser avaliada cuidadosamente. Na maioria das vezes, as crianças com um sinal de perigo necessitam ser referidas URGENTEMENTE ao hospital, necessitando receber tratamento para salvar-lhes a vida como antibióticos injetáveis, oxigênio ou outros tratamentos que podem não estar disponíveis na unidade de saúde. Você deve completar o resto da avaliação imediatamente. Para TODA criança doente, pergunte ou verifique:
PERGUNTE: A criança consegue beber ou mamar no peito?
PERGUNTE: A criança vomita tudo o que ingere?
PERGUNTE: A criança apresentou convulsões?
OBSERVE: Verifique se a criança está letárgica ou inconsciente.
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA (IRA) NA CRIANÇA – Cap. 145 Duncan
→ IRA é todo processo infeccioso que atinge Trato Respiratório e que possui um ou mais dos sintomas: tosse, coriza, dificuldade para respirar, chiado, dor de ouvido ou de garganta, em média por 7 dias.
→ Formam o grupo de doenças mais prevalentes entre os menores de 5 anos.
→ As pneumonias são a principal causa de mortalidade por IRA, mas vem diminuindo devido a melhorias nas condições socioeconômicas e disponibilidade de agentes antimicrobianos.
→ O objetivo principal da AIDIPI é acelerar o declínio das taxas de mortalidade entre os menores de 5 anos pelos agravos mais freqüentes à saúde infantil.
→ Os fatores de risco para a mortalidade por IRA são: desnutrição, baixo peso ao nascer, aleitamento materno inadequado, deficiência de vit. A, vacinações incompletas, concomitância de doenças como sarampo, coqueluche e TB, confinamento, exposição intradomiciliar, poluição ambiental e ausência de escolaridade materna.
→ A disseminação da IRA ocorre principalmente por intermédio das mãos, contaminadas por secreções oculares, nasais ou saliva (mais freqüente nos meses frios e em populações urbanas). 
→ A grande maioria apresenta doença benigna, necessitando apenas de medicação sintomática. 
→ Classificação da OMS: Pneumonia Grave, Pneumonia Não-grave e Outras IRA. Serve para distinguir os casos de pneumonia (potencialmente fatais) das demais IRA, diminuindo também o uso inapropriado de ATB, destacando que a presença de tosse, mesmo que produtiva, não é sinal indicativo por si só de ATBterapia.
→ As IRA foram divididas em 2 grandes grupos: o das que acometem lactentes < 2 meses e o das crianças entre 2 meses e 4 anos, usando tosse e/ou dificuldade para respirar como porta de entrada do diagrama.
→ Nos casos de lactentes< 2 meses (que são mais graves): agentes mais comuns são estreptococos do grupo B e os GN como E. Coli; nos maiores, S. pneumoniae e H. influenzae, e devem ser considerados também os germes atípicos.
→ Os sinais semiológicos mais indicativos de pneumonia em uma criança com tosse são: taquipnéia e dificuldade respiratória, especialmente a retração subcostal. Quando presentes, podem ser dispensadas outras investigações, já tratando com ATB empírico. 
→ A febre não é um bom sinal preditivo de pneumonia (aparece também em infecções das vias aéreas superiores).
→ Crianças de 2 meses a 4 anos:
Tosse + retração subcostal (com ou sem taquipnéia) = pneumonia grave.
Tosse + taquipnéia (sem tiragem) = pneumonia não-grave. Passível de TTO ambulatorial.
Tosse (sem taquipnéia e sem tiragem) = não-pneumonia ou resfriado comum.
OBS.: entre os lactentes < 2 meses, todas as pneumonias são consideradas graves.
→ Taquipnéia: é uma das respostas fisiológicas à hipoxia e a consolidação pulmonar, situações encontradas na pneumonia; 
OBS.: < 2 meses: ≥ 60mpm; 2 a 11 meses: ≥ 50; 1 a 4 anos: ≥ 40. 
1 - Resfriado Comum
→ É a IRA mais comum; autolimitada; compromete apenas mucosa nasal e faríngea.
→ Agente mais comum: rinovírus. 
→ Período de incubação de 2 a 4 dias; sintomas: febre, espirros, coriza, obstrução nasal, hiperemia de orofaringe, tosse seca e recusa alimentar. Muitas vezes: vômito e diarréia.
→ TTO: sintomático; ingestão adequada de líquidos (favorece eliminação das secreções) e, se houver febre alta ou dor, antitérmicos, de preferência Paracetamol (AAS é contra-indicado: Síndrome de Reye). Gotas nasais de soro fisiológico se houver obstrução nasal por secreção espessa.
* O uso de ATB não previne o surgimento de pneumonia bacteriana secundária, não encurta a duração do quadro clínico, nem previne suas complicações mais freqüentes (sinusite e otite média) = logo, NÃO há indicação.
2. TRAQUEOBRONQUITE
→ acomete principalmente crianças nos 2 primeiros anos de vida.
→ sintomas ≈ resfriado (febre, tosse seca → produtiva com escarro amarelo-esverdeado pela presença de leucócitos, devido à infecção virótica, sem haver necessariamente contaminação bacteriana).
→ ausculta: roncos
→ pouco acomete o estado geral.
→ agentes etiológicos: VSR, parainfluenza, influenza; crianças mais idade: Mycoplasma pneumoniae
→ complicação + importante: infecção bacteriana 2ª (S.aureus, S. pyogenes) → ocorre piora clínica significativa com mal-estar intenso: agitação, estridor e sinais de obstrução respiratória→hospitalização 
→ TTº: sintomático; sedativos da tosse podem ser utilizados quando a tosse é muito grave.
3. LARINGITE (CRUPE)
- incidência > em crianças de 6 m a 3 anos (pico 2º ano)
- agente etiológico: vírus parainfluenza. O crupe de origem bacteriana (difteria) diminuiu muito devido à vacinação.
- diagnóstico: é clínico essencialmente. Quadro inicia como um resfriado e EVOLUI para rouquidão, prostração, estridor inspiratório,tiragem e batimento das asas do nariz, com ou sem febre (baixa). Pode acordar a criança à noite com tosse rouca, espasmódica e com dispnéia. Em casos graves (+ raros) pode haver obstrução das VA e cianose.
- TTº: pode ser iniciado no domicílio com vaporizadores com água fria. 
- TTº padrão: corticosteróides (dexametasona VO ou IM ou prednisolona VO ou prednisona VO), pq evita hospitalizações
# NBZ com epinefrina para alívio rápido dos sintomas + NBZ com budesonida
# NBZ com epinefrina + corticóide IV ou VO
4. EPIGLOTITE
- forma grave de IRAguda, muitas vezes fatal
- pode ser TOTALMENTE prevenida com a vacina anti-hemófilos.
- incidência: crianças entre 3 e 7 anos
- agente etiológico: Haemophilus influenzae tipo B
- quadro clínico: início SÚBITO de febre e dor de garganta. Progressão para voz abafada, toxemia, estridor inspiratório e dificuldade respiratória. Disfagia e salivação são manifestações importantes. Em 50 % dos pacientes há sinais de OVA (obstrução de vias aéreas = cianose e agitação).
- Como suspeitar de epiglotite? História + quadro clínico
- Como confirmar epiglotite? RX para visualizar a epiglote, mas pode perder tempo. Ideal = encaminhar o paciente IMEDIATAMENTE para a hospitalização.
- Está CONTRA-INDICADO o exame com abaixador de língua ou laringoscópio – pode desencadear obstrução ventilatória total.
5. BONQUIOLITE
- IRA aguda, contagiosa, acomete ppte bronquíolos, inflamação obstrutiva intensa com acúmulo de secreções nas vias aéreas.
- etiologia mais comum: VSR (vírus sincicial respiratório)
- maioria dos casos ocorre no inverno e primavera.
- incide quase que exclusivamente em crianças de até 2 anos, ppte menores de 1 ano. 
- quadro clínico: febre, taquipnéia, retração e chiado no peito, frequentemente antecedidos por sintomas semelhantes à rinofaringite aguda (coriza e tosse).
- ausculta respiratória: expiração prolongada, com sibilos ins e expiratórios. Roncos e estertores podem estar presentes. Fígado e baço podem ser palpados pelo rebaixamento devido ao aprisionamento de ar nos pulmões.
- costuma durar até uma semana, mas pode prolongar-se por 3 semanas.
- como é feito o diagnóstico? Achados clínicos + epidemiológicos. Leucograma NÃO tem valor diagnóstico/ RX é inespecífico = método auxiliar (hiperinsuflação pulmonar + opacidades = atelectasias)
- diagnóstico diferencial: asma e aspiração de corpo estranho
- TTº: leve/ moderado = domiciliar + acompanhamento de equipe médica. Hidratação e controle da febre. 
- vapor d’ água, antibióticos (casos complicados), broncodilatadores = desaconselhados
- corticóides não mostram benefício em quadros leves/ moderados.
- sinais que indicam hospitalização: cianose, dispnéia grave, sinais de descompensação cardíaca ou colapso circulatório (palidez, pulsos filiformes= muito fracos, alterações no SNC).
PNEUMONIA
- termo geral, indica inflamação em porções mais periféricas dos pulmões (VA terminais, alvéolos e interstício), múltiplos agentes.
- VIRAL: comprometimento intersticial (VSR, parainfluenza, influenza A, adenovírus etc.)
- BACTERIANO: alveolar ou broncopneumônico (S. pneumoniae, H.influenzae, S.aureus, M.pneumoniae, Chlamydia pneumoniae)
- quadro clínico: varia conforme agente,faixa etária, imunidade.
