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CURSO DE BACHAREL EM ENFERMAGEM RACHEL CASTRO DE AQUINO RAYSSA CARVALHO CARRIJO XAVIER PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: Uma análise acerca das contribuições da enfermagem no atendimento inicial e pós parada TAGUATINGA-DF 2021 RACHEL CASTRO DE AQUINO RAYSSA CARVALHO CARRIJO XAVIER PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: Uma análise acerca das contribuições da enfermagem no atendimento inicial e pós parada Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, pelo Curso de Enfermagem da Faculdade LS Orientador: Prof. Mestre Bruno Santos de Assis Taguatinga-DF 2021 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: Uma análise acerca das contribuições da enfermagem no atendimento inicial e pós parada CARDIORESPIRATORY ARREST: An analysis of the contributions of nursing in initial and post-arrest care Rachel Castro de Aquino¹ Rayssa Carvalho Carrijo Xavier² Orientador: Bruno Santos de Assis³ Resumo: A parada cardiorrespiratória (PCR), conforme autores na pesquisa, constitui-se de uma emergência, situação mais severa que poderá acometer um ser humano, e é definida como a interrupção das atividades respiratórias e circulatórias existentes, uma vez que há necessidade de intervenção a fim de reverter o quadro são necessários princípios fundamentais na aplicação de procedimentos para restabelecer a circulação e a oxigenação do afetado. Desta forma, o presente estudo justifica-se pela relevância e o conhecimento adquirido, sobre o assunto em foco que é a contribuição da enfermagem no atendimento inicial e pós parada cardiorrespiratória do paciente, entende-se também que as experiências adquiridas servirão para melhor compreensão do assunto, sabendo que tem sido cada vez mais comum na sociedade, promovendo melhor entendimento e pesquisa entre áreas afins e outros. Sendo assim, o objetivo desta revisão é, destacar o papel do profissional de enfermagem frente ao atendimento inicial ao paciente com parada cardiorrespiratória, além de, apresentar os cuidados pós parada como fator primordial para recuperação do paciente e identificar os principais desafios encontrados pela enfermagem durante a assistência inicial e pós parada. A revisão da pesquisa bibliográfica, confirmou grandes desafios para os profissionais de enfermagem, buscou-se então, apresentar e comparar os dados bibliográficos bem como pontos relevantes do trabalho, citando dados a fim de, que todos os interessados em areas afins venham conhecer um pouco da complexidade e risco na parada cardiorrespiratória. Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória. Pós Parada. Profissional de Enfermagem. Abstract: Cardiorespiratory arrest (CPA), according to the authors in the research, is an emergency, a more severe situation that can affect a human being, and is defined as the interruption of existing respiratory and circulatory activities, since there is a need for intervention to in order to reverse the condition, fundamental principles are needed in the application of procedures to restore circulation and oxygenation to the affected person. Thus, this study is justified by the relevance and knowledge acquired on the subject in focus, which is the contribution of nursing in the initial and post-cardiac arrest care of the patient, it is also understood that the acquired experiences will serve to better understand the subject, knowing that it has been increasingly common in society, promoting better understanding and research between related areas and others. Thus, the objective of this review is to highlight the role of the nursing professional in the initial care of patients with cardiac arrest, in addition to presenting post- arrest care as a key factor for patient recovery and identifying the main challenges faced by nursing during initial and post-stop assistance. The review of the bibliographic research confirmed great challenges for nursing professionals, so we sought to present and compare bibliographic data as well as relevant points of the work, citing data so that all those interested in related areas come to know a little. complexity and risk in cardiorespiratory arrest. Keywords: Cardiorespiratory arrest. Post stop. Nursing Professional. ________________ ¹Acadêmica do 10º semestre da Faculdade de Enfermagem LS Educacional. ²Acadêmica do 10º semestre da Faculdade de Enfermagem LS Educacional. ³Professor e orientador, mestre em Ciência Política com ênfase em Direitos Humanos, Cidadania e Estudos sobre a Violência. 