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Fluidoterapia em pequenos animais

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Aulas - Clínica médica de pequenos animais 1
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Aulas - Clínica médica de 
pequenos animais
Fluidoterapia
Introdução
Composição corpórea (água)
Até 6 meses: 80% do peso corporal. Precisa de mais água pois ainda está 
em adaptação para alimentação seca. Dieta sólida começa com 2 meses, 
quando os rins estão aptos para concentrar urina.
Adultos: 60% do peso corporal.
*Animal obeso: tecido adiposo é hidrofóbico, quando ganha gordura não 
ganha água na mesma proporção. Precisa de 80% do fluido que um animal 
com escore adequado precisaria. Ex.: animal saudavel recebe 500 ml, o 
obeso vai receber 400. 
Água corporal (60%)
Líquido intracelular: 40 %. Possui mais K e Mg.
Líquido extracelular: 20%. Possui mais Na (maior determinante da 
osmolaridade plasmática).
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 2
Líquido intersticial: 15%.
Rodeia todas as células, presente colágenos, fibras elásticas, 
fibroblastos, plasmócitos e ácido hialuronico.
Líquido plasmático: 5%.
No líquido extracelular há os íons, como sódio e cloreto, bicarbonato e 
nutrientes como oxigenio, ácidos graxos, glicose e aminoácidos. Além 
disso possui Cl, PO4 e íons orgânicos e proteínas.
Há também CO2 vindo do metabolismo para ser eliminado. 
Liquido transcelular há pouca quantidade e está presente nas cavidades - 
líquido intraocular, cérebro espinhal sinovial, bile e líquidos do trato 
digestivo. 
*Volemia 6-7% no gato e 8-9% no cão.
Equilíbrio hídrico
Perda de água.
Sensível: urina.
Insensível: fezes, respiração, transpiração e lactação.
Ganho de água.
Ingestão.
Dieta líquida: ≥ 70%.
Dieta pastosa: 20 a 40%.
Ração seca: ≤10%.
Água metabólica: é o produto final do metabolismo, resultado da 
oxidação de carboidratos, lipídios e proteínas. Representa 10 a 15% do 
ganho.
O que ativa o centro da sede?
Quando diminui o volume plasmático aumenta a osmolaridade que é percebida 
pelos sensores do hipotálamo, que libera ADH e faz com que o rim concentre 
mais urina e estimula a sede.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 3
*Animal que não sente sede tem alteração hipotalamica. 
Pressão coloidosmótica = manter os líquidos dentro dos vasos. A pressão 
oncótica acontece pela presença de proteínas plasmáticas e serve para 
manter os fluidos no sangue, dentro dos vasos. A pressão hidrostática 
tende a encaminhar o fluido do interior do vaso para o meio intersticial. 75 - 
80% dessa pressão é feita pela albumina sérica, mas o glicocálix também é 
importante. 
O glicocalix compõe a camada endotelial, é constituido por glicoproteínas e 
proteoglicanos. O espaço subglicocalix produz pressão coloidosmótica, fica 
entre o volume intracelular circulante e as fendas intercelulares, nessa 
região tem um gradiente de concentração proteica que gera pressão 
coloidosmótica, então lesionar vasos leva a destruição de glicocalix e 
deslocamento para a região intersticial, causando edema intersticial, que 
varia de acordo com as funções orgnaicas, em pacientes cardiopatas, 
inflamações, sepse, entre outras causas de lesão intersticial acontece o 
deslocamento de líquido e edema importante, muita dificuldade de manter 
volume intracelular. 
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 4
Aumento de fluidoterapia também pode levar a lesões endoteliais. 
Objetivos
Restaurar volume e composição dos líquidos corporais a normalidade.
Ganho de líquido = perda de líquidos.
Indicações
Volume: desidratação e perda de sangue.
Conteúdo: hipercalemia e hipernatremia, desequilíbrio nos compartimentos.
Distribuição: efusão.
Classificação dos liquidos
De acordo com a função:
Reposição: vendidos comercialmente, prontos.
Manutenção: se o animal não está se alimentando podemos por 
aditivos.
De acordo com o tamanho molecular e permeabilidade capilar:
Cristalóide.
Colóide.
De acordo com a osmolaridade ou tonicidade:
Hipotônico.
