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1 INTRODUÇÃO A busca incessante por uma vida melhor tem levado o homem a enveredar pelo campo do conhecimento científico de uma forma ilimitada. A genética, após a descoberta de Mendel passou por transformações abruptas no decorrer das décadas. A engenharia genética vem ganhando um destaque dentro do campo da ciência, na economia e política. Isso tem acontecido em decorrência do enorme potencial de transformação nos mais diversos campos da humanidade (ALVES, 2004). Ao longo do tempo, as técnicas de cruzamento de espécies foram sendo aprimoradas, em função de necessidades produtivas, especialmente a partir do século 19 e no começo do século 20. Na década de 1970, então, o melhoramento genético deu um grande salto, com a criação da tecnologia do DNA recombinante. A partir dela, foi possível, enfim, produzir os primeiros transgênicos, isto é: inserir trechos de DNA de uma espécie no genoma de outra espécie sexualmente não compatível. Começou a era da biotecnologia (ORENSTEIN, 2017). Na técnica do DNA-recombinante, um pedaço do DNA de um organismo é introduzido no DNA de um segundo organismo, dando origem a um terceiro organismo, totalmente diferente dos iniciais. A técnica do DNA-recombinante, ou engenharia genética, invés de realizar demoradas seleções e cruzamentos entre vegetais ou animais, para obter “descendentes” mais produtivos, cria seres vivos absolutamente novos que são os transgênicos vegetais e animais (FELTRE, 2004). Assim, percebe-se que a transformação dos alimentos ao longo das gerações contribui de forma decisiva para a instalação e permanência de muitas comunidades por todo o planeta, além de promover mudanças significativas, levando a um enriquecimento do valor nutritivo de diversos alimentos (ALVES, 2004). A análise de risco de OGM ou transgênicos segue protocolos internacionais através das quais se pergunta sobre o possível dano (efeito adverso), a forma de aparecimento do dano (riscos), os riscos significativos que mereçam análise detalhada e de que forma o risco identificado será observado e avaliado (ORENSTEIN, 2017). Todavia, no que concerne ao seu âmbito de pesquisa e aplicabilidade está cada dia mais difícil definir se estes melhoramentos genéticos realmente estão ou não aptos para o plantio, comercialização e consumo, bem como, as possíveis agressões que podem causar ao meio ambiente (SILVA, 2011). Enquanto a questão dos alimentos transgênicos é bem polêmica, existe uma outra modificação alimentar que foi bem aceita, a fortificação. A fortificação, enriquecimento ou simplesmente adição, é um processo no qual é acrescido ao alimento, dentro dos parâmetros legais, de um ou mais nutrientes, contidos ou não naturalmente neste, com o objetivo de reforçar seu valor nutritivo e prevenir ou corrigir eventuais deficiências nutricionais apresentadas pela população em geral ou de grupos de indivíduos (MARQUES, Et al, 2012). Atualmente, há um crescente interesse para o desenvolvimento de novos ingredientes e alimentos como veículo de promoção do bem-estar e saúde e, ao mesmo tempo, como prevenção e redução dos riscos de algumas doenças. Os alimentos fortificados são desenvolvidos a partir do crescente avanço de pesquisas científicas, relacionando alimentação e saúde, aliadas também aos custos da saúde pública (FISBERG; VELLOZO, 2010). A fortificação de alimentos vem sendo utilizada como um recurso de baixo custo na prevenção de carências nutricionais em muitos países, desenvolvidos e em desenvolvimento. Diversos alimentos têm sido utilizados na fortificação, mostrando-se eficientes e bem tolerados (MARQUES, Et al, 2012). A fortificação é um processo relativamente simples, mas é importante a seleção correta do tipo de composto a ser utilizado e do alimento usado como veículo de transporte. O alimento pode interferir na absorção do composto, diminuindo sua biodisponibilidade (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2014). Os alimentos enriquecidos de vitaminas e/ou sais minerais, deverão trazer no rótulo a expressão “Enriquecido de vitaminas” ou “Vitaminado” e “Enriquecidos de sais minerais”. Os alimentos enriquecidos de específicos devem trazer no rótulo a expressão “Enriquecido de... (nomes dos aminoácidos adicionados) (ANVISA, 1998). A fortificação de alimentos é uma estratégia importante para resolver problemas de deficiência nutricional, contudo a ingestão excessiva de micronutrientes pode ocasionar hipervitaminose. Durante o beneficiamento do alimento os limites de ingestão máxima tolerável recomendada pela legislação vigente devem ser respeitados (MARQUES, Et al, 2012). O objetivo da prática foi analisar os rótulos de alimentos que contenham ingredientes transgênicos e os rótulos de alimentos fortificados/enriquecidos e comparar com a legislação vigente. 