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Patologia EspecialPatologia Especial Fossas nasais - cornetos Nasofaringe/ bolsas guturais Laringe Traqueia e brônquios Células ciliadas (+ muco retém partículas que foram inaladas) BALT - tecido linfoide associado a bronquios. Ig (igA mais comum em quantitativamente nas vias aéreas, está em secreções da mucosa, anticorpo de superficie. No parênquima do pulmão IgG, IgM. Macrófagos (Mo's) - secretam mediadores químicos da inflamação. Características dos componentes do sistema: Turbilhonamento do ar inspirado para que entre em contato com a mucosa. Comunicação dessa nasofaringe ao ouvido médio - cavalos D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Complexo mucociliar manda as partículas estranhas em direção a garganta. Primeira coisa que acontece num dano de células ciliares, elas perdem os cílios e começam a formar vacúolos intracitoplasmáticos, ficam escuras e quando morrem caem para a via aerea. Pode ser fisiológico pelo seu ciclo de vida, ou patológico. Células basais se transformam em novas células ciliadas. Parênquima pulmonar - ácinos/lobulos Ácinos formam lobulos e estes formam um lobo. - pneumócitos tipo I (93%) e II (7%). Geralmente acometem o tipo I. O tipo II são células de reserva - morte e descamação do tipo I, proliferação do tipo II para reposição. Tipo II também secreta o liquido surfactante, impede de colapsar esse alvéolo, mantém uma tensão. - Endotélio (transporte). - Macrófagos - mediadores IL-1, TNF, etc). - Fagocitose, inflamação e imunidade. - Macrófagos residentes Respiratório Alvéolos, tecido linfoide associado e bronquio (com cartilagem). Bronquíolos não possuem essa cartilagem e tem mais tendência a colapsar. Diminuir a luz = estenose. Fechar totalmente a luz = colabamento/colapso. Patologia EspecialPatologia Especial Epitélio respiratório ciliado Secreções mucosas Tosse, espirro, broncoconstrição Ig's. Mo's (TNF, IL-1 ...) Complemento, enzimas Agressão aerógena: Agressão hematógea: Quantidade alta de patógenos ou deficiência da proteção. Os pneumócitos tipo I são muito suscetíveis a lesões e não têm capacidade de proliferação. Durante o processo de reparação de diferentes tipos de lesões, há proliferação dos pneumócitos tipo II, e, posteriormente, durante a fase de resolução das lesões, alguns deles se diferenciam em pneumócitos tipo I, reconstituindo a estrutura normal do revestimento alveolar. Defesas pulmonares Padrões de doença respiratória: Proximal: agentes infecciosos, gases. Distal: agentes infecciosos, partículas finas. Tipo de agressão variável. Lesões focais, multifocais ou difusas. Outras: Trauma (corpos estranhos). Linfátivos (neoplasias). A maioria das doenças e/ou lesões que ocorrem no sistema respiratório é causada por agentes lesivos que atingem o trato respiratório por meio do ar inspirado (via aerógena) ou do sangue (via hematógena). A mais importante é a aerógena, principalmente nos animais criados em sistemas de confinamento, pois a concentração de agentes potencialmente patogênicos no ar é maior, e de gases irritantes, como amônia (NH3) e gás sulfídrico (H2S). D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Os mecanismos de defesa do trato respiratório incluem: o lençol mucociliar; a microbiota bacteriana saprófita; os macrófagos alveolares; o tecido linfoide broncoassociado; e reflexos protetores, como tosse e espirro. O lençol mucociliar desempenha outro papel importante, que é o transporte e a difusão de substâncias humorais protetoras, como anticorpos produzidos pelo tecido linfoide associado aos brônquios, particularmente imunoglobulina A (IgA). A alteração morfológica e funcional dos cílios, que ocorre na condição conhecida como discinesia ciliar primária, faz com que ocorra comprometimento desse mecanismo, estando esta alteração associada à predisposição acentuada a rinites e broncopneumonias. A microbiota saprófita, presente predominantemente no trato respiratório superior, atua por competição, por meio da aderência dos pili bacterianos aos receptores das células epiteliais, de modo a não possibilitar a colonização do trato respiratório por organismos de maior potencial patogênico. Em várias regiões do trato respiratório, particularmente nos brônquios, são observados