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AUTISMO EM PERSPECTIVA

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AUTISMO EM PERSPECTIVA
UNIASSELVI
1 INTRODUÇÃO
O enfoque desse tópico são as intervenções direcionadas ao TEA – Transtorno do Espectro Autista –, portanto ele se propõe a apresentar de modo resumido algumas intervenções ligadas à musicalização, intervenções voltadas ao desenvolvimento de habilidades comunicativas, à elaboração de autobiografia e intervenções que envolvem a prática regular de atividade física, como a dançaterapia.
CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL
Esse tópico também apresentará subsídios para o conhecimento acerca das seguintes propostas de intervenção como: ABA, TEACCH, PECS, SON RISE e o Currículo Funcional Natural. Certamente você já aprendeu algo sobre algumas delas, ou em outros momentos de estudo que você foi acumulando ao longo da vida. Sendo assim, essa parte do curso lhe concederá oportunidades para mais descobertas, constatações, ponderações e reflexões com relação a elas.
Vamos lá?
2 TEA – PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
Você já percebeu que existem propostas de intervenção relacionadas ao TEA para todas as faixas etárias? Uma rápida busca sobre elas na internet lhe conduzirá para sites, páginas, blogs etc. que citam estratégias de intervenção desde a mais tenra infância até a vida adulta no que concerne ao TEA. Dessa maneira, começaremos mencionando uma estratégia com base na musicalização – direcionada aos bebês.
Ambros et al. (2017) desenvolveram um estudo sobre intervenção referente ao autismo por meio da musicalização. O estudo apontou que esta proposta foi efetiva, tendo em vista a avaliação feita pela terapeuta ocupacional dois meses depois. A música se mostrou uma benéfica forma de intervenção precoce diferenciada das terapêuticas tradicionais voltadas ao autismo. É importante destacar que, muitas vezes, as terapêuticas tradicionais geralmente não contam com a adesão dos familiares e geram resistências por parte deles. No entanto, perceba como ela é possível, leia o artigo de Lavinia Teixeira Machado, professora adjunta do Departamento de Educação em Saúde da Universidade Federal deSergipe – São Cristóvão (SE) – Brasil, intitulado Dançaterapia no autismo: um estudo decaso de 2015.
FONTE: TEIXEIRA-MACHADO, Lavinia. Dançaterapia no autismo: um estudo de caso. Fisioter.
Uma característica que frequentemente faz parte do TEA é a dificuldade de expressão verbal. Tanto que boa parte das famílias desconfiam que a criança tem algo diferente das demais, muitas vezes pela a ausência da fala, ao passo que os coleguinhas da mesma idade já se expressam por meio da comunicação verbal.
Por conseguinte, Silva, Lopes-Herrera e De Vitto (2007) fizeram um estudo acerca do TEA, voltado ao desenvolvimento de habilidades de comunicação. O estudo abordou a reabilitação dos transtornos da fala e da linguagem, relativos aos transtornos globais do desenvolvimento infantil, portanto, destaca relações entre terapia e linguagem.
A intervenção examinada por Silva, Lopes-Herrera e De Vitto (2007) foi realizada com um menino com TEA, cujo diagnóstico foi realizado aos vinte e quatro meses de idade. Desde então, o menino recebeu intervenção fonoaudiológica individual duas vezes por semana.
O objetivo da intervenção fonoaudiológica consistia no desenvolvimento da compreensão de situações comunicativas, levando em consideração a intencionalidade relacionadas a elas. Para tanto, seriam acionadas habilidades comunicativas não verbais e verbais. Esperava-se, porquanto, que a criança apresentasse melhoras em sua inserção em nível familiar, escolar e social (SILVA; LOPES-HERRERA; DE VITTO, 2007).
Sendo assim, buscava-se desenvolver a atenção conjunta do garoto, o que englobava o contato ocular (visual), a capacidade de imitação, a atividade simbólica, bem como, o estabelecimento de turnos interacionais. Além disso, tinha-se por intuito promover o desenvolvimento quanto a atribuição de funcionalidade a objetos e situações comunicativas (SILVA; LOPES-HERRERA; DE VITTO, 2007).
É relevante destacar que o terapeuta conduzia intervenções diretas se balizando por metas terapêuticas apropriadas. O terapeuta chamava a atenção do rapaz para ele de maneira sistemática e dirigida, cada vez que o menino tentava fazer alguma atividade sozinho (de forma isolada ou autoestimulatória)
(SILVA; LOPES-HERRERA; DE VITTO, 2007).
O terapeuta procurava reverter cada tentativa demonstrada pela criança, de que agiria sem a participação do terapeuta ou do objeto de interação. Logo, fica explícito que o terapeuta estava determinado a propiciar interação constantemente, inclusive, incentivando a troca de experiências (SILVA; LOPESHERRERA; DE VITTO, 2007).
Os resultados gerados pelo estudo realizado por Silva, Lopes-Herrera e De Vitto (2007) foram:
• O trabalho fonoaudiológico individual precoce com crianças autistas se mostrou positivo.
• As estratégias terapêuticas de intervenção se mostraram eficazes para a criança em questão, haja vista que ela apresentou evolução.
• O processo terapêutico fonoaudiológico voltado à estimulação de interação social, atenção conjunta, troca de turnos interacionais, à aquisição da linguagemoral e à compreensão do processo de comunicação se revelou eficiente.
• O menino desenvolveu uma comunicação funcional, por intermédio da linguagem oral e de outras formas simbólicas.
