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Reltorio parcial 
estagio especifico 
Área clinica
Núcleo de Psicologia
.
Introducçao meia pagina 1 pagina 
Cujo abordagem é a psicanalise
Importância entrelaçar a teoria com a técnica, comunidade carente, suporte psicológico devido muitas perdas.
Fundamentação teórica
5 a 6 a 8 paginas. Nora tcc 
Explicando o que é a psicanalise conceito e pre supostods básicos. Definição de conciente pre conciente o eu é isso, conceitos id ego e super ego o que é isso, mecanismo de defesa do ego, de acordo ana e freud teoria de defesa melaine, psicologia depois de freud. Falar sobre a técnica psicanalítica, técnica de criança trasferencia contra trasnfecia set analítica, resistência, sociação livre, atuações explicar, diferença psicoterapia de psicoteria analítica braian, ludo terapia de técnica terapêutica. Posso me citar
 
2 . caractarização do núcleo perguntar para o pessoal do núcleo
3. referencia
4. assinatura do superfizor
Anexooo cronograma do estagio, supervisão triagem 
Anexo b todas as sessos dialogados, se naõ tiver passicente 3 triagem esumo.
AMANDA ALVEZZ NEGUINHA NOJENTAAAAAAAA
3 - EST UDO DE CASO 
 
FE S é um pa ci ente de 5 8 anos de i d ad e, casa do, teve quat ro fil hos, 
sendo que doi s sã o fa leci dos. É f unci oná ri o p úbli co, te ndo passa do um ano e 
oi to meses de licença médico, devi do ao quadro de depressão desencadeado 
pela morte do fil ho mai s no vo, vi tima de aci dente de trâ nsi to ocorri do em 
dezembro d e 20 10. Foi ate ndi do no per íodo d e ab ri l a se tembro de 2012. 
A quei xa i ni cia l apresentada pelo paci ente foi de d esi nteresse pela s 
coi sas d a vid a, a ng ús ti a e d e profunda triste za , si ntoma s q ue surgi ram ap ós a 
mo rte do fi l ho caçu la. FE S procuro u o C entro de P si cologi a A pli cad a da 
Uni versi d ade P auli sta – UN IP , para atendi me nto psi cológi co por orientação e 
encami nha mento do psi q ui a tra , médi co do Hospi tal D i a, respo nsá vel pelo se u 
caso. 
Na sessã o da tri age m, rela to u um po uco da hi stori a de vi da, a q ua l é 
permead a p or vá rios e ve ntos que i nc luem sig ni ficativas p erdas , ta nto de 
fami li ares q ua nto de amig os. C hegou à co ns ul ta di ze nd o q ue q ueri a e sq uecer a 
mo rte do fil ho ca ç ula, porém não co nseg ui a, poi s tudo q ue pe nsa va e fa zi a era 
carregad o d e lembranças do fi lho. Alega va que não ente ndi a como pode 
acontecer i sso com aq ue le que era seu grande compa nhei ro. FE S carrega va 
também a d or pe la perda de out ro fil ho, q ue fo ra a ssassi nado quat ro a no s 
antes da mor te do fil ho caç ula. 
No pri nci p i o do a companhame nto terapêutico , o p aci ente de mons tro u 
uma te ndê nci a d e evitar fala r de a ssun tos da vi da pessoa l, fala ndo ape nas 
sobre laudos médi co recebi dos d o seu psi qui atra, e d a a usência do fil ho. F ez 
tratame nto medi ca me ntoso, usa nd o C lo na zepa n, Resp i ridona e Imi promi na, e 
que de vi do o uso dos med i camentos não co nseg ui a mai s c horar . 
A problemáti ca do paciente foi primei ra mente determi nada por uma 
re ali dad e que i mpôs o fato de que o obje to d e amor já não e xistia, o u seja, o 
fi lho nã o está presente. P orém ve ri fico u-se na fa la do p aci ente, boas 
lembra nças d o filho que mor reu o que se config uro u, d ura nte o trabal ho do luto , 
uma acei tação reparadora na te ntati va de reco nstrui r seu m u nd o i nter no, que 
foi despeda çado pela mor te do e nte q ueri d o. 