- geralmente é antecedido por quadro de infecção de VAS, seguida de tosse, taquipnéia e sinais progressivos de dispnéia. Em crianças maiores, os sintomas assemelham-se aos do adulto: tosse produtiva, febre alta e dor torácica ventilatório-dependente. Exame físico: estertores, roncos e ↓do MV.
- Qual o agente mais freqüente de pneumonia bacteriana? É o pneumococo; H.influenzae diminuiu bastante = vacinação. Mycoplasma deve ser sempre lembrado em crianças acima de 5 anos. 
- Diagnóstico: clínico/ RX tórax útil para confirmar diagnóstico + identificar complicações (derrame pleural, pneumotórax, abscesso) + observar evolução desfavorável.
Hemograma, cultura – baixa especificidade e sensibilidade
- TT°: suspeita forte de pneumonia viral = sintomático (repouso, hidratação, controle da febre, soro fisiológico nasal)
- pneumonias bacterianas leves e moderadas em crianças de 2m – 5 anos = pode ser ambulatorial com amoxicilina (15-30 mg/kg/dose, 3x/dia). OMS/ OPS sugere Bactrin (arriscado, ↑índice de resistência dos pneumococos e H.influenzae no BR).
- NÃO devem ser utilizados: fenoxipenicilina nem pen G benzatina = não atingem nível sérico adequado; nenhuma é eficaz contra hemófilo.
- eritromicina, roxitromicina, espiramicina = Mycoplasma ou Chlamydia; ruim para H.influenzae
- azitro, claritromicina hemófilos, boa opção TTº empírico
- CLAVULIN (amoxi + clavulanato), sultamicilina, cefuroxima = ativos contra H.influenzae produtor de beta-lactamase.
SUGESTÕES DE Tto EMPÍRICO
- não usar xaropes nem sedativos da tosse, podem ser até prejudiciais
- PARA LACTENTES MENORES DE 2 ANOS DE IDADE, COM QUALQUER SINAL DE PNEUMONIA → TT° HOSPITALAR
- CUIDADOS DOMICILIARES:
Alimentação e hidratação – não forçar alimentação; posição semi-sentada evita aspiração.
Sono e repouso – evitar esforço físico excessivo e poluentes (cigarro).
Eliminação de secreções – não usar expectorantes e antitussígenos, lavar narinas.
Higiene – desnecessário interromper banho. 
Febre – T ° axilar > 38°C + desconforto = cuidados!!!
Medicamentos e doença – cumprir horários, explicar a doença p/ diminuir ansiedade dos pais.
Agenda de retorno – revisão ou retornar antes do previsto (agitação, prostração acentuada, gemidos, dispnéia progressiva, ↑ taquipnéia anterior)
Imunizações – verificar estado vacinal.
	IDADE
	TRATAMENTO
	< 1 mês
	Hospitalar
	1 a 3 meses
	Paciente afebril: macrolídeo
Febre, estado geral comprometido: hospitalar
	4 meses a 5 anos
	Amoxicilina, amoxicilina + clavulanato, sultamicilina, macrolídeo, cefuroxima
	5 a 18 anos
	Macrolídeo, amoxicilina, amoxicilina + clavulanato, cefuroxima, sultamicilina
A CRIANÇA COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR
As doenças do aparelho respiratório são as responsáveis pela maior demanda de consultas e internações em Pediatria. Atingem de preferência o trato respiratório superior e, quanto menor a idade do paciente, maior é o comprometimento do trato respiratório inferior. Essas doenças, durante os primeiros cinco anos de vida, são de origem predominantemente infecciosa, com uma prevalência de cinco a oito episódios por criança/ano. Nos países em desenvolvimento a etiologia é geralmente bacteriana, sendo os agentes mais comuns o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenza. Algumas bactérias causam pneumonias atípicas: Chlamydia trachomatis em lactentes e o Mycoplasma pneumoniae em crianças maiores. No período neonatal, predominam os bacilos gram negativos E. Coli e Klebsiella e o Strepococcus, do grupo B.
Entre as referidas infecções, a pneumonia é responsável por 85% das mortes ocorridas por problemas respiratórios nas crianças menores de cinco anos, especialmente em países em desenvolvimento. Os principais fatores de risco associados incluem baixa renda familiar, baixa escolaridade dos pais, desnutrição, baixo peso ao nascer, prematuridade, exposição a fumo passivo, desmame precoce, creche e aglomeração familiar.
AVALIE A TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR
A CRIANÇA ESTÁ COM TOSSE OU DIFICULDADE PARA RESPIRAR? Sim ___ Não ___
SE SIM: Há quanto tempo? ____ dias
• Sibilância ocasional ou freqüente? • Conte as respirações em um minuto ____ rpm
• Respiração rápida?
• Observe se há tiragem subcostal
• Verifique se há estridor ou sibilância
Tempo da tosse: +de 30 dias=crônica(tuberculose, asma, coqueluche); 
Sibilância: asma?
FR:
IDADE Definição de respiração rápida
2 meses a menos de 12 meses 50 ou mais por minuto
1 ano a menor de 5 anos 40 ou mais por minuto
O estridor é um som áspero produzido quando a criança INSPIRA. Em geral se produz quando há inflamação da laringe, traquéia, ou da epiglote que dificulta a entradade ar nos pulmões. As principais causas das obstruções das vias respiratórias superiores são de origem infecciosa (80%). Dessas, 90% são em virtude da laringotraqueobronquite viral, 5% à epiglotite e 5% a infecções de outras áreas do trato respiratório superior (laringotraqueíte e traqueíte).
CLASSIFIQUE A TOSSE OU DIFICULDADE PARA
RESPIRAR
Pneumonia grave ou Doença Muito Grave.
Pneumonia.
Não é pneumonia.
SINAIS CLASSIFIQUE TRATE
• Qualquer sinal de perigo ou. PNEUMONIA GRAVE Dê a primeira dose de um 
• Tiragem subcostal ou OU DOENÇA antibiótico recomendado.
 Estridor em repouso MUITO GRAVE Refira URGENTEMENTE aohospital.
• Respiração rápida PNEUMONIA Dê um antibiótico recomendado
 durante sete dias.
 Alivie a tosse com medidas caseiras.
 Informe à mãe quando retornar imediatamente.
 Se tiver sibilância trate com
 broncodilatador durante cinco dias
 Marque o retorno em dois dias. 
 • Nem um sinal de pneumonia
 ou doença muito grave NÃO É PNEUMONIA Se estiver tossindo há mais
 de 30 dias, refira para
 avaliação.
 Alivie a tosse com medidas
 caseiras.
 Se tiver sibilância trate com
 broncodilatador durante
 cinco dias.
 Seguimento em cinco dias,
 se não melhorar.
 
A CRIANÇA COM SIBILÂNCIA
Seu aparecimento se deve às alterações funcionais decorrentes do processo inflamatório crônico, tais como a hiperreatividade brônquica e a obstrução ao fluxo aéreo (broncoconstricção, formação crônica de rolhas de muco, edema e alterações estruturais das vias aéreas). As principais doenças que cursam com sibilância são a asma (principal causa de obstrução brônquica nas crianças acima de quatro anos) e bronquiolite (predominantemente nos seis primeiros meses de vida). Os principais agentes etiológicos da bronquiolite são de causa viral (vírus sincicial respiratório – 50 a 90% – e parainfluenzae) associada à hiperreatividade das vias aéreas induzida pela infecção. Opico de incidência está entre dois e seis meses.
Se Tb há sibilancia e não há sinais de perigo, trate a sibilância com nebulização até três vezes. Depois reavaliea criança para reclassifica-la.
Depois de cada nebulização, a criança deverá ser reavaliada para ver se ela melhora da ibilância. Caso a criança tenha respiração rápida ou tiragem subcostal, avalie também se estas diminuíram.
Se depois da primeira nebulização, melhorar a sibilância, reavalie e classifique a criança de acordo com o quadro da criança com tosse ou dificuldade para respirar. Se depois da primeira nebulização a criança não melhorar, repita a nebulização a cada 20 minutos, no máximo de três
vezes, fazendo uma reavaliação da criança a cada vez.
AVALIE E CLASSIFIQUE A CRISE DE SIBILÂNCIA
SINAIS CLASSIFIQUE TRATE
Sensório: letárgica, CRISE DE REFIRA urgentemente
inconsciente, sempre agitada SIBILÂNCIA GRAVE Tratamento prévio ao encaminhamento
ou OU DOENÇA MUITO • oxigênio• beta-2 agonista por
Dispnéia: fala somente GRAVE Via Inalatória - VI• 1a dose corticosteróide
palavras isoladas ou • 1 a dose antibiótico
Musculatura acessória:
tiragem supraclavicular ou
Sat. O2 : < 90% *
Sensório: alerta com CRISE DE SIBILÂNCIA Administre beta-2 VI(até 3x, a cada 20 min)
períodos de agitação ou MODERADA corticosteróide oral
Dispnéia: fala frases Se não melhorar:REFIRA
entrecortadas ou Se melhorar:• Tratamento domiciliar com
Musculatura acessória: beta-2 VI e corticóide VO,por cinco dias.