• O menino passou a apresentar em maior frequência, contato ocular espontâneo e comunicativo, além de momentos de atenção conjunta com adultos e crianças. Rodrigues e Almeida (2017) também fizeram um estudo sobre uma estratégia de intervenção que pudesse, de alguma forma, ajudar as pessoas com TEA a contornar suas limitações nas habilidades de comunicação. Já que as pessoas com TEA costumam responder melhor às práticas educativas que fazem uso de estímulos visuais, sugerem o emprego da técnica de modelagem em vídeo (MV) para esse público. Será que a MV contribuiria para que elesaprendessem habilidades de comunicação?
Rodrigues e Almeida (2017) se mostraram mais interessados no uso de MV associado a outra intervenção, isto é, a MV seria uma estratégia complementar, uma parte de um conjunto de intervenções. Em consequência, envolveram onze artigos científicos publicados entre 2010 e 2016 relacionados à Educação Especial e que discorriam sobre estratégias de MV direcionadas às pessoas com TEA.
Os resultados do estudo de Rodrigues e Almeida (2017) indicaram que as pessoas com TEA foram beneficiadas por intermédio do uso da MV no que se refere ao desenvolvimento de habilidades de comunicação. Ficou evidente que a MV auxiliou no processo de aprendizagem das crianças com TEA, afinal, elas deram mostras de terem desenvolvido diversas habilidades relativas à comunicação. 
Rodrigues e Almeida (2017) sugerem que novas pesquisas sejam elaboradas sobre a MV, pois um aspecto que precisa ser esclarecido tem relação ao tempo de duração dos vídeos utilizados. Eles verificaram que a duração dos vídeos foi muito diversificada, ou seja, alguns vídeos eram curtos, alguns longos e outros medianos. Então, seria interessante que novos estudos levassem em conta essa variável, levantando se a duração do vídeo interfere na resposta apresentada pelas pessoas com TEA submetidas à estratégia MV.
Será que vídeos curtos são mais eficazes, ou são os longos? Talvez sejam
os vídeos de média duração! Ou será que a duração dos vídeos não interfere nos resultados? É importante que essas questões sejam esclarecidas, para que as intervenções com MV sejam conduzidas por meio dos vídeos com a duração mais acertada (RODRIGUES; ALMEIDA, 2017).
Além disso, o estudo de Rodrigues e Almeida (2017) revelou que grande parte da aplicação de intervenções com base em MV se deu nas escolas especiais. Por isso, eles aconselham a fazer um levantamento sobre os resultados que as pessoas apresentam quando essas estratégias são aplicadas em outros ambientes, tais como a residência das crianças e até mesmo espaços em que a 2ª comunidade, em geral, circula. Com esse levantamento, poderia se averiguar se o uso da MV em ambientes diferentes apresenta os mesmos resultados, ou se eles variam de acordo como espaço em que é realizado.
De mais a mais, Rodrigues e Almeida (2017) alegam que disponibilizar intervenções com MV em locais diversificados pode ser útil, já que tende a favorecer a generalização das habilidades desenvolvidas. Assim, a comunicação seria funcional. Até que ponto é proveitoso manter intervenções com MV restritas às escolas especiais? Ali as famílias têm poucas chances de se envolver com os objetivos da intervenção, visto que têm menos probabilidades de compreender o processo. É provável que se a família se engajar com a intervenção, estará aumentando as possibilidades de que ela gere resultados positivos e que esses resultados se mantenham, e quiçá até se aprimorem!
Talvez você tenha ficado em dúvida sobre o significado da palavra generalização. Então, vamos conhecer alguns de seus sinônimos?
Ação de tornar universal:
1. universalização, globalização, mundialização.
Operação mental:
2. abstração, abstrato, intangibilidade, impalpabilidade, incoporalidade, imaterialização,
subjetividade conceptualização, intelectualização.
Aumento rápido, com propagação:
3. proliferação, abundância, aumento, epidemia, crescimento, reprodução, difusão,
multiplicação, alastramento.
Divulgação para muitas pessoas:
4. propagação, divulgação, publicação, vulgarização, propalação, popularização.
FONTE: <https://www.sinonimos.com.br/generalizacao/>. Acesso em: 5 mar. 2020.
Em linhas gerais, a generalização envolve a aplicação das habilidades desenvolvidas também em outros ambientes, e não apenas onde a estratégia foi efetuada. Se a criança experenciou a MV na escola especial, ela pode deduzir que ali na escola é esperado que ela empregue o que aprendeu, mas não necessariamente ela compreenderá que pode acionar o que aprendeu em outros locais.
Para Rodrigues e Almeida (2017), outros fatores que podem favorecer ageneralização são:
• Ambientes.
• Materiais.
• Pessoas.
• Estímulos.
Então, quanto mais diversificação existir entre esses quatro fatores, maior tende a ser a generalização do que foi aprendido através da MV. O estudo de Rodrigues e Almeida (2017) desvelou que ainda há muito para investigar quanto a MV, porém, com os resultados já obtidos, ela se mostra uma estratégia interventiva fértil e oportuna.
Apesar destas limitações, os resultados gerais desta revisão parecem apoiar o uso da modelagem em vídeo na reabilitação de crianças com TEA. Dados os resultados positivos relatados nestes 11 estudos, há evidências suficientes para concluir que a modelagem em vídeo é um procedimento empiricamente comprovado para ensinar uma variedade de habilidades comunicativas para crianças com TEA. Não obstante, deve-se considerar a variedade diagnóstica desta população para que a intervenção seja mais adequada (RODRIGUES; ALMEIDA, 2017, p. 605).