D e aco rd o com o que afirma Fi o ri ne (2004), sobre os co nce i tos da 
psi coterapi a breve, i nici a lme nte o pa ci ente fo i acol hi do em um ambi ente de 
acei tação, p odendo falar de s ua dor, se us sofri me ntos , se us medos , sua s 
fan tasi as sem ser critica do e ao mesmo tempo, um a mbi ente de s uste ntação 
proporcionando ao paci e nte a se nsa ção d e q ue não estava so zi nho, 
compreende ndo q ue se ri a ajudado no q ue p reci sava. 
Na p rática , i sso si gnifico u di scuti r a rea lida de d a pe rda , o vínc ulo co m o 
fi lho mor to, as vi vê nci as, as lembra nças , dei xa ndo af lorar , um p ouco , p or mei o 
da asso ci ação livre di reci onada pa ra um fo co, a dor pa rtic ula rme nte i nte nsa, 
provocad a no traba lho do l uto . O ob je tivo foi a ssi sti -lo no p rocesso de 
aceitação da perda. 
Ai nda confor me o autor citado, o primei ro e ncontro e nt re o terape uta e o 
paci ente é de s uma i mportâ nci a, p oi s seg und o ele é o mo me nto q ue se defi ne 
nã o só a pa rte di agnósti ca , mas também a co nfiança , p oi s a parti r daí poderá o 
paci ente co nti nuar o u não o t ratame nto. 
Assi m, tra nsmi ti ndo co nfi a nça ao p aci ente e i nteresse pe los se us 
problemas, p roc uro u-se logo nas p ri mei ras sessõe s, por meio d e uma 
aproxi ma ção afeti va, estab elecer bom rapport. O a mb i ente faci li tador a j ud o u o 
paci ente, a compar ti l har s ua d or e so frime nto , se ndo o uvi do de ma nei ra a 
tra nsmi ti r, com seg ura nça , que comp ree nd íamos o que se passa va e que 
exi stia m ra zõ es para ta i s senti me ntos provocad os pela pe rd a sofri da. D esta 
forma, i nici ou-se o desen vol vime nto d e uma alia nça te rap ê uti ca, o nde o 
paci ente pôde estar moti vado a parti ci pa r e co laborar ati va me nte do 
tratame nto. 
Ai nda uti li za ndo os p ri nc ípi o s da psi coterap i a b reve, o trabal ho 
terapêu ti co foi foca do, dad o a s ua urgê nci a, no l uto vi vi do pelo paci e nte. 
Se gundo Fi ori ne (2004) , o terap ê uta d e ve at uar ma nte ndo em me nte o foco, o 
princ ípi o da focali za ção do e sforço terapê utico, uma foca li zaçã o q ue gara nte a 
efi cá ci a d a terap i a. A i nda seg undo o a uto r, no mo delo e tio lógi co da 
psi coterapi a breve, o foco é esse nci alme nte ap ree nd er a vivê nci a at ua l. 
No de correr do processo terapê utico foi se de senvo l ve nd o uma adesã o 
por parte do pa ci ente a o tratame nto . O paci ente começou a se mostrar mais 
confi a nte e co me çou e ntão , a falar da s ua vid a cotidi a na e dos afazeres em
casa, no e nta nto , a mai o ria d as históri a s era de ass untos relacio nado s ao fi l ho 
falecido . Mas se u disc urso começou de va gar a m ud ar de cená ri o. 
D ura nte o processo te rapê uti co foi o bser va do q ue o paci e nte neg a va a 
se sepa ra r do obje to amado q ue fora p e rdi do. Para Fre ud (1 914 -1916), no 
processo do l uto e xi ste uma reaçã o à perda real de um o bje to amado e “perda 
da cap aci dade de adotar um no vo obje to de a mor” (p. 250 ). F oi obse rvado 
assi m, que o paci ente não acei tava a fo rmação d e no vo s vín c ulos s ubsti t uti vos, 
re cusa va-se i n ves ti r sua s emoções em novas ati vi dade s cotidi a na s e nã o 
acei tava o a poi o social d e fa mi li a res e amigo s. P arecia entreg ue a um 
compromisso com uma i nte nsa a ng ústi a, repe ti ndo hi stóri a s que e nvo l vi a 
si tuação de morte . 