2. METODOLOGIA A prática foi realizada no Laboratório de Bromatologia e bioquímica de Alimentos, no departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí. Primeiramente foi realizada a discussão dos artigos relacionados ao tema da prática. Após a discussão dos artigos, foram escolhidos alguns alimentos para que pudéssemos fazer a leitura dos rótulos, para identificar quais deles tinham ingredientes transgênicos e quais alimentos eram fortificados/enriquecidos. Nos alimentos identificados como fortificados/enriquecidos, foi analisado o teor de fortificação, também foi identificado os nutrientes acrescentados e se estavam de acordo com a classificação de alimentos enriquecidos. 2. 1 Materiais · Salgadinho cheetos; · Batata frita ondulada; · Chá verde; · Chá branco; · Farinha de trigo; · Flocão de milho; · Gelatinas; · Suco à base de soja; · Leite líquido desnatado; · Molho de tomate. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES É de conhecimento geral que, os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) estão cada vez mais presentes na vida e na sociedade como um todo, englobando dúvidas substanciais acerca do tema, pois envolve fatores de grande relevância como: saúde, incertezas ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, fator econômico, comercialização, etc (SILVA, 2011). Em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (4.680/2003), que obrigou empresas da área da alimentação com venda de alimentos, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica. A resistência das empresas foi muito grande, e muitas per rmanecem até hoje sem identificar a presença de transgênicos em seus produtos. O cenário começou a mudar somente após denúncia do Greenpeace, em 2005, de que as empresas Bunge e Cargill usavam transgênicos sem rotular, como determina a lei. O Ministério Público Federal e a Justiça de terminaram que as empresas rotulassem seus produtos, o que começou a ser feito em 2008 (GREENPEACE, 2016). Em complementação do Código de Defesa do Consumidor que afirma as informações fornecidas ao consumidor devem ser claras e precisas, o Decreto determina que a espécie doadora do gene deverá ser indicada quando da identificação dos ingredientes do alimento, atendendo aos anseios sociais, quanto ao direito de opção do consumidor de não ingerir certos tipos de alimentos, seja por motivo religioso, cultural ou hábito alimentar (SILVA; CACHAPUZ, 2007). O Decreto n° 4.680 / 2 003 regulamenta o direito à informação, assegurado pela lei n° 8. 078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, sem prejuízo d o cumprimento das demais normas aplicáveis (JUSBRASIL, 2003). Quanto aos alimentos enriquecidos de vitaminas e/ou sais minerais, para que assim possam ser denominados, devem fornecer na porção média diária ingerida, 60% no mínimo, da quota diária recomendada para adultos, dos nutrientes citados. É permitida a adição de até 100% a mais de vitaminas, exceto vitamina D, para compensar as perdas eventuais de correntes do tempo de armazenamento do alimento; esse excesso deadição deve ter sua necessidade comprovada e ser declarado em relatório de fórmula que acompanha o processo de registro do alimento (ANVISA, 1998). É permitido o enriquecimento ou fortificação, desde que 100mL ou 100g do produto pronto para consumo forneçam no mínimo 15% da IDR de referência, no caso de líquidos, e 30% da IDR de referência, no caso de sólidos. Nesse caso, o rótulo do produto pode trazer a alegação “Alto Teor” ou “Rico”. Por exemplo: Alto Teor de Ferro, Rico e m Cálcio (ANVISA, 1998). Micronutrientes como ferro, zinco e vitamina A estão sendo utilizados na fortificação de grãos. Trata-se de uma estratégia efetiva e complementar a outros métodos de erradicação de deficiências carenciais de micronutrientes, e, ainda, não implica em grandes mudanças no comportamento de produtores e consumidores. As