Isotônico.
Hipertônico.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 5
Soluções cristaloides
Contém eletrólitos ou não, permeiam todos os tecidos. Vias: VO, SC ou 
IV. Passam por todos os compartimentos, de uso geral.
Como escolher
Vomito: cloreto de sódio (para repor potássio junto) ou RL. 
Diarreia: RL (perda de sódio muito grande). 
DRC: RL (alcalinizante). 
Animal não está se alimentando e precisa da solução a longo 
prazo: fluidos de reposição não são suficientes. Precisa de: 
potássio, glicose, vitaminas, proteínas, gorduras (nutrição 
parenteral).
Cristaloides isotonicos
Tem grande quantidade de sódio, cloro e água, repõe eletrólitos e 
volemia. 
Tem um deslocamento rapido, a partir do momento que adm a 
tendencia é se deslocar para a região intersticial, cuidar com 
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 6
pacientes que tem lesão endotelial pois vai ter grande volume de 
fluido se deslocando e causando edemas. 
As soluções de reposição são isotonicas e podem ser 
alcalinizantes ou acidificantes. 
O ringer lactato e o NaCl 0,9% possuem osmolaridades 
semelhantes ao plasma sanguíneo, mas o cloreto de sódio 0,9% é 
mais hipertonica e o ringer mais hipotonico. São indicadas na 
reposição ou manutenção e para quando é precio adm 
medicamentos IV de infuão contínua. 
Acidificantes 
Cloreto de sódio 0,9% = Na e Cl (solução fisiológica)
É fisiológica para humanos, tem muito mais sódio e cloro 
do que tem no plasma de cães e gatos.
A curto prazo não tem problema, mas de forma crônica o 
cloreto pode causar acidose hiperclorêmica, hipernatremia 
e hipocalemia.
Se usado muito rápido pode causar alterações 
neurológicas.
Usos:
Hipocloremia ou hiponatremia: se o animal estiver se 
alimentando ou se vai usar glicose, pois não tem 
potássio.
Vomito: perde cloro, hidrogenio e potássio, pouco 
sódio.
Alcalose metabólica ou respiratória: pH mais ácido que 
o RL.
Glicose 5% = glicose
Glicofigiológica.
Fonte de água livre de sódio.
Usada para:
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 7
Corrigir hipernatremia aguda: quando não pode fazer 
volume grande de fluído para diminuir a osmolaridade. 
Ex.; intoxicação por água do mar ou bicarbonato de 
sódio.
Injeção de medicamentos.
Dar um pouco de glicose pro paciente: mas não é 
suficiente para manter glicemia. Se não está se 
alimentando ou está com hipoglicemia suplementar 
glicose 50% em bolus.
Pode ser usada na manutenção, desde que adicione 
potássio para pacientes que não estão se alimentando.
Recurso para reduzir as concentrações de eletrólitos 
de outros cristalóides, quando usamos para dilui-los. 
Exemplo na hipernatremia podemos usar a glicose 
para conseguir repor o fluido sem aumentar o sódio.
Administração deve ser lenta, pois tem pouco soluto, para 
não causar desmielinização das bainhas neurológicas.
Ringer simples
Sem lactato. 
Alcalinizantes
Possuem precursores de bicarbonato. 
Ringer lactato = Na, lactato, Ca e K
Solução de reposição e manutenção.
É o mais fisiológico para cães e gatos, isotonico, usar esse 
se tiver em dúvida.
O sódio entra em composição menor, mais semelhante ao 
plasma.
Lactato se transforma em piruvato no fígado, tem papel de 
alcalinizante ao se transformar em bicarbonato, indicado 
quando o animal tem acidose.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 8
Usado para evitar ou tratar a acidose metabólica, nos 
casos de perda de cloreto, sódio, potássio e cálcio. 
Possui o lactato de sódio que é um tampão e por isso há 
redução do cloreto, diferente do ringer simples que não 
possui lactato. 
Concentração pequena de cálcio e potássio.
Se o paciente tem hipercalcemia e hipercalemia 
discreta ou doença hepática pode usar.
Na doença renal converte menos piruvato, mas não 
tem problema usar.
Não usar se tiver alterações no eletrocardiograma.