aglomerados de células linfoides com localização adjacente às vias respiratórias, chamados de tecido linfoide broncoassociado. A população celular é constituída por linfócitos T e B, com predominância de linfócitos B, que são responsáveis pela produção de IgA, IgG, IgM e IgE. Em animais saudáveis, podem ser detectadas moléculas de IgA específicas contra vírus e bactérias patogênicos para o trato respiratório. Patologia EspecialPatologia Especial Alterações pós-mortem: Colapso pulmonar: o colapso pulmonar se deve ao equilíbrio entre a pressão intratorácica, que é negativa antes da abertura da cavidade torácica, e a pressão atmosférica. A não ocorrência de colapso pulmonar após a abertura da cavidade torácica geralmente está associada ao acúmulo de material ou ar dentro dos alvéolos, como nos casos de edema pulmonar, inflamação ou enfisema alveolar. Hipóstase: acúmulo post mortem de sangue no hemiórgão posicionado do lado de baixo quando o cadáver é mantido em decúbito lateral, devido a ação da gravidade. Assim, ficando de coloração vermelha-escura. É importante fazer a diferenciação entre essa condição e a congestão ante mortem, que geralmente é bilateral e tem distribuição difusa. Enfisema intersticial post mortem: Uma das alterações autolíticas mais tardiamente observadas na carcaça em decomposição. Ocorre devido ao acúmulo de gases resultantes da atividade de bactérias putrefativas produtoras de gás. Serão visíveis outras alterações cadavéricas, como a pseudomelanose e a embebição sanguínea. Cavidade nasal e seios Anomalias congênitas: - Atresia Bucofaríngea. - Atresia de coana: descrita em potros, sendo caracterizada pela persistência da membrana coanal, o que resulta em obstrução parcial ou total, uni ou bilateral, da comunicação entre a cavidade nasal e a faringe. - Fenda palatina: fenda no palato com comunicação nasal e oral. Pneumonia por aspiração. D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Distúrbios metabólicos: - Amiloidose nasal (granulomas) - equinos. Não está associada a amiloidose sistêmica. Causa de deposição desconhecida. O amiloide é de natureza proteica, embora não seja uma proteína específica, mas sim fragmentos da cadeia leve de imunoglobulinas. Os locais mais comuns de deposição do amiloide são: o vestíbulo nasal, as porções rostrais do septo nasal e os cornetos nasais. observam- se nódulos de tamanhos variados ou deposições difusas, com superfície lisa e brilho semelhante à cera, podendo ocorrer ulceração da mucosa. Casos mais graves - estenose e obstrução das vias respiratórias superiores. Distúrbios circulatórios: - Hiperemia: O ingurgitamento deve -se ao relaxamento das artérias e à contração da túnica média das veias (muito espessa nessa região). Portanto, a hiperemia da mucosa nasal não deve ser considerada patológica, a menos que esteja associada ao acúmulo de exsudato, a erosões ou a ulcerações da mucosa. Hiperemia ativa também é observada nos estágios iniciais da inflamação (rinite) aguda. - Edema: inflamação aguda, por exemplo. - Epistaxe: sangramento nasal proveniente da própria mucosa nasal, da nasofaringe, ou do sistema respiratório inferior. Nos casos em que a hemorragia é proveniente da própria cavidade nasal, a condição é designada como rinorragia. A hemorragia nasal originada no trato respiratório inferior, como nos casos de hemorragia pulmonar ou brônquica intensa, é chamada de hemoptise (animal tosse sangue). Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 As rinites podem ser classificadas quanto ao curso em agudas, crônicas ou crônico ativas. O processo inflamatório agudo é caracterizado por exsudação, ao passo que o processo crônico é caracterizado por alterações proliferativas. As situações em que o processo é classificado como crônico- ativo correspondem aos casosem que a rinite crônica também apresenta características de um processo agudo, havendo associação entre alterações proliferativas e exsudativas. Os processos crônicos podem resultar na formação de pólipos nasais (ex. pólipo nasal hemorrágico da região etmoidal do equino ou hematoma etmoidal progressivo dos equinos). Quanto ao exsudato: serosa; catarral; catarral purulenta; purulenta; hemorrágica; fibrinosa; fibrinonecrótica; e granulomatosa. - Rinite serosa é a forma mais