mudanças no conteúdo das sementes não necessariamente alteram a aparência, o sabor, a textura ou o modo de preparo dos alimentos (MARQUES, Et al, 2012). Alguns estudos relatam que o consumo frequente de alimentos enriquecidos pode acarretar ao acúmulo de alguns nutrientes, levando o organismo à intoxicação aguda ou crônica. A ingestão máxima tolerável pelo organismo, isto é, o montante máximo que pode ser ingerido diariamente, sem que se causem danos ou reações adversas, já foi determinado para a maioria das vitaminas. Observar esses valores é de fundamental importância na prevenção à intoxicação (MARQUES, Et al, 2012). Seguem abaixo uma relação dos rótulos e tabelas nutricionais contidos nos alimentos transgênicos e nos fortificados/enriquecidos que foram analisados na aula prática, para então haver a discussão de suas diferenças e informações nutricionais. Tabela 1: Tabela nutricional do salgadinho cheetos (porção45) e lista de ingredientes. Valor energético 214 kcal = 899kJ 11% Carboidratos 29g, dos quais: 10% Açucares 0g ** Proteínas 2,8g 4% Gorduras totais 9,8g, das quais: 18% Gorduras saturadas 2,0g 9% Gorduras trans 0g ** Gord. monoinsatura 6,2g ** Gord. Poli-insaturadas 1,5mg ** Colesterol 0 0% Fibra alimentar 1,0g 4% Sódio 319mg 13% Potássio 113mg ** Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: Farinha de milho fortificada com ferro e ácido fólico, (Bacillus thuningiensis e/ou Streptomycesviridodochromogenes e/ou Agrobaterium tunefacies e/ou Zea mays e/ou Sphingobium herbicidorovans), óleo vegetal, preparado para salgadinho com queijo parmesão (sal, soro de leite, colorífico, fubá enriquecido com ferro e ácido fólico, gordura vegetal e corante natural urucum), xarope de glicose, gordura vegetal, maltodextrina, leite integral, extrato de levedura, gordura láctea, caseinato, coentro, queijo parmesão, realçador de sabor glutamato monossódico, aromatizante, antiumectante dióxido de silício, acidulante ácido láctico, regulador de acidez fosfato dissódico e emulsificantes: mono e diglicerídeos de ácidos graxos e lecitina de soja. Tabela 2: Tabela nutricional da batata frita ondulada (porção45) e lista de ingredientes. Valor energético 141 kcal = 591kJ 7% Carboidratos 29g, dos quais: 10% Açucares 0g ** Proteínas 1,6g 2% Gorduras totais 9,7g, das quais: 18% Gorduras saturadas 3,0g 17% Gorduras trans 0g 2% Fibra alimentar 0,6g 4% Sódio 129mg 5% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: batata, óleo misto vegetal de palma, soja e sal. Analisando o salgadinho e a batata frita, a mais recomendada é a batata, porque apesar dele ser fortificado/enriquecido com ferro e ácido fólico, ele é um alimento transgênico e além disso, contém muitos aditivos, principalmente sódio. Tabela 3: Tabela nutricional da chá verde zero açúcar (porção 1,6. ¼ colher de sopa) e lista de ingredientes. Valor energético 1kcal = 21kJ 0% Carboidratos 29g, dos quais: 0% Açucares 0g - Sódio 21g 1% Vitamina C 8mg 18%*** Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: Maltodextrina, chá verde em pó integral (Camellia sinensis ); ácido ascórbico (vitamina C); acidulante ácido cítrico; edulcorantes Artificiais: ciclamato de Sódio, sucralose e sacarina sódica; regulador de acidez citrato de sódio; antiumectante fosfato tricálcico. Tabela 4: Tabela nutricional da chá branco zero(porção 330ml) e lista de ingredientes. Valor energético 0kcal = 0kJ 0% Carboidratos 0g 0% Açúcares 0g 0% Sódio 74g 3% Vitamina C 45mg 100% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: água, extrato de chá branco em pó (Caméllia sinensis), vitamina C, acidulantes ácido málico e ácido cítrico, reguladores de acidez citrato de sódio e citrato de pótassio, edulcorantes ciclamato de sódio (35 mg/100ml), sucralose (5,5 mg/100ml) e sacarina sódica (3,5 mg/100ml). Os dois chás não são indicados para o consumo, pois apesar de não conterem açúcares, contém sódio e muitos outros aditivos. Tabela 5: Tabela nutricional da gelatina zero (sabor morango) (porção 3g) e lista de ingredientes. Valor energético 9kcal = 38kJ 0% Carboidratos 8g, dos quais: 0% Açucares 0g ** Proteínas 1,4g 2% Sódio 90g 4% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: Gelatina, maltodextrina de milho (Bacillus thuningiensis e/ou Streptomycesviridodochromogenes e/ou Agrobaterium tunefacies e/ou Zea mays e/ou Sphingobium