4 1 INTRODUÇÃO A parada cardiorrespiratória (PCR) constitui-se de uma emergência, situação mais severa que poderá acometer um ser humano, e é definida como a interrupção das atividades respiratórias e circulatórias existentes, uma vez que há necessidade de intervenção a fim de reverter o quadro são necessários princípios fundamentais na aplicação de procedimentos para restabelecer a circulação e a oxigenação do afetado (SILVA et al, 2013). Sendo assim, o enfermeiro na emergência deverá estar preparado para rapidamente reconhecer os primeiros sinais e sintomas de PCR, diagnosticar e executar manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), introduzindo o tratamento adequado com o propósito de reduzir os índices de mortalidade. A dificuldade da equipe de enfermagem também poderá ser em relação a maneira de como indicar o modo de desfibrilação e manuseio do desfibrilador, alguns dados apurados mostraram e evidenciaram que somente 37,3% dos enfermeiros sabiam as indicações da desfibrilação e 38,2% sabiam utilizar o desfibrilador, observa-se a importância do conhecimento dos profissionais nessas situações (SANTOS et al., 2016). De acordo com Lugon et al., (2014), a parada cardíaca pode ser causada por quatro problemas aparentes entre eles estão: a fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso (ritmos que merecem choque imediato determinando cerca de 73% de reversão desde que o desfibrilador seja utilizado nos 3 a 4 primeiros minutos de PCR) ou ritmos de assistolia ou atividade elétrica sem pulso ou seja, ritmos que não devem receber desfibrilação. Contudo, uma vez identificada estas condições devem-se o mais rápido possível iniciar rapidamente as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), uma vez que o cérebro não suporta a hipóxia por um período superior a 5 minutos correndo o risco de sofrer lesões irreversíveis, por esse motivo o atendimento inicial do enfermeiro é primordial afim de evitar o agravamento do paciente. No entanto, entende-se que, o atendimento em emergência cardiorrespiratória e ressuscitação cardiorrespiratória (RCR) desenvolveram-se, a partir da década de 60 do século passado, por meio de programas e procedimentos padronizados, 5 decorrentes de propostas de organizações internacionais para o treinamento em urgências e em medidas de técnicas básicas e avançadas (PALHARES et al, 2014). Desta forma, as técnicas de atendimento, entende-se que a busca de alternativas que viabilizem a saúde corporal de todos no processo pós parada cardiorrespiratória, a enfermagem deve estar atenta às causas e com isso, a fase de recuperação do paciente e da saúde do paciente, as informações obtidas com a pesquisa justificam-se para a contribuição do agravo nessas condições (SANTOS et al., 2016). Vale ressaltar que, ocorre grande relevância do profissional da área de atuação da equipe de enfermagem até mesmo no cenário extra-hospitalar frente ao paciente em parada cardiorrespiratória. Além disso, toda equipe é responsável pela gerência de seus auxiliares e dos recursos materiais necessários ao atendimento do paciente a fim de, preservar a sua vida (BARROS e NETO, 2018). Portanto, o Suporte Básico de Vida (SBV) está ligado a primeira abordagem da vítimaem Parada Cardiorrespiratória (PCR), realizada de maneira sistemática pelo profissional de enfermagem da saúde com o objetivo de restaurar e manter a oxigenação, bem como a ventilação e a circulação até a chegada e o início das intervenções de suporte avançado de vida. O Suporte Básico de Vida (SBV) também compõem pelo reconhecimento imediato da ausência de resposta da vítima frente aos primeiros atendimentos, e por fim deverá haver o acionamento do serviço médico de emergência e início precoce da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) do indivíduo (NOGUEIRA et al., 2018). Desta forma, o presente estudo justifica-se pela relevância e o conhecimento adquirido, sobre o assunto em foco que é a contribuição da enfermagem no atendimento inicial e pós parada cardiorrespiratória do paciente, entende-se também que as experiências adquiridas servirão para melhor compreensão do assunto, sabendo que tem sido cada vez mais comum na sociedade, promovendo melhor entendimento e pesquisa entre áreas afins e outros. Sendo assim, o objetivo desta revisão é, destacar o papel do profissional de enfermagem frente ao atendimento inicial ao paciente com parada cardiorrespiratória, além de, apresentar os cuidados pós parada como fator primordial para recuperação do paciente e identificar os principais desafios encontrados pela enfermagem durante a assistência inicial e pós parada. 