tiragem: subcostal ou • Oriente à mãe sobre comoproceder na crise e qndo
Frequência respiratória retornar imediatamente.Marque o retorno em 2 dias
 aumentada ou
Sat. O2 : 90-95%*
Nenhum sinal de crise de CRISE DE SIBILÂNCIA Tratamento domiciliar com
sibilância grave ou doença LEVE beta-2 agonista VI, porcinco dias
muito grave ou de crise de • corticóide VO se em uso
sibilância moderada de B2 há 24 horas ou mais
Sat. O2 : > 95% *
 • Orientar à mãe sobre como
 proceder na crise e quando
 retornar imediatamente• Seguimento em dois dias,
 se não melhorar ou se em
 uso de CO 
* Aferir Sat O2 , se oximetria de pulso estiver disponível
Caso freqüência respiratória CRISE DE SIBILÂNCIA após tratamento da crise
se mantenha aumentada MODERADA +PNEUMONIA Tratamento domiciliar da
 CRISE MODERADA
 • Dar antibiótico recomendado
 por sete dias
 • Orientar à mãe sobre como
 proceder na crise e quando
 retornar imediatamente
 • Marque o retorno em dois
 Dias
AVALIE E CLASSIFIQUE A CRIANÇA COM ASMA
AVALIE CLASSIFIQUE TRATE
• Frequência: crise< ASMA GRAVE • Refira ao especialista administrando
diária ou continua ou tratamento prévio. Na impossibilidade
• Sintomas noturnos: • Corticoide VI• Oriente como
acorda > 2x/semana) proceder na crisee quando retornar
devido a tosse ou imediatamente
dispnéia ou
• História de internação
por crise de sibilância
nos últimos 12 meses
• Frequência: crises< ASMA MODERADA • Encaminhe < 1 ano• CorticóideVI
1x/semana (mas não • Oriente o que fazer na crise e
continuas) ou quando retornar imediatamente
• Sintomas noturnos: 1 • Aconselhe medidas de
a 2 vezes por semana controle ambiental
devido à tosse ou • Retorno em dois meses
dispnéia
• Frequência: crises < ASMA LEVE • Oriente o que fazer na crise e
1x/semana ou quando retornar imediatamente
• Sintomas noturnos: • Aconselhe medidas de
até 1 x por semana e, controle ambiental
no máximo, 3x por
mês
* crises: refere-se a um ou mais sintomas, tais como dispnéia, cansaço, dificuldade para respirar,
falta de ar, aperto no peito ou sibilância.
Ao encaminhar para o especialista, prescrever corticosteróide VI, em dose plena,
exceto para os menores de 1 ano de idade. Na impossibilidade de encaminhar ao
especialista, utilizar:
Corticóide VI em dose plena.
Orientar a mãe sobre como proceder na crise e quando retornar imediatamente.
Retorno em dois meses.
DIARRÉIA CAP 144 DUNCAN
A diarréia é um problema frequente e pode ter várias etiologias. Vamos enfatizar a diarréia de origem infecciosa em crianças,pois, nestas a doença ainda permanece associada a altas taxas de morbidade, internações hospitalares e mortalidade.
Epidemiologia e fatores de risco para doença grave
Em um estudo realizado em Porto Alegre , os fatores de risco encontrados para desidratação foram: 
Pouca idade
Analfabetismo ou ausência do pai
Baixa renda, moradia precária
Falta de higiene domestica
Falta de água encanada
Mãe com idade menor que 20 anos
Gemelaridade, baixo peso ao nascer, período de desmame, receber outro leite que não o humano
Ter sido hospitalizado anteriormente.
Invasor, hospedeiro e mecanismo da doença
Contaminação: por água e alimentos, de pessoa para pessoa, principalmente nos extremos etários e naqueles com deficiências imunológicas. 
O intestino delgado é o principal local de infecção, mas as vezes, pode envolver o colon, dando origem a disenteria.
	Todos os agentes infecciosos têm sua origem no ciclo fecal-oral, no ambiente e saneamento inadequados e precários.
Virulência e tamanho do inoculo:
Para causar doença necessitam ser ingeridos em:
Grande número: Cólera e salmonella
Pequeno número: giárdia, shigella e entamoeba.
Toxinas:
Vibrio cholerae: exemplo típico! Aumenta a secreção de cloro e diminui a absorção de sódio, logo, ocorre secreção ativa de água e eletrólitos para a luz intestinal.
ETEC (E. coli enteroxigenica): também produz diarréia secretória.
Staphilococcus e Bacillus cereus: neurotoxinas.
Invasao dos tecidos
Quais fazem invasão? Shigella, EIEC, Salmonella
Causam DISENTERIA.
Defesas do hospedeiro
Flora intestinal
Acidez gástrica (diminuir a acidez aumenta a infecção)
Motilidade intestinal
Etiologia
Nas crianças, os agentes mais encontrados são: etec, rotavirus, campylobacter, shigella/salmonella, giárdia e ameba.
Abordagem ao paciente
A febre sugere doença invasiva ou malária. Vômitos podem ser por infecção aguda (doença toxigenica ou toxina preformada), doença sistêmica ou obstrução intestinal. Muco, pus e sangue sugere doença invasiva.
EXAME FÍSICO: para buscar co-morbidades e estimar os níveis de desidratação ( tempo de preenchimento capilar, sinal da dobra cutânea, olhos fundos, estado mental, mucosa oral seca).
SÍNDROMES CLÍNICAS
Diarréia aquosa aguda:
Ocorre secreção ativa de água e eletrólitos da corrente circulatória para a luz intestinal sob a estimulação de toxinas. O agente infeccioso NÃO causa, necessariamente, invasão tecidual, o que explica a AUSÊNCIA de muco, pus e sangue. Agentes: cólera, etec, c. perfringens e rotavírus.
Disenteria aguda: 
Ocorre no cólon
Presença de fezes com muco, pus, proteína e sangue
Há maior freqüência de sintomas gerais (febre) e locais (cólica, tenesmo)
Risco de desidratação é menor
Risco de complicação extra-intestinais (sepse) é maior
 Shigella sp, Yersinia enterocolitica, Entamoeba sp, Giardia lamblia e Cryptosporidium
Diarréia Prolongada:
Até 20% dos episódios de diarréia aguda evoluem para prolongada 
Causas:
Infecção continuada por um agente que danifica as vilosidades ou uma regeneração inadequada dos enterócitos devido á desnutrição crônica.
Agentes infecciosos com deficiência de folato.
Diarréia crônica:
Variedade maior de causas: inflamações crônicas (TB), alergias alimentares (glúten), cólon irritável e parasitoses intestinais
MANEJO DO PACIENTE: 
diarréia leva a risco de desidratação. 
Fatores de risco para desidratação: pequena massa corporal (baixo peso ao nascer ou pouca idade), diarréia aquosa, baixa classe econômica, desnutridos, crianças pequenas não amamentadas.
Tratamento da desidratação: hidratação oral, se a criança estiver hemodinamicamente estável os exames não auxiliam muito, e não há grandes riscos de distúrbios eletrolíticos
Examesde rotina não são necessários
Estudos laboratórios são reservados para crianças gravemente desidratadas e que esteja recebendo terapia de reidratação intravenosa.
Pacientes sem desidratação:
Crianças sem sinais de desidratação devem continuar recebendo dieta apropriada para a idade
Desidratação leve a moderada:
Crianças com sinais de desidratação leve a moderada devem ser tratadas com TRO (leve: 50mL/Kg de solução mais a reposição das perdas continuadas, em um período de 4h; desidratação moderada: 100mL/Kg de solução mais reposição das perdas continuadas em um período de 4h) 
Crianças devem reassumir a alimentação tão logo seja possível
Crianças amamentadas ao peito não devem parar com o aleitamento
Presença de vômitos não impede necessariamente a TRO (oferecer a solução em colheres, freqüentemente)
Desidratação Grave
 Estando presente o colapso circulatório, o choque, ou pré choque, está indicada a hidratação intravenosa
Sinais de Colapso circulatório: instabilidade hemodinâmica, letargia profunda, retardo do enchimento capital e taquicardia (pode haver alteração na pressão ortostática) = SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
Solução salina ou ringer 20mL/Kg
Medicamentos:
Antibióticos, sintomáticos e probióticos
Medicamentos com atividade antiperistáltica (loperamida) não devem ser utilizados, podem piorar a evolução das diarréias bacterianas 
Analgésicos comuns não tem muita ação na cólica, mas podem melhorar o desconforto relacionado com a febre (antitérmicos)
Probióticos (microorganismos para repor flora normal) ajudam na diarréia provocada pelo uso de ATBs, na diarréia aquosa aguda eles também reduzem o volume e a duração (diarréia causada por rotavirus), e ajudam a prevenir a ocorrência de diarréia hospitalar
Antibióticos: há poucas situações que seu uso é benéfico, essas incluem a disenteria por Shigella, a salmonelose em imunossuprimidos e as giardíases e a Entamoeba histolytica
Dieta
A interrupção da alimentação é contra-indicada em casos de diarréia aguda
Assim que cessarem os vômitos e depois da TRO já se pode oferecer alimento ricos em calorias para as crianças
PREVENÇÃO:
A amamentação além de prevenir a diarréia, diminui a gravidade da doença quando ela ocorre
CÓLERA
A cólera causa diarréia aquosa aguda, grave, podendo haver perda de dezenas de litros de água e eletrólitos em pouco tempo
Pode ocorrer choque hipovolêmico, acidose metabólica e morte
Causada pelo Vibrio cholerae, produz uma enterotoxina que estimula a concentração de AMPc nos enterócitos levando a altas concentrações de AMP c na célula há uma secreção ativa de água e eletrólitos para a luz intestinal em quantidade impossíveis de serem reabsorvidas 
Água contaminada e alimentos contaminados
Quadro clínico e diagnóstico: diarréia profusa, muitas vezes acompanhada de vômitos. Fezes sem cheiro , água muco e debris celulares (água de arroz). A perda de liquido causa desidratação grave, colapso circulatório e insuficiência renal
Diagnóstico: exame direto. O clínico deve estar atento para a epidemiologia da doença e comunicar as autoridades em saúde. 
Hidratar o paciente corretamente TRO ou reidratação venosa
Pode ser usado ATB (doxaciclina)
A CRIANÇA COM PROBLEMA DE OUVIDO
Infecção de ouvido: o pus atrás do tímpano causa dor e freqüentemente febre.