Em resumo, Rodrigues e Almeida (2017) recomendam que a MV seja acrescentada às propostas de intervenção para pessoas com TEA.Bialer (2015) enfatiza as vantagens das autobiografias para pessoas com TEA. Os textos escritos e publicados por escritores com TEA têm sido úteis paraa inserção escolar de alunos com TEA. Afinal, quando professores leem essas produções textuais, amplificam seus conhecimentos sobre o TEA, e isso tende a influenciar as maneiras pelas quais os professores tratam estudantes com TEA.
Esses textos têm sido propícios para que profissionais da educação descubram importantes aspectos relacionados ao processo de ensino e aprendizagem de pessoas com TEA. Assim, os professores descobrem e refletem sobre como podem ajudar esses estudantes a se expressarem e a se sentirem motivados para o aprender (BIALER, 2015).
Para tanto, Bialer (2015, p. 221) faz a análise de duas autobiografias de Birger Sellin, autista-escritor. Ela destaca que é pertinente lembrar que o próprio autor da autobiografia é beneficiado, haja vista a dimensão terapêutica desse gênero de escrita. As autobiografias de pessoas com TEA:
[...] são retratos da sua luta para se liberar do isolamento autístico glacial, através das suas diversas estratégias inventadas que lhe viabilizam um tratamento do gozo invasivo, com uma eficácia relativa, mas que lhe permitem manter seus pseudópodes estendidos em direção aos outros. A invenção da literatura birgeriana retrata os efeitos terapêuticos da escrita, evidenciando a sua importância enquanto valiosa ferramenta de (auto)tratamento no autismo 
(BIALER, 2015, p. 221).
Lourenço et al. (2015), por sua vez, apresentou um estudo a respeito de intervenções para pessoas com TEA por meio de atividade física. De acordo com os autores, a realização regular de atividade física acarreta diversas vantagens para as pessoas, de modo geral. Dentre elas, destacam-se a prevenção ou a melhora dos quadros de doenças crônicas, como obesidade, osteoporose, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, hipertensão, diabetes etc.
A atividade física regular também gera a melhora da sensação de bem-estar. Sendo assim, Lourenço et al. (2015) fizeram uma investigação sobre programas de intervenção de atividade física em pessoas com TEA. A intenção deles foi agrupar resultados de estudos já divulgados sobre relações entre a prática frequente de atividade física e o TEA. Para tanto, analisaram dezoito estudos, que abrangeram atividades físicas realizadas individual ou coletivamente, tais como: jogos, natação, corrida, passeios terapêuticos e hidroginástica.
Os resultados apontaram que os programas de intervenção com base em atividades físicas ocasionaram melhoras consideráveis, para a vida das pessoas com TEA, principalmente, no que se refere ao comportamento agressivo e estereotipado, ao funcionamento social, à resistência, à qualidade de vida, à aptidão física e ao estresse (LOURENÇO et al., 2015). 
Teixeira-Machado (2015) fez uma investigação sobre os efeitos da dançaterapia para as adolescentes com TEA. Ela verificou que esses adolescentes foram beneficiados no que concerne:
• ao desempenho motor;
• ao desempenho gestual;
• ao equilíbrio corporal;
• às condições de marcha;
• à qualidade de vida;
• à capacidade motora (estática e dinâmica);
• às habilidades motoras.
Além disso, percebeu-se uma significativa redução da gravidade do espectro autista. Frente ao exposto, Teixeira-Machado (2015) defende que intervenções com base na dança são benéficas, pois são permeadas por movimentos rítmicos, proposição de estímulos diferenciados e de exercícios alternados, acrescidos de direções diversas. Perceba que todo este movimento contribui para o desenvolvimento humano. 
Agora conversaremos sobre alguns métodos para efetivar e descobrir por meio da observação e investigação o desenvolvimento da criança, jovens ou adultos.
Silva, Soares e Benitez (2020) desenvolveram um estudo sobre a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), no que se refere a estudantes com TEA. Os referidos autores destacam que o TEA pode afetar distintas áreas do desenvolvimento humano, por isso, é essencial que uma variedade deprofissionais se engajem em propostas de intervenções para pessoas com TEA.
Para Silva, Soares e Benitez (2020), é melhor ainda quando grupos deprofissionais de áreas diferentes se unem em torno da mesma estratégia interventiva. Até porque os estudantes com TEA têm direito ao atendimento multiprofissional. Nesse sentido, a ABA é uma proposta favorável, já que intervenções em ABA podem ser realizadas por uma diversidade de profissionais, tais como:
• Psicólogos.
• Fonoaudiólogos.
• Pedagogos.
• Terapeutas ocupacionais.
• Educadores especiais.
• Equipe interdisciplinar.
Silva, Soares e Benitez (2020) frisam que ferramentas tecnológicas podem ser acrescentadas nesse contexto. Elas podem complementar as ações
dos profissionais, criando ou ampliando as condições para que mais profissionais
conheçam as atividades aplicadas, e que possam, também, aplicar cada uma
delas, analisando o desempenho dos estudantes com TEA. Em acréscimo, os
profissionais podem reprogramar as novas atividades com vistas às sessões
futuras (SILVA; SOARES; BENITEZ, 2020), isto é, na concepção desses autores, a
ABA pode ser conduzidapor intermédio de recursos computacionais.
À vista disso, o estudo de Silva, Soares e Benitez (2020) envolveram a
aplicação de programas educativos por tentativas discretas, fundamentados
na perspectiva comportamental, no ambiente digital denominado como mTEA.
