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Cistos odontogênicos, não odontogênicos e pseudocistos

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MARIANA SAMUEL NASCIMENTO 
 Cistos odontogênicos  
Cistos são definidos como uma cavidade patológica revestida por 
epitélio contendo material líquido ou semissólido. São lesões 
assintomáticas de ordem inflamatória crônica, que acometem 
pacientes de ambos os sexos, de todas as etnias e cores e 
ocorrem em qualquer época da vida. Apresentam crescimento 
lento, de forma expansiva, mantendo a integridade da mucosa, 
permitindo a crepitação, a palpação. 
* Nem todo cisto é intraósseo. 
CISTOS ODONTOGÊNICOS = são derivados do epitélio associado ao 
desenvolvimento do órgão dentário. Visto que podem ocorrer 
vários tipos destes cistos, dependendo principalmente da fase da 
odontogênese em que se originam. 
CISTO PRIMORDIAL 
É um tipo de cisto odontogênico raro, que ocorre no primórdio 
do desenvolvimento do elemento dentário. Desenvolve-se pela 
degeneração cística e liquefação do retículo estrelado do órgão 
do esmalte do dente, antes de ocorrer a calcificação do esmalte 
ou da dentina. Sendo assim, encontrado no lugar de um dente 
(na cripta) e, não associado à um dente. Podendo ainda, ser 
originado de um dente supranumerário. 
RETÍCULO ESTRELADO : células em formato de estrela com 
diversas camadas que formam uma rede, auxiliam no suporte 
do esmalte. Presente entre epitélio externo e interno. 
 
Características clínicas: tem formato da cripta, sem 
aumento de tamanho. Não possui potencial de malignização e 
não temos uma lesão avançada em formação. Ele possui líquido 
no seu interior. Não se vê nenhum sinal diante dos exames intra 
e extraorais, exceto a ausência de um dente, quando não tiver 
relação com supranumerários. 
Características radiográficas: 
Lesão arredondada, radiolúcida no seu 
interior com um alo esclerótico (linha 
envolta calcificada) e, geralmente, 
unilocular. 
TRATAMENTO : remoção cirúrgica com curetagem total do 
epitélio. 
CISTO DENTÍGERO 
FOLICULAR 
É um cisto mais comum que o anterior e se origina ao redor da 
coroa (completamente formada) de um dente não erupcionado. 
Desenvolve-se pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido 
do esmalte e a coroa do dente. 
 
Características clínicas: Há 
aumento contínuo de tamanho, trazendo 
como consequência dor e reabsorção 
extensa das raízes dos dentes adjacentes. Pode ocorrer 
transformação agressiva, tendo como 
áreas comuns: terceiros molares 
inferiores e superiores e caninos superiores. 
Características radiográficas: 
Área radiolúcida envolta do elemento 
dentário, geralmente de um dente que não 
erupcionou. 
 MARIANA SAMUEL NASCIMENTO 
TRATAMENTO : remoção cirúrgica, com cuidado às raízes dos 
dentes adjacentes. 
Complicações potenciais: 
 Além da simples possibilidade de recidiva após a remoção 
cirúrgica incompleta, existem várias complicações 
potencialmente sérias que se originam no cisto dentígero. Entre 
elas podemos destacar: 
1. Desenvolvimento de ameloblastoma a partir do 
revestimento epitelial ou dos restos de epitélio 
odontogênico na parede do cisto; 
2. Um carcinoma de células escamosas pode surgir no 
revestimento de um dos cistos dentígeros; 
3. É provável que alguns carcinomas mucoepidermoides 
intraósseos se desenvolvam a partir das células 
mucosas no revestimento de um cisto dentígero. 
DE ERUPÇÃO 
Um tipo específico de cisto que deve ser classificado como a 
forma de cisto dentígero, formado a partir do folículo dentário 
da coroa de um dente em erupção. 
Características clínicas: inchaço ou inflamação local, 
formada pela dificuldade do dente 
em erupcionar. Base arroxeada 
ou não. 
TRATAMENTO : o processo geralmente desaparece após a erupção 
do dente envolvido, caso o contrário, podemos intervir por meio 
da marsupialização, ou seja, a cúpula do cisto é excisada 
(cortada) expondo a coroa do dente. 
CISTO PERIODONTAL 
APICAL (RADICULAR) 
É o cisto odontogênico mais comum. Ao contrário dos outros, ele 
envolve o ápice de um dente erupcionado. Na maioria dos casos, 
ele está associado a bactérias, nutrição, tempo (fatores 
suscetíveis à cárie), resultando em 
exposição da câmara pulpar e cavitação 
(em função da necrose das células 
centrais). Em seu interior possui pus, 
trazendo reabsorção óssea. 
TRATAMENTO : endodôntico ou extração do dente com 
curetagem do epitélio na zona da patologia apical. 
LATERAL 
É um tipo de cisto odontogênico raro, porém bem conhecido. 
Algumas razões para o seu aparecimento: 
1. O cisto se desenvolve ao longo da superfície lateral da 
coroa e, à medida que o dente faz erupção, o cisto 
assume uma posição mais lateral com relação a raiz; 
2. Proliferação pelos restos epiteliais de Malassez no 
ligamento periodontal; 
3. Confundido com o cisto primordial de supranumerário; 
4. Surgimento a partir da proliferação e transformação 
cística de restos da lâmina dentária; 
Características radiográficas: 
A radiografia mostra o cisto 
periodontal lateral como uma área 
radiolúcida justaposta à superfície 
lateral da raiz de um dente. 
TRATAMENTO : cirurgia e curetagem das paredes ósseas, 
colocando enxerto. 
CISTO GENGIVAL 
DO RECÉM-NASCIDO (CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA) 
São nódulos preenchidos por 
queratina, na crista alveolar de recém- 
nascido ou de criança muito pequena, 
 MARIANA SAMUEL NASCIMENTO 
oriundos de remanescentes da lâmina dentária. Pode estar 
lateralizado. 
Características clínicas: apresentam-se como 
pequenas tumefações brancas, isoladas, da crista alveolar e às 
vezes parecem pálidas. 
TRATAMENTO : não requer, pois rompem-se espontaneamente. 
Não confundir com: 
 Pérolas de Epstein: são nódulos císticos, cheios de 
ceratina, encontrados ao longo da rafe palatina 
mediana; 
 Nódulos de Bohn: cistos cheios de ceratina dispersos no 
palato duro e mole, derivados de estruturas das 
glândulas salivares menores. 
DO ADULTO 
É o representante do cisto periodontal lateral, porém nos tecidos 
moles. Origina-se da lâmina dentária. 
Ocorre na gengiva livre ou na inserida. 
Características clínicas: pode ocorrer em qualquer 
idade, porém o mais comum é no adulto. 
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO 
Há o índice de recidiva extremamente alto. Pode ocorrer em 
qualquer idade, do muito jovem ao muito idoso. O pico de 
incidência encontra-se entre a segunda e terceira décadas de 
vida. 
A mandíbula, invariavelmente, é a mais afetada. Múltiplos 
ceratocistos odontogênicos ocorrem com certa frequência 
Características radiográficas: é unilocular ou 
multilocular e geralmente com um limite 
esclerótico fino. 
Características histológicas: a parede do ceratocisto, 
usualmente é bastante fina. A transformação displásica e 
neoplásica do epitélio de revestimento do ceratocisto 
odontogênico é uma ocorrência rara, mas há relatos. 
TRATAMENTO : é eminentemente cirúrgico, pois há alto índice de 
recidiva. 
SÍNDROME DE GORLIN E GOLTZ 
Formado por: 
 Anomalias cutâneas: carcinomas basocelulares; 
 Anomalias dentárias e ósseas: ceratocistos 
odontogênicos (geralmente múltiplos), costelas bífidas, 
anomalias vertebrais etc.; 
 Anomalias neurológicas: retardo mental entre outras 
alterações; 
 Anomalias sexuais: hipogonadismo. 
CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE 
O Cisto Odontogênico Calcificante (COC) é uma rara lesão 
odontogênica. Foi relatado pela primeira vez como uma 
entidade distinta em 1962, por Gorlin et al. É uma lesão derivada 
do epitélio odontogênico remanescente da maxila ou da 
mandíbula. O COC possui a maior ocorrência na área de canino, 
quando comparada com outras regiões, 65% dos casos. 
 
