Buscar

Doenças de Suínos (Doença de Aujeszky)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Doença de Aujeszky 
A doença de Aujeszky (pseudo-raiva) é uma doença suína altamente 
infecciosa e economicamente significativa. Esta infecção viral frequentemente 
leva a sintomas neurológicos em animais jovens, doenças respiratórias em 
porcos mais velhos e diminuição da capacidade reprodutiva das porcas. A taxa 
de mortalidade de leitões muito jovens pode ser muito alta, mas os leitões mais 
velhos geralmente se recuperam. Porcos recuperados podem carregar o vírus 
latente e podem retomar a transmissão no futuro. 
Etiologia 
A doença de Aujeszky resulta da infecção pelo herpesvírus suíno tipo I 
(SuHV1), que também é conhecido informalmente por Vírus da Doença de 
Aujeszky (VDA) ou vírus da pseudoraiva. Esse vírus é membro do gênero 
Varicellovirus e da família Herpesviridae (subfamília Alphaherpesvirinae). 
Epidemiologia 
Suínos são os hospedeiros naturais (na forma da doença subclínica, o 
suíno elimina continuamente o vírus) e reservatórios do vírus na natureza, 
servindo de fonte de infecção para outras espécies animais (hospedeiros 
secundários) como bovinos, caninos, felinos, ovinos caprinos e leporinos, nos 
quais a doença é sempre fatal (hospedeiros finais), com eliminação nula do vírus. 
Patogenia 
A patogenia do vírus varia dependendo da amostra viral, idade do suíno, 
dose viral infectante e rota de infecção. Após a infecção primária, durante a qual 
o vírus replica nas células das amígdalas, mucosa nasofaríngea ou genital, o 
vírus invade terminações nervosas e é transportado ao longo dos axônios até os 
corpos neuronais situados nos gânglios sensoriais ou autonômicos. Nos 
neurônios, o vírus pode replicar agudamente e causar morte celular ou 
estabelecer uma infecção latente, onde permanece protegido do sistema imune. 
Após a reativação, o vírus migra de volta a os sítios da infecção primária, replica 
e é excretado ao meio ambiente, servindo como fonte de infecção para outros 
animais. 
Achados Clínicos 
Em suínos com menos de uma semana de idade, febre, apatia e anorexia 
são rapidamente seguidas de tremores, tonturas e outros sinais de envolvimento 
do sistema nervoso central. Alguns suínos com paralisia de posterior podem 
sentar-se sobre seus quadris na posição de "cão sentado". Outros podem ficar 
deitados e pedalando, ou caminhando em círculos. A mortalidade no grupo 
dessa idade é muito alta; uma vez que os sinais neurológicos se desenvolvem, 
o animal geralmente morre dentro de 24-36 horas. A morte súbita também pode 
ocorrer. 
Patologia Clínica 
O vírus SuHV-1 geralmente é transmitido entre suínos domésticos via 
rotas respiratórias e orais, embora a transmissão venérea também seja possível. 
Durante infecções agudas, esse vírus pode permanecer por mais de 2 semanas 
no epitélio tonsilar, leite, urina e secreções vaginais e prepuciais. Ele geralmente 
é disseminado diretamente entre animais através do contato direto (focinho com 
focinho); entretanto, pode permanecer infeccioso por mais de sete horas no ar, 
se a umidade relativa for pelo menos 55%. 
Achados Necroscópicos 
Lesões macroscópicas são frequentemente sutis, ausentes ou difíceis de 
serem visualizadas em suínos. Muitos animais apresentam rinite fibrino-
necrótica ou serosa, porém isso pode ser visível somente se a cabeça for dividida 
em duas e a cavidade nasal aberta. Edema, congestão ou consolidação 
pulmonar as vezes estão presentes, e pneumonia bacteriana secundária pode 
resultar em lesões macroscópicas mais evidentes. Os linfonodos podem estar 
congestos e conter pequenas hemorragias. 
Diagnóstico 
Os ácidos nucleicos e antígenos do SuHV-1 podem ser encontrados em 
swabs nasais, fluído orofaríngeo, swabs e biópsias de tonsilas de suínos vivos. 
O cérebro, baço e pulmões são os órgãos de eleição para o isolamento do vírus 
após necropsia, entretanto o vírus pode também estar presente em outros 
tecidos. Suínos latentemente infectados são mais propensos a serem 
identificados nos gânglios trigeminal em suínos domésticos e nos gânglios 
sacrais e trigeminal de suínos selvagens, porém o vírus vivo geralmente não é 
recuperado. Diagnóstico sorológico: anticorpos detectáveis no soro a partir de 
uma a duas semanas após a infecção natural ou vacinação. Os títulos 
permanecem por 12 a 18 meses. O teste de ELISA (ensaio imuno -enzimático) 
é mais sensível, mais rápido e econômico que o teste de soroneutralização, com 
a vantagem de se detectar, pelo teste de ELISA diferencial, anticorpos vacinais 
e desta forma diferenciar entre suínos vacinados e infectados com o vírus de 
campo. 
Diagnóstico Diferencial 
Infecções que cursam com alta mortalidade (peste suína clássica, 
gastroenterite transmissível), sintomas nervosos (polioencefalomielite, 
intoxicação por NaCl, meningite e encefalite em geral) ou doenças que cursam 
com alterações reprodutivas. 
Tratamento 
Não há tratamento específico para a doença de Aujeszky, exceto por 
tratamento de suporte e para infecções secundárias. 
Controle e Prevenção 
Uma resposta rápida é vital para conter surtos em regiões livres da 
doença. Veterinários que encontrem ou suspeitem de doença de Aujeszky 
devem seguir as diretrizes do seu território nacional ou local para o relato, 
notificando a doença. Medidas preventivas em uma região endêmica incluem o 
isolamento e teste de novos animais antes de serem incluídos em uma granja, e 
medidas de bioseguridade para prevenir a entrada de fômites, pessoas e animais 
circulantes, incluindo roedores e pássaros, contaminados. Propriedades 
infectadas devem passar por quarentena para prevenir a transmissão do vírus 
para outros animais.

Continue navegando