Se gundo f u nd amentos d a teo ria psi canal ítica , o l uto si gnifica 
afa stame nto da s coi sa s normai s da vida , fa lta de i nte resse pe lo e xter no , 
afa stame nto de toda e qua lq uer ativid ade que nã o este ja liga do a pensamentossobre o ente querido . No dese nrola r do s no ssos enco nt ros, a gra vi dad e da 
ocorrênci a d esse comporta me nto po de ser notada, q ua ndo o paci ente 
apresenta va di ficuldade pa ra resgatar o con tato com a reali dade conc reta, 
re cusa ndo -se e m co nti nuar os proje tos d e vi da. 
O p roce sso d o luto a bsor ve todas a s ene rgia s do ego, por i sso a fa lta de 
i nteresse pelo m undo, q ue se torna va zi o e pobre para a pe ssoa enl utada. 
Freud (1914 -19 16). 
Se gundo F re ud, com a perda do obje to amado, surge de fo rma 
i nco nsci e nte um se ntime nto ambi vale nte prese nte nas re lações a feti vas, No 
luto, essa ambi va lênci a exteri orizo u -se no paci ente , p ela cu lpa da perda do 
objeto, se auto recri mina ndo por te r i nf lue ncia do a vi agem que ca usara a morte 
do fil ho. A parti r do mome nto q ue a lib i do foi se d es li g and o aos po uco s do 
objeto perdi do e sendo i nvestid a em outros o bjetos , o paci e nte reconhe ce u que 
a de ci são de vi ajar foi d o fi lho e que o ap oi o q ue ele d e u foi i nte nci o nand o o 
me l ho r pa ra o fil ho. 
A reali dade i mpôs para FES a necessi dad e d o enfre ntame nto da perda 
re al da pessoa queri da , ou seja, foi preci so tomar consci ência que o objeto de 
amor não e xi ste na reali dade exte r na, e que as recordações e le mbra nças do 
fi lho não de vi am arq ui va r se us afe tos. Em Fre ud (1914 -1916), “o teste da
re ali dad e revelo u q ue o ob jeto amad o não existe mai s, passa ndo a exi g i r q ue 
tod a a li bi do seja reti rada de suas li g ações com aque le ob jeto” . (p . 250) 
D evi d o à i nércia das le mbra nças ps íq ui cas, o trabal ho do luto tor na -se 
penoso, afi nal nã o é fáci l esq ue cer a lg uém q ue se ama. S eg u nd o F reud (1914 -
1916 ), as pe ssoas nunca aba ndona m de b om a grado uma posi ção li bi di nal. No 
enta nto, e ntre o ma ndado da reali dade e a i nibi çã o e i solame nto d o eg o como 
devoção ao l uto, norma lme nte pre vale ce à i mp osi ção da reali dade . 
Nesse se nti do, o t rab al ho terapêutico vi sa nd o rec uperar a capaci da de de 
autoco n heci men to do paci ente , proc uro u resga ta r valores , c ha mar a a tençã o 
para sua vi d a e o senti do dela . F oram s ugerid as atit ude s e d etermi nadas 
muda nças de co mpo rta men tos, i nce nti va ndo a tare fas p ráti cas de la zer, 
domésti cas, reli g i osas, todas focadas nas reai s ne cessi dad es do paci ente. O 
objetivo foi esti m ulá- lo rea li za r a lg umas m ud anças e ada p tações em s ua vi da 
práti ca, de modo a aprend er a vi ver neste no vo m undo, t rans for mado para 
sempre pela perda. Afi nal , e ra preci so resgata r o co ntato co m a reali dade . 