Cloreto de sódio 0,45%
Misturar meio a meio, cloreto de sódio 0,9% com glicose 
5%, para hipernatremia e hipercloremia quando não tem 
RL, passando de uma seringa para outra ou canular dois 
vasos diferentes, assim mistura tudo no sangue.
O RL tem menos sódio, mas se o paciente está com sódio 
plasmático muito alto é indicado soluçãocom menos sódio, 
mais hipotonica, controla hipernatremia mas com menos 
volume de fluido.
Ringer acetato
Maior efeito alcalinizante pela conversão de acetato em 
bicarbonato nos músculos. Não usa metabolismo hepático 
para converter piruvato.
Semelhante ao RL quanto ao sódio.
Usado na acidose metabólica com concessão hepática 
deficiente, quando quer alcalinizar sem bicarbonato, 
metabolização mais fisiológica.
Bicarbonato em bolus pode causar efeito rebote, 
aumentando a acidose.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 9
Fazer de forma lenta e gradual.
Cristaloides hipertonicos
NaCl 7,5%
Não devem ser de primeira escolha para pacientes 
desidratados, pois a movimento de água do espaço intracelular 
para o meio intravascular, promovendo maior desidratação 
celular.
Usada para tratamento de trauma cranioencefalico, mas cuidar 
se o paciente não term hipernatremia. 
Ressucitação volemica = com volumes altos em pouco tempo, 
10-15 minutos, 15-30 ml/kg.
Soluções colóides
Solução de Dextran e Voluven.
Alto peso molecular, não conseguem atravessar membranas, ficam só 
no plasma, mantendo o liquido dentro dos vasos. 
Normaliza a volemia, mas só se o endotélio não estiver lesado. O 
endotélio vascular integro não permite que moleculas de alto peso 
extravassem. 
Usadas para reposição de volume IV em casos de hipovolemia grave, 
hemorragia, hipoproteinemia, onde não da tempo para repor com 
cristalóide, quando está avaliando se precisa de sangue para 
transfusão ou quando não tem sangue doador.
Apenas emergências.
Não impede a desidratação mas reestabelece a pressão.
Polímero sintético com o mesmo efeito da albumina, mantém a pressão 
oncótica ou coloidosmótica.
Starches:
Cão: < 20ml/kg (em 4 bolus ao longo de 24h).
Gato: 10 a 20ml/kg (em 4 a 5 bolus ao longo de 24h).
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 10
O volume calculado de solução cristaloide não tem nada a ver com 
solução coloidal, tem reposição diferente. 
Em humanos está relatado que o uso de coloides aumenta as chances 
de coagulopatias, lesão renal aguda e morte, na veterinária é 
questionavel ainda. 
Avaliação da hidratação
Na desidratação primeiro perde água do líquido extracelular, depois o 
líquido intracelular se desloca para o compartimento extracelular. 
Choque é a produção inadequada de energia nuclear ou a baixa 
quantidade de O2, pode ser por falta de O2 ou por falta de fluxo para levar 
o O2 para onde deveria, muito relacionado com perda volemica e 
diminuição da pré carga, levando a déficits de produção energética, então 
começa a fazer respiração anaeróbica, por isso é importante medir o 
lactato nesses pacientes. 
O choque desencadeia morte de células e falencia dos órgãos. 
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 11
FC pode estar aumentada, menor estado de consciência (sonolência, 
coma).
Animal obeso ou caquético: melhor avaliar pelo olho do que pelo turgor de 
pele.
Animal em choque hipovolemico = 12% de desidratação, tem que repor o 
volume em 1-3 horas.
Estado de consciencia alterado, TPC muito aumentadno, depressão do 
SNC, baixa resposta a estímulos, temperatura baixa, PA sistolica 
abaixo de 80, pulso muito fraco.
30 a 90 ml/kg em 1-3 horas, mas se for cardiopata ideal é não chegar 
no 90, espaçar mais.
PA adequada é acima de 100, mas se chegar aos 80 já está fora de 
risco.
Se tiver colóide já faz o primeiro bolus e depois continua com o 
cristaloide.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 12
Hipovolemia pode causar injuria renal aguda.
Alterações laboratoriais
Hemograma.
Aumento do hematócrito, >50%, a camada de células fica mais alta e a 
de plasma menor, pode enganar se o animal estiver com anemia.
