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Cevaciclo

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UNIVERSIDADE NILTON LINS
SERVIÇO SOCIAL
CEVACICLO E O PROCESSAMENTO DA MANDIOCA PARA A PRODUÇÃO DE
FARINHA
MANAUS – AM
2021
UNIVERSIDADE NILTON LINS
SERVIÇO SOCIAL
ARIANA SILVA MALVEIRA
CLARICE ALMEIDA DE OLIVEIRA
DAIANA MELO DA SILVA
FLAVIA OLIVEIRA PEDROSA SOUZA
LAILZA MONTEIRO SAMPAIO DA SILVA
NAILA REGINA MARINHO FERREIRA
RUTH DA SILVA VASCONCELOS
CEVACICLO E O PROCESSAMENTO DA MANDIOCA PARA A PRODUÇÃO DE
FARINHA
Trabalho apresentado para a
disciplina Tecnologias Sociais, pelo Curso
de Serviço Social da Universidade Nilton
Lins, ministrada pela professora
Glameluane Oliveira.
MANAUS – AM
2021
1
SUMÁRIO
1.Introdução ...........................................................................................................pág.3
2.Cevaciclo ............................................................................................................pág.4
3.Vantagens do Cevaciclo ......................................................................................pág.5
4.Implementação do Cevaciclo …...........................................................................pág.6
5.Processamento da mandioca para a produção de farinha ..................................pág.7
6.Conclusão ............................................................................................................pág.10
7. Referencias .........................................................................................................pág.11
8.Anexos .................................................................................................................pág.12
2
1.INTRODUÇÃO
Nos últimos vinte anos, o Instituto Mamirauá vem implementando nas
comunidades rurais que compõem as áreas das Reservas de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá e Amanã, tecnologias sociais voltadas para as comunidades
isoladas da Amazônia. As tecnologias sociais são instaladas com a interação da
população local e promovem a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das
famílias, que dispõem de acesso limitado aos serviços públicos. Essa tecnologia social
foi desenvolvida com o objetivo de criar alternativas às famílias no processamento da
mandioca para produção de farinha.
Com isso, nasceu o experimento social “Cevaciclo”, onde é uma tecnologia de
baixo custo, de simples reaplicação, além de fácil operacionalização e de não agressão
ao meio ambiente.
3
2. VANTAGENS DO CEVACICLO
O seu principal benefício é a sua maior eficiência no processo de cevar a
mandioca, quando comparada ao ralo feito de chapa de ferro (também conhecido como
bobinete, que também tem alto risco de acidente e produção lenta) que geralmente é
doado pelas prefeituras para auxiliar os produtores de farinha locais, deve-se citar que
o cevaciclo também possui a vantagem de não necessitar de gasolina, óleos e de
peças para manutenção, recursos estes que nem sempre estão ao alcance das famílias
residentes em municípios.
Para monitorar as possibilidades de adoção da tecnologia, ou seja, sua
compatibilidade para o contexto local, o primeiro equipamento foi implantado na
comunidade de Lázaro, no Rio Jaú, onde os moradores beneficiam a farinha no ralo,
fazendo com que o trabalho fosse demorado, com riscos de ferimentos nas mãos e a
farinha não alcançava uma boa qualidade.
O uso do cevaciclo, além de servir para beneficiar a produção de farinha, foi
empregado pelos agentes sociais locais para outros fins, como carregar baterias,
utilizadas para pescar à noite, ouvir rádio e fazer festas nos finais de semana.
4
3. IMPLEMENTAÇÃO DO CEVACICLO
Assim, foi discutida com as famílias a possibilidade de viabilizar a implementação
do cevaciclo na comunidade. A proposta foi aceita e o passo seguinte foi fazer os
acordos sobre custo, forma de pagamento, número de famílias interessadas na
experiência, data para iniciar o processo de uso e monitoramento do equipamento. O
uso do equipamento na comunidade despertou o interesse de outros moradores, o que
levou o Instituto Mamirauá a instalar o cevaciclos em outras comunidades localidades
das áreas das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã. Vale
ressaltar que nos locais onde o equipamento foi colocado existe motor de cevar
mandioca, que para funcionar precisa de combustível. Mesmo assim, os moradores
aceitaram a proposta de fazer a experiência, pois segundo depoimentos, nem todas as
vezes eles dispõem de dinheiro para comprar o combustível para fazer funcionar o
motor.