6 2 MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo se trata de uma revisão bibliográfica de método exploratório e qualitativo, a qual utilizou bases de dados eletrônicas, nacionais e internacionais, como Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed com foco em revisões ordenadas e ensaios clínicos aleatórios. Contudo, para a busca das citações e produções cientificas de autores renomados, foram pesquisadas as palavras chaves como: parada cardiorrespiratória e contribuições da enfermagem. Como critérios de inclusão no trabalho os artigos publicados nos últimos seis anos em língua portuguesa e inglesa, que estivessem disponíveis em PDF, com data de publicação entre 2015 e 2021, no entanto foram citados alguns artigos que se fez importante a abordagem para a pesquisa anteriormente aos anos citados, analisando o conteúdo uma vez que fosse abordado o tema em curso e do interesse da pesquisa, fazendo-se com que os resultados teóricos identificassem as conclusões e implicações através do conhecimento e da revisão teórico como etapas da construção desse artigo. Sendo assim, foram selecionados 17 artigos correspondentes os critérios de análise e síntese do material foram apreciados os seguintes procedimentos: uma leitura informativa ou explicativa do material para conhecimento e revisão do teor dos artigos; ainda a leitura seletiva com foco e preocupação com a descrição e seleção do material da pesquisa quanto a relevância para o estudo do artigo e por fim, leitura crítica e reflexiva na qual buscou-se conceitos e análise das causas e relevâncias do acompanhamento da enfermagem os acometidos da parada cardiorrespiratória. 3 DESENVOLVIMENTO Para melhor compreensão do texto e alcance dos objetivos propostos para esta revisão de literatura, o desenvolvimento da pesquisa encontra-se sistematizado em três eixos sobre os quais se descrevem a seguir. O papel do profissional de enfermagem frente ao atendimento inicial do paciente com parada cardiorrespiratória além de, apresentar os cuidados pós parada como fator primordial para a recuperação do paciente e identificar os principais desafios 7 encontrados pela enfermagem durante à assistência inicial e pós parada cardiorrespiratória. 3.1 PAPEL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM FRENTE AO ATENDIMENTO INICIAL COM PARADA O enfermeiro tem um papel de suma importância frente ao atendimento de um paciente acometido de parada cardiorrespiratória (PCR), é, portanto, o membro da equipe médica que tem o primeiro contato com o paciente e identifica a situação de PCR, com isso o profissional necessita ter maior conhecimento sobre o atendimento de emergência e ação diante do momento, desde o diagnóstico, implementação das condutas de reanimação, a organização do ambiente de trabalho e os materiais a serem utilizados (LUCENA e SILVA, 2017). De acordo com Santos et al (2016) o enfermeiro também deve acionar e organizar toda a equipe de enfermagem para que o atendimento ocorra o mais rápido possível ao paciente vítima de parada cardiorrespiratória, deverá realizar o acompanhamento contínuo e intensivo às vítimas reanimadas, principalmente quando as manobras foram bem-sucedidas, elaborando a realização do relatório ou evolução de enfermagem, checando as medicações e reorganização do local. A American Heart Association (AHA) determina que, as diretrizes que foram desenvolvidas para que: Os profissionais de saúde executem a reanimação cardiorrespiratória (RCP) adequadamente e possam se basear na ciência a fim de reduzir a morte e a Incapacitação. Por tanto, o conhecimento e atualização quanto às recomendações das novas Diretrizes da RCP são essenciais, pois, o enfermeiro na maioria das vezes é o membro da equipe que primeiro se depara com a situação de PCR, esta precisa possuir conhecimentos sobre atendimento de emergência, com tomada de decisões rápidas, avaliação de prioridades e estabelecimento de ações imediatas (SANTOS et al., 2016, p. 47). Sendo assim, a luta que ocorre nas diversas situações e emergência para salvar a vida do paciente é representada por princípios básicos e essenciais que muitas vezes requer um desenvolvimento e conhecimento técnico-científico na solução do enfrentamento do problema pelos enfermeiros, haja vista que, a parada cardiorrespiratória detém muito conhecimento do profissional de enfermagem (SANTOS et al., 2016). 