Bioquímica sérica.
Proteína plasmática total aumentada, >80 g/dL, pela 
hemoconcentração, exceto se tiver hipoproteinemia.
Aumento da ureia e creatinina - azotemia pré-renal: hidratar antes de 
avaliar a função renal.
Urinálise.
Paciente desidratado mas com as funções normais: aumento da 
densidade urinária, >1,025.
Paciente desidratado, com doença renal, uso de diuréticos ou 
corticoides, diabético ou com hipo/hiperadrenocorticismo: diminuição 
da densidade urinária.
Hemogasometria: aumento de CO2 sanguíneo.
Vias de adm
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 13
Oral: é mais fisiológica porém mais lenta. 
SC: soluções cristaloides isotonicas podem ser usadas na desidratação 
leve. Hipertonicas e hipotonicas cristaloides, coloides e dextrose não 
devem ser usadas. 10 ml/kg em cada local de aplicação. 
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 14
IV: para pacientes mais graves, volume maior. Pode usar os diversos 
cristaloides e coloides. 
Intraóssea: pode gerar osteomielite e gerar dor. Femur, crista tibial ou 
trocanter do umero. Usada em filhotes quando é dificil o acesso venoso. 
Pode ser usado cristaloide isotonico e dextrose. 
Intraretal: usada normalmente para medicamentos principalmente 
benzodiazepinicos para pacientes que chegam convulsionando, para 
reposição volemica não é muito usado. 
Etapas da fluidoterapia
Reanimação
Necessária na emergencia, onde precisa repor perdas decorridas de 
doenças mais graves de forma rapida, como o choque que precisa de 
grande volume para expandir o espaço intravascular e corrigir o déficit 
de perfusão, pacientes com muita perda por vomito ou diarreia. 
Reidratação 
Etapa de reposição onde precisa repor a volemia, mas tem um tempo 
aceitavel para isso. 
Manutenção
Para pacientes que não estão desidratados mas não estão fazendo a 
ingesta. 
Estimativa da quantidade de fluido cristalóide para 24 horas
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 15
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 16
Monitoramento
*A cada 1 hora para paciente crítico e 2 horas para estáveis. 
Consciência.
FC, FR e amplitude: aumenta na desidratação e normaliza com a fluído.
Umidade e coloração das mucosas.
TPC.
Turgor da pele.
T retal e das extremidades dos membros: no choque compensa a 
circulação para os órgãos centrais, extremidades ficam frias, quando 
hidrata volta a temperatura normal.
Peso corporal: aumenta na fluido, 1 litro de fluido - 1 kg.
Produção e saída de urina: aumenta produção na fluido, avaliar o débito 
urinário pois o paciente pode ter injúria renal.
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Pressão arterial: normaliza.
Exames laboratoriais.
Hematócrito: aumenta na desidratação.
Pulso.
Sons pulmonares.
Volume de células/sólidos totais.
Proteína total: diminui na desidratação.
Lactato sérico: indicador de hipóxia, aumenta na desidratação.
Gravidade específica da urina.
Nitrogênio da ureia no sangue.
Creatinina, ureia e eletrólitos: diminui na fluido pois expande o volume.
BP.
Gases sanguíneos arteriais ou venosos.
Saturação de O2.
*Animal muito desidratado aumenta FC e FR de forma compensatória.
*Exames não obrigatórios: volume celular, paciente desidratado aumenta 
hematócrito, diminui PT, aumenta lactato sérico.
*Quando parar o fluido? Se está fazendo 500ml hoje, amanhã reduz pra 
metade, vê se ele está conseguindo se manter hidratado, depois começa a 
fazer SC, para a fluído quando ver que ele está conseguindo se manter.
Erros comuns
Hiper hidratação:
Taquipneia e dispneia.
Edema pulmonar: crepitação a ausculta.
Ascite.
Linfoma de mediastino.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 18
Edema de conjuntiva palpebral.
Ocorre quando estamos fazendo muito rapido ou grande volume, ou 
por que tem injuria renal e não produz urina.
Alterações de potássio e sódio
Potássio
Diminuição da excreção renal e aumento da ingestão = hipercalemia.
Hiperexcitabilidade e arritimia pela aceleração da repolarização 
ventricular e bloqueio AV.