O estudo ainda possibilitou a avaliação da atuação de duas profissionais com
alunos com TEA, envolvendo esse ambiente digital. 
Isso posto, é necessário esclarecer que além das duas professoras, foram
participantes do estudo, cinco crianças com TEA e que o estudo teve a seguinte
sequência:
1ª etapa - desenvolvimento do sistema.
2ª etapa - as duas profissionais da educação, criaram e aplicaram atividades com
os cinco alunos, através do mTEA.
3ª etapa - as duas professoras responderam a um questionário sobre o uso
do mTEA.
Os resultados gerados pelo estudo de Silva, Soares e Benitez (2020)
indicam que o mTEA alcançou o objetivo previamente proposto. Ele se mostrou
útil para personalizar as atividades propostas em cada currículo de ensino de
cada estudante. Contudo, apontam que é possível aperfeiçoar os usos do mTEA.
Fernandes e Amato (2013) fizeram um estudo englobando processos de
intervenção, revisões de literatura, formação profissional e a colaboração dos
pais nos processos interventivos, quanto à ABA. Informam, também, que, por
muito tempo, a ABA foi apresentada como a única abordagem terapêutica com
resultados cientificamente comprovados para pessoas com TEA.
Os resultados do estudo de Fernandes e Amato (2013) sinalizam que:
• Somente quatro artigos fazem menção à contribuição dos pais na aplicação
dos princípios da ABA no ambiente residencial.
• Os estudos sobre formação profissional dão ênfase à formação especializada.
• A maior parte das revisões de literatura deixa transparecer que os processos
interventivos são controversos (questionáveis), caros e dependentes de
fatores externos.
• No tocante aos artigos, descrevem processos de intervenção que envolvem
centenas de participantes, todavia, não é possível a realização de metaanálise já que não existem critérios de inclusão, tampouco caracterização
comparáveis.
• Não há evidências plausíveis de que a ABA seja superior, em comparação às
outras alternativas interventivas.
• Só poderá ser possível afirmar que a uma proposta de intervenção seja mais
eficiente do que outra, quando os estudos seguirem determinados critérios.
Há necessidade de estudos controlados, "[...] com casuística relevante e
critérios claros de inclusão e de avaliação dos resultados, para que qualquer
proposta de intervenção possa ser considerada mais eficiente ou produtiva do
que outras" (FERNANDES; AMATO, 2013, p. 295).
• É vital que sejam desenvolvidos procedimentos eficazes de intervenção, que
sejam economicamente acessíveis e socialmente relevantes, para que pessoas
com TEA tenham melhores atendimentos.
dicas
Lembre-se de que você já pôde entrar em contato com a ABA nas etapas anteriores desse curso.
Para saber mais sobre o assunto, recomendamos a leitura do livro intitulado “Análise
do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista”, cujas autoras são Ana
Carolina Sella e Daniela Mendonça Ribeiro.
FIGURA 3 – CAPA DO LIVRO “ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA AO TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA”
FONTE: <http://twixar.me/Yq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.
2
TEACCH pressupõe uma sigla que significa "Tratamento e Educação
para Autistas e Crianças com déficits relacionados à Comunicação", também
utilizada para "Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Limitações".
De acordo com Kwee, Sampaio e Atherino (2009), o TEACCH foi criado por Eric
Shopler e colaboradores, no ano de 1966, na divisão de Psiquiatria da Escola de
Medicina da Universidade da Carolina do Norte (EUA). O programa foi fruto de
um projeto de pesquisa, que se propunha a questionar a prática clínica daquele
período, no contexto americano, que preconizava que o Autismo era causado por
fatores emocionais, e, que, portanto, necessitaria de tratamentos pautados na
psicanálise. 
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
Assim, o programa TEACCH foi formulado de modo a contemplar as
esferas de atendimento educacional e clínico, em uma prática com abordagem
psicoeducativa. Necessariamente, o TEACCH consiste num programa
transdisciplinar, cujas bases teóricas são a Teoria Comportamental (Behaviorista)
e a Psicolinguística (KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).
TEORIA BEHAVIORISTA PSICOLINGUÍSTICA
Valorização das descrições das condutas. Busca de estratégias para compensar os
déficits comunicativos.
Utilização de programas passo a passo. Utilização de recursos visuais.
Uso de reforçadores.
A associação dos pressupostos da teoria behaviorista e da psicolinguística,
favorecem interações entre pensamento e linguagem, e, assim, as pessoas com
TEA podem expandir suas capacidades de compreensão, afinal, a imagem visual
passa a promover a comunicação (KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).
Kwee, Sampaio e Atherino (2009) explicam que para o modelo de
intervenção TEACCH, o entendimento da condição neurobiológica do TEA
é indispensável. Destarte, o TEACCH corresponde às práticas interventivas 
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
funcionais (úteis e práticas) e pragmáticas (práticas e objetivas). Agora que você
tem um panorama geral sobre o TEACCH, vamos conhecer os seus principais
princípios?
Kwee, Sampaio e Atherino (2009) citam os seguintes princípios
fundamentais do TEACCH:
• Promover a adaptação de cada pessoa com TEA.
• Melhorar todas as habilidades para o viver por meio das melhores técnicas
educacionais disponíveis.
• Entender e aceitar os déficits apresentados pela pessoa.
• Planejar estruturas ambientais que possam compensar os déficits.