8 Contudo, no ambiente hospitalar, o enfermeiro tem a responsabilidade de organização do material adequado do carro de emergência, organizado e completo para preparação de medicação e utilização dos equipamentos e insumos de forma correta e sistematizada, verifica-se que, a busca do conhecimento pelo enfermeiro através da educação permanente em saúde, no atendimento, poderá ser o diferencial para uma assistência de qualidade e baixo risco de óbito em decorrência da Parada Cardiorrespiratória (PCR) no paciente (CRUZ et al., 2018). Conforme o Conselho Federal de Enfermagem - COFEN (2018), ressalta nos requisitos de atuação de enfermagem envolve entre outros a comunicação entre os locais de origem, até mesmo a avaliação inicial em que o paciente será transportado, estudando as condições atuais do paciente; na escolha da equipe que irá acompanhar o paciente, e no preparo dos equipamentos para a locomoção do acamado, precisando com isso, uma comunicação entre os setores, considerando as informações sobre a situação clínica dando assim, continuidade da assistência de enfermagem e liberação do setor de destino para recebimento da pessoa. Nota-se que, os profissionais de enfermagem são, em geral, os primeiros a presenciar uma parada cardiorrespiratória (PCR) no hospital com isso apresenta-se: As ações que aumentam a chance de sobrevida das vítimas de PCR são chamadas de corrente de sobrevivência e os elos desta corrente são: o reconhecimento da parada; a ativação dos serviços de emergência; a RCP imediata; a desfibrilação e o suporte avançado de vida. Quando fornecida a RCP logo após uma parada cardíaca, a chance de sobrevivência pode duplicar ou até mesmo triplicar (ESPÍNDOLA et al., 2017, p. 2776). Faz-se necessária, a realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) na pós Parada Cardiorrespiratória (PCR) sendo essencial, através da prática e especificar as prioridades, registrando os processos evolutivos do paciente orientandotoda equipe na prestação de cuidados da enfermagem, sabendo- se, porém, que a assistência de maneira adequada possibilita uma assistência mais qualificada e livre de riscos (SILVA et al., 2020). 3.2 CUIDADOS PÓS PARADA Conforme Freitas e Pellenz (2018), a parada cardiorrespiratória consiste em parar a atividade cardíaca, ausência de pulso, responsividade e respiração com isso, o enfermeiro deverá estar atento e deter conhecimento no que fazer com as reações 9 adversas, então para reverter a complicação deverá imediatamente realizar a correta aplicação da chamada corrente de sobrevida, sendo muito importante para melhorar a saúde do paciente pós Parada Cardiorrespiratória. Entretanto, para que aconteça a recuperação de um paciente em pós parada cardiorrespiratória é necessário pela equipe de enfermagem o rápido reconhecimento e intervenção do enfermeiro de maneira coordenada, a reanimação cardiorrespiratória incorreta irá diminuir as chances de vida do paciente, faz-se então, necessário o treinamento adequado da equipe de enfermagem, deve então, ser identificado o conhecimento teórico e prático e planejado da capacitação no serviço e treinamento devendo atender as necessidades do paciente para reanimação cardiorrespiratória (FREITAS e PÉLLENZ, 2018). Conforme informações citadas da American Heart Association (2020), os atendimentos a pacientes pós parada cardiorrespiratória (PCR) em Suporte Básico da Vida (SBV), usam as técnicas sequenciais por compressões torácicas, a abertura das vias aéreas, boa ventilação e desfibrilação. Considera-se a parada cardiorrespiratória uma emergência clínica, com o objetivo de preservar a vida, restabelecendo a saúde, até mesmo aliviar os sofrimentos, diminuindo as possíveis incapacidades. Para que aja melhor atendimento é necessário que toda equipe interaja e esteja qualificada, apta ao realizar as competências cabíveis para a situação, o enfermeiro é fundamental em todo o processo. Ressalta-se que, os pacientes que receberam as manobras imediatas de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) por voluntário tiveram a preservação da função cardíaca e cerebral, outrossim, evidenciou resultados imediatos