 Não odontogênicos  
São cistos que não são derivados propriamente dito das 
estruturas de formação dos elementos dentários. Por 
consequência, pode-se ter acometimento tanto de tecido mole 
quanto de tecido ósseo. Esses cistos são oriundos da linha de 
fusão dos ossos ou processos embrionários dos maxilares. 
 
 
 MARIANA SAMUEL NASCIMENTO 
CISTO DO DUCTO NASOPALATINOÉ o cisto não odontogênico mais comum. Sua hipótese de 
formação é baseada no remanescente das estruturas de 
formação do ducto nasopalatino, durante o processo de 
desenvolvimento do embrião. 
Características clínicas : apresenta uma tumefação na 
região anterior do palato, acima do 
tubérculo labial. Há dor em apenas 
casos mais graves, já que o crescimento 
é relativamente controlado (lento e progressivo). 
Características radiográficas: relembram um 
aspecto de formato de “pera invertida”, 
sendo possível observar desde lesões 
menores até maiores. 
TRATAMENTO : enucleação cística (remoção cirúrgica) e 
curetagem das paredes para impossibilitar a recidiva. 
CISTO NASOLABIAL 
Características clínicas: 
apresenta uma tumefação do lábio 
superior (acima do tubérculo labial), 
localizada lateralmente à linha 
mediana, levantando a asa do nariz por meio da pressão. 
 
Características radiográficas: na maioria dos casos 
não há, pois se origina de tecidos moles. É evidenciado pelo 
exame chamado de modelagem 3D. 
Exceções: o desenvolvimento da lesão pode levar à compressão 
dos tecidos ósseos, assim, terá a evidenciação por radiografias. 
TRATAMENTO : excisão cirúrgica. 
 Pseudocistos  
 
CISTO ÓSSEO SIMPLES 
Espaço intraósseo que não apresenta 
revestimento epitelial. Etiologia mais 
aceita: teoria trauma-hemorragia 
(trauma com extravasamento de sangue, que ocupa um espaço 
e após deixa a cavidade vazia). 
TRATAMENTO : punção aspirativa, curetagem das paredes ósseas 
circundantes e utilização de ejnxerto. 
 CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO 
Não é nem aneurisma e nem cisto verdadeiro, são espaços cheios 
de sangue, com aspecto de “bola de sabão” e pode causar 
compressão de estruturas nervosas. 
Características radiográficas: a imagem mostra 
áreas radiolúcidas multiloculares, 
a radiolucidez pode se apresentar 
em diferentes intensidades. 
TRATAMENTO : é controverso, porém a maioria dos autores 
preconiza a ressecção cirúrgica 
CISTO DE RETENÇÃO MUCOSO 
É também encontrado na literatura como “pseudocisto antral” 
e consiste em um acúmulo de exsudato inflamatório sob a 
mucosa do seio maxilar. 
Características clínicas : geralmente é assintomático, 
com regressão espontânea. A prevalência aumenta durante os 
meses de frio do ano. 
Características radiográficas: apresenta-se como 
uma imagem circular ou em formato 
de cúpula, radiopaca, que se localiza 
na região de soalho do seio maxilar.

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