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APX1 - Alfa2 - 2021 2

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Disciplina: Alfabetização 2
Coordenação: Prof. Marina Martins
APX1 – 2021.2
Prezados alunos:
Esta é a sua primeira Avaliação “Presencial” de Alfabetização 2. Leia, com atenção, os itens abaixo!
→ Responda as questões no espaço próprio para isso neste mesmo documento e envie-o de volta pela plataforma dentro do prazo informado em nosso cronograma. 
→ Esta avaliação poderá ser realizada por grupos de até 3 estudantes. Os dados dos membros do grupo devem ser apresentados no local apropriado para isso, mais abaixo, neste documento. Aproveite essa oportunidade para discutir e aprender com os colegas. Não separe as questões por membros do grupo. Todos devem participar da elaboração de todas as respostas. Essa é uma oportunidade única de aprendizado!
→Esta APX1 é composta por questões discursivas que exigem respostas não muito extensas. Nos últimos semestres, temos observado que muitos alunos apresentam respostas longas sem dominar bem o tema das questões. Para melhor entendermos como está o seu processo de construção dos saberes envolvidos em nossa disciplina, atente-se ao que se pede nas questões. Procure exercitar sua capacidade de síntese.
→ Além da avaliação do conteúdo das respostas, analisaremos também a pertinência do texto à esfera acadêmica, ou seja, sua coesão e coerência, a clareza na apresentação dos argumentos, a capacidade de articulação entre os textos lidos e suas ideias e a capacidade de síntese. Responda com atenção e não se esqueça de revisar seu texto, verificando se as ideias estão claras e bem apresentadas. Lembre-se que um texto acadêmico, como o que se solicita nessa avaliação, deve estar pautado pela articulação entre os saberes construídos por você e os materiais lidos ao longo do curso. 
→Em função desse novo contexto em que nos encontramos, esta avaliação pode ser realizada com consulta. Saiba usar o material do curso para estudo. Não copie trechos dos materiais estudados ou de colegas. Qualquer plágio encontrado resultará na anulação da prova inteira. Plágio é crime e será punido com a nota ZERO.
Boa prova!! 
	Aluno 1: Adriana Aparecida Fontes
	Matrícula: 19116080194
	Polo: Rio das Flores
	Aluno 2:Pricila Tolentino dos Santos
	Matrícula:19116080104
	Polo:Rio das Flores
	Aluno 3:
	Matrícula:
	Polo:
	QUESTÃO 1: 3,0 pontos 
	TEXTO 02
Me parece indispensável, ao procurar falar de tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado - e até gostosamente - a "reler" momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo.
(Freire, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001)
	TEXTO 02
A professora, por meio de suas atitudes, pode favorecer um clima de confiança no grupo. Sua capacidade de observação e sensibilidade são necessárias ao encaminhamento do processo educativo. A apropriação da leitura e da escrita se processa por meio do uso da linguagem e com a compreensão de seus usos. É um processo contínuo de descobertas e investigação: as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita, na medida em que se valem dos conhecimentos já consolidados para realizar antecipações léxico-semânticas, elaborar hipóteses e realizar experiências, confrontando os conhecimentos anteriores com os novos dados que a experiência lhes fornece, chegando assim a uma compreensão mais ampla. O clima de confiança e respeito que se estabelece em sala de aula e a ação mediadora da professora são elementos fundamentais para o exercício da criatividade e potencializam a capacidade expressiva da criança. Por meio das várias linguagens – oral, gestual, plástica, musical, gráfica, cinestésica –, a criança expande sua atividade ao mesmo tempo que se apropria da leitura e da escrita, num universo singular (porém plural), repleto de sentido e significado.
(Fragmento da aula 8 do material didático Alfabetização: Conteúdo e Forma 2)
Na Aula 08 de nosso material, apresentam-se propostas diversas de trabalhos desenvolvidos no processo de alfabetização das crianças. Partindo da noção de “palavramundo” como conteúdo alfabetizador, escreva um pequeno texto apresentando uma proposta de trabalho autoral [ou seja, criada por você(s)]. Apresente a proposta em detalhes e explique os fundamentos em que se baseou para criá-la.