• Promover a mútua colaboração entre profissionais, pais e pessoas com TEA, de
modo que compartilhem conhecimentos construídos tanto pela teoria quanto
pela prática. Assim, as pessoas envolvidas aprendem de modo cooperativo.
• Propiciar um trabalho coletivo, entre profissionais, pais e pessoas com TEA,
para que, juntos, definam prioridades dos programas para os contextos
institucionais, doméstico e da comunidade.
• Estimular a reciprocidade entre profissionais, pais e pessoas com TEA, para a
realização de pesquisas e para o desenvolvimento do tratamento.
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TEA – PROPOSTAS DE
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
• Favorecer uma avaliação que possibilite a compreensão de quais são as
habilidades atuais da criança, as habilidades emergentes (que estão prestes a
emergir) e o que ajuda a desenvolvê-las.
• Disponibilizar programas específicos de ensino/aprendizagem e tratamento
individualizados, fundamentados numa compreensão personalizada de cada
pessoa, haja vista que crianças com TEA são extremamente diferentes umas
das outras, em termos de competências, áreas de dificuldade e idiossincrasias.
Ainda que elas tenham características em comum, elas também apresentam
diferenças.
• Conduzir a avaliação associando metodologias informais às metodologias
formais. Em outras palavras, a avaliação precisa ser cuidadosa, levando em
conta a avaliação formal – representada pelos melhores e mais adequados
testes disponíveis, sempre que possível. No entanto, a avaliação informal
também é substancial, já que é realizada por meio de observações mais
perspicazes dos pais,professores e outras pessoas em contato regular com a
pessoa com TEA.
• Conhecer os aportes teóricos que dão sustentação ao TEACCH, a saber:
sistemas teóricos, teorias cognitivistas e behavioristas, tendo em vista que
esses aportes guiam tanto a pesquisa quanto os procedimentos desenvolvidos
pelo TEACCH.
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
• Dispor um modelo generalista e transdisciplinar. Isso significa que os
profissionais de qualquer disciplina interessados em trabalhar com pessoas
com TEA são capacitados como generalistas (pessoas com visão geral,
habilidades funcionais, mas que não possuem conhecimentos especializados).
• Contar com uma equipe de profissionais que consigam lidar com a ampla
gama de aspectos acarretados pelo TEA, independentemente de suas
áreas de especialização. A vantagem de ter uma equipe generalista, é o
compartilhamento da responsabilidade pela pessoa com TEA como um todo.
Ao mesmo tempo, os membros da equipe possuem a possibilidade de consultar
especialistas quando necessário. Além disso, as decisões podem der tomadas
de modo coletivo.
Munidos dessas informações, Kwee, Sampaio e Atherino (2009) se
prontificaram a fazer um estudo sobre um programa TEACCH. Em consequência,
notaram que todos os alunos que participaram do programa apresentaram
evolução positiva em todas as áreas. Inclusive, os ganhos e as manutenções dos
comportamentos adquiridos se mostraram estabilizados, mantidos.
Quanto às vantagens para a equipe de profissionais, foi perceptível que a
equipe transdisciplinar encontrou no programa TEACCH, auxílios para monitorar 
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
o programa individual dos alunos, além da possibilidade de debates em grupo
no que se refere aos casos, com representantes de diferentes especialidades
(KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).
Kwee, Sampaio e Atherino (2009) observaram que, na instituição que
fez parte do estudo conduzido por eles, ocorriam reuniões mensais de avaliação
dos programas. Mediante as reuniões, os profissionais iam construindo novos
conhecimentos, enriquecendo suas compreensões acerca de intervenções para
pessoas com TEA, bem como, fortificando o trabalho transdisciplinar.
Antes de passarmos para a próxima proposta de intervenção para
pessoas com TEA, vejamos a conclusão desse estudo, nas palavras dos próprios
pesquisadores:
Conclui-se que o trabalho terapêutico de pessoas com autismo é o de ver
o mundo através de seus olhos, e usar esta perspectiva para ensiná-las a
funcionarem inseridas na cultura de forma mais independente possível.
Enquanto não se podem curar os déficits cognitivos subjacentes ao autismo,
é pelo seu entendimento que planejamos programas educacionais efetivos na
função de vencer o desafio deste transtorno do desenvolvimento tão singular.
(KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009, p. 225).
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CURRÍCULO FUNCIONAL
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dicas
Você quer aprender mais sobre TEACCH? Que tal ler o livro escrito por Maria Elisa Granchi
Fonseca e Juliana De Cássia Baptistella Ciola?! O título é “Vejo e Aprendo - Fundamentos do
Programa TEACCH”.
FIGURA 4 – CAPA DO LIVRO “VEJO E APRENDO - FUNDAMENTOS DO PROGRAMA TEACCH”
FONTE: <http://twixar.me/Nq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.
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PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
6
SRP - PROGRAMA SON-RISE
7
CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
5 PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO
POR TROCA DE FIGURAS
A sigla PECS é oriunda da língua inglesa Picture Exchange Communication
System, que em língua portuguesa corresponde ao sistema de comunicação por
troca de figuras (FERREIRA et al., 2017).
É uma proposta de intervenção que tem sido empregada sobretudo com
as pessoas com TEA que são consideradas não verbais (que não apresentam
habilidades para empregar o código linguístico). Muitas dessas pessoas,
tendem, inclusive, a não utilizar gestos, demonstrando, assim, dificuldades para
estabelecer comunicação tanto em termos verbais como não verbais (FERREIRA
et al., 2017). 
2
TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
31
3
ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
4
TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
5
PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
6
SRP - PROGRAMA SON-RISE
7
CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
FIGURA 5 – EXEMPLO DE PECS
FONTE: <http://twixar.me/xq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.