Todavi a , a re ti rada da li bi do do obje to p erdid o, não é um processo 
i media to, mas, pa ula tino. Nas pa la vras de F re ud (1914 -1916) : “ no l uto se 
ne cessi ta de tempo p ara q ue o dom ínio do teste da rea li d ade se ja le vado a 
efe i to em deta lhe , e q ue, uma ve z re a li zado esse traba l ho , o eg o co nsegue 
li berar s ua li bi do do objeto perdi do” . (p . 258) 
C ada lembrança e reco rda ção, c uja li bi do e stá ligad a com o bjeto 
perdi do, recebem da rea li dad e a re ve lação d e q ue o ob jeto a mad o já não 
exi ste, e xi gi ndo a reti rada da li b i do. Ai nda para Freud (19 14 – 1916), o ego, 
conf ron tado com sua de voção ao luto, é co nvencid o pe la satisfação narci si sta 
da vi da a co rtar o vínc ulo co m o ob jeto pe rdido . 
Assi m, tra zendo aco nteci me ntos de s ua própria vivê ncia at ual , como po r 
exe mp lo, b ri ncar com o ne to, co nversa r com a esp osa, vi si tar um i rmão e 
re conhecer o s cuida dos d e um d os fil hos pa ra com e le, o qua l e le de mo nstra va 
grati dão, foi po ssíve l perceber alg umas m uda nças no modo de se re laci onar 
com o o ut ro e co mo i nves ti r s uas e moções na vid a. 
Hi stóri as de vi vê ncias com o neto e o compromi sso de cui dar dele, 
começaram a gan ha r mai s espa ço do q ue rela tos d as lembra nças d o fil ho, 
exp ressõ es d e cari nho , ao se referi rem à espo sa, aumen taram g radua lme nte e
o envo l vime nto co m ati vid ades reli gi osas ta mbé m começaram a g anhar 
i mportânci a. É possíve l d i zer , que as p ulsões de vi d a predominaram 
forta lecendo o ego , que des vi nc ulado d o objeto perdi do, começo u a produzi r 
ati tudes posi ti vas p ara a vid a. Um dos aco nteci me ntos da vi da real q ue 
favo receram o forta leci mento d o eg o foi o fa leci mento d o assa ssi no de um dos 
seus fi l hos, o q ue fe z s urgi r um se nti me nto de jus tiça feita por D eus . 
Se gundo F reud (apud CA S SORLA , 200 8 IN KOV A C S , 200 8) vi vemo s 
consta nteme nte e m e stad o de co n fli to entre p ulsão de mo rte e pulsão de vi da, 
o movi mento d esta é de cre sci mento, de amor, cri ativid ade, preo c upação com 
bem de si e dos outros, e d aque la é o i nverso te ntando le var o i ndivid uo para 
um ca mi nho de destr uiçã o. 
Para C a ssorla (2008), essas d uas forças são p re ssões, q ue arti c uladas 
ent re si , co mp leta ndo -se e o po ndo -se , nu m p ro cesso di a lético, i mp elem o 
i nd i vi duo a reali za r certas açõe s. Ai nda segundo esse autor , qua ndo nos 
defrontamos co m si tuações d e sofri me nto há uma “desf usão” das pu lsões, 
si tuação essa, q ue predo mi na p ulsão de mor te. 
Pa rtindo dessas conside raçõ es, o trabal ho de se nvol vi do du ra nte as 
sessões terap êuti cas, foi o de a judar o paci ente a descob ri r e desenvo lver, 
ai nda que em fragme ntos, pote nci ai s par a luta r pe la vid a. Foi p re ci so, auxi liar o 
paci ente a esco lhe r pela sa úd e, p elo pra zer e sai r de um esta do d e pa ralisaçã o 
da vid a. F oi estimulado à apro ve i tar cada mi nuto da vi d a com c riativida de e 
di sposi çã o para ve nce r a s di ficuldades, si tuações d e sofri me nto, como por 
exe mp lo, o l uto q ue fa z pa r te da vid a. E assi m, luta ndo a favo r d as p ulsõe s de 
vi da fo i ne utra li za nd o atit ude s des tr uti vas. Pa ra i sto foi utili zado hi stó ri as que o 
própri o paci e nte tra zi a do se u di a -a-dia . 
