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1 
 
ANA PAULA RODRIGUES FIGUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO I 
 
 
 
ENGENHARIA CIVIL 
2013/02 
 
 
Professoras orientadoras: 
Débora Felten 
Janaína Bedin 
Karina Sanderson 
Ligia Eleodora Francovig Rachid 
Maria Vânia Peres 
Thalyta Mayara Basso 
 
 
 
 
 
Cascavel – PR 
2013 
Janaina
Realce
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 03 
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................................ 05 
2.1 EXECUÇÃO DE PINTURA........................................................................................ 05 
2.2 EXECUÇÃO DA ALVENARIA.................................................................................. 07 
2.3 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO ARGAMASSADO.......................................... 11 
2.4 EXECUÇÃO DE ESCORAMENTO DE LAJES........................................................ 17 
2.5 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DE COBERTURA................................................. 21 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 23 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de Tupãssi, Paraná. Esta é sede 
do poder executivo, tendo como principal objetivo executar as leis e administrar o 
município. 
É comandada pelo prefeito e possui divisões em secretarias de governo, sendo elas: 
educação e cultura, saúde, agricultura, meio ambiente, esportes, administração geral, obras, 
transporte, serviço e ação social. A criação do município foi feita pela lei nº 7.270, de 27 
de dezembro de 1979. A instalação oficial aconteceu no dia 01 de fevereiro de 1983, 
ocorrendo à posse do primeiro prefeito e dos vereadores. Sendo estes: prefeito Aílton 
Borges de Melo, tendo como vice Aldori Ferreira Jandrey. 
Os empreendimentos que estão sendo realizados em Tupãssi – PR, onde foi 
desenvolvido o estágio, são Creche Proinfância, que possui um total de área construída de 
1211,00 m²; reforma e ampliação do Ginásio de esportes Ailton Borges de Melo, com área 
de 2202,62 m²; revitalização da Praça da Independência, medindo de 3742,64 m²; e 
reforma e ampliação do hospital municipal. Estas edificações possuem infra-estrutura 
urbana, áreas de lazer, segurança, áreas verdes, obedecendo aos projetos e especificações. 
As obras são executadas por empresas definidas através de processos licitatórios. A 
prefeitura realiza acompanhamento e vistoria com auxílio do engenheiro civil Tiago 
Kruczewski Redies, sendo o mesmo supervisor do estágio e membro da secretaria de obras 
conforme organograma (Figura 1). 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_executivo
4 
 
 
Figura 1 – Organograma da Prefeitura. 
 
As atividades desenvolvidas durante o período de estágio foram acompanhamento 
da execução da estrutura de cobertura, pintura, acabamento, escoramento de lajes, 
revestimentos e alvenaria. Estas serão detalhadas abaixo de acordo com as normas vigentes 
e com o procedimento realizado na obra, havendo comparação se o procedimento 
executado no local do estágio foi o mesmo estabelecido pela norma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
2.1 EXECUÇÃO DE PINTURA 
 
Segundo Azeredo (2004) a pintura possui como principal função combater a 
deterioração de materiais, formando sobre a superfície uma película que resistirá aos 
agentes causadores de destruição ou corrosão. 
De acordo com a NBR 13245/1995 a seleção do sistema de pintura depende de 
alguns fatores, como por exemplo, tipo de substrato, condições do ambiente: interno seco, 
interno úmido, externo agressivo, externo não agressivo seco ou externo não agressivo 
úmido. A pintura também deve ser realizada atendendo os fatores de temperatura e 
umidade, sendo correta a aplicação a uma temperatura entre 10°C e 40°C, e umidade 
relativa do ar não superior a 80%. Além disso, a execução deve ser feita com a ausência de 
ventos fortes e partículas em suspensão. 
O local onde os serviços foram executados foi a Praça da Independência, tratando 
assim de um ambiente sujeito a intempéries, ação do vento, sol, dentre outros fatores 
climáticos. Neste processo foi empregada uma pintura tipo textura - base acrílica. Esta foi 
aplicada em um substrato rugoso, sobre uma camada de tinta já existente, sem haver 
preparação da superfície. Foi aplicado duas demãos no sentindo vertical, o tempo de 
secagem foi de 3 horas. 
Nesta atividade o estagiário conferiu se os serviços foram realizados no local 
adequado, garantindo a utilização dos equipamentos necessários. Neste caso a aplicação da 
tinta foi feita com rolo, tendo como principal objetivo dar textura rugosa, disfarçando as 
imperfeições da base, conforme as Figuras 2 e 3. 
6 
 
 
Figura 2 – Execução da pintura - Praça da Independência. 
 