Uma parte dos professores já compreende que muitas crianças com TEA
respondem de modo mais positivo aos estímulos visuais do que aos estímulos
verbais. Por conta disso, já é possível verificar alguns professores fazendo uso
de imagens, figuras, cartões de comunicação, ilustrações, pictogramas, para que
as crianças com TEA identifiquem e entendam a sequência de rotinas em sala de
aula.
2
TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
32
3
ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
4
TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
5
PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
7
CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
Ferreira, Teixeira e Britto (2011) esclarecem que, além dos pictogramas, o
PECS pode ser realizado com o uso de fotos, miniaturas e até objetos concretos.
De qualquer forma, trata-se de uma proposta de intervenção que se pauta na
troca, visto que a pessoa com TEA entrega um cartão simbolizando o que deseja,
e a outra pode compreender a necessidade que está sendo manifesta, e reagir
de acordo com ela.
Da mesma maneira, a professora pode mostrar um pictograma para o
estudante, a fim de mostrar qual é a atividade proposta para aquele momento
da aula.
No PECS, cartões de comunicação que são trocados podem se referir a
um desejo, um objeto, um pedido, à indicação de alguma ação, um sentimento,
sensações etc. (TOGASHI; WALTER, 2016).
Segundo Gomes e Nunes (2014), muitos estudos de teor científico têm
sido publicados acerca dos resultados promissores alcançados mediante o uso
de recursos da CAA [Comunicação Alternativa e Ampliada] e de Estratégias
Naturalísticas de Ensino no desenvolvimento das habilidades de comunicação
de pessoas com TEA que não dispõem de fala articulada.
2
TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
33
3
ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
4
TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
5
PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
6
SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
Ferreira et al. (2017) fizeram um estudo sobre os vocábulos/palavras que
são mais frequentemente usados, a fim de desenvolver o PECS com trinta e uma
crianças autistas, na faixa etária de 5 a 10 anos. Também ficaram atentos aos
comportamentos não adaptativos, através do Autism Behavior Checklist (ABC).
Resultados: houve predomínio significativo de itens na categoria alimentos,
seguido de atividade e bebidas. Não houve correlação entre o total de itens
identificados pelas famílias com o índice de comportamentos não adaptativos.
Conclusão: foi possível identificar as categorias de vocábulos mais mencionados
pelas famíliase verificar que o índice de comportamentos não adaptativos não
interferiu diretamente na elaboração da planilha de seleção de vocábulos das
crianças estudadas (FERREIRA et al., 2017, p. 1).
Gomes e Nunes (2014) recomendam que estratégias do PECS sejam
utilizadas no contexto escolar e que professores poderiam participar ativamente
delas. Nesse caso, o professor passa a ser considerado agente de intervenção,
em programas instrucionais.
Nunes e Santos (2015) produziram um estudo em que a PECS era associada
à estratégia AMI – Aided Modeling Intervention – que no Brasil pode ser chamada de
Intervenção de Modelagem Assistida. Nesse caso, estratégias dos dois modelos
foram mescladas com a intenção de ajudar uma criança de cinco anos com TEA a
desenvolver a comunicação. A agente de intervenção foi uma professora. 
2
TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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3
ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
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PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
6
SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
No programa de intervenção examinado por Nunes e Santos (2015), a
professora foi capacitada a usar o PECS agregado do AMI. Em consequência, foi
notório o aumento da frequência de iniciativas de interação da criança com a
utilização dos pictogramas (símbolos ou sinais gráficos), além das modificações
no estilo de interação da professora.
Entretanto, é necessário ressaltar que mera exposição de crianças com
TEA aos recursos de comunicação alternativa costuma ser pouco eficaz com
relação ao desenvolvimento de novas formas de expressão. É de pouco proveito
introduzir pictogramas no cotidiano escolar se professores e estudantes não
foram orientados adequadamente sobre como utilizá-los. Os pictogramas são
mais vantajosos, quando a criança aprende a manifestar seus desejos por meio
dos cartões/pictogramas (NUNES; SANTOS, (2015).
Nesse sentido, destaca-se a relevância da formação docente, já que a partir
da apropriação de mais informações sobre o PECS, o professor pode conduzir as
aulas, potencializando as oportunidades em que o estudante com TEA utilize os
pictogramas como forma de comunicação expressiva (NUNES; SANTOS, 2015). 
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
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PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
7
CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
Sendo assim, é válido mencionar que Fischer (2019) desenvolveu um
estudo sobre a formação de professores da educação especial, colocando em
evidência métodos de aprendizagem e ensino para competência. O estudo ainda
abordou estratégia para autoformação e aspectos de Inclusão educacional
voltados às pessoas com TEA.
Ferreira, Teixeira e Britto (2011, p. 559) evidenciaram que até mesmo os
adultos podem ser beneficiados com estratégias relativas ao PECS:
Resultados: os dados coletados mostraram que houve aumento do número
de atos comunicativos e funções comunicativas, e que o percentual do
espaço comunicativo ocupado pelo sujeito aumentou após os procedimentos
realizados com o uso dos programas de comunicação alternativa. Conclusão:
concluiu-se que houve progresso no perfil pragmático da comunicação com o
uso concomitante dos dois métodos de comunicação alternativa, uma vez que
as interações sociais do sujeito aumentaram.
Sob o ponto de vista de Mizael e Aiello (2013), o PECS denota um sistema
de comunicação que sobreleva a relação interpessoal. Os atos comunicativos
entre as pessoas são efetivados por meio da troca de figuras.