	Resposta (no máximo, 20 linhas)
Uma proposta de trabalho seria ensinar os alunos “os pontos cardeais”, que são quatro rumos importantes para indicar direção relacionada a posição do sol: Norte, Leste, Sul e Oeste. Utilizando o saber do cotidiano dos alunos, seria uma atividade para ser desenvolvida após uma observação do bairro, onde cada aluno mora, e o que estão vendo ao redor de suas casas, logo depois, irão registrar o que haviam observado o que tinha perto, ao lado, atrás e em cima de sua casa. Assim iriam realizar a atividade de fazer o desenho de sua casa, com a orientação do sol no desenho, irão imaginar a cena do local, e em seguida, desenhar sua casa, o que se encontra ao Norte, ao Sul, ao Leste e ao Oeste da casa.
Podemos observar que na produção que os alunos irão fazer, de acordo como que se pede, escrevendo e registrando no papel com suas leituras do mundo, da realidade de seu bairro. Vai ser uma leitura de mundo que vão explicar a leitura do seu espaço, pois ao registrarem suas observações espaciais, vão relatar seus modos de vida, como o lugar onde mora, e o que tem em volta. Portanto, é um trabalho que vai desenvolver o exercício da curiosidade e a apreensão dos significados existenciais no mundo e na vida cotidiana de cada aluno. 
	QUESTÃO 2: 4,0 pontos 
	TEXTO 03
O termo “ambiente alfabetizador”... introduziu muitos mal entendidos... segundo os quais o professor apaga-se, some, desvanece-se, transforma-se em mobiliário... O professor olha e participa dessa maravilha que é o desenvolvimento da criança que cresce sozinha.
(Fragmento de FERREIRO, Emília. Cultura, escrita e educação: conversa de Emília Ferreiro com José Antonio Castorina, Daniel Goldin e Rosa Maria Torres. Tradução por Ernani Rosa. Porto Alegre: ARTMED Editora, 2001).
	TEXTO 04
A própria Emília Ferreiro [que desenvolveu a Psicogênese da língua escrita] reage bravamente contra isso, reforçando que ela não propõe um método. Ela estudou o desenvolvimento psicogênico da criança na interação com a língua escrita. Mas isso não é suficiente. Você tem as teorias cognitivas propriamente para entender quais são as alterações cognitivas que a criança desenvolve ou precisa desenvolver para entender a língua escrita, que depende primeiro da criança descobrir uma coisa que a humanidade levou milhares de anos para descobrir: que a gente pode registrar, visualizar os sons da língua, ao invés de desenhar. Esse é o elemento fundamental da criança no processo de alfabetização. (...) A maior parte das crianças que são classificadas como tendo “dificuldade de aprendizagem” na alfabetização – e eu tenho experiência pessoal de pesquisa – é de crianças que ainda não descobriram, não se deram conta porque ninguém as ajudou a ver que a gente escreve o som das palavras. Quando você fala em método, você tem que considerar todas essas teorias linguísticas, psicogenéticas e articular porque a criança vivencia tudoisso ao mesmo tempo quando está aprendendo a língua escrita. 
(Fragmento de entrevista realizada pela Revista Nova Escola com a professora Magda Soares. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/15004/vivi-o-estado-novo-e-passei-pela-ditadura-mas-nunca-vi-um-periodo-tao-assustador-como-este-na-educacao. Acesso em: 30/01/2020).
Considerando a leitura do capítulo “Alfabetização: o método em questão”, de Magda Soares, diferencie as três principais facetas de inserção no mundo da escrita e explique como a ideia de “ambiente alfabetizador” pode contribuir para o trabalho com elas no processo de alfabetização.
	Resposta (no máximo, 20 linhas)
Para começar, sabemos que a guerra dos métodos é história, pois venham trazendo conflitos desde do século XlX, dando início ao sistema público de Educação. Antigamente não tinha essa preocupação com métodos na alfabetização, mas só com o reconhecimento das letras, consoantes e vogais na formação de palavras. Segundo Magda Soares em seu livro “Alfabetização: uma questão de métodos”, é desenvolver os avanços e retrocessos no processo de alfabetização em nosso país, pois foi quem introduziu o conceito de letramento entre livros acadêmicos e didáticos no Brasil.
