Biotecnologia em prol da saúde da mulher

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Julyana de Aquino Guerreiro Araújo 
 
Biotecnologia em prol da saúde da mulher 
Conceitos básicos 
 
Citopatologia “É a ciência que estuda as doenças através das 
modificações celulares, considerando as suas características citoplasmáticas e 
nucleares.” 
 Aquisição de inúmeros conhecimentos científicos 
 Introdução de novas tecnologias 
 Invenção do microscópio óptico convencional 
 Técnicas de processamento e coloração dos espécimes 
 
• Área da Patologia que estuda as doenças a partir de observação ao 
microscópio de células 
▪ Esfregaços; ▪ Raspados; 
▪ Aspirações; ▪ Centrifugação de líquidos; 
 
Exame preventivo 
 
 
Exame de colo do útero 
Citologia esfoliativa 
Citologia oncótica 
Exame ginecológico 
Microscopia cervico-vaginal 
Exame de Papanicolau 
 
 
• É a principal estratégia para detectar enfermidades/anomalias 
 
▪ Lesões precursoras ou associadas a câncer uterino; 
▪ Diagnóstico de doenças associadas; 
 
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Vantagens Desvantagens 
 Método rápido  Exigência de especialização 
 Baixíssimo custo  Exigência de dedicação e esforço 
▪ Reagentes 
▪ Microscópio 
 Alta confiabilidade 
 ▪ Profissional treinado 
 Altamente padronizada 
 Flexibilidade 
 
Canal vaginal 
 O epitélio vaginal é descamativo 
▪ Ciclo menstrual 
 Rico em glicogênio 
 Epitelio descamativo e ↓ pH 
▪ Impede a entrada de 
bactérias (coccus) 
 ▪ Reto 
 ▪ Ânus 
▪ Impede o estabelecimento de fungos filamentosos 
▪ Impede a infecção por vírus 
 ▪ Fluxo de externalização/excreção de materiais 
Desde que não existam lesões ou porta de entrada nessa região 
Epitélio pavimentoso estratificado não–queratinizado 
 
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➔ células colunares 
 
 -> Epitélio pavimentoso 
 estratificado queratinizado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Útero 
Colo (externo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JEC: junção escamo colunar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Infecções/inflamações do útero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HPV 
Evolução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A classificação de Bethesda, proposta em 1988 e revisada em 1991, 2001 
e 2008, subdivide as células escamosas anormais em quatro grupos: 
1. ASC, células escamosas atípicas 
 Representa uma única entidade biológica, mas sim uma resposta exuberante 
▪ Associação com uma inflamação 
▪ Amostra não representativa da lesão 
▪ Constituindo um diagnóstico de exclusão 
 As ASC foram divididas 
 ▪ ASC-US 
 ▪ Células escamosas atípicas de significado indeterminado 
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▪ ASC-H 
▪ Células escamosas atípicas de significado indeterminado não se 
podendo excluir lesão de alto grau. 
▪ Refere-se a células escamosas atípicas, cujo achado não permite a 
exclusão de lesão de alto grau (HSIL). 
▪ Células são escamosas imaturas, com atípia nuclear leve ou moderada, 
incluindo as características de metaplasia atípica, reparo celular atípico e 
epitélio atrófico com atipias. 
▪ Apresentam-se mais comumente espalhadas na lamina, com células 
isoladas ou com pequenos grupos que contém menos de 10 células 
 ASC-US 
▪ Células apresentam-se com aumento nuclear de 2,5 a 3 vezes em 
relação ao tamanho do núcleo da célula intermediaria normal 
▪ Variação na forma nuclear, além de aumento discreto na relação 
núcleo/citoplasma 
▪ Observar binucleação, com hipercromatismo discreto com 
irregularidade, ainda que discreta, na distribuição da cromatina ou mesmo 
do formato da membrana nuclear 
 
2. LSIL ou NIC I, lesões intra-epitelial escamosa de baixo grau 
▪ anteriormente denominada displasia leve ou neoplasia intraepitelial de baixo 
grau (NIC I) 
 Essas alterações ocorrem em células epiteliais maduras 
▪ Superficiais e intermediárias 
 Citoplasma com contorno bem definido e abundante 
▪ Isoladas ou em lâminas 
▪ Com aumento nuclear maior ou igual a 3 vezes ao se comparar com o 
núcleo da célula intermediária normal. 
 Binucleação ou multinucleação e contorno nuclear liso 
 Cromatina finamente granular é distribuída uniformemente pelo núcleo. 
 Hipercromatismo 
 Coilócito 
▪ Significa cavitação, erosão e cratera 
▪ Célula madura com grande halo perinuclear de contornos acentuados 
▪ Periferia do citoplasma apresentando orla densa 
 Presença de queratinização 
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▪ Paraqueratose 
▪ Disqueratose 
3. HSIL, lesões intra-epitelial escamosa de alto grau 
▪ Incluindo displasia moderada e NIC II, displasia grave e NIC III/carcinoma in 
situ 
 Células epiteliais imaturas, tais como as parabasais, as basais e as 
metaplásicas 
 Citoplasma denso arredondado, ovalado ou irregular em células isoladas, 
dispostas em laminas ou agrupamentos sinciciais 
 Aumento relação núcleo/citoplasma, variação no formato e no tamanho 
nucleares, cromatina fina ou grosseira, confere ao núcleo hipercromatismo e 
nucléolos pequenos 
 Membrana nuclear é irregular e espessada 
4. Carcinoma escamoso invasivo 
 Neoplasia epitelial maligna do colo uterino 
▪ Rompe a membrana basal 
▪ Infiltra o estroma adjacente 
▪ Tem capacidade de metástase 
 É a neoplasia maligna mais frequente do colo uterino 
 Segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres 
 O esfregaço apresenta muitas células neoplásicas 
▪ Disformia e/ou pleomorfismo 
▪ Núcleo grande ou picnótico, irregulares, e hipercrômico exibindo 
citoplasma eosinofílico/queratinizado bem definido 
 É comum a presença de pérolas córneas 
 Estão presentes células em fibra, isoladas ou em agrupamentos 
▪ Notável variação do tamanho e da forma celulares 
▪ Células em “girino’’