comum, caracterizada por exsudato translúcido e líquido com número muito reduzido de células inflamatórias e epiteliais. A mucosa nasal geralmente apresenta se edemaciada e hiperêmica. Essa condição, em geral, causa desconforto respiratório e espirro. - No caso da rinite catarral, o exsudato apresenta aspecto mais viscoso, uma vez que é rico em muco. A hiperemia e o edema na mucosa nasal tendem a ser mais acentuados do que na rinite serosa. - A rinite catarral -purulenta ou mucopurulenta geralmente é uma evolução da rinite catarral. Nesse caso, há maior concentração de leucócitos no exsudato. Essa condição é frequentemente observada em casos de cinomose. - A rinite purulenta está associada ao acúmulo de grande quantidade de neutrófilos e células epiteliais de descamação, o que confere aspecto de pus ao exsudato. Geralmente associada a infecção bacteriana. Flora normal - patogênica. Vírus, alérgenos, gases irritantes, ar seco. Aguda, subaguda, crônica. De acordo com exsudato - serosa, seromucosa (muco), mucoso (quantia grande de muco), mucopurulento, purulento, fibrinopurulento, fibrinonecrotico.. Fibrino-necrótica (Fusobacterium necrophorum) - patógeno primário e também secundário importante. Infecção viral que abre portas para essa bactéria. Epistaxe pode ter várias causas, como: trauma (sonda nasogástrica); exercício intenso em equídeos; inflamação; neoplasias; diáteses hemorrágicas; micose da bolsa gutural; e trombose da veia cava caudal em bovinos. Inflamação: Rinite. Processo inflamatório da mucosa nasal. Em condições de desequilíbrio dos mecanismos de defesa, há favorecimento da colonização e do desenvolvimento de organismos patogênicos, resultando em inflamação. Frequentemente, a causa primária de rinite é viral, seguida de infecção secundária, bacteriana ou micótica. Existem fatores predisponentes à rinite, entre os quais se destacam: gases nocivos, como amônia e H2S (gás sulfídrico), que abundam em ambientes com superlotação de animais, ventilação pobre e drenagem inadequada de dejetos; alta concentração de poeira; e baixa umidade do ar, que induz à diminuição da secreção e desidratação do muco e, consequentemente, à eliminação mais lenta das partículas depositadas sobre a camada de muco. Classificação: Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Podem ocorrer erosão e hiperplasia regenerativa do epitélio ou mesmo extensas áreas de ulceração da mucosa. Um exemplo dessa condição seria o garrotilho em equídeos (infecção por Streptococcus equi). - Em alguns casos, o processo inflamatório está associado à hemorragia, com grande quantidade de sangue compondo o exsudato inflamatório. Nesses casos, a rinite é classificada como rinite hemorrágica. - A rinite fibrinosa, também classificada como pseudodiftérica ou pseudomembranosa, corresponde a um processo inflamatório caracterizado pelo acúmulo de uma camada ou placa de fibrina, que também contém células inflamatórias e restos celulares, aderida à mucosa ainda íntegra. Esse tipo de lesão é observado com frequência nos casos de infecção pelo vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina (herpes vírus bovino tipo 1) e rinite viral por corpúsculo de inclusão em leitões lactentes, causada pelo citomegalovírus. - Rinite fibrinonecrótica, também classificada como diftérica, é caracterizada por placa de fibrina aderida à mucosa ulcerada. Portanto, quando a membrana diftérica é removida, observa -se ulceração da mucosa. Exemplo dessa condição é a difteria dos bezerros causada por Fusobacterium necrophorum. - Finalmente, a rinite pode ser classificada como granulomatosa, que é um processo inflamatório crônico, em geral associado a alterações proliferativas, como fibrose. Entre as rinites granulomatosas, destaca se a rinosporidiose, doença causada pelo Rhinosporidium seeberi. Caracteriza- se macroscopicamente por pólipo único ou bilateral, séssil ou pedunculado, assemelhando -se à couve- flor, Importante no cavalo. Complexidade dos seios. Drenagem limitada. Comum em ovinos (Oestrus ovis). Mucocele (seromucoso). Emplema (exsudato purulento em uma cavidade). de coloração rosada e que sangra facilmente. Pode alcançar 2 a 3 cm de diâmetro. Histologicamente, observa -se reação inflamatória piogranulomatosa associada aos esporângios em diferentes