Segundo o monitoramento da pesquisa do Cevaciclo, houve uma melhora
significativa no processo não somente de ralo da mandioca, mas também em outros
processos, tais como: a facilidade de manuseio do equipamento, economia por não
depender de combustíveis, sem emissão de gases poluentes, espaço para reflexão da
importância do PNJ e da participação dos grupos sociais em projetos e o principal, o
aumento na qualidade da ceva da mandioca comparado ao ralo de chapa.
5
4. PROCESSAMENTO DA MANDIOCA PARA A PRODUÇÃO DE FARINHA
A tecnologia de transformação de raízes de mandioca em farinha é tradicional no
Brasil e se mantém sobretudo na região Amazônica e no Nordeste. É realizada em
pequenas unidades artesanais rurais, conhecidas como casas de farinha, com a
utilização de equipamentos rústicos e mão de obra familiar ou de colaboradores locais.
No Amazonas, temos diversos municípios que produzem a farinha popularmente
consumida na capital de Manaus, sendo a principal delas o município de Uarini.
Também não somente a farinha pode ser extraída da mandioca, ela é um
material bastante lucrativo para os moradores de municípios, pois pode ser utilizada
para diversos ingredientes, como por exemplo, temos as principais: farinha ovinha,
farinha d'água, farinha puba e a farinha bijusada.
Não somente pode-se extrair diversos tipos de farinha da torragem da mandioca,
também durante o processo de preparo da mesma, pode-se extrair a goma, que nada
mais é o amido descartado durante a fermentação, sendo um material branco e
pegajoso onde se usa para fabricação de mingaus, amidos, papas, bolos e a conhecida
tapioca, famosa em nossa região. Também é extraído o tucupi, que após a ralagem e a
prensa, o caldo extraído é deixado para descansar, é importante salientar que o tucupi
na hora que é retirado é um líquido venenoso, após 3 a 5 dias a mesma fica apropriada
para o consumo, transformando-se assim, num liquido amarelo e com um gosto bem
único, utilizado para diversas receitas da região norte.
6
5. ETAPAS
Para que a farinha chegue à mesa do consumidor como um produto seguro de
ser consumido, deve haver por parte do farinheiro a adoção das Boas Práticas de
Fabricação (BPF), atendendo à legislação atual, e aumentando assim a qualidade e o
tempo de validade de seu produto (BEZERRA, 2011). O beneficiamento envolve várias
etapas, como descascar, ralar, prensar, peneirar, torrar, entre outras, que permitem
chegar ao produto final, que é a farinha (SILVA, 2011).
5.1. A recepção
As raízes devem ser feitas numa área externa da casa de farinha. Assim, estas
devem ficar em local coberto, mas arejado, evitando apodrecimento por umidade.
5.2. Descascamento
As raízes passam então pelo descascamento, que pode ser feito mecânica ou
manualmente. Segundo Oliveira (2008), em unidades de processamento de pequena
escala (casas de farinha), o descascamento é manual, feito com o auxílio de facas. No
descascamento os cuidados com a higiene são fundamentais, e as cascas não devem
ficar acumuladas na área de trabalho para evitar o aparecimento
de moscas (SEBRAE, 2006). A ergonomia aqui também é essencial para evitar
problemas de saúde nos trabalhadores.
5.3. Lavagem
Após o descascamento, é necessário que haja uma lavagem acompanhada de
imersão em solução 0,5% de água clorada, o que eliminará sujeiras e evitará o
aparecimento de bactérias. A área de lavagem da mandioca deve possuir ralos de
escoamento para drenagem da água e, tanto piso como paredes, devem ser revestidos
dematerial impermeável.
5.4. Trituração
Aqui as raízes se transformam em uma massa. De acordo do Oliveira (2008), o
ralador é um equipamento mecânico indispensável, pois além de influenciar na
7
qualidade do produto final, o equipamento acelera o processo e evita esforço físico.
Nesse caso é usado o Cevaciclo
5.5. Prensagem
A massa ralada contém bastante líquido. Na prensagem esta é embalada em
sacos de ráfia, sobrepostos até o limite da prensa. Nesta etapa ocorre a maior parte da
geração do efluente líquido rico em manipueira.
5.6. Peneiramento
Tem por objetivo esfarelar os torrões de massa prensada. Este processo pode
ser mecânico ou manual. O crivo ou malha da peneira determina a granulometria da
farinha.