Caso não seja tratada, o tímpano pode romper, drenando secreção purulenta e diminuindo a dor.
Maior prevalência e incidência em menores de 2 anos, por:
maior incidência das IVAS
menor imunocompetência
disfunção tubária (curta, ampla e com ângulo horizontal).
Mastoidite: quando a infecção se estende do ouvido médio a apófise mastóide. É necessário que haja tumefação dolorosa ao toque. É uma infecção profunda do osso. Não confundir com inflamação dos gânglios linfáticos.
Meningite: quando a infecção se estender do ouvido médio para o SNC.
Mastoidite e Meningite são doenças graves de urgência de atenção hospitalar.
As infecções de ouvido raramente causam a morte.
Problemas: 
dura muitos dias
principal causa de surdez nos países em desenvolvimento o que acarreta problemas de aprendizagem na escola.
AVALIE O PROBLEMA DE OUVIDO
TODAS crianças doentes atendidas devem ser avaliadas quanto problemas no ouvido. 
PERGUNTE: A criança está com algum problema de ouvido?
Mãe responde que não: não avaliar a criança para este problema.
Mãe responde sim: próxima pergunta.
PERGUNTE: Está com dor de ouvido?
A dor pode indicar infecção de ouvido. Se a mãe não está segura da resposta, pergunte se a criança esteve irritável ou se tem esfregado a orelha.
PERGUNTE: Há secreção no ouvido? Se houver há quanto tempo?
A secreção também é sinal de infecção. Dê tempo para a mãe lembrar quando começou. 
A secreção no ouvido presente:
por menos de duas semanas: infecção aguda
por duas semanas ou mais: infecção crônica
OBSERVE: Há secreção purulenta no ouvido.
A secreção que sai do ouvido é sinal de infecção, mesmo que a criança não sinta dor. 
Observe dentro do ouvido para ver se supura e se possível, faça otoscopia.
Caso a mãe ou acompanhante refira que a criança tem secreção no ouvido e essa não seja visível, indagar se a mãe secou o ouvido antes da consulta.
PALPE detrás de ambas orelhas compare e decida se tem tumefação dolorosa ao toque da apófise mastóidea.
VERIFIQUE SE HÁ DESNUTRIÇÃO OU ANEMIA (AIDIPI)
* Uma criança com desnutrição grave está mais exposta a vários tipos de doença, têm infecções mais graves, e maior risco de morrer. Mesmo crianças com desnutrição leve a moderada têm um crescente risco de morte.
* Os casos graves devem ser referidos a um hospital para tratar as complicações mais freqüentes, receber alimentação especial, transfusões, ou tto específico p/ a doença (dça) que contribui para a desnutrição.
*DESNUTRIÇÃO PROTEICA-CALÓRICA: 
-> a cça pode sofrer emagrecimento acentuado (marasmo);
-> pode desenvolver edema (kwashiorkor)
-> pode associar edema c/ emagrecimento associado (kwashiorkor-marasmático) 
*DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A:
-> maior risco de morrer em conseqüência de sarampo e diarréia.
-> formas mais graves de hipovitaminose A podem levar a alterações oculares c/ risco de cegueira (cegueira noturna, xeroftalmia, ou queratomalácea)
* ANEMIA
-> falta de alimentos ricos em ferro, ou desmame precoce
-> infecções
->infestações por parasitas como ancilóstomos ou tricocéfalos
-> malária
AVALIE DESNUTRIÇÃO E ANEMIA
* Observe se há emagrecimento acentuado
* Verifique se há edema em ambos os pés
*Observe se há palidez palmar: leve/ grave
*Determine o peso para a idade (P/I): mto baixo, baixo ou não é baixo
* Avalie se há ganho insuficiente de peso
* Abaixo da curva inferior ( P<0,1) [ uma curva que tem que fazer um esforço p/ ver pq é do mesmo azul das linhas O.o] a cça tem mto baixo peso para a sua idade.
* Entre as duas curvas inferiores [entre essa azul e a vermelha] (0,1<P<0,3), a criança tem baixo peso para a sua idade
* Na linha, ou acima da curva do meio (P>3) o peso não é baixo para a idade.
	SINAIS
	CLASSIFIQUE
	TRATE
	*marasmo
*kwaschiorkor
	DESNUTRIÇÃO GRAVE
	Dar vit A/ Evitar hipoglicemia/ manter agasalhada/ referir urgente p/ tto.
	* Peso mto baixo para a idade
	PESO MTO BAIXO
	Avaliar a alimentação e ensinar a mãe a tratar a cça em ksa/ < 6 meses c/ problema na amamentação volta em 2 dias/ Retorno em 5 dias
	* peso baixo p/ a idade ou ganho insuficiente
	PESO BAIXO OU GANHO INSUFICIENTE
	Avaliar a alimentação e ensinar a mãe a tratar a cça em ksa/ < 6 meses c/ problema na amamentação volta em 2 dias/ retorno em 30d
	* peso ñ é baixo e nenhum sinal de desnutrição
	PESO NÃO É BAIXO
	Se < de 2 anos avaliar alimentação e orientar a mãe.
PALIDEZ PALMAR:
	SINAIS
	CLASSIFIQUE
	TRATE
	PALIDEZ PALMAR GRAVE
	ANEMIA GRAVE
	Referir urgente ao hospital
	PALIDEZ PALMAR LEVE
	ANEMIA
	Dar ferro/ afastar malária/ mebendazol para > de 1 ano/ avaliar e orientar sobre Fe/ retorno em 14 d
ESTADO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA
Principal mecanismo de controle de doenças imunopreveníveis;
Agentes de imunizaçãoativa para proteção específica e duradoura contra doenças transmissíveis;
Podem ser constituídas por bactérias vivas modificadas ou bactérias mortas, vírus inativados ou vírus vivos atenuados, ou ainda frações desses microorganismos;
São adicionados ATB’s, nutrientes ou adjuvantes que podem ampliar o poder de ação de alguns imunizantes.
Verificar o estado de vacinação em TODAS as crianças, segundo calendário básico de vacinação do MS. Perguntar a idade e pedir o cartão de vacinas.
Ao nascer: BCG dose única + 1ª dose Hep B
Com 1 mês: 2ª dose Hep B
Com 2 meses: 1ª dose VOP (oral contra pólio) + 1ª dose tetravalente (DTP+Hib) -> contra difteria, tétano, pertussis e infecções por H. influenza b
Com 4 meses: 2ª dose VOP + 2ª dose tetravalente
Com 6 meses: 3ª dose VOP + 3ª dose tetravalente + 3ª dose Hep B
Com 9 meses: Febre Amarela dose única
Com 12 meses: Tríplice Viral (VcSRC) dose única contra sarampo, rubéola, sínd. rubéola congênita e caxumba
Com 15 meses: Reforço VOP + reforço DTP
Com 4-6 anos: Reforço DTP + Reforço Tríplice Viral
Com 6-10 anos: Reforço BCG
De 10 a 11 anos: dT dose única contra difteria e tétano + F. amarela
Obs 1: Devem ser vacinadas todas as cças de 1 a 11 anos com a VcSRC; a dT requer reforço a cada 10 anos; no caso da BCG, é indicado revacinação quando não houver cicatriz vacinal após 6m.
Obs 2: Todas as cças devem receber vacinação completa até 1 ano. Caso não receba na idade rcomendada, administrar o quanto antes possível. Respeitar os intervalos de 1 mês entre as doses de VOP e tetravalente, e de 2 meses para 3ª dose Hep B ou de 90 dias entre a 1ª e a 3ª dose.
Evitar falsas contra-indicações (doenças benignas comuns; desnutrição; convulsões controladas; alergias, exceto relacionadas às vacinas...).
Contra- Indicações formais: a. BCG à cça imussuprimida (AIDS, p.ex). HIV+ pode! b. DPT-2 ou DPT-3 à cças com encefalopatias nos 7 primeiros dias, ou anafilaxia após dose anterior. Nesse caso usar dT ifantil... c. DPT à cça com doença neurológica ativa ou que tenha apresentado convulsões em até 72h após dose anterior.
Adiamentos: dças agudas febris graves (evitar que sinais/sintomas ou complicações sejam atribuídos à vacina); BCG ID em crianças com <2Kg.
Abordando outros problemas: No final, abordar outros problemas comunicados pela mãe. Reconhecer e tratar (?) ou encaminhar. Encaminhar a cça com os sinais gerais de perigo, APÓS receber a 1ª dose do ATB ou outros ttos urgentes. Exceção à reidratação que pode resolver os sinais gerais de perigo e não necessitar de encaminhamento. Atenção às doenças de notificação compulsória! (AIDS, cólera, coqueluche, hanseníase, paralisia infantil, raiva humana, sifilis congênita, TB, etc...).
Resumo na avaliação e classificação de uma cça de 2m a 5a de idade:
Perguntar à mãe/ acompanhante o problema da cça!
Se segunda consulta, encaminhar!
Se consulta inicial: verificar os sinais gerais de perigo!
Perguntar à mãe sobre tosse ou dispnéia, diarréia, febre e problema de ouvido.
Na presença de um desses, avaliar e identificar sinais relacionados com o principal, e classificar a doença de acordo com os sinais presentes/ausentes.
Verificar se há sinais de desnutrição ou anemia; classificar o estado nutricional!
Verificar e avaliar o desenvolvimento...
Verificar o estado vacinal e decidir se necessita alguma vacina nesse dia!
Avaliar qualquer outro problema (completar ex. físico).
Determinar o tto, tratar a cça e aconselhar a mãe.
DEFICIÊNIA DE FERRO E ANEMIA NA INFÂNCIA
Anemia: condição na qual os níveis de hemoglobina (Hb) circulante estão abaixo dos valores considerados normais para a idade, sexo, estado fisiológico e altitude.