na parada cardiorrespiratória (PCR), entende-se que qualquer pessoa na situação de urgência também poderá fazer os primeiros socorros antes da emergência e da atuação primária chegue ao local, mas é necessário um prévio conhecimento dos procedimentos e por não saber atuar ou até mesmo prestar atendimento incorreto poderá ocorrer complicações fatais a vítima, então o correto é levar imediatamente a vítima ao pronto atendimento médico (SILVA et al., 2020). Compreende-se, conforme Filho et al., (2019) para a oxigenação apropriada dos tecidos, é necessário minimizar as interrupções das compressões torácicas e maximizar o tempo em que as compressões torácicas geram fluxo de sangue, esse 10 tempo detém a fração das compressões torácicas (FCT) que é a proporção de tempo em que as compressões são realizadas durante a Parada Cardiorrespiratória (PCR). No entanto, sobre todo o processo das compressões torácicas e todo o processo da equipe de enfermagem, Para realização das compressões torácicas: Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro, para que tenha melhor estabilidade. Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura estiver disponível), para deixar o tórax desnudo. Coloque a região hipotênar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a. Estenda os braços e os mantenha cerca de 90º acima da vítima. Comprima na frequência de 100 a 120 compressões/ minuto. Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando compressões com profundidade maior que 6 cm). Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima. Minimize interrupções das compressões, pause no máximo 10 segundos para realização de duas ventilações. Considere obter uma fração de compressão torácica maior possível, tendo como objetivo um mínimo de 60%. Reveze com outro socorrista a cada 2 minutos, para evitar o cansaço e compressões de má qualidade (FILHO et al., 2019, p. 449). Portanto, após a reanimação, são comuns alterações em algumas funções hemodinâmicas, entre elas estão: o aumento da pressão arterial, visto que no indivíduo saudável a pressão de perfusão cerebral é independente da pressão arterial sistêmica em função da auto regulação do encéfalo, adaptando o tônus vascular às variações sistêmicas da pressão, em que é alterada pela ausência de circulação; pelo aumento da pressão intracraniana, que poderá contribuir para lesões cerebrais; hiperglicemia, relacionada ao estresse sofrido pelo corpo; aumento da temperatura sistêmica e decorrente a hipertermia cerebral, e com isso ocasiona o agravo do prognóstico; hipoxemia, contribuindo para o risco de um novo quadro de Parada Cardiorrespiratória (PCR); distúrbios eletrolíticos, decorrentes da isquemia; crescente atividade trombolítica, avaliada pelo marcador responsável pela morte dos indivíduos nas primeiras 42h pós PCR (CRUZ et al., 2018). 3.3 PRINCIPAIS DESAFIOS ENCONTRADOS PELA ENFERMAGEM DURANTE A ASSISTÊNCIA INICIAL E PÓS PARADA Frente ao exposto acima, a equipe de enfermagem, por meio de seus cuidados prestados, encontra diversos desafios, durante a assistência inicial e pós parada, esse profissional deverá ser essencial e capacitado para diagnosticar e atender uma parada cardiorrespiratória, tanto na tomada de decisões para iniciar o atendimento, quanto 11 nos cuidados com a medicação, relato de papéis realizando uma boa sistematização da assistência de enfermagem, evidenciando aos cuidados também com familiares e demais profissionais da equipe (LUCENA e SILVA, 2017). Desta forma, uma das mais graves dificuldades clínicas, da Parada Cardiorrespiratória (PCR) é definida como uma condição súbita de deficiência de oxigenação tissular por cessação da função respiratória e/ou por ineficiência circulatória, todavia, nessa situação, poderá ocorrer danos irreversíveis em um curto período, tendo em vista que lesões cerebrais irremediáveis ocorrem após cinco minutos da parada cardiorrespiratória (PCR), daí a necessidade do profissional de enfermagem estar sempre reciclando os conhecimentos (ESPÍNDOLA et al., 2017). Sendo assim, é visto também como desafio para a enfermagem pela gravidade da parada cardiorrespiratória. Requer intervenções profissionais imediatas, haja vista que representa risco iminente de morte para o paciente. Em situações emergenciais, a sobrevivência do paciente depende da competência da equipe de atendimento, que deverá executar corretamente as manobras de RCP. Caso a PCR ocorra