5.7. Torração
Depois de peneirada, a massa é levada ao forno para secagem, que elimina a
fração restante de manipueira. Segundo Oliveira (2008), a torração define a cor, o
sabor e a durabilidade da farinha. A torração pode ser realizada em fornos ou
torradores. Os fornos são feitos em fornalha de alvenaria, onde é colocado um tacho
metálico e a agitação é feita de forma manual. Os torradores são fornos mecanizados.
(OLIVEIRA, 2008). O forno ecológico é um exemplo de tecnologia social presente nas
novas casas. Projetados para reduzir o impacto ambiental, eles diminuem a liberação
de gases perigosos à saúde e também facilitam a vida de quem lida com fogo no
cotidiano, como é o caso dos produtores de farinha. Equipados com uma chaminé e
uma rampa interna, os fornos canalizam e liberam a fumaça para fora do ambiente de
trabalho, o que implica na melhor qualidade da farinha também.
Seguindo esse padrão, quatro casas de farinha foram inauguradas em 2018 em
comunidades da Floresta Nacional de Tefé, no estado do Amazonas. São Francisco do
Bauana, Ipapucu, São Francisco do Arraia e Tauary são as comunidades envolvidas
com a iniciativa.
5.8. Resfriamento
8
A etapa do resfriamento evita que a farinha readquira umidade pela
condensação provocada pelo calor. Pode ser realizado em “freezer”, geladeira ou por
meio de equipamento apropriado. Pode também ser feito em temperatura ambiente,
devendo ser disposto em finas camadas e mexido periodicamente.
5.9. Peneiramento
Com a torração e o resfriamento a farinha pode criar grumos, devido a gema da
fécula. Sendo assim, utiliza-se novamente a peneira para dar à farinha a granulação
desejada.
5.10. Ensacamento
O empacotamento é feito em sacos de ráfia com capacidade para 50Kg, quando
se destina à venda por atacado, ou pacotes de 1kg para venda no varejo, sendo
recomendado o uso de saco plástico ou de papel kraft.
5.11. Armazenamento
Segundo Oliveira (2008), a farinha deve ser armazenada em local seco e
ventilado. Os sacos devem ser colocados sobre estrados ou grades e empilhados com
espaço entre si.
9
6. CONCLUSÃO
Em vista dos tópicos comentados, podemos citar os benefícios das tecnologias
sociais de forma positiva nos municípios onde o experimento foi proposto pelo Instituto
Mamirauá levando melhorias não somente no processo de preparo da mandioca, mas
também impactando de forma social, levantando assim a importância das comunidades
em projetos e experimentos sociais propostos. Segundo os pesquisadores, os impactos
do Cevaciclo não foram apenas na forma de como era feita a ralação da mandioca,
mas também impactou na renda, meio ambiente e nas relações políticas e sociais onde
o mesmo foi proposto, vale salientar novamente que mesmo possuindo um
equipamento de ralagem de mandioca a combustível, os produtores de farinha optaram
por aceitar o experimento do cevaciclo, preferindo e afirmando que o experimento
possui qualidade.
10
7. REFERÊNCIAS
Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, no estado do
Amazonas. Disponível em: <
https://www.mamiraua.org.br/projeto-tecnologias-sociais-cevaciclo>. Acesso em
13/11/2021
TRABUCO, Jéssica. Como é feita a farinha de mandioca: passo a passo, 2018.
Disponível em: <https://www.montarumnegocio.com/como-e-feita-a-farinha-de
mandioca>. Acesso em 13/11/2021
11
https://www.montarumnegocio.com/como-e-feita-a-farinha-de%20mandioca
https://www.montarumnegocio.com/como-e-feita-a-farinha-de%20mandioca
8. ANEXOS
Figura 1: Cevaciclo. Fonte: Google Fotos.
Figura 2: Colheita da mandioca. Fonte: Google Fotos.
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Figura 3: Mandiocas de molho. Fonte: Google Fotos.
Figura 4: Descascamento da mandioca. Fonte: Google Fotos.
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Figura 5: Prensagem da mandioca. Fonte: Google Fotos.
Figura 6: Torragem da mandioca. Fonte: Google Fotos.
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Figura 7:Porta do forno ecológico. Fonte: Google Fotos.
Figura 8: Forno ecológico para torração de farinha. Fonte: Google Fotos.
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Figura 9: Esfriamento da farinha. Fonte: Google Fotos.
Figura 10: Farinha pronta para consumo. Fonte: Google Fotos.
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