Se gundo F re ud (19 12), (A P U D FIO R INI, 200 4) , não há separação 
i ntegra l de uma rea li dad e ‘ normal’ com a vi vê nci a patológi ca, se ndo poss ívei s 
duas ati t ude s ps íq ui ca s. A te rap i a breve , por mei o da téc ni ca ma leáve l, po de 
ser orga ni zada de for ma a co mpreend e r o paci e nte de modo gera l do nível 
patológi co como do po tencial adap tati vo de s ua perso nali da de.
Form ara m -se du as atit udes psí quicas , em luga r de um a s ó: a 
primei ra, qu e le va em conta a r eali da de e é n ormal; e a o ut ra, q ue 
afas t a o ego da r eali d ad e s ob a in fl uência das puls õ es . As duas 
atit udes s ub s i s t em lado a lad o. O res ulta do f in al de pen de rá d e s ua 
f orç a rel at iva ” (F REU D, 19 12 p.2 2). 
 
Assi m o paci ente foi aj udado no processo d e acei tação da perda, co m 
inter ve nçõ es que proc uraram estim ula r s uas caracter ísticas saudá vei s de 
persona li dad e inc l ui ndo seus rec ursos pesso ai s e soci ai s. 
No ente ndi me nto de F i orine (2004), na psico terapi a breve, o terape uta 
deve a dotar uma ati t ude ati va q ue i ntrod uza, por me i o da i nterrog ação, 
exp lo ração e s ugestõe s, um di álo go c uja ate nção e i nte rpretação es te jam 
vol tadas p ara o foco a se r trabal ha do. E sse ti po de i nter ve nção, ai nda seg undo 
o auto r, de ve i nce ntiva r o paci ente a le va ntar ques ti oname ntos, d úvi d as nas 
propostas aprese ntadas pe lo te rapeuta . 
A partir dessa lei t ura , d ura nte as sessõ es o p aci ente foi estim ulado a 
questi o nar sobre seu re laci oname nto com os outros fi l hos, a re fle ti r sobre a 
ate nção e cuid ado que ti nha com a esposa , e a trazer le mbra nças d e 
ati vid ades so ci ai s que fazia m parte da s ua vi da antes da mor te do fil ho, po r 
exe mp lo, pa r tici pa r d e reuniõe s com ami go s e vi zi nho s . P asso u a de mo ns trar 
bastante i nteresse nas ati vid ades reali zadas com o ne to, o q ue si gnifico u o 
i níci o de uma reorga nização dia nte da no va rea lid ade. 
No mesmo per íodo , o p aci ente apresento u laudo psi quiá trico , 
susp e ndendo o trata me nto medi camentoso e recebe u al ta p ara o re to rno ao 
trabal ho. C omeço u a de mons trar i nteresse em fi nali zar o tra ta me nto 
terapêutico , alega ndo q ue se se nti a be m e que a vida pareci a que esta va se 
organi zando . Mas foi e xp li cada a i mportâ ncia de co nti n uar o tra tame nto , tendo 
em vista que o objetivo do psi quiatra era di ferente d o foco do acompanhame nto 
terapêutico . P orém, após o recebi mento do la ud o psi qui atra o tra tame nto te ve 
duração de apenas mai s d uas sema nas. 
 A s i nter ve nçõ es rea li zadas ao lo ngo d a s de zessei s sessõ es foram com 
o objeti vo d e a u xi li á -lo e m s ua di ficuldade de ace i taçã o e ad aptação a essa 
no va reali dad e. B uscou -se cri ar um espa ço q ue permi tisse a o paci ente, 
compreender mel hor as a ng ústi a s e vi vê ncia s q ue l he ca usa va m so f rimento, 
esti mula ndo -o a p ensar e refleti r no co nf lito emocional , uti li za nd o le mb ranças e
aconteci me ntos de s ua vid a, o s q ua i s ele, po ssi velme nte, e vitari a em o utra 
si tuação. O o b jeti vo foi procurar p ossi bi li d ades de como li dar com essas 
emoções e prob le mas q ue res ulta va m da si t uaçã o de pe rda. 
Po rtanto, o pa ci ente foi auxiliad o a sup erar sua di ficuldade e m resgatar o 
conta to com a reali dade exter na, d esvi a ndo se us afe tos das represe ntações 
i ntraps íq ui cas do o bjeto perdid o, p ara suas ati vid ades roti nei ras, o u seja, para 
ao con vívi o soci a l . 