herbicidorovans), sal, reguladores de acidez ácido fumárico e citrato de sódio, aromatizante, edulcorantes ciclamato de sódio, aspartame e sacarina sódica e corantes artificiais bordeaux S e amarelo crepúsculo FCF. Tabela 6: Tabela nutricional da gelatina diet (sabor framboesa) (porção 3g) e lista de ingredientes. Valor energético 9kcal = 38kJ 0% Carboidratos 8g, dos quais: 0% Açucares 0g ** Proteínas 1,4g 2% Sódio 90g 4% Vitamina C 8,1mg 18% Vitamina A 108mcg 18% Vitamina D 0,90mcg 18% Zinco 1,3mg 18% Selênio 6,1mcg 18% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: Gelatina, maltodextrina de milho (Bacillus thuningiensis e/ou Streptomycesviridodochromogenes e/ou Agrobaterium tunefacies e/ou Zea mays e/ou Sphingobium herbicidorovans), sal, vitamina C, sulfato de zinco (zinco), vitamina A, selenito de sódio (selênio), vitamina D, reguladores de acidez ácido fumárico e citrato de sódio, aromatizante, edulcorantes ciclamato de sódio, sacarina sódica, aspartame e acesulfame de potássio e corantes artificiais bordeaux S e amarelo crepúsculo FCF. Entre as gelatinas analisadas, a escolhida foi a diet (sabor framboesa), apesar das duas serem transgênicas, a diet é enriquecida com algumas vitaminas e minerais. Tabela 7: Tabela nutricional da flocão de milho ideal (porção 50g) e lista de ingredientes. Valor energético 180kcal =756kJ 9% Carboidratos 39g 13% Proteínas 3g 5% Gorduras totais 0,5g 0% Gordura saturada 0g 0% Gordura trans 0g ** Fibra alimentar 0,7g 4% Cálcio 0mg 0% Ferro 0,6mg 15% Sódio 0mg 0% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: farinha de milho flocada. Tabela 8: Tabela nutricional da flocão de milho maratá (porção 50g) e lista de ingredientes. Valor energético 178kcal =748kJ 9% Carboidratos 38g 13% Proteínas 3,8g 5% Gorduras totais 1,1g 2% Gordura saturada 0,2g 1% Gordura trans 0g ** Fibra alimentar 2,6g 10% Sódio 0,mg 0% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: farinha de milho flocada. Entre os flocões em questão, o escolhido foi o da tabela 8. Apesar deles terem a composição parecida, o flocão da marca maratá tem mais fibras alimentares e um pouco mais de proteínas. Tabela 9: Tabela nutricional da farinha de trigo (porção 50g) e lista de ingredientes. Valor energético 177kcal =722kJ 9% Carboidratos36g 12% Proteínas 5,3g 7% Gorduras totais 0,7g 1% Gordura saturada 0g 0% Gordura trans 0g ** Fibra alimentar 1,4g 6% Sódio 0mg 0% Ferro 2,1mg 15% Ácido fólico 75mg 19% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico. Na tabela 9 temos a farinha de trigo. Com a análise do rótulo podemos comprovar que ela se encontrar como pede a legislação vigente. No Brasil o enriquecimento com ferro e ácido fólico é obrigatório, foi implementado em 2002, com a publicação a RDC n. 344, e é uma das estratégias do Ministério da Saúde visando diminuição da incidência de DTN, ou seja, má formação de bebês durante a gestação, e para a prevenção da anemia (A NVISA, 2002). A farinha de trigo é um dos produtos forticado/enriquecido mais conhecido e mais utilizado pela população em geral. Tabela 10: Tabela nutricional do leite líquido desnatado (porção 200ml) e lista de ingredientes. Valor energético 67kcal =281kJ 3% Carboidratos 10g 3% Proteínas 5,8g 8% Gorduras totais 1g 2% Gordura saturada 0g 0% Gordura trans 0g ** Fibra alimentar 0g 0% Sódio 125mg 5% Cálcio 260mg 15% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: leite desnatado e estabilizantes citrato de sódio e trifosfato de sódio, monofosfato monossódico e difosfato dissódico. O leite desnatado é um produto fortificado/enriquecido. Sua indicação vai depender da saúde do indivíduo O desnatado tem um baixo teor de gorduras, porém, se e o individuo for hipertenso, o desnatado não seria muito interessante devido ao um maior teor de sódio. Entretanto, se o individuo estiver interessado em perder peso, e não for hipertenso, ele pode optar pelo desnatado, além de ser menos calórico, ainda vai contar com uma outra vantagem, uma maior quantidade de cálcio. Tabela 11: Tabela nutricional do suco à base de soja sabor morango Ades (porção 200ml) e lista de ingredientes. Valor energético 31kcal =130kJ 2% Carboidratos 5,1g 2% Açúcares 3,9g ** Lactose 0g ** Proteínas 1,2 2% Gordura saturada 0g 0% Gordura trans 0g ** Gord. monoinsatu 0,1g ** Gord. Poli-insatura 0,3g ** Colesterol 0mg ** Fibra alimentar 0g 0% Sódio 18mg 