*Pontos de corte da OMS para definir anemia (a nível do mar):
- crianças 6-14 anos: 12g/dl
- homens>14 anos: 13g/dl
- mulheres>14 anos, não grávidas: 12g/dl
- mulheres>14 anos, grávidas: 11g/dl
	#A deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia e é a carência nutricional específica mais prevalente.
	#Cada indivíduo tem um nível ótimo de hemoglobina; uma vez atingido esse nível, a ingestão de Fe adicional não se acompanha de elevação da hemoglobina.
*Estágio um: depleção suave de ferro: ocorre quando o aporte de ferro é insuficiente para suprir a demanda, levando a uma redução dos depósitos de Fe na medula óssea, baço e fígado. Não há repercussões clínicas.
*Estágio dois: deficiência de ferro sem anemia (começam a aparecer alterações bioquímicas e/ou clínicas).
*Estágio três: anemia: só aparece quando a deficiência de ferro é suficientemente importante e prolongada.
Determinantes da anemia:
*Determinantes estruturais: baixa renda, baixa escolaridade dos pais estão diretamente relacionados à maior prevalência de anemia nas crianças.
*Determinantes relacionados ao ambiente inato:
>Consumo alimentar de Fe:
-Práticas alimentares da família: dieta com pouca quantidade de ferro ou com ferro com baixa biodisponibilidade.
-A quantidade de Fe no leite materno é suficiente para suprir as necessidades nas crianças até seis meses, em crianças a termo, graças às suas reservas de ferro. A partir dos seis meses, as reservas se esgotam, havendo necessidade de outras fontes. Crianças pré-termo e com baixo peso ao nascer têm menos reservas e precisam de suplementação com ferro antes dos seis meses.
-Biodisponibilidade do Fe: quanto do Fe ingerido é absorvido e disponibilizado para o metabolismo. O ferro mais bem aproveitado é o do leite materno, com biodisponibilidade de até 70% quando em amamentação exclusiva. Se outros alimentos forem ingeridos pela criança, essa biodisponibilidade pode reduzir em até 80%!Por isso é importante a amamentação exclusiva até os seis meses de idade.
-o Fe nos alimentos apresenta-se sob as formas heme (orgânico) e não-heme (inorgânico). O Fe heme é encontrado nas carnes e vísceras, é mais bem absorvido (40%) e sofre pouca influência de fatores inibidores da dieta. O Fe não-heme é encontrado em produtos de origem vegetal (feijão, lentilha, soja, vegetais verde-escuro) e alguns de origem animal (leite, ovos), são menos absorvidos (10%) e sofre muita influência de outros componentes da dieta – tecidos animais, frutose e ácido ascórbico favorecem a absorção; ovos, leite, chá, mate, café, dificultam a absorção; cereais integrais têm efeito inibitório pela presença de fitatos e não das fibras; o leite inibe a absorção de ferro heme e não-heme pela presença de cálcio, caseína e proteínas do soro; espinafre, chás e cafés contêm polifenóides, que inibem a absorção do Fe.
- O alto consumo de leite de vaca tem sido apontado como um dos fatores explicativos para a alta prevalência de anemia na infância.
-A densidade de Fe recomendada nos alimentos complementares é de 4mg/100 kcal p/ crianças de 6 a 8 meses, 2,4mg/100kcal dos 9 aos 11 meses e 0,8mg/100kcal dos 12 aos 24 meses.
-Outros fatores: crianças com dois ou mais irmãos menores de 5 anos; tempo transcorrido entre o parto e o clampleamento do cordão umbilical (clampleamento imediato = menos reservas de Fe = desenvolvimento precoce de anemia).
*Determinantes individuais: crianças entre 6 e 24 meses têm maior risco para anemia devido ao crescimento e desenvolvimento acelerados, à maior prevalência de diarréias e infecções respiratórias nessa idade (infecções reduzem a produção de hemoglobina e a absorção de Fe); baixo peso ao nascer; desnutrição; deficiência de vitamina A (por estar envolvidas no metabolismo do Fe). As parasitoses são muito relacionadas ao aparecimento de anemia, mas, em crianças menores de cinco anos, não são muito prevalentes e, por isso, não têm contribuído significativamente para a gênese da anemia.
Repercussões clínicas:
- Dependem do grau de anemia. Pode haver palidez, taquicardia, fadiga, instabilidade, anorexia, déficit de crescimento, atraso no desenvolvimento, diminuição da resistência a infecções (por depressão do sistema imunológico), baixo rendimento acadêmico na idade escolar (diminuição da capacidade cognitiva, falta de memória, baixa concentração mental), diminuição da forçamuscular e atividade física pelo baixo aporte de oxigênio aos tecidos); pode haver sopro cardíaco e insuficiência cardíaca nos casos mais graves. Aberrações do apetite, como desejo de comer terra (geofagia) são achados freqüentes. 
Diagnóstico:
- Geralmente laboratorial, já que os sintomas só são evidentes na doença avançada. 
-Dosagem de hemoglobina e hematócrito. Na fase inicial da anemia ferropriva, as hemácias podem ser normais. Com a evolução do quadro, elas tornam-se hipocrômicas, microcíticas e, muitas vezes, apresentam alterações na sua forma. O volume corpuscular médio (VCM) e a concentração de hemoglobina corpuscular médio (CHCM) estão diminuídos.
*Exames para aferição do grau de deficiência de ferro: ferro sérico, saturações da trasferina, ferritina sérica, volume corpuscular médio, protoporfisina eritrocitária livre.
*Recomenda-se que os testes para avaliação de anemia não sejam realizados até 2 ou 3 semanas após um processo infeccioso ou com história de vacinação recente da criança.
Tratamento:
- Objetivos: corrigir os níveis baixos de hemoglobina circulante, repor as reservas de ferro do organismo.
- institui-se o tratamento com ferro na presença de níveis baixos de hemoglobina, já que teses laboratoriais mais específicos são muitos caros e, às vezes, não estão disponíveis.
- Os sais ferrosos são os mais indicados para o tratamento: sulfato ferroso (20% de Fe), VO, 3 a 5mg de ferro elemento/kg/dia, em 2 ou 3 doses ao dia. A introdução do Fe deve ser gradual para evitar os efeitos colaterais (náuseas, vômitos, dor epigástrica, cólicas abdominais, constipação intestinal ou diarréia e flatulência). 
-Recomenda-se tomar 1h antes das refeições, de preferência acompanhado de suco rico em vitamina C para facilitar a absorção. Não deve ser ingerido junto com complexos poli-vitamínicos (pela interação com cálcio, fósforo e zinco, que podem interferir na absorção), nem com alimentos que diminuam sua biodisponibilidade.
- A resposta ao tratamento é rápida e sua duração depende do grau da anemia. Os níveis de hemoglobina começam a subir em 1 ou 2 semanas. Depois de as taxas se normalizarem, tratamento deve ser mantido por pelo menos 6 semanas, visando à reposição das reservas orgânicas de Fe.
- O insucesso do tratamento pode ter várias causas: diagnóstico incorreto, anemia mista (deficiência de folatos ou vitamina B12), dosagem inadequada, falta de adesão ao tratamento (muito comum), má absorção ou má utilização do Fe, nas infecções crônicas e neoplasias.
-Lembrar que, em um pequeno número de indivíduos, os níveis de hemoglobina estão abaixo da média, sem que isso signifique doença.
Prevenção
-Assistência pré-natal e ao parto, com suplemento adequado de Fe para gestantes, para evitar baixo peso e prematuridade.
-Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e retardamento da introdução do leite de vaca na dieta do lactente.
-Orientação alimentar e utilização de alimentos infantis fortificados com ferro.
-Tratamento de parasitoses, quando presentes.
-Suplementação com sulfato ferroso para grupos de alto risco.
Alimentação da Criança Pequena
- Alimento complementar: qualquer alimento nutritivo, sólido ou líquido, diferente do leite materno oferecido à criança amamentada. 
- “Alimentos de desmame”: expressão evitada, pois pode gerar confusão quanto ao objetivo que é o de complementar o leite materno e não de substituí-lo, provocando o desmame.
Época de Introdução da Alimentação Complementar
	Recomenda-se em torno dos 6 meses, antes não oferece vantagens e pode ser prejudicial à saúde da criança. As crianças que mamam exclusivamente até os 6 meses adoecem menos de infecção intestinal e não apresentam déficits de crescimento. 
	A introdução precoce provoca aumento da morbimortalidade, especialmente em locais com condições precárias de higiene. 
	Introduzindo alimentos complementares, a criança passa a ingerir menos leite materno, recebendo menos fatores de proteção e representam uma fonte de contaminação. 
	Avaliando a função motora oral, fisiologia reprodutiva materna, o sistema imunológico e a função GI do bebê, a idade que as crianças estão prontas para iniciar a alimentação complementar é 6 meses ou mais.
	Recomenda-se também o adiamento da introdução de alimentos considerados altamente alérgenos: leite de vaca só após 9-12 meses; ovo, amendoim, nozes e peixe só depois de 1 ano quando houver história familiar de alergia alimentar; mel após 1 ano para reduzir o risco de botulismo. 
	Em casos individuais, pode estar indicada a introdução de alimentos complementares antes dos 6 meses, como quando a criança não está crescendo satisfatoriamente com leite materno exclusivo. Porém, as curvas de crescimento são baseadas em crianças alimentadas artificialmente que apresentam um crescimento superior às crianças amamentadas; logo, o uso acrítico dos padrões de crescimento pode levar à complementação desnecessária. 
