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UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Anatomia do Nariz e Seios da Face P¹ Nariz O nariz, situado no andar médio da face, tem importantes aspectos estéticos e funcionais. Sua presença é fundamental para a concepção de urna face normal, mesmo que se apresente com maior ou menor tamanho ou de melhor e pior desenho. O forro nasal, local frequente de ulcerações, pode ser destruído levando a retrações cicatriciais. O septo cartilaginoso resulta exposto e tornar-se perfurado. Se houver destruição do septo, teremos o desabamento nasal. A mucosa nasal se divide em dois tipos principais: a respiratória e a olfatória. A respiratória é mais espessa e fortemente irrigada. Apresenta uma grande quantidade de glândulas mucosas que secretam cerca de um litro de muco por dia, auxiliando na umidificação do ar e retenção de impurezas. Esta mucosa, pela grande quantidade de vasos sanguíneos, atua no aquecimento do ar inspirado. A mucosa olfatória está situada na área do corneto superior, é fina e amarelada. Apresenta neurônios bipolares, junto ao epitélio, que recebem os estímulos olfatórios levados ao córtex cerebral para interpretação. Na parede lateral de cada cavidade nasal, encontramos saliências ósseas recobertas por mucosa especializada chamadas de cornetos: superior, médio e inferior. O corneto superior é revestido principalmente por mucosa do tipo olfatório. O corneto inferior, o maior deles, é um órgão erétil revestido por mucosa do tipo respiratório que se projeta para o interior da cavidade nasal. Por outro lado, o corneto médio geralmente tem pequeno tamanho e é pouco visível. O arcabouço ósseo do nariz é mínimo e se constitui basicamente pelos ossos próprios nasais. O restante de sua base óssea é constituído por contribuições de ossos da face, como o osso frontal, o etmóide, o esfenóide e o maxilar superior. A estrutura cartilaginosa (que dá forma ao nariz) é formada, na porção da ponta, pela cartilagem alar, no dorso pela cartilagem lateral e internamente pelo septo cartilaginoso que se apoia no osso vômer. O plexo de Kiesselbach é uma região da parte anterior do tabique nasal que onde as arterias se anastomosam formando um plexo vascular. Nele, o sangramento nasal ocorre com maior frequência por se tratar de uma região do septo anterior, na qual convergem os ramos da carótida interna (artérias etmoidais anterior e posterior) e a carótida externa (artérias esfenopalatinas e ramos terminais da artéria maxilar interna). A fina mucosa desta área e sua localização anterior a expõem ao ar seco e ao trauma. Seios da Face Seio Frontal: Situa-se posteriormente aos arcos superciliares, entre as duas tábuas do osso frontal. Torna-se visível na radiografia a partir do 4º anos de vida. Toda secreção que diariamente é produzida é drenada para o nariz. Seio Maxilar: Ocupa grande parte do osso maxilar e são os maiores seios aéreos nasais. Possui uma forma piramidal e sua base é formada pela parede lateral da cavidade nasal. Durante os primeiros anos de vida, seu assoalho está mais elevado que o assoalho do nariz. Aos 8 anos eles se nivelam e aos 12 anos o assoalho do seio maxilar fica 4mm mais baixo que o do nariz. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_superciliar https://pt.wikipedia.org/wiki/Frontal https://pt.wikipedia.org/wiki/Maxilar UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Seio Etmoidal: Está formado por pequenas células situadas no corpo do osso etmóide. Sua formação se inicia no 5º mês de vida intra-uterina. Seio Esfenoidal: Estes situam-se no corpo do osso esfenóide ao centro do crânio. Sua formação se dá entre o 5º mês de vida intra e extra-uterina, contudo, só se completa aos 16 anos de idade. Quando têm a mucosa inflamada costuma dar sintomas diferentes dos demais, como cefaleia centralizada. https://pt.wikipedia.org/wiki/Etm%C3%B3ide https://pt.wikipedia.org/wiki/Esfen%C3%B3ide https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A2nio UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Rinossinusite Rinossinusite Aguda É a inflamação da mucosa que reveste a cavidade nasal e os seios paranasais num período menor que 12 semanas. Sintomas no Adulto Congestão nasal + Descarga nasal + Dor ou pressão facial + Redução do olfato. Sintomas em Crianças Os mesmos do adulto, mas com destaque para Tosse. Na Endoscopia podemos ver Pólipos + Secreção Mucopurulenta + Hipertrofia de Coanas. Fisiopatologia Hipersecreção pelas células glandulares do Tecido Pseudoestratificado Colunar Ciliado alterando a Permeabilidade dos seios paranasais + Diminuição da mobilização de secreção pelos cílios = Coleção de secreção e proliferação bacteriana como Streptococcus pneumoniai em adultos e Moraxella catarrhalis em crianças. Diagnóstico: Clínico Obstrução + Congestão Nasal + Halitose + Cefaleia + Rinorreia + Espirros + Cólica Sinusal + Febre. Radiológico Radiografia Fronto-Naso e Mento-Naso (Rx SPN FR+MN) com aspecto radiológico de opacificação sinusal + nível hidroaéreo + espessamento da mucosa. Tratamento Solução Salina + Corticoide + Vasoconstrictor Oral ou Nasal + Amoxicilina com Clavulonato de K. No caso de alérgicos à penicilina podemos usar Claritromicina, ou Cefalosporina de 2ªGeração ou Quinolona Resp. Rinossinusite Crônica É a inflamação da mucosa que reveste a cavidade nasal e os saios paranasais num período maior que 12 semanas. Sintomas no Adulto Congestão nasal + Descarga nasal + Dor ou pressão facial + Redução do olfato. Sintomas em Crianças Os mesmos do adulto, mas com destaque para Tosse. Diagnóstico de Imagem: Rinoscopia vê hiperemia e edema de mucosa nasal, crostas, pólipos e rinorreia purulenta. Endoscopia Nasal vê alterações anatômicas como o desvio de septo e as alterações da mucosa. TC é o exame padrão ouro; nele vemos imagens com um brilho diferenciado, sugestivo de sinusite fúngica. Tratamento Solução Salina + Corticoide + Vasoconstrictor Oral ou Nasal + Amoxicilina com Clavulonato de K. No caso de alérgicos à penicilina podemos usar Claritromicina, ou Cefalosporina de 2ªGeração ou Quinolona Resp. Não usar corticoide em pacientes debilitados, em tratamento de câncer, DM descompensado etc. A limpeza com solução salina é muito útil nas crianças; já nos adultos não tem tanta eficácia. Complicações Oculares Celulite Orbitária / Abscesso Subperiostal / Abscesso Orbitário. Intracranianos Meningite / Abscesso Sub ou Extradural / Abscesso Cerebral / Traomboflebite do Seio Cavernoso. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Ósseas Osteomielite dos ossos do crânio. Pulmonares Bronquites / Asma. Patologias da Orelha Média Otite Média Aguda É um processo de natureza inflamatória e infecciosa que ocupa a fenda auditiva média. Cerca de 90% das crianças até 7 anos terá OMA. Isso acontece porque nelas a tuba auditiva é mais horizontalizada com o nariz. E se tratando de Bb’s a amamentação deitado pode ser seu fator desencadeante. Fatores de Risco Tuba Auditiva / Aglomerações / Creches / Forma de amamentação / Pais fumantes / IVAS. Fisiopatologia IVAS + Edema da Tuba Auditiva + Acúmulo de secreção na Orelha Média. Ao mobilizar a Orelha Externa, normalmente pode não apresentar dor, pois a inflamação é mais internamente. Quadro Clínico Otalgia + Febre + Hipoacusia + Zumbido. Diagnóstico Anamnese+ Otoscopia (Hiperemia + Abaulamento e Opacificação do Tímpano). Agentes Vírus Sincircial Respiratório / Streptococcus pneumoniae / Haemophilus influenza / Moxarella catarrhalis. Tratamento Amoxacilina com Ác. Clavulônico de K + Corticoide. Miringotomia