estágios de desenvolvimento e esporos livres no tecido. Rinites granulomatosas, associadas à infecção por Conidiobolus spp., têm sido relatadas com frequência crescente em ovinos. Nesses casos, macroscopicamente há material de aspecto granular, friável e amarelado na região etmoidal, que pode estender se até a órbita, placa cribiforme e seio frontal, causando exoftalmia e assimetria craniofacial. Microscopicamente, há reação inflamatória granulomatosa multifocal, com centro necrótico, contendo hifas de paredes finas, raramente septadas e com ramificações em ângulo reto. Outras doenças que cursam com rinite granulomatosa incluem a aspergilose, a criptococose e a tuberculose bovina. Sinusite: Inflamação dos seios paranasais. Entre as causas de sinusite, destacam- se: rinite (causa mais frequente); larvas de Oestrus ovis em ovinos; periodontite; e descorna e fraturas dos ossos do crânio com exposição dos seios. As larvas de O. ovis, em alguns casos, penetram nos seios paranasais dos ovinos, ocasionando sinusite. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 2 6 - 1 0 - 2 0 2 1 Pasteurella multocida (toxica) Bordetella bronchiseptica. Citomegalovirus. Fatores ambientais (manejo). Fatores nutricionais (Ca e P). Nos casos de periodontite, dependendo da intensidade do processo inflamatório do periodonto, pode ocorrer extensão do processo inflamatório para os seios paranasais. Casos graves de sinusite secundária à periodontite podem resultar em deformação facial. Finalmente, nos casos de descorna cirúrgica e fraturas de ossos do crânio, há exposição da cavidade dos seios, o que favorece a instalação de infecção e, consequentemente, sinusite. Nos casos graves em que ocorre acúmulo de exsudato nos seios paranasais, o processo recebe denominações específicas, como mucocele dos seios paranasais, quando ocorre acúmulo de muco, ou empiema dos seios paranasais, quando ocorre acúmulo de exsudato purulento. Como consequência de sinusite, frequentemente ocorre atrofia e metaplasia do epitélio de revestimento dos seios paranasais e, em alguns casos raros, pode ocorrer meningite, principalmente em consequência de sinusite purulenta, por extensão do processo inflamatório devido à proximidade com o cérebro. Rinites específicas: Rinite atrófica dos suínos: Embora essa doença tenha sido classificada como de etiologia complexa ou multifatorial, pôde ser reproduzida somente por tratamento com a toxina recombinante de Pasteurella multocida tipo A ou D. Portanto, cepas toxigênicas de P. multocida são as causas de rinite atrófica progressiva dos suínos. A colonização do epitélio da cavidade nasal por essa bactéria, originalmente presente nas tonsilas em animais infectados, só é possível mediante agressão prévia dessa região por outro agente ou condição; por exemplo, infecção concomitante com Bordetella bronchiseptica favorece o desenvolvimento dessas lesões. Além disso, outros fatores – como infecção pelo citomegalovírus (rinite viral dos suínos), ambiente adverso, principalmente quando há excesso de gases nocivos (como H2S e NH3), e deficiência de cálcio – podem contribuir para o desenvolvimento das lesões. No caso de infecção por B. bronchiseptica, associada ou não a outros fatorespredisponentes anteriormente citados, mas com ausência de P. multocida toxigênica, as lesões são muito mais brandas, e os tecidos se regeneram bem mais rapidamente, sem prejuízo marcante para o desempenho animal. Essa condição é conhecida como rinite atrófica não progressiva e pode ser induzida exclusivamente pela toxina demonecrótica de B. bronchiseptica. A principal característica da rinite atrófica progressiva é a atrofia das conchas ou cornetos nasais. Algumas vezes, em casos graves, associada ao desvio e encurtamento do nariz e dos ossos faciais. Nesses casos, ocorre enrugamento da pele que recobre o nariz, devido ao seu encurtamento, e a assimetria das lesões causa desvio do nariz para o lado mais afetado. Quando as rugas são simétricas, o nariz também se encurta e se volta para cima. Frequentemente, observa -se incrustação no canto medial do olho (mistura de secreção lacrimal e sujeira do meio ambiente), decorrente da obstrução do ducto lacrimal pelo exsudato e mesmo rinorragia.
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