Qualidade dos Alimentos Complementares
Calorias: O conteúdo energético do leite materno nos países desenvolvidos é maior do que nos países em desenvolvimento, assim as crianças destes países requerem mais energia proveniente dos alimentos complementares. A criança possui um mecanismo de auto-regulação de ingestão diária de energia, comendo quantidades menores de alimentos muito calóricos. A capacidade gástrica da criança pequena é de 30-40 mL/kg de peso. A energia procedente de gorduras deve suprir de 30-45% da ingestão total de energia de crianças menores de 2 anos. Grande parte proveniente do leite materno, adicionando o alimento complementar, variando a porcentagem de cada um, dependendo da concentração de gordura no leite materno. Em geral a dieta das crianças brasileiras menores de 2 anos é adequada quanto às calorias, entretanto a densidade energética é baixa. 
Proteínas: As proteínas de mais alto valor biológico e de melhor digestibilidade são do leite materno e de origem animal (carne, leite, ovos), também combinações de vegetais, como arroz com feijão. A dieta das crianças brasileiras menores de 2 anos contém quantidades de proteínas acima das recomendadas e aumenta com a idade. 
Ferro: A pequena quantidade de ferro recebida pelo leite materno é suficiente para a criança nascida a termo nos primeiros 6 meses de vida devido as suas reservas. Quando elas se esgotam, há a necessidade de suplementação de ferro através dos alimentos complementares. O ferro contido no leite materno tem um aproveitamento de 70% quando a amamentação é exclusiva. O ferro de origem animal é absorvido até 22% e o de origem vegetal de 1-6%. Crianças pequenas têm dificuldade de consumir alimentos ricos em ferro, como fígado, carnes, peixes, precisando de suplementação com ferro medicamentoso e consumo de alimentos ricos em vit. C nas refeições que aumenta a quantidade de ferro absorvido. 
Zinco: A densidade e a biodisponibilidade do zinco é maior nos produtos de origem animal (fígado, peixe seco e gema de ovo) e os produtos vegetais (cereais e legumes) costumam ser pobres. 
Vitamina A: Em áreas endêmicas de deficiência de vit. A, com baixa concentração no leite materno, o alimento complementar é importante fonte. A absorção é prejudicada quando a dieta é pobre em gordura. Pode-se fazer a suplementação da mãe cm vit. A ou ingestão pela criança de alimentos ricos nessa vit. (fígado, gema de ovo, produtos lácteos, folhas verde-escuras, vegetais e frutas de cor laranja).
Vitamina D: Sem exposição pós-natal à luz do sol, os estoques de origem fetal são depletados em 8 semanas em bebês amamentados exclusivamente ao seio. Bebês com pigmentação escura da pele podem requerer de 3-6x a exposição de bebês de pele clara para produzir a mesma quantidade de vit. D. Bebês amamentados requerem suficiente exposição à luz solar ou suplementação para evitar deficiência. Quantidade de luz solar necessária para prevenir a deficiência de vit. D: 0,5 a 2h/semana (17 min/dia) com exposição apenas da face e mãos do bebê e 30 min/semana (4 min/dia) se o bebê estiver apenas de fraldas. 
Fibras:Ajudam a regular o funcionamento do intestino e o nível de gorduras no sangue. Recomenda-se a ingestão de 0,5g/kg de peso/dia 
Quantidade e freqüência da alimentação complementar
Devem-se oferecer, inicialmente, pequenas quantidades dos alimentos complementares, as quais devem ser aumentadas gradativamente. Os novos alimentos devem ter intervalo de 3 a 7 dias para observação de possíveis reações adversas. Em média, são necessárias 8-10 exposições a um novo alimento para q seja aceito pela criança.
É importante salientar que as freqüências das mamadas ao seio não deve ser alterada em função da introdução da alimentação complementar.
- do oitavo mês em diante a criança deve receber alimentação variada.
- evitar refeições volumosas em crianças amamentadas.
- freqüência da alimentação complementar depende: do valor energético dos alimentos, do quanto que a criança mama e do tamanho da criança.
- a OMS recomenda iniciar a alimentação complementar com 3 refeições diárias, as quais devem ir aumentado de forma que com 12 meses sejam 5 refeições diárias.
- já a criança não-amamentada ou amamentada infrequentemente deve ser receber alimentos complementares 5 x/dia desde os seis meses.
- alimentos devem ser macios (amassados), mas nem tanto (não bater no liquidificador).
- sopas não sustentam!
- com oito meses já é adultinho e pode comer todos os alimentos consumidos pela família (amassados e sem muito tempero).
- não se sabe qual melhor horário de oferecer os alimentos complementares se antes/depois da amamentação.
- aconselha-se amamentar depois da alimentação complementar para que a criança aprenda melhor novos sabores e texturas e também não se devem misturar muitos alimentos para não prejudicar esse aprendizado.
Práticas de higiene dos alimentos complementares
- para evitar diarréias.
- temperatura ambiente favorece proliferação de bactérias patogênicas.
- lavar as mãos com sabão!
-consumo de alimentos frescos.
- guardar alimentos perecíveis na geladeira, ou consumi-los em no máximo 2 horas.
-lavar os alimentos crus.
- cozimento adequado.
- proteção dos utensílios de baratas, ratos, poeira.
Fatores que facilitam/dificultam uma alimentação complementar adequada
São eles: apetite/anorexia; variedade/monotonia; sabor/aroma.
- deve-se encorajar a criança a comer na hora das refeições. Não forçar a alimentação. 
- quando a criança está anorética devem-se oferecer alimentos prediletos e com alta densidade energética.
- no período de convalescença de um processo infeccioso o apetite da criança aumenta (oferecer mais alimentos, principalmente protéicos e de alto valor energético).
- evitar dar alimentos com alta densidade energética, pois limitam a ingestão de uma dieta variada já q a criança estará satisfeita.
- o leite materno varia à medida q a lactação progride, vai ficando mais salgado, isso pode facilitar a aceitação dos alimentos complementares no tempo certo.
Como ofertar os alimentos complementares
- utilizar colher e copo (mamadeiras não, por ser fonte de infecção e confundir a técnica de sucção)
- não adicionar açúcar e usar sal com moderação.
- usar óleo vegetal (soja, canola...) para formação do sistema nervoso.
Alimentação da criança não-amamentada
- as fórmulas lácteas (leites modificados) devem ser utilizadas ou leite integral em pó ou líquido, pasteurizado ou longa-vida (na geladeira, no máx 24h).
- o leite pasteurizado deve ser mantido refrigerado mesmo antes de aberto e deve ser fervido antes do consumo.
- nunca oferecer sobras da refeição anterior.
- o leite de vaca integral (mesmo diluído) não dever ser utilizado, pois: pouco ferro, perda de sangue pelas fezes, elevado teor de eletrólitos e proteínas, exposição à proteína heteróloga podendo originar doenças alérgicas; pobre em algumas vitaminas e ácido linoléico; predisposição da obesidade, dor abdominal recorrente e catarata. OBS: se não tiver alternativa dar 100 ml de suco de laranja e água 3x por dia.
Considerações finais
- não estabelecer horários rígidos para a amamentação.
- não oferecer chás, sucos antes dos 6 meses.
- é errada a não-valorização da amamentação no 2º ano de vida
IDENTIFICAÇÃO DO TRATAMENTO
1. Determine se é necessário referir urgentemente:
1.1 Referir urgentemente quando a criança tiver:
Pneumonia grave ou doença muito grave
Desidratação grava
Diarréia persistente grave (não é urgente)
Malária grave ou doença febril muito grave
Doença febril muito grave
Mastoidite
Desnutrição grave
Anemia grave
Qualquer sinal geral de perigo ou outro problema grave
2. Identifique os tratamentos para os doentes que não precisam ser referidos com urgência ao hospital
2.1 Quando retornar imediatamente:
Para qualquer criança doente: não consegue beber nem mamar no peito; piora do estado geral; aparecimento ou piora da febre.
Para criança com tosse ou dispnéia, retornar se piorar a: dispnéia; taquipnéia
Para criança com diarréia: sangue nas fezes; dificuldade de beber.
3. Dê o tratamento urgente antes de referir ao hospital:
Administre um antibiótico recomendado
Administre artemeter ou quinina para a malária grave
Administre vitamina A
Trate a criança para prevenir a hipoglicemia
Administre um antimalárico por via oral
Administre antitérmico/analgésico para a febre alta (38,5ºC ou mais) e dor
Dê solução de SRO para que a mãe ofereça durante o trajeto para o hospital
TRATAMENTO DA CRIANÇA
Selecionar o medicamento oral apropriado e identificar a dose e o plano de tratamento:
1.1. As crianças que tem sinais das seguintes classificações necessitam de um antibiótico:
-pneumonia grave ou doença muito grave (qndo não disponível o injetável)
-pneumonia
-desidratação grave com cólera na região
-disenteria
-malária grave ou doença febril muito grave (qndo não disponível o injetável)
-mastoidite (qndo não disponível o injetável)
-infecção aguda do ouvido
 
Antibióticos orais recomendados, para:
a)pneumonia ou infecção aguda de ouvido:
1ª opção: amoxacilina 50 mg/kg/dia de 8/8 horas durante 7 ou 10 dias
2ª opção: eritromicina – 40 mg/kg/dia de 6/6 horas durante 7 a 10 dias
A penicilina procaína pode ser considerada se o paciente não tolera a via oral;
b) disenteria: dar um antibiótico recomendado para a região contra Shigella
1ª opção: ácido nalidixico – 40 mg/kg/dia, de 6/6 horas durante 5 dias.
c) cólera: dar um antibiótico recomendado para a região contra a cólera
1ª opção: eritromicina ou furazolidona – 40mg/kg/dia ou 7 mg/kg/dia de 6/6 horas, durante três dias
*para doença muito grave, doença febril muito grave ou mastoidite usa-se os antibióticos orais se não tiver disponível IM.