As atitudes do pa ci ente demo nst ra ram uma e vo l ução d a a li ança 
terapêutica e nt re este e a estagiá ri a , vi sto que e le passo u a inte ragi r 
produzi ndo respos tas focadas na dema nda, fala ndo do dese jo d e compreende r 
o p rob lema e te ntar m udar. 
Gradua lme nte foram mo di fi cando se us modos de i nterações, o q ue 
aume nto u s uas po ssi bi li dad es de elabo ra r d e fo r ma si mples, atit udes e m p rol 
da vi da, como po r exemp lo, re tomada da ativida de d e roti na, como bri ncar com 
o neto , fa zer ques tão de acompanha r a es posa a um compro mi sso ou mesmo, 
lembrar a ati t ude de cari nho de um fil ho presen te. 
 
4–HIPOT ESE DIAG NÓST ICA 
 Os si ntomas re laci onados ao estado emoci onal de F E S de vem-se ao 
surgi me nto de se ntime ntos fortes q ue são e vocados co m a dor da perda de 
algué m amad o não se ndo, mas poss ível e xte r nar o q ue se ntia .P odendo ser 
agravad o po r sentimento ambi vale nte pre sente nas re lações afetivas , co mo por 
exe mp lo, se r c ulpad o pe la pe rda do fil ho q ua ndo re lato u q ue o apoi ou e 
i nce nti vo u a vi ag em q ue re s ulto u e m s ua morte 
5 - CONCL USÃO 
 
Avali a ndo e resp ei tando a demand a, ente nde ndo q ue a pe rda de um 
ente que rid o é co mo uma ofe nsa e ag ressã o à p róp ri a vi da , e que para uma 
pessoa enl utada , o m und o é pobre e va zi o , o processo te rap êutico i nte nci o no u 
produzi r no paci e nte a ativação e forta lecimento de suas funções e gói cas, 
faci litando ao p aci ente a aqui si ção d e i nsi ght, clarifica ndo sua s percepções das 
vi vê nci a s at uai s, vi sando u ma relação mai s ha rmo nio sa do p aci ente com o 
mu nd o e xter no. 
Assi m procuro u-se forta lecer as f unções do ego, valo riza nd o aspe cto s 
bons e i nce nti va ndo i nvestime ntos prod uti vos e m no vas ativi d ades, ofe rece nd o 
no vas possi bi li dad es a tra vés de e xpe ri ênci a de apre ndi zage m e a u to a vali a ção, 
proporcionando di scerni me nto e aj uste reali sta , b usco u-se a juda r cria r p ro jetos 
pessoa i s, quebra ndo os li mites i mpostos pela a ng ústi a , contri b ui nd o pa ra se u 
bem esta r e a uxi li a ndo a compree nder o se nti do de vi ve r . 
O trabal ho dese nvol vi do te ve g ra nde i mportâ nci a pa ra o paci ente, 
clarifica nd o o e nte ndi me nto q ue na e xperiênci a humana e s tamos s ujei tos a 
separações e i ne vi tave lme nte s ujei to s a lame ntá veis p erdas q ue fa ze m p arte 
da exi stê nci a. F oi po ssíve l faci lita r u m si g ni fica ti vo g rau de rec upera ção da 
capaci d ade de i nvestime ntos na vi da , e mes mo num processo le nto 
desen vol ve u-se a a cei ta ção da morte do o utro, busca ndo assi m, uma 
adap tação à no va realida de. 
C om a expe ri ê nci a do estági o foi possível e vide nci a r a i mportâ nci a d e 
um ol ha r e de uma escuta para apreend er a mor te ne gada , a ausê nci a de 
senti do p ro vocad a pe la te nsã o do sofri me nto e a fal ta de si g ni fi ca ção p ara vi da 
e pa ra o m und o. Na prá ti ca foi vi ve nci ad os res ultados de teori a s est udada s, 
conheci mentos q ue até agora fora m i n ter na li zado s e i nteg rá -los co m o que 
surgi u na c l íni ca

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