é uma otalgia muito severa com toxemia refratária a antibióticos. É uma complicação de OMA. OMA Recorrente é aquela que tem 3 ou mais episódios em 6 meses ou 4 ou mais em 1 anos. Otite Média Serosa É definida como efusão no Ouvido Média por mais de 3 meses e com Membrana Timpânica íntegra. O paciente queixa-se de não conseguir ouvir bem, ou que “o ouvido está tapado”, ou que “ouve como se estivesse no avião”. Sempre terão um histórico de resfriado com secreção nasal prévia. Fatores de Risco Disfunção Tubária / IVAS / Aglomerações / Creches / Malformações Craniofaciais. Quadro Clínico Autofonia + Hipoacusia. Diagnóstico Otoscopia com alteração na cor da MT + Audiometria. Em casos pacientes cujo caso se estenda por mais de 3 meses, devemos investigar rinofaringe (cavum). Tratamento: Expectante Corticoide + Antibiótico (por até 3 meses). Cirurgia Miringotomia com colocação de carretel (caso o tto expectante não resolva). UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Otite Média Crônica É o processo inflamatório do Ouvido Médio por mais de 3 meses. Há perfuração da membrana timpânica e otorreia persistente, ou intermitente. Esta inflamação está associada a alterações teciduais irreversíveis. Quadro Clínico Perfuração da MT + Otorreia + Hipoacusia + Otalgia (raramente). Diagnostico Anamnese + Otoscopia + Audiometria + TC de Mastóide. Tratamento Cuidados locais com antibiótico local associado a corticoide ou cirúrgico com Timpanoplastia. Otite Média Crônica Colesteatomatosa É uma tumoração benigna de origem epitelial que fica no Ouvido Médio com matriz que descama em lamelas de queratina. Tem características líticas que leva à erosão da cadeia ossicular e do arcabouço mastóide. Diagnóstico Anamnese + Exame Físico + Otoscopia com Otorreia e descamação além de ampla perfuração MT. Exame Complementar TC de Mastóide sempre antes da cirurgia. Tratamento Retirada do tumor cirurgicamente e restauração do ouvido. Anatomia da Laringe P² Anatomia A laringe constitui importante segmento do aparelho respiratório, altamente diferenciado, pois desempenha não só função respiratória como também fonatória. Está situada na região infra-hióidea, abaixo da faringe e acima da traqueia. É formada por um arcabouço musculo- cartilaginoso. As cartilagens são Tireóide, Cricóide, Aritenóide e Epiglote. Os músculos dividem-se em Extrínsecos (Supra e Infra-hioides) e Intrínsecos que são Cricoaritenóide Posterior e Lateral, Tireoaritenóide Corda vocal, Interaritenóide e Cricotireoideo. A sua inervação se dá pelo Nervo Laringeo Recorrente ou Inferior. Sua disposição linfática é em ampulheta. Ou seja temos cadeias supra e infra-hiode, mas pouca a nível hioide. Cavidades Endolaríngea: Supraglótica região acima das cordas vocais. Glótica região onde estão as cordas vocais. Subglótica região abaixo das cordas vocais. Fisiologia Respiração + Fonação + Esfincteriana Protetiva. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Propedêutica da Laringe Inspeção (volume / coloração) + Palpação (Cadeia Linfonodal / Mobilização) Exame Endoscópico Laringoscopia Direta ou Videolaringoscopia ou Nasofibrolaringoscopia Flexível. Exames de Imagem TC ou RNM. Patologias da Laringe Laringites Agudas Laringite Catarral Aguda: Acontece em decorrência de um resfriado, mudanças bruscas de temperatura, inalação de substâncias irritativas, IVAS e ingestão de líquidos muito gelados. O agente etiológico mais comum é a Moraxella catarrhalis, Haemophilus influenzae e Vírus. Clínica Dor + Rouquidão + Tosse + Febre baixa. Quadro auto limitado com recidiva em até 8 dias. Laringoscopia Congestão + Hiperemia + Exudato Mucoso + Paralisia de Prega Vocal + Fenda glótica. Tratamento Eliminar Fator Predisponente + Antibiótico (Clavulim ou Quinolonas por 10 dias) + Corticoide + NBZ. Langingotraqueobronquite: É uma Crupe Viral com obstrução de vias aéreas intensa, ainda mais em crianças de 1 a 6 anos. Sua etiologia é o Parainfluenza 1 e 2, Influenza A e B e o Vírus Sincicial Respiratório. Clínica Intenso edema subglótico + Tosse Rouca + Congestão Nasal + IVAS + Febre + Angústia Respiratória. Sinais de Gravidade Menores de 6 meses + Estridor em repouso + Baixo nível de consciência + Baixa SaO². Diagnóstico Clínica + Videolaringoscopia (padrão ouro). Tratamento Observação + Umidificação da Via Aérea + NBZ + Oxigenioterapia + Corticoide + Antibiótico (S/N). Devemos ter cuidado com o efeito rebote da NBZ com Adrenalina e nos casos graves devemos intubar a criança. Epiglotite: Laringoscopia Epiglote volumosa, congesta e edemaciada com dificuldade de passagem do ar + Abscesso + Pregas vocais e região subglótica não estão afetadas. Tratamento Evitar traumatizar com a passagem do tubo + Posição sentado + Corticoide (Dexametasona) + Oxigenioterapia + Antibiótico (Ceftriaxona IV) + Antialérgico + Observação. Laringite Estridulosa: É um Falso Crupe, pois se trata de uma doença espasmódica que simula um Crupe. Clínica Dispneia Noturna Súbita + Sufocamento + Tiragens + Estridores + Tosse Rouca + Agitação + Sem Febre. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Sua regressão acontece em poucos minutos, por isso um falso crupe. Sua etiologia não está bem definida. Diagnóstico História clinica sem fatores que justifique a doença. Criança saudável que iniciou o quadro. Tratamento Ambiente Calmo + Umidificação + Compressa quente infra-hióide + Vasoconstrictor nasal + Corticoide para impedir recidiva. Coqueluche: São crises de tosse incontroláveis, mais comuns em crianças menores de 6 meses que estão infectados pela Bordetella pertussis, ou em adultos vacinados a mais de 10 anos. Acomete traqueia e brônquios. Clínica Febre + Coriza + Tosse Paroxistica. A tosse acontece por mais de 14 dias. Tratamento Azitromicina / Claritromicina / Eritromicina / Sulfametroxazol – Trimetroprim. Laringites Crônicas DRGE: Devido à ação direta do ácido sobre as cordas vocais, ou por estímulo vagal ou outros fatores agravantes como o tabaco, álcool e dieta muito copiosa que provoca esse refluxo. Clínica Rouquidão Matutina + Halitose + Pigarros Constantes + Sensação de “Bolo na Garganta” + Tosse. Diagnóstico pHmetria + Videolaringoscopia. Tratamento Dieta + Mudanças Comportamentais + IBP (Omeprazol por 2 meses) // Cirurgia. Lesões Epiteliais da Laringe: Leucoplasia é uma lesão esbranquiçada sobre a corda vocal. Pode estar associada ao alcoolismo, mau uso vocal de forma crônica, alergias respiratórias, uso crônico de esteroides etc. Nestes casos onde há cronicidade dos casos sempre devemos buscar por possíveis neoplasias. Fazer Biopsia + Histopatológico da prega vocal. A neoplasia mais comum é o Carcinoma Epidermóide. Ele está muito relacionado ao fumo e alcoolismo, mas também pode estar presente no mau uso vocal crônico. Diagnóstico Rouquidão constante sem períodos de melhora por mais de 3 semanas + Dispneia + Linfoadenopatia (só aparece nos casos de diagnóstico mais tardios). Patologias da Faringe Revisão Anatômica Anel Linfático de Waldeyer está composto pelas tonsilas Palatinas + Faríngeas + Linguais + Tubárias. Quando a adenoide está aumentada ela obstrui a luz da nasofaringe provocando nas crianças roncos e respiração oral. Desta forma, muitos tratamentos feitos são ineficazes se isso não for resolvido. No adulto os problemas obstrutivos são os desvios de septo, que podem ser corrigidos com cirurgia. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Faringotonsilites Com origem nos processos inflamatórios nas amigdalas, nódulos faríngeos e na parede posterior, as faringoamidalites são de sintomas variados como congestão nasal, dor de garganta e disfagia intensa. Fisiopatologia Implantação do patógeno nos tecidos faríngeos + Ativação das células de defesa + Hipervascularização + Edema tecidual + Espessamento do muco + Presença de pus (neutrófilos mortos). Faringoamigdalites Viral Quadro Clínico Dor + Mialgia + Febre Baixa + Tosse + Coriza (se assemelha a um resfriado). Inspeção Hiperemia + Edema + Pus (raramente). Tratamento Sintomáticos. Faringoamigdalites Bacteriana Estreptocócica Agente Etiológico Streptococcus β-Hemolítico do Grupo A. Quadro Clínico Dor Intensa + Disfagia + Otalgia + Febre Alta. Inspeção Hiperemia + Edema + Exudato Purulento + Adenomegalia. Diagnóstico Clínica + Cultura de Orofaringe (ninguém faz). Tratamento Antibióticoterapia (Penicilina ou Clavulin ou Macrolídos) + Analgésicos (AINES ou Corticoides). Complicações Febre Reumática / Escarlatina / Glomerulonefrite / Abscessos. Escarlatina É um quadro provocado pelas toxinas produzidas pela bactéria Streptococcus pyogenes durante um episódio de amigdalite ou faringite. Ela ocorre com mais frequência em crianças em idade escolar. Sintomas Dor de Garganta + Febre + Rash Cutâneo (Sinal de Filatov) + Língua em Framboesa. Tratamento Penicilina ou Macrolídeos em alérgicos. Abscesso Periamigdaliano É uma celulite localizada na amigdala e no espaço peritonsilar. Tem flora mista de contaminação. Quadro Clínico Complicação de uma Amigdalite + Odinofagia + Halitose + Salivação + Trismo. Inspeção Edema + Desvio da Úvula. Tratamento Drenar o abscesso + Colher material + Antibiótico (Ceftriaxona ou Clavulin ou Clindamicina). Mononucleose Infecciosa Agente Etiológico Vírus Epstein – Barr (EBV). // Doença do beijo. // Diagnóstico Sorologia de Paul – Bunnel. Quadro Clínico Febre + Poliadenopatia (Pescoço em Touro) + Esplenomegalia + Angina Pseudomembranosa. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Difteria Agente Etiológico Corynebcterium diphteriae. Quadro Clínico Febre + Queda do estado geral + Linfonodomegalia + Adinamia. Inspeção Pseudomembrana branco-acinzentada que está aderida à mucosa resistente ao descolamento. Diagnóstico Exame Bacterioscópico Direto. Tratamento Internação + Soro Antidiftérico + Penicilina ou Macrolídeos em alérgicos, menos Cefalosporinas. Angina de Plaut – Vicente Quadro Clínico Sem Febre + Odinofagia + Disfagia + Sintomas Unilaterais. Tratamento Antibiótico IV (Penicilina + Metronidazol) + Gargarejo com solução antisséptica. Herpangina – Angina Vesiculosa Agente Etiológico Vírus Coxsakie A e B // Echovírus. Quadro Clínico Febre + Microadenopatia Cervical + Disfagia + Vômitos. Inspeção Angina Eritematosa no Palato Mole + Úlceras esbranquiçadas com halo eritematoso. Rinite Introdução É a inflamação da mucosa de revestimento nasal. Cursa com Obstrução Nasal + Rinorreia + Gotejamento + Tosse + Espirros + Prurido + Hiposmia + Lacrimejamento + Dor de garganta pela manhã + Respiração Bucal + Roncos + Secreção Hialina + Sulco Cutâneo Nasal. Classificação: Alérgica É sazonal, perene ou ocupacional. Não Alérgica Pode ser por causa infecciosa (vírus / bactéria / fungo) ou não infecciosa (idiopática / gravídica). Aguda Aquela que tem tempo inferior a 3 meses. Crônica Aquela que tem tempo superior a 3 meses. Intermitente Aquela que tem períodos de melhora e períodos de crise. Persistente Aquela que não apresenta momentos de recidiva. Rinite Alérgica é a inflamação eosinofílica da mucosa de revestimento nasal de caráter crônico, mediado por IgE após a exposição a aeroalérgenos. Nestes pacientes os níveis séricos de Eosinófilos estarão altos sem causa parasitária. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Fatores Desencadeantes Aeroalérgenos Ácaros domésticos + Insetos + Fungos + Bactérias. Irritantes da Mucosa Poluição Ambiental + Fumo. Fármacos Antinflamatórios + Antidepressivos. Diagnóstico Essencialmente Clínico. Podem ainda serem feitos Testes de Sensibilidade Cutâneo e dosagem laboratorial de IgE e de IgA. Tratamento Não Farmacológico Higiene Ambiental + Lavagem Nasal + Evitar Alérgenos. Medidas Farmacológicas Anti-histamínico (Hidroxizina / Loratadina) + Descongestionantes Orais (Pseudofedrina) + Descongestionantes Nasais (Nafazolina) + Corticóides Tópicos (Mometasona) + Antileicotrienos (Montelucaste). A Imunoterapia está indicada quando as medidas não farmacológicas e farmacológicas falharam. E está contra indicada quando o paciente tem doenças imunológicas, cardíaca ou neoplasia. Seu objetivo é reduzir a sensibilidade do paciente aos alérgenos. Os Descongestionantes Nasais devem ser evitados ao máximo e, se usado, que seja por pouco tempo. Respiração Oral na Infância Introdução A respiração deveria ser exclusivamente nasal. Contudo, há crianças que apresentam a respiração oral. O pode estar acontecendo com elas são defeitos na passagem do ar pelas narinas e, por isso, elas requisitam a boca para isso. A respiração oral sempre é patológica. Claro que há graus onde varia a intensidade, segundo sua causa. A faixa etária mais incidente são crianças, mas os adultos podem também sofrer dessas afecções. As fossas nasais, além da olfação, têm por objetivo a umidificação, filtração e aquecimento do ar inspirado; por este motivo a importância de se respirar exclusivamente pelo nariz e não pela boca. Quando defeitos da cavidade oral e nasal são detectados, veremos problemas na olfação, Rinite Crônica ou recorrente, OMC, Amigdalites de repetição, Faringite, dificuldades na mastigação, fala anasalada, alterações na arcada dentária e dificuldades na deglutição. As repercussões sistêmicas envolvem o sistema respiratório, cardiovascular e endócrino porque afeta o crescimento e desenvolvimento dessa criança. Diagnóstico Anamnese Hábitos como uso de chupeta, mamadeira e chupar o dedo levam às alterações no palato e dentes. UNIG 2018.2 Otorrinolaringologia Emanoel B. Oliveira Queixa Principal Obstrução nasal + Roncos + Salivação no travesseiro + Sono agitado + Sonolência diurna. Exame Físico + Inspeção da cavidade oral (Oroscopia – Hipertrofia de Amigdala) e nasal (Rinoscopia). Exames Complementares Radiografia de Cavum // Nasofibroscopia // Polissonografia (Padão Ouro – impossível). Atresia de Coanas É uma obliteração completa ou incompleta da passagem de ar pelas coanas. Muitas vezes o diagnóstico é feito na sala de parto, quando o pediatra não consegue passar um cateter nasal. Os exames otorrinolaringoscópicos disponíveis são a Endoscopia Nasal ou a TCde Seios Paranasais. O tratamento definitivo é a correção cirúrgica no período neonatal. Hipertrofia de Tonsilas – Faríngeas e Palatinas Nada mais é que a Adenoide (Tonsila Faríngea) e Amígdala Hipertrófica (Tonsila Palatina). São a causa mais comum de respiração oral em crianças. Está relacionada á apneia obstrutiva do sono. A escala de Malapati pode ser usada para esse diagnóstico, uma vez que se assemelha a uma Oroscopia. Quando o paciente é eleito para cirurgia de Tonsilectomia, devemos analisar se há obstrução de um ou das duas tonsilas, pois de nada adiantará a cirurgia se a tonsila que obstrui continuar lá. Inflamatória ou Infecciosa Acontecem em Rinite Alérgica e Não Alérgica. O tratamento é com Corticoide Nasal + Anti-Histamínico + Solução Salina // Cirurgia. Traumáticas São as obstruções nasais decorrentes de traumas, por isso são obstruções repentinas como desvios de septo pros fratura ou corpo estranho (brinquedos / grãos). Nestes casos devemos fazer cirurgia para correção ou retirada do corpo estranho. Critérios de Paradise Anos Seguidos Nº de Infecções 1 Mais que 7 2 Mais que 5 3 Mais que 3