1ª opção: amoxacilina
2ª opção: eritromicina
1.2. Dar analgésico/antitérmico para febre alta (38,5°C ou mais) ou dor de ouvido
PARACETAMOL OU DIPIRONA 10 mg/Kg/dose
Idade ou peso	Paracetamol gotas(1ml/200mg) 	Dipirona gotas(1g/ 2kg/dose)
2 a 11 meses (6-9 Kg) 		6 a 9 				3 a 4
1 a 2 anos (10-14 Kg) 		10 a 14 			5 a 7
3 a 4 anos (15-19 Kg) 		15-19 				8 a 10
1.3. Crianças com desnutrição grave dar uma única dose de vitamina A se ela não tiver recebido nos últimos 30 dias
1.4. Dar uma dose de ferro durante 14 dias, no intervalo das refeições, junto com suco de frutas cítricas, para uma criança com palidez palmar durante dois meses, informar que as fezes irão ficar escuras.
1.5. Dar mebendazol na dose 100mg ou cinco ml 2 vezes ao dia por 3 dias:
*se ancilóstomo ou tricocéfalos forem problema entre as crianças da região e
*a criança tiver um ano de idade ou mais e
*a criança não tiver recebido nenhuma dose nos últimos 6 meses.
1.6. As crianças em convalescença de DIARRÉIA PERSISTENTE devem receber suplementação de polivitaminas (vit A e ácido fólico) e sais minerais (zinco, cobre e magnésio) na quantidade que corresponda pelo menos a duas Ingestões Diárias Recomendadas (IDR).
1.7. Tratar a malária, se: 
P. Falciparum: mefloquina+primaquina
P. Vivax: cloroquina+primaquina
Obs: alguns cuidados no TTO oral antimalárico:
Explicar à mãe que ela deve prestaratenção à criança durante 30 minutos após administrar uma dose de cloroquina. Se a criança vomitar dentro de 30 minutos, ela deve repetir a dose.
Explicar à mãe que reações adversas provocadas pela quinina podem ser boca amarga, zumbido, tontura, tremores e visão turva. Esclarecer que uma reação adversa normal dos medicamentos é o prurido.
Polígrafo AIDPI PARTE III (TRATAMENTO DA CRIANÇA)
Tratamento de infecções em casa
1-Secar o ouvido a fim de evitar otite:
-Secar o ouvido da criança aos menos três vezes ao dia
-usar um lenço de papel ou pano absorvente, enrolando-o e fazendo uma mecha.
-coloque ate secar o ouvido da criança
2- Acalmar a tosse com medidas caseiras:
-leite do peito para menores de seis meses
-mel de abelha ou outros chas aceitos para acima de 6 meses
Em casa não se deve usar: antiinflamatórios (Cataflan em menores de 12 anos da a síndrome de Steven Johnson/ antiinflamatório recomendado para crianças ibuprofeno.), sedativos de tosse e expectorantes, descongestionantes nasais ou orais, antigripais. 
Prova:
3- Tratar diarréia em casa (Plano A do tratamento da diarréia). Indicado quando não houver desidratação
-dar líquidos adicionais: Amamentar com mais freqüência e por mais tempo; pode dar SRO; se a criança não mamar exclusivamente no peito pode se dar caldos, água de arroz, soro caseiro)
Quantidade de líquidos adicionais a dar em casa a mais que os liquidos habituais:
	Ate um ano
	Dar 50 a 100 ml depois de cada evacuação aquosa
	1 ano ou mais
	100 a 200 ml depois de cada evacuação aquosa
Deve-se administrar pequenos goles em uma xícara ou colher. Se a criança vomitar esperar 10 minutos e começar, porem mais lentamente.Continuar dando líquidos adicionais ate a diarréia cessar.
-continuar a alimentação:
Procurar cuidados especiais, unidade básica quando: não conseguir beber e nem mamar no peito, piorar o estado geral, aparecer ou piorar febre, sangue nas fezes.
4- Administração de medicamentos na unidade de saúde (antes de ser encaminhada ao hospital)
- antibiótico IM, se não for possível VO: de escolha pen G
Vai precisar se: não é capaz de beber ou mamar no peito; vomita tudo o que ingere, tem convulsões, esta letárgica e inconsciente, tem sinal de doença grave.
 -não consegue beber e nem mamar
-vomita tudo que ingere
-letárgica ou inconsciente
-convulsões
-Quinina IM para malaria grave: 
Febre elevada: para baixar febre elevada deve-se dar banho de compressas com água morna e não administrar medicamentos orais enquanto existir risco de aspiração.
 -Leite materno ou água açucarada para prevenir hipoglicemia:
Se consegue beber no peito: amamentar
Se não consegue mamar no peito, mas consegue engolir: dar leite materno ou senão tiver dar água açucarada (30 a 50 ml)
Se não consegue engolir: dar 50 ml de agra açucarada através de sonda nasogastrica ou conta- gotas.
-Vitamina A
Prova:
-Administrar um bronco dilatador por via inalatória em caso de sibilancia, dificuldade respiratória: 
Caso tenha urgência respiratória: de um broncodilatador de ação rápida e mande para hospital
Caso não tenha: de um broncodilatador de ação rápida ( nebulizar a cada 20 minutos, no Maximo 3 vezes.No maximo três nebulizações com Berotec- beta 2 de curta- , intervalo de 20 minutos entre cada uma e avaliar a criança no intervalo de cada. Se a criança estiver bem na primeira nebulização não precisa fazer as demais
	nebulizaçao
	tempo
	dose
	Dose max
	
Salbutamol /fenoterol
5mg/ml
	
20 a 30 minutos
	1 gota para cada 3 kg 
Diluída em 4 a 5 ml soro
	
10 gotas
- em caso de convulsões: diazepan retal ou IV
- em caso de diarréia: líquidos adicionais para diarréia e continuar alimentação
Plano A- tratar diarréia em casa ( acima)- não há desidratação
Plano B- tratar diarréia com SRO(soro de reposição oral)- Quando há desidratação.
 As crianças devem permanecer na unidade básica ate reidratação completa, durante um período de 4 horas ate administrar a quantidade de SRO recomendada.
SRO administrada nas 4 primeiras horas:
	ATE 4 MESES
	4 A 11 MESES
	12 MESES A 2 ANOS
	2 A 5 ANOS
	<6 kg
	>6 e <10 Kg
	> 10 e <12 kg
	>12 e <19 Kg
	200 a 400 ml de SRO
	400 a 700 ml
	700 a 900 ml
	900 a 1400 ml
Só usar idade da criança quando desconhecer o peso!se a criança quiser mais do que a quantidade indicada, dar mais.
Como administrar SRO: 
-pequenos goles, com copo ou colher
-em caso de vomito, esperar 10 minutos e continuar, mais lentamente.
- se possível alimentar a criança.
Durante a reposição com SRO continuar alimentando e dando líquidos adicionais.
Plano C- tratar rapidamente a desidratação grave- desidratação grave
Por líquidos por VI ou sonda nasogastrica. Essa hidratação tem duas fases:
FASE RAPIDA OU EXPANSAO: líquidos por IV, dura no máxima 4 horas(primeiras duas horas: IV e duas horas posteriores IV adicional se ainda houver sinais de desidratação).
Se houver vômitos repetidos ou expansão abdominal deve-se diminuir a oferta de líquidos!
FASE DE MANUTENÇAO E REPOSIÇAO: a fase de manutenção é para cobrir perdas normais e a de reposição deve compensar diarréias e vômitos. O paciente deve ser alimentado e receber SRO e a quantidade por VI deve ser diminuída progressivamente, conforme for aumentando a alimentação e a SRO.
Para manutenção:
	Ate 10 kg
	De 10 a 20 kg
	 Acima de 20 kg
	100 ml por kg
	1L +50 ml por kg para cada Kg acima de 10 kg
	1,5L + 20 ml por kg para cada kg acima de 20 kg
-em caso de diarréia persistente:
requer alimentação especial e vitaminas e sais minerais.
- em caso de desenteria:
Antibiótico VO contra shiguella quando houver comprometimento do estado geral. Deve regressar em 2 dias para avaliação.
Criança com menos de 2 meses
Avalie e classifique a criança com menos de 2 meses
Reconhecer as crianças que estão desenvolvendo uma doença muito grave ou uma possível infecção bacteriana grave, os sinais clínicos podem ser sutis como “não vai bem” ou “não mama o peito”, até sinais neurológicos graves como convulsões ou dificuldade respiratória.
Se suspeitar que a criança com menos de 2 meses está com doença muito grave ou possível bacteriana grave iniciar antibiótico urgentemente e referir para centro especializado, não perder tempo com outros exames complementares.
SEPSIS - síndrome clínica que se manifesta por sinais clínicos de infecção sistêmica (vai mal, não pode mamar o peito, letárgico, dificuldade respiratória, hipotermia) geralmente de etiologia bacteriana. As bactérias mais comuns em hemoculturas: estreptococo do grupo B, estafilococo aureus, estafilococo epidermidis, escherichia coli, enterococo. Se não tratada rapidamente pode evoluir com meningite ou morte. Antibioticoterapia e referir para hospital URGENTEMENTE
MENINGITE - inflamação das meninges, com alteração do LCR e que afeta principalmente as crianças menores de dois anos de idade. Diversos patógenos, Haemophilus influenzae, E. coli e Estafilococos são os mais freqüentes. Os sinais principais são: febre, vômitos, convulsões, não pode beber ou mamar, letargia ou inconsciência. Algumas crianças podem ter rigidez de nuca e fontanela abaulada.