Porém, Magda Soares fala sobre as facetas de inserção no mundo da escrita que transpassam o processo de alfabetização da leitura e escrita, são definidas por linguísticas com o objetivo de apropriação do sistema alfabético e ortográfico. Conforme as três facetas decorrem em três objetivos de conhecimentos diferentes na composição do processo de aprendizagem inicial da escrita, pois essas facetas são: faceta linguística, faceta interativa e faceta sociocultural.
Portanto, suas diferenças na aprendizagem inicial da escrita são que a faceta linguística é a que predomina os métodos sintéticos e analíticos, onde o objeto da aprendizagem da escrita é o sistema alfabético-ortográfico, por outro lado a faceta interativa que predomina o construtivismo, pois é um veículo de interação entre as pessoas, de expressão e compreensão de mensagens, enquanto a faceta sociocultural predomina os usos, funções e valores atribuídos à escrita em contextos socioculturais.
A importância do ambiente alfabetizador é que caracteriza espaços com participação dos alunos em práticas sociais de escrita e leitura, pois o ato de ler e escrever ocorre de forma sistemática com o intermédio do professor, isto é, concede a possibilidade de perguntar, trocar, vivenciar, pensar e levantar hipóteses do sistema alfabético e ortográfico.
	QUESTÃO 3: 3,0 pontos 
	TEXTO 05
Temos defendido que é preciso compreender o fracasso escolar de maneira mais complexa (Cf. MORIN, 1995), o que supõe vê-lo como a produção de um fracasso social, e não como resultado de um malogro individual. Para isso basta olharmos aqueles que não aprendem a ler e escrever - são, em sua grande maioria, oriundos das camadas mais pobres da população. Isso significa que o fracasso escolar não está distribuído democraticamente por todos os segmentos da população, mas se encontra concentrado em um mesmo grupo social. Sempre o mesmo grupo. Coincidentemente os mais pobres. Numa sociedade onde ler e escrever representa poder, aqueles que não sabem interpretar um texto ou registrar por escrito suas próprias palavras acabam por ser subalternizados (Cf. LANDER, 2005). Falar de analfabetismo, portanto, seja ele produzido no interior das escolas ou fora delas, é falar de uma injustiça social. Falar de analfabetismo é denunciar as injustiças que produzem a desigualdade, pois ʺnão cabe fatalisticamente cruzar os braçosʺ (FREIRE, 2001, p. 98).
(Fragmento de MORAIS, Jacqueline de Fátima dos Santos & ARAÚJO, Mairce da Silva. Alfabetização e analfabetismo no Brasil: algumas reflexões. Revista ACOALFAplp: Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 9, 2010/ 2011. Disponível em: . Publicado em: setembro de 2010 – março de 2011)
A partir de sua leitura do material da disciplina, explique porque a discussão sobre a alfabetização no Brasil não deve estar centrada na questão dos métodos.
	Resposta (no máximo, 15 linhas)
A discussão sobre a alfabetização no Brasil, é que os métodos atuais de alfabetizar são utilizados apenas para ensinar as crianças a brincar e desenhar, pois precisamos saber que o processo de alfabetização que é usado nas escolas na nossa atualidade, muitas das vezes é baseado em alfabetizar a criança através do conhecimento de um texto que cerca uma palavra, uma silaba ou uma letra, e também de seu fonema. Então, com a forma de alfabetizar através de fonemas nos trouxe até nos dias de hoje, uma preocupação para aqueles que vivenciaram sobre este método de fonação. Diante deste processo de alfabetização cheio de mudanças, conforme a história da alfabetização no Brasil, o fracasso escolar tem sido persistente por levar as crianças ao domínio da língua escrita, pois para tentar solucionar esse problema, vai surgindo vários novos métodos de alfabetização, ora modalidade do método sintético, ora modalidade do método analítico, ou seja, para resolver não seria um novo método, e sim uma nova concepção do processo de aprendizagem da língua escrita, com o surgimento do letramento que se associa ao termo de alfabetização para designar uma aprendizagem inicial da língua escrita. Portanto, devemos caracterizar o momento atual como tentativas de reinvenção da alfabetização, que é considerada necessária para ser entendida do passado, como recuperação da alfabetização em suas facetas, integração com o processo de letramento.

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