dentro de hospital, deve-se transferir o cliente para uma unidade de cuidados críticos (onde ele possa receber os cuidados pós-PCR abrangentes), identificar e tratar as causas precipitantes da parada e prevenir eventos recorrentes. Nesse contexto intra-hospitalar, os profissionais de enfermagem dependem de equilíbrio emocional e conhecimento teórico prático para conduzir o atendimento correto e preciso em relação à PCR, garantindo a efetividade e funcionalidade de cada integrante da equipe no processo (BRAGA et al., 2018, p. 105). Evidencia-se, porém, que a equipe de enfermagem diante das situações de parada cardiorrespiratória que impactam diretamente durante e pós parada é muitas vezes responsável pelo primeiro atendimento, por isso faz-se fundamental e importante a capacitação da equipe de saúde para o reconhecimento e atendimento inicial do fato, abordagens tanto iniciais quanto no processo de restabelecimento da saúde do paciente, devem ser de qualidade e eficiência com isso influenciará na qualidade da assistência à saúde prestadas por estes profissionais, desafio este enfrentado em todosos momentos (FILHO et al., 2019). Nota-se com isso que, o enfermeiro ao deparar-se com uma parada cardiorrespiratória (PCR) em que é um dos maiores medos e desafios, dos novos enfermeiros, devido à grande complexidade do problema, aja vista que o paciente se encontra em risco de morte, neste cenário, a equipe de enfermagem precisa de agilidade, eficiência, conhecimento científico, habilidade técnica, além de uma 12 infraestrutura adequada para prestar atendimento efetivo (MENEZES e SOUZA, 2015). Entende-se para Franco (2020) que, os principais desafios encontrados apesar da causa da parada cardiorrespiratória, a hipoxemia e a lesão isquêmica que ocorrem antes do retorno da circulação espontânea (RCE) poderá causar várias comorbidades ao paciente, como a disfunção miocárdica, a lesão cerebral, até mesmo a resposta de reperfusão sistêmica à isquemia e persistência em consequência da parada cardíaca. Por isso, O manejo do atendimento pós-parada cardíaca objetiva identificar e tratar as causas, minimizando as lesões nos órgãos afetados, e melhorar a função cardiopulmonar garantindo e normalizando a perfusão de órgãos vitais. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo revelou que, o papel do profissional de enfermagem é de extrema importância, tendo em vista ser um profissional que contribui diretamente com o sucesso e melhora na saúde do paciente acometido pela parada cardiorrespiratória, sabendo que depende de uma série de ações encadeadas para a salvação da vida e recuperação total, o engajamento e conhecimento da equipe de enfermagem é fator de destaque na recuperação e por isso a valorização desse profissional está além das expectativas de sucesso do processo de evolução do paciente. Também pôde constatar que, os cuidados da equipe de enfermagem são necessários que estejam preparados para prestar a assistência ao paciente, a fim de, assistir e manter o direcionamento de medidas e aumentar a sobrevida do acamado, permitiu-se com isso, perceber a carência de profissionais cada vez mais qualificados no atendimento preventivo, por sua vez faz-se necessário, que todos estejam interagindo e se informando dos cuidados na parada cardiorrespiratória e pós parada com maior eficiência diante do cenário vivenciado. Por fim revelou ainda, que existem vários desafios a serem vencidos na existência tanto no atendimento inicial, como no pós-parada cardiorrespiratória entre eles destacam-se, o atendimento humanizado ao paciente acamado, visando sistematizar e facilitar o entendimento pelos profissionais de enfermagem que envolve por completo o atendimento inicial e pós-parada. 13 Sendo assim, faz-se necessário que o profissional de enfermagem esteja sempre atualizado, diante das discussões apresentadas em suas rotinas diárias, visando o instrumento de proteção e conservação da qualidade do cuidado prestado, com isso surge cada vez mais o aprimoramento da equipe de enfermagem, criar novas ferramentas a fim de, orientar na assistência realizada por toda equipe envolvida. 14 REFERÊNCIAS AHA, American Heart Association. Guidelines CPR e ECC. Destaques da American Heart Association 2020. Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Disponível em: <https://eccguidelines.heart.org >. Acesso em 14 setembro 2021. 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