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
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PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
dicas
Vamos aprender mais sobre esse tema? Uma boa alternativa para isso é a o livro “Comunicação
Alternativa – Teoria, prática, tecnologias e pesquisa”.
FIGURA 6 – CAPA DO LIVRO “COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – TEORIA, PRÁTICA, TECNOLOGIAS E
PESQUISA”
FONTE: <http://twixar.me/qq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
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COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
6
SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
6 SRP - PROGRAMA SON-RISE
O Programa Son-Rise (SRP) foi criado nos Estados Unidos, na década de
1970, e costuma ser conduzido pelos pais, mediante o auxílio de facilitadores.
Trata-se de uma proposta de intervenção para crianças com TEA, caracterizada
como intervenção precoce (SCHMIDT et al., 2015).
Schmidt et al. (2015) efetuaram um estudo sobre a condução do Programa
Son-Rise com uma criança com TEA durante um ano, no qual relataram os efeitos
dessa intervenção no desenvolvimento dela.
A aplicação do Programa Son-Rise costuma se dar na própria moradia da
criança, mais especificamente, em um quarto modificado, adaptado de maneira
tática e planejada para a realização do programa. Esse ambiente também tem
sido chamado de "quarto de brincar" (SCHMIDT et al., 2015).
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
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E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
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COMUNICAÇÃO POR
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
FIGURA 7 – QUARTO DE BRINCAR – PROGRAMA SON-RISE
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=1_aQ-9uhZ2c>. Acesso em: 5 mar. 2020.
Os procedimentos do Programa Son-Rise abarcam determinadas estratégias
educacionais. É necessário que os pais ou responsáveis pela criança aprendam
estas estratégias, para que consigam conduzir os momentos de intervenção com
interação adequada. Os responsáveis pela criança são encorajados a seguirem os
interesses manifestos pela criança, ao invés de se esforçarem para direcionar a
criança para uma atividade selecionada pelos próprios responsáveis (SCHMIDT et
al., 2015).
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
Os responsáveis também são estimulados a valorizar as expressões
da criança, incluindo as estereotipias. De modo geral, pode-se afirmar que o
Programa Son-Rise visa promover a aceitação da criança com TEA, de modo a
abandonar ou, pelo menos, diminuir os julgamentos em relação a ela.
O programa Son-Rise, sumariamente, apoia-se na filosofia de que mais do que
obrigar a pessoa com autismo a participar das nossas vivências, os pais devem
participar do mundo da criança como uma forma de construir uma ponte entre a
criança e seus cuidadores. Uma vez que essa possibilidade é construída, o filho
pode ser encorajado a avançar e experimentar experiências mais significativas
e complexas (SCHMIDT et al., 2015, p. 424).
Isso posto, o estudo de Schmidt et al. (2015) revelou que:
• A realização do programa Son-Rise na morada da família desencadeou
interferências na rotina familiar, diminuindo a intensidade da intervenção.
• Avanços foram notados nas áreas da comunicação e da interação, incluindo
mudanças no uso do olhar (contato visual).
Conforme Schmidt et al. (2015) não são apenas os registros escritos
de Raun Kaufman que disseminam os benefícios oriundo do programa SonRise. A internet tem sido um local em que muitas pessoas têm divulgado suas 
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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AUTISTAS E CRIANÇASCOM
DÉFICITS RELACIONADOS À
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
experiências com o programa, seguidas com incontáveis depoimentos positivos
– que vão das melhorias consideráveis à superação de expectativas.
dicas
O Programa Son-Rise chamou a sua atenção? Você pode aprender mais sobre ele através da
leitura do livro “Vencer o Autismo com o The Son-Rise Program”.
FIGURA 8 – CAPA DO LIVRO “VENCER O AUTISMO COM O THE SON-RISE PROGRAM”
FONTE: <http://twixar.me/Gr3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.
2
TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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COMPORTAMENTO
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AUTISTAS E CRIANÇAS COM
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
Schmidt et al. (2015) realçam que os pais e responsáveis por crianças
com TEA necessitam ter acesso às informações sobre diferentes propostas
de intervenções em TEA. Desse jeito, podem tomar decisões sobre a escolha
dos programas, levando em conta as singularidades de seu filho, evitando o
desperdício de tempo de dinheiro com propostas que não são indicadas para ele.
7 CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL
Para Silva, Silva e Soares (2018), o Currículo Funcional Natural possibiliza
que o educando se depare com novas oportunidades e adaptações no tocantes
as suas dificuldades e/ou necessidades.
As origens do Currículo Funcional Natural se encontram no Kansas, na
década de 1970 e desde o início visavam ao desenvolvimento de habilidades
funcionais de pessoas com necessidades educacionais especiais. Por vezes,
o Currículo Funcional Natural serve de apoio aos programas de alfabetização,
assumindo, assim, o caráter de uma proposta metodológica complementar/
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
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PECS - SISTEMA DE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
adicional (SILVA; SILVA; SOARES, 2018). De qualquer modo, o objetivo basilar do
Currículo Funcional Natural salienta a promoção de aprendizagem de habilidades
e a construção de conhecimentos que possam ser empregados pelo aluno em
seu cotidiano.
O Currículo Funcional Natural vem sendo utilizado a pessoas que
apresentam deficiência intelectual, ou deficiências múltiplas, ou ainda,
necessidades educacionais especiais mais complexas ou substanciais. Tratase de um currículo desenvolvido no ambiente natural do estudante, que tem
como propósito auxiliá-lo a aprender com naturalidade a desenvolver habilidades
e competências que são necessárias para a sua independência, autonomia,
realização e produtividade (SILVA; SILVA; SOARES, 2018).