Pergunte à mãe quais são os problemas que a criança apresenta. Determine se é um atendimento inicial ou de retorno. Se grave, refenciar para hospital e não avaliar amamentação.
Verifique se há infecção bacteriana ou doença muito grave
Procuraremos por sinais de infecção bacteriana (pneumonia, septicemia e meningite) ou outras doenças graves (por exemplo anemia hemolítica do recém nascido).
A criança tem convulsões?
Tremores, “ataques” ou espasmos durante a doença atual. Lembrar que crianças nessa faixa etária não têm convulsões como crianças maiores.Pode ser tremor de uma perna, braço ou movimentos de mastigação.Se não passar ao próximo passo, se sim avaliar letargia ou inconsciência.
A criança consegue se alimentar?
Um dos principais sintomas de doenças bacterianas em crianças é não conseguir mamar no peito ou beber nenhum liquido que lhe ofereça
A criança vomita tudo que ingere?
Pode ser sinal de infec intestinal,sepsis, meningite, intolerância ao leite ou doença obstrutiva de tratamento cirúrgico de urgência (atresia intestinal ou obstrução intestinal)
Observar se a criança está letárgica
Sinal de doença grave que requer tratamento de urgência. “a criança não vai bem”
Observar se a criança tem apnéia
Comum em menores de 15 dias de vida e prematuras. Não há movimentos respiratórios por 20 segundos e FC menor que 100, com ou sem cianose. Pode ser por causa central ou obstrução temporária de vias aéreas.
Observar freqüência respiratória da criança
Se > ou = 60 mrp então há taquipnéia ou respiração rápida.
Observar tiragem subcostal
È comum em crianças menores de 2 meses. A criança deve estar tranqüila e deve haver tiragem todo o tempo.
Observar se há batimento de asa de nariz
Indica dificuldade respiratória grave
Observar se há gemido
O gemido EXPIRATÓRIO (estridor) indica doença grave ou infecção respiratória (nariz., laringe, traquéia, brônquio e pulmões).
Observe a pele (cianose, palidez ou icterícia)
Cianose – se acrocianose (boca e extremidades) freqüentemente está normal. Se for cianose generalizada é doença grave e tratar urgentemente.
Palidez – avaliar palma da mão para procurar anemia ou caso não seja possível realizar hemoglobina e hematócrito. Sangramentos nos 1ºs dias de vida pode ser por deficiência de vit K (Doença Hemorrágica do Recém Nascido)
Icterícia - A icterícia tornase visível a partir de níveis séricos de bilirrubina ao redor de 5 a 6 mg/dl. Além da intensidade, os níveis séricos de bilirrubina relacionam-se com a progressão craniocaudal da icterícia, isto é, ela se inicia na face (zona1), tórax até o umbigo (Zona 2) , abdome (zona 3), depois para os membros, excetuando-se os pés e as mãos (zona 4) e, finalmente, até a palma das mãos e a planta dos pés (zona 5), quando os níveis estão bastante elevados, segundo classificação proposta por Kramer. Se zona 3 ou mais ou de inicio precoce é grave e deve ser tratada urgentemente. A icterícia tem características patológicas se: a) Icterícia de aparecimento precoce; b) a concentração sérica de bilirrubina aumenta mais de 5 mg/dl/dia; c)fração direta excede 2mg/dl; d) o nível sérico total excede 15 mg/dl; e) se a icterícia persiste clinicamente por mais de uma semana no recém-nascido de termo ou duas semanas no prematuro. Se não preencher critérios é icterícia fisiológica do recém-nascido e deve ser observada
Observar e palpar fontanela
A criança não deve estar chorando.Se estiver abaulada é sinal de inf bacteriana grave.
Observar se há febre ou hipotermia
Medir tª axilar. Qualquer uma das duas indica doença grave
Observar se há secreção em olhos ouvidos ou nariz
Se há secreção no umbigo é onfalite, sua gravidade é dada pela extensão do eritema.Principalmente estafilococos devido má assepcia ou instrumentos contaminados para cortar cordão umbilical
Secreção nos olhos purulenta é conjuntivite que se for nos 3 primeiros dias é por transmissão de doenças venéreas da mãe (gonococo e clamídia). Secreção purulenta bilateral e edema intenso é grave e tratar imediatamente. Usa-se nitrato de prata para prevenir credenização.
Se há secreção no ouvido é sinal de infecção grave. Verificar se a mãe não secou anteriormente.
Observar pústulas 
Se houver pústulas extensas e numerosas é sinal de infecção bacteriana grave.
Verificar se a criança se movimenta menos que o normal
Observar se há dor a manipulação
Sinal de infecção bacteriana grave (artrite séptica ou sífilis congênita)
SINAIS CLASSIFIQUE TRATE
	• Convulsões ou não consegue
alimentar-se ou vomita tudo?
• Letargia ou inconsciência.
• Apneia.
• Respiração rápida (60 ou + rpm)
• Tiragem subcostal grave.
• Batimento das asas do nariz.
• Gemido.
• Cianose ou palidez intensa
• Icterícia visível abaixo do umbigo ou
visível nas primeiras 24 horas de vida
(precoce).
• Fontanela abaulada.
• Secreção purulenta no ouvido.
• Eritema umbilical se extende a pele.
• Secreção purulenta conjuntival com
edema palpebral intenso
• Febre (37,5°C ou mais) .
• Temperatura baixa (35,5°C ou -).
• Pústulas na pele e extensas.
• Movimenta-se menos que o normal
• Dor a manipulação
	POSSÍVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE
OU
DOENÇA MUITO
GRAVE
	• Dê a primeira dose de
antibiótico recomendado.
• Previna e trate a
hipoglicemia.
• Recomende à mãe a
manter a
criança agasalhada.
• Refira URGENTEMENTE ao
hospital.
• Recomende à mãe a
continuar amamentando.
	• Umbigo eritematoso.
• Umbigo com secreção purulenta.
• Pústulas na pele
• Secreção purulenta conjuntival.
	INFECÇÃO
BACTERIANA
LOCAL
	• Administre um antibiótico
recomendado por sete dias
• Ensine a mãe a cuidar das
infecções locais em casa.
• Oriente a mãe como tratar a
criança em casa.
• Marque retorno em dois
dias.
Avalie a diarréia
Lembrar que as fezes de lactentes são normalmente amolecidas e não devem ser interpretadas como diarréia.Considerar quando a mãe refere mudança da textura e freqüência das fezes.
A criança tem diarréia?
Se a mãe responder que sim avalie desidratação, diarréia persistente ou desinteria
Há quanto tempo?
Se menos que 14 dias é aguda. Se mais que 14 é persistente.
Há sangue nas fezes?
A causa mais comum de diarréia com sangue nessa faixa etária é a doença hemorrágica do RN, secundária a deficiência de vitamina K. Em crianças maiores de 15 dias o sangue nas fezes pode ser secundária a fissuras anais ou por intolerância ao leite de vaca. A disenteria não é comum nessa idade, mas caso suspeite de shiguella, dê tratamento adequado. Nesta faixa etária todas as crianças com sangue nas fezes devem ser referidas para investigação urgentemente.
SINAIS CLASSIFIQUE TRATE
	• Dois dos sinais que se
seguem:
• Letárgica ou inconsciente.
• Olhos fundos.
• Não consegue mamar
• Sinal da prega: a pele volta
muito e lentamente ao estado
anterior.
	DESIDRATAÇÃO
GRAVE
	• Se a criança não estiver com
nenhuma POSSÍVEL
INFECÇÃO BACTERIANA
GRAVE ou DOENÇA GRAVE:
• Inicie Terapia EV (Plano C) OU
• Se a criança estiver também com
POSSIVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE:
• Refira URGENTEMENTE ao
hospital com a mãe
administrando-lhe SRO.
freqüentes durante o trajeto.
• Recomende a mãe a continuar
a amamentação ao peito.
	Dois dos sinais que se seguem:
• Inquieta, irritada.
• Olhos fundos.
• Sinal da prega: a pele volta
lentamente ao estado anterior.
	DESIDRATAÇÃO
	• Dê líquidos e alimentos na
unidade de saúde (Plano B).
• Se a criança estiver também com
POSSÍVEL INFECÇÃO
BACTERIANA GRAVE:
• Refira URGENTEMENTE
ao hospital com a mãe
administrando- lhe SRO.
Freqüentes durante o trajeto.
• Recomende a mãe a continuar
a amamentação ao peito.
	Não há sinais suficientes para
classificar como desidratação
ou desidratação grave.
	SEM
DESIDRATAÇÃO
	• Dê líquidos para tratar a
diarréia em casa (Plano A).
	• Está com diarréia há 14 dias
ou mais
	DIARRÉIA
PERSISTENTE
GRAVE
	Se a criança estiver desidratada
trate a desidratação antes de
referir a criança a não ser que
a criança tenha uma POSSÍVEL
INFECÇÃO BACTERIANA
GRAVE OU DOENÇA GRAVE.
• Refira ao hospital.
	• Sangue nas fezes
	DISENTERIA
	Dê a primeira dose de um
antibiótico recomendado.
• Refira ao hospital.
Atenção à criança de uma semana até dois meses: Polígrafo AIDPI – parte IV
Crianças nessa faixa etária adoecem e morrem rapidamente por infecções. Em geral, apresentam sinais de perigo, como hipoatividade, febre ou ainda temperatura corporal baixa. A tiragem costal por si só não é sinal de perigo, exceto quando for muito exacerbada, pois se trata de uma musculatura torácica muito delgada.
	
Avaliando a criança:
Verifique se há possível infecção bacteriana e classifique-a:
 
Se sim, complete:
Avalie a diarréia e classifique-a:
Se sim: 
Avalie a alimentação. Avalie a amamentação. Avalie se há baixo peso:
Se sim

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