Buscar

Roteiro prático - Sinais meníngeos; Manobras de força muscular e Coordenação, Reflexos.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Os sinais de Kernig, Brudzinski e de Lasègue são
sinais que o corpo dá quando são realizados determinados
movimentos, que permitem detectar uma meningite.
Sinal de Kernig
Com a pessoa em decúbito dorsal (deitada de
barriga para cima), o profissional de saúde segura a coxa
do paciente, fletindo-a sobre o quadril e depois esticando-a
para cima, enquanto a outra se mantém esticada e depois
faz o mesmo com a outra perna. Se no movimento em que
a perna é esticada para cima, ocorrer a flexão involuntária
da cabeça ou a pessoa sentir dor ou limitações para
executar este movimento, pode significar que tem
meningite.
Sinal de Brudzinski
Também com a pessoa em decúbito dorsal, com os
braços e pernas esticadas, o profissional de saúde deve
colocar uma mão no peito e com a outra tentar fletir a
cabeça da pessoa em direção ao peito. Se ao realizar este
movimento, ocorrer a flexão involuntária das pernas e, em
alguns casos, dor, pode significar que a pessoa tem
meningite, o que se deve à compressão nervosa causada
pela doença.
Sinal de Lasègue
Com a pessoa em decúbito dorsal e os braços e
pernas esticadas, o profissional de saúde realiza a flexão
da coxa sobre a bacia, O sinal é positivo se a pessoa sentir
uma dor na face posterior do membro que está a ser
examinado (atrás da perna).
Reflexo fotomotor direto e consensual
Como o brilho de luz em um olho causa a constrição
em ambos os olhos, o arco reflexo deve atravessar para o
outro lado do corpo. A constrição pupilar no olho iluminado
é chamada de resposta pupilar direta, e a constrição pupilar
na pupila oposta (olho iluminado indiretamente) é chamada
de resposta consensual.
Teste de Rinne
Nesse teste é comparada a condução óssea (CO) e
a condução aérea (CA) do paciente. Se coloca o diapasão
sobre o processo mastoide e retira ele apenas quando o
paciente não estiver mais ouvindo, colocando-o
imediatamente ao lado da orelha. O som ao lado da orelha
deve ser audível.
Teste de Weber
Teste clínico usado para audição e indica se a perda
é de origem neural ou condutiva. Para realizá-lo o
examinador fica em pé na frente do paciente e posiciona o
diapasão em vibração na linha mediana sobre o vértice do
crânio. A posição dele pode ser em qualquer ponto na linha
mediana, sobre a ponte do nariz, a fronte ou a maxila, no
entanto, o resultado é melhor no vértice. Normalmente o
som é ouvido de modo igual nas duas orelhas, não sendo
lateralizado.
Teste de Romberg
Avalia o equilíbrio. O paciente é orientado a ficar em
pé, com os braços juntos ao corpo. A princípio, os olhos
devem ficar abertos, mas precisam ser fechados alguns
segundos depois. Isso é feito para observar a diferença
entre a oscilação com e sem o auxílio da visão.
Manobra de Mingazzini
É a manobra deficitária mais utilizada nos membros
inferiores. O indivíduo, em decúbito dorsal, mantém as
coxas fletidas, formando ângulo reto com o tronco, as
pernas fletidas sobre as coxas, horizontalmente, formando
ângulo reto com as coxas, e os pés formando ângulo reto
com as pernas na vertical. Normalmente, essa posição
pode ser mantida por 2 minutos. Em condições em que há
déficit, ocorrem oscilações ou quedas progressivas do pé,
da perna ou da coxa, combinadas ou isoladas,
caracterizando déficits distais, proximais ou combinados.
Manobra de Barré
O indivíduo em decúbito ventral, mantém as pernas
fletidas sobre as coxas. O déficit da musculatura flexora da
perna leva a oscilações ou à queda da perna parética.
Manobra dos braços estendidos
O paciente sentado ou em pé mantém os membros
superiores estendidos para frente no plano horizontal, com
os dedos afastados entre si. Essa posição deve ser mantida
por 2 minutos e permite constatar déficits distais, proximais
ou globais.
Sinal da roda denteada
É observado na rigidez plástica dos parkinsonianos
e caracteriza-se por resistência ao estiramento muscular,
com interrupções, de modo semelhante ao que se observa
quando se movimenta uma engrenagem defeituosa.
Sinal do canivete
Indica espasticidade, característico da lesão
piramidal. Caracteriza-se por grande resistência muscular
inicial ao estiramento, que cessa bruscamente, semelhante
ao que ocorre ao abrir ou fechar um canivete.
Bicipital- N. músculo-cutâneo- C5 a C6- Clavícula,
olécrano, processos espinhosos da coluna cérvico-torácica,
epicôndilo, acrômio
Tricipital- N. radial- C6 a C8- Não há
Patelar- N. femoral- L2 a L4- Tíbia
Aquiliano- N. tibial- L5 a S2- Maléolos e face anterior
da tíbia
Reflexo aquileu
Estando o paciente em decúbito dorsal, uma das
pernas é colocada em ligeira flexão e rotação externa, e
cruzada sobre a outra. O examinador mantém o pé em
ligeira flexão dorsal e percute o tendão de Aquiles ou a
região plantar, observando como resposta a flexão plantar
do pé.
Reflexo patelar
Estando o paciente sentado com as pernas
pendentes ou em decúbito dorsal, com os joelhos em
semiflexão, apoiados pelo examinador, é percutido o
ligamento patelar (entre a patela e a epífise da tíbia),
observando-se extensão da perna. Nos casos de hipotonia,
como na síndrome cerebelar, pode-se observar resposta
pendular, quando a pesquisa é realizada com o paciente
sentado.
Reflexo bicipital
O antebraço deve estar semifletido e apoiado, com a
mão em supinação. A percussão do tendão distal do
bíceps, com intraposição do polegar do examinador,
provoca flexão e supinação do antebraço.
Reflexo tricipital
Com braço em abdução, sustentado pela mão do
examinador, de modo que o antebraço fique pendente em
semiflexão. A percussão do tendão distal do tríceps provoca
extensão do antebraço.
PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico: bases
para a prática médica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.

Continue navegando