O Currículo Funcional Natural explicita uma metodologia educacional que
confere primazia ao desenvolvimento do estudante, de modo que ele consiga ter
a máxima independência possível. Portanto, é uma proposta de intervenção que
almeja elevar a qualidade de vida do estudante, atingindo as mais diversas áreas
da vida dele (família, escola, comunidade etc.) (SILVA; SILVA; SOARES, 2018).
Em outras palavras, busca-se ajudar o estudante a realizar com o maior nível de
emancipação possível, suas atividades de vida diária, de forma funcional. 
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
O enfoque recai sobre os interesses pessoais do aluno, bem como ao
desenvolvimento de competências que o permitirão se integrar e se incluir na
sociedade (SILVA; SILVA; SOARES, 2018). Logo, o Currículo Funcional Natural se
propõe a disponibilizar ao estudante, um conjunto de aprendizagens que sejam
úteis nos mais variados locais e contextos, e que possam permanecer sendo
úteis no decorrer do tempo. Fica evidente que o Currículo Funcional Natural parte
da premissa de que todas as pessoas têm capacidade de aprender e que podem
desenvolver suas habilidades, capacidades de competências.
dicas
Para incrementar seus estudos, recomenda-se o livro “Currículo Funcional Natural Guia prático
para a educação na área de autismo e deficiência mental” - escrito por Maryse Suplin, disponível
em: http://feapaesp.org.br/material_download/566_Livro%20Maryse%20Suplyno%20-%20
Curriculo%20Funcional%20Natural.pdf.
Estamos nos aproximando do final da última etapa desse curso. Esperamos
que ele esteja sendo profícuo para a sua aprendizagem quanto às propostas de
intervenção com pessoas com TEA. Vamos recapitular o que vimos nessa etapa?
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
• Musicalização com bebês.
• Intervenções voltadas ao desenvolvimento de habilidades comunicativas.
• Elaboração de autobiografia.
• Intervenções que envolvem a prática regular de atividade física.
• Dançaterapia.
• ABA.
• TEACCH
• PECS.
• SON-RISE.
• Currículo funcional natural.
É preciso clarificar que um curso como esse não permite que se aprofunde
muito em cada proposta. Por isso, essa etapa contou com várias sugestões de
leitura para que você possa se embrenhar ainda mais nos conhecimentos das
propostas de intervenção que mais chamaram a sua atenção!
Por fim, deixamos como inspiração as reflexões de Fernandes e Amato
(2013, p. 295) quanto aos processos decisórios em torno de quais propostas,
intervenções, procedimentos ou métodos que devem ser os selecionados por
pais ou profissionais que atuam com pessoas com TEA:
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
A opção por um método ou procedimento terapêutico deve ser
fundamentada em informações claras a respeito de seus princípios, técnicas e
expectativas de resultados e também das alternativas disponíveis. Espera-se
que esta revisão contribua para que o fonoaudiólogo possa realizar escolhas
que sejam cada vez mais baseadas em evidências científicas, mesmo que isso
signifique a admissão de que não existem respostas únicas que se apliquem
a todos os indivíduos com DEA [distúrbios incluídos no espectro do autismo].
Esse processo deve incluir orientações e informações às famílias quanto às
alternativas disponíveis, suas vantagens e limitações.
Assim, caro estudante, esperamos que tenha aproveitado o curso
“Autismo em Perspectiva”, os autores e a organização deste curso, por meio
da UNIASSELVI, do NUAP e do NIA, desenvolveram este material por acreditar
que é possível fazer uma educação de qualidade que garanta a igualdade de
direitos, valorizando as diferenças para uma sociedade mais inclusiva. Então,
antes de finalizarmos, gostaríamos de compartilhar com você a mensagem de
Marcos Petry, que ocorreu no programa Caldeirão do Huck, para que possamos
realmente fazer sempre à inclusão. Disponível em: https://www.facebook.com/
caldeiraodohuck/videos/575523763046179/.
Boas leituras e descobertas!
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TEA – PROPOSTAS DE
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REFERÊNCIAS
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COMUNICAÇÃO POR
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
REFERÊNCIAS
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BIALER, Marina. A escrita terapêutica no autismo. Rev. latinoam. psicopatol.
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda; AMATO, Cibelle Albuquerque de la
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FERREIRA, Carine et al. Seleção de vocábulos para implementação do Picture
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2
TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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COMUNICAÇÃO POR
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SRP - PROGRAMA SON-RISE
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CURRÍCULO FUNCIONAL
NATURAL
FISCHER, Marta Luciane. Tem um Estudante Autista na minha Turma! E
agora? O Diário Reflexivo Promovendo a Sustentabilidade Profissional
no Desenvolvimento de Oportunidades Pedagógicas para Inclusão. Rev.
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KWEE, Caroline Sianlian; SAMPAIO, Tania Maria Marinho; ATHERINO, Ciríaco
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INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
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TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
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PECS - SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
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TEA – PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO
REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
50
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ABA – ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
APLICADA
4
TEACCH - TRATAMENTO
E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
COMUNICAÇÃO
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COMUNICAÇÃO POR
TROCA DE FIGURAS
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APLICADA
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E EDUCAÇÃO PARA
AUTISTAS E CRIANÇAS COM
DÉFICITS RELACIONADOS À
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