Eletrocardiograma: aparece alterações quando a hipercalemia 
está acima de 7,5.
Tratamento:
K entre 5,5 e 6,5 mEq/l: tratar a causa de base e monitorar. 
Exemplo: desobstrução, diminuir ingestão e tratamento da 
doença renal.
K 7,5 mEq/l: intervenção rápida por causa da arritimia.
Bicarbonato de sódio: 1-2 mEq/l,IV.
Insulina 0,5-1 UI/Kg e glicose 0,5 mg/kg na fluido: a 
insulina se liga ao receptor celular para a glicose entrar, o 
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 19
potássio entra junto com a glicose, diminui o potássio 
circulante para poupar o coração.
Fluido associada a diuréticos de ação e tiazínicos: se tiver 
parente o fluxo e produção urinária.
Arritimia: gluconato de cálcio 200-1000 mg/animal, em 
bolus, IV, dura 2-4 horas, tempo para resolver a 
hipercalemia.
Aumento da excreção renal e diminuição da ingestão = hipocalemia.
Fasciculação e paralisia muscular e arritmia cardíaca.
Aumento da excreção renal = perda de água e potássio.
Muito vista em gato na fase avançada de doença renal cronica, 
quando se tornam poliúricos, não conseguem concentrar a 
urina e ela fica muito volumosa.
Diurético aumenta a excreção.
Todos os fluidos de rotina são insuficientes em potássio.
Tratamento:
Evitar solução com glicose, pois vai carrear potássio para 
dentro das células.
Solução rica em K (KCl a 30 a 40 mEq/l), taxa ≤ 0,5 mEq/Kg/h, 
IV, taxa maior que isso pode causar arritimia, não fazer rápido. 
Paciente com 10 kg não pode fazer mais que 5 mEq/h.
SC: deve ter < 35 mEq/l de K.
VO: para DRC, que sempre perde potássio. Cloreto, fosfato, 
gliconato, citrato, bicarbonato e acetato de potássio.
2-3 mEq de K, BID, para gatos.
2-44 mEq de K, BID ou TID, para cães.
Ampola de KCl a 19,1%: 1 ml = 2,56 mEq de K. O mais rápido 
que pode fazer é 0,5 mEq/kg/hora.
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 20
Ex: paciente de 10 kg, precisa de 2 mEq/kg, 20 mEq, 7,8 
ml de KCl dentro do fluido em 24 horas. Pode receber 5 
mEq por hora, então tem que repor em 4 horas, para não 
causar problemas cardíacos.
Sódio
Aumento da ingestão ou perda de muita água e pouco sódio = 
hipernatremia.
Vai causar vomito e alterações neurológicas.
Não é comum aumento da ingestão, só quando coloca muito sal na 
comida, ou ingestão de água do mar.
Perda de água e pouco sódio acontece na diarreia e diabetes 
insípido.
Diarreia perde pouco potássio e muito sódio.
Paciente desidratado ou doente renal que perde muita água tem 
que hidratar antes da coleta de sangue para mensurar sódio.
Ventroflexão cervical, fraqueza muscular por hipocalemia, comum na doença renal 
crônica
Aulas - Clínica médica de pequenos animais 21
Diminuição da ingestão ou perda de pouca água e muito sódio = 
hiponatremia.
Causa fraqueza muscular e alterações neuro, letargia e depressão.
Tratamento
Só em casos agudos, casos cronicos identificar e corrigir o 
problema, o organismo se adapta, pode não ter sinais.
Correção lenta, em 24 a 72 horas, exceto sinais neurológicos, que 
deve ser em menos de 8 horas.
Desidratação e hiponatremia: NaCl 0,9, repõe fluido e sódio.
Hidratação e hiponatremia: NaCl 5 ou 3, tem menos fluido, então 
evite hipervolemia, lento, em 24 horas. Não usa solução pura pois 
fora do vaso necrosa e se fazer em bolus faz hipernatremia aguda, 
só usa se a PA está muito baixa e com risco de morte, aumenta a 
PA de forma brusca, mas em alteração de sódio usa diluído.
Choque hipovolêmico: solução isotonica.
Quanto mais hipotonica a solução mais lenta a adm, pois pode 
causar desmielinização das bainhas, problemas neuro.
Hipernatremia: soluções com menos sódio.

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