1% Vitamina C 6,8mg 15% Vitamina B2 0,20mg 15% Vitamina B3 2,4mg 15% Vitamina B6 0,20mg 15% Vitamina B12 036mcg 15% Zinco 1,1mg 16% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: água, grãos de soja, açúcar investido, maltodextrina, açúcar, suco de morango, vitaminas (C, B2, B3, B6, B12), mineral (zinco), estabilizantes: pectina e goma guar, acidulante ácido cítrico, aromatizante, corante natural carmim e edulcorante sucralose. As informações do rótulo do produto da tabela 11 nos diz que ele não é um alimento transgênico, é somente forticado/enriquecido. Apesar dele ser um produto enriquecido com vitaminas e minerais, ele contém vários aditivos, portanto não é um alimento ideal para um consumo frenquente. Tabela 10: Tabela nutricional do molho de tomate (porção 60g, 3 colheres) e lista de ingredientes. Valor energético 30kcal =126kJ 1% Carboidratos 6g 2% Proteínas 0,7g 1% Gorduras totais 0,7g 1% Fibra alimentar 0,8g 3% Sódio 366mg 15% Fonte: Dados da pesquisa - 2019. Lista de ingredientes: Tomate, Açúcar, Amido de Milho Geneticamente Modificado (Bacillus thuringienses, Streptomyces viridochromogenes e/ou Agrobacterium sp), Cebola, Sal, Óleo de Soja, Manjericão, Alho, Polpa de Pimenta, Salsa e Conservadores: Sorbato de Potássio e Benzoato de Sódio. O molho de tomate analisado não é recomendado para o consumo, além de ser transgênico, tem um alto teor de sódio. Pode está sendo substituído pelo extrato de tomate que contém só o tomate, açúcar e sal. 4. CONCLUSÃO Com base em todos os resultados obtidos pode -se perceber a importância da análise dos alimentos para que se tire a prova de que todas as informações que são apresentadas ao consumidor pelo rótulo, são realmente verídicas. Nos rótulos dos alimentos fortificados/enriquecidos estavam especificados quais nutrientes foram acrescentados e suas respectivas quantidades, respeitando a legislação vigente. Já nos rótulos dos alimentos transgênicos, nem todos especificaram as cepas contidas no produto, como por exemplo, os floções de milho. REFERÊNCIAS ORENSTEIN, J. Transgênicos: uma tecnologia em constante disputa. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/08/05/Transg%C3%AAnicos-uma-tecnologia-em-constante-disputa>. Acesso em: 28/03/19. FELTRE, R. Química: Química Orgânica. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2004. ALVES, G.S. A biotecnologia dos transgênicos: precaução é a palavra de ordem. Revista Holos, ano 20, outubro/2004. SILVA, Enio Moraes da. Os organismos geneticamente modificados e o principio da precaução como instrumento de proteção ambiental. Revista de Direito Ambiental. In: Direito Ambiental internacional e temas atuais/ Édis Milari, Paulo Leme de Oliveira Machado, organizadores- São Paulo: Edição Revista dos tribunais, 2011 (coleção doutrinas essenciais; V6). MARQUES, M. F. Fortificação de alimentos: uma alternativa para suprir as necessidades de micronutrientes no mundo contemporâneo. HU Revista, Juiz de Fora, v. 38, n. 1 e 2, p. 29-36, jan./jun. 2012. FISBERG, M.; VELLOZO, E. P. A contribuição dos alimentos fortificados na prevenção da anemia ferropriva. Revista Brasileira Hematolologia e Hemoterapia. vol.32 supl.2 São Paulo, maio/junho, 2010. FOOD INGREDIENTS BRASIL. Revista-fi, 2014. Disponível em WWW.revista-fi.com Acesso em 30/03/2019. GREENPEACE. Ruim para o produtor e para o consumidor, 2016. Disponível em: < http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Transgenicos/>Acessado em: 30 de março de 2019. SILVA, G; CACHAPUZ, R. A rotulagem dos alimentos transgênicos – direito do consumidor e aspecto fundamental da personalidade. Revista Jurídica Cesumar , v. 7, n. 1, jan./jun. 2007, p. 119-136. ANVISA. Resolução - CNNPA nº 12, de 1978. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/resol/12_78_alim_enriquecido.htm > Acesso em: 30/03/2019. JUSBRASIL Decreto 4680/03 | Decreto nº 4.680, de 24 de abril de 2003. Disponivel em: < https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/98701/decreto-4680-03. acesso em: 30/03/2019. ANVISA. RDC Nº 344, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002. Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico. Disponivelem:<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_344_2002_COMP.pdf/b4d87885-dcb9-4fe3-870d-db57921cf73f> Acesso em: 31//03/2019.
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