 
Figura 3 – Aplicação da pintura texturizada com rolo. 
7 
 
Neste processo verificou-se a falta de preparação da superfície e limpeza da mesma. 
De acordo com a norma é necessário à aplicação de tinta de fundo selador, substância 
líquida aplicada inicialmente sobre o substrato. Segundo a NBR 11702/1992 os fundos 
seladores são indicados para superfícies externas de argamassa, concreto, paredes a serem 
repintadas, selando e uniformizando a absorção destas superfícies. Conforme a NBR 
13245/1995 a superfície com pintura antiga deve estar seca, firme, não contendo sinais de 
degradação, também não deve apresentar bolhas, descascamentos e imperfeições. Para 
receber a nova película de tinta, deve-se remover a sujeira, poeira, fazendo a raspagem 
e/ou lavagem com água potável. Não houve a limpeza nem preparação da base na 
execução destes serviços. 
 
2.2 EXECUÇÃO DA ALVENARIA 
 
Segundo Azeredo (1997) alvenaria é toda obra constituída por blocos de concreto, 
tijolos ou pedras naturais, possuindo ligação ou não por meio de argamassa, garantindo 
durabilidade, resistência e impermeabilidade a estrutura. 
Conforme Yazigi (2004) para realizar a execução de alvenarias as paredes devem 
ser moduladas, facilitando o uso do maior número de componentes inteiros. O 
assentamento destes tem que ser feito com juntas de amarração. O início da alvenaria deve 
ser pelos cantos principais ou através de ligações com outros componentes da edificação. É 
importante utilizar o escantilhão como guia para as juntas horizontais. Depois que a 
elevação dos cantos estiver concluída deve-se utilizar como guia uma linha esticada entre 
eles, em cada fiada, para que o prumo e nivelamento fiquem corretos. 
A Norma Brasileira 8545/1984 determina as condições para execução e fiscalização 
de alvenaria sem função estrutural de componentes cerâmicos. Esta norma possui os 
seguintes critérios fixados: as paredes devem ser moduladas para que se use a maior parte 
dos componentes cerâmicos inteiros; o assentamento dos componentes cerâmicos deve 
conter juntas de amarração; recomenda-se chapiscar as lajes, vigas e pilares que ficaram 
em contato com a alvenaria; os tijolos cerâmicos devem ser molhados antes de serem 
empregados; a alvenaria deve ter seu início pelos cantos principais ou através de ligações 
com elementos da edificação; o prumo deve ser empregado para garantir o alinhamento 
vertical da parede. 
8 
 
A alvenaria utilizada na obra foi a de vedação de 1/2 vez, composta por tijolos 
cerâmicos de oito furos de 10x19x19, em centímetros. O passo inicial neste processo foi à 
preparação do substrato para receber a alvenaria, este foi limpo, eliminando qualquer tipo 
de impureza ou resíduos de outros materiais. Com o auxilio de uma linha de nylon foram 
assentadosos tijolos da primeira fiada, iniciando-se pelos cantos. Foram verificadas as 
distâncias entre as paredes, dimensão dos vãos das portas, conferência do nível da fiada, e 
o esquadro entre as paredes. A elevação da alvenaria prosseguiu a partir da segunda fiada, 
com a utilização de escantilhões nos encontros com vãos das portas. Em todas as fiadas foram 
verificados os prumos, níveis, requadramentos de vãos de janelas, conforme mostra as Figuras 
4 e 5. Depois da conclusão desta etapa foram verificadas as posições das caixas elétricas, 
vergas sobre vão de portas, conforme a Figura 6. 
 
 
Figura 4 – Alvenaria executada. 
 
9 
 
 
Figura 5 – Alvenaria de vedação. 
 
 
Figura 6 – Posição das tubulações hidráulicas. 
10 
 
O estagiário nesta etapa verificou os prumos e níveis das paredes, conferindo o 
correto assentamento dos tijolos e execução das fiadas. Segundo Borges, Montefusco e 
Leite (2004), um cuidado importantíssimo que o engenheiro deverá ter nesta fase da obra 
se refere à verificação do prumo e esquadro, pois se deve garantir o perfeito prumo e as 
alvenarias devem ter seu encontro em esquadro (90°). Além disso, as tubulações das 
instalações elétricas e hidráulicas também devem ser analisadas, pois estarão embutidas na 
alvenaria. 
A execução da alvenaria na obra Creche Proinfância foi feita de acordo com as 
condições estabelecidas pela norma. Nesta etapa da obra analisou-se a falta de utilização de 
EPI’S - Equipamentos de Proteção Individual, conforme mostra a Figura 7. A norma 
regulamentadora, NR 6 define todas as condições para o uso correto destes equipamentos. 
 
"A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado 
ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes 
circunstâncias: sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e 
do trabalho, enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo 
implantadas e, para atender a situações de emergência" (NR 6 - Equipamento de 
Proteção Individual). 
 
 
Figura 7 – Funcionário sem uso de EPI. 
 
11 
 
2.3 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO ARGAMASSADO 
 
Segundo a NBR 13281 (2005) a argamassa é a mistura homogênea de agregado(s) 
miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com 
propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação 
própria (argamassa industrializada). Possui como principais funções: impermeabilizar e dar 
acabamento as superfícies, assentar tijolos e blocos, azulejos, cerâmica, tacos de madeira, 
regularizar paredes, pisos e tetos. 
Segundo Azeredo (2004) o chapisco é uma argamassa de aderência que garante a 
fixação de outro elemento no substrato. É empregado principalmente em superfícies lisas, 
como por exemplo, paredes externas de alvenaria. É composto de cimento e areia grossa, 
com traço na proporção de 1:3 (1 saco de cimento de 50 kg, e 3 padiolas de 20x31x40, em 
centímetros, de areia grossa lavada). Já o emboço se refere a uma argamassa de 
regularização, protegendo a superfície contra infiltração, atuando como uniformizador. 
A norma NBR 7200/1998 estabelece que os equipamentos usados para o transporte 
da argamassa devem estar limpos, os agregados devem estar estocados em espaço 
confinado em três lados, com fundo inclinado e drenado, caso não possua drenagem, o 
material não pode estar em contato direto com o solo. Os espaços destinados ao 
armazenamento devem estar protegidos contra todos os tipos de resíduos presentes na obra, 
como pregos, armaduras, dentre outros. Com relação ao substrato, deve estar sem sujeiras, 
poeira e materiais soltos, também deve ser molhado antes de receber a argamassa. 
 Nesta etapa da obra foi feita a execução e aplicação do chapisco e emboço nas 
paredes de alvenaria de tijolos. A composição do chapisco foi definida na proporção de 
1:3, conforme estabelecido pelo projetista. Para o emboço foi empregado o traço de 1:2:8 
(1 saco de cimento de 50 kg, 2 sacos de cal hidratada de 20 kg e 8 padiolas de 40x31x40, 
em centímetros, de areia média lavada). O preparo foi feito mecanicamente com o uso de 
uma betoneira, de acordo com a Figura 8. 
12 
 
 
Figura 8 – Preparo e transporte da argamassa. 
 
O transporte das argamassas foi realizado através de gericas. Inicialmente para 
execução do chapisco as paredes foram molhadas, garantindo que a alvenaria não absorva 
a água da argamassa. Esta foi lançada vigorosamente sobre o substrato com a utilização de 
uma colher de pedreiro. Assim obteve-se uniformidade e aspereza necessária a superfície, 
conforme a Figura 9. 
 
 
Figura 9 – Parede Chapiscada. 
13 
 
O emboço foi executado após a decorrência de três dias da aplicação do chapisco. 
Inicialmente foram colocadas as guias (placas de argamassa) com espaçamento de 2m, 
encabeçadas por uma talisca de madeira, sendo fixados o prumo e o alinhamento neste 
local. Logo após o emboço foi lançado sobre o substrato realizando o emassamento da 
parede (Figura 10), sendo espalhado com auxílio de um sarrafo (Figura 11), com 
orientação das guias feitas anteriormente. 
 
 
Figura 10 – Emassamento do substrato. 
14 
 
 
Figura 11 – Sarrafeamento da parede. 
 
Depois o desempeno foi realizado utilizando uma desempenadeira de madeira, 
tendo como principal função uniformizar a superfície, conforme as Figuras 12 e 13. 
 
 
Figura 12 – Desempeno da superfície. 
15 
 
 
Figura 13 – Emboço executado. 
 
O estagiário acompanhou a dosagem da argamassa conferindo se o traço e a 
aplicação foram executados de forma adequada. O chapisco garante rugosidade necessária 
à parede para receber o emboço, garantindo uma capa de impermeabilização ao substrato. 
Conforme Yazigi (2004) a argamassa precisa ter boa trabalhabilidade, isto é, não deve 
segregar, possuir fácil aplicação, preencher reentrâncias e vazios e manter-se plástica no 
período de aplicação. 
Nesta obra verificou-se a correta confecção e aplicação das argamassas. A produção 
foi realizada de acordo com os procedimentos descritos na seção “Produção de 
Argamassa” presente na norma NBR 7200/1998 - Execução de Paredes e Tetos de 
Argamassas Inorgânicas. Os pontos mais importantes realizados conforme a norma foram 
os seguintes: 
- "7.1.3 O traço deve ser expresso em massa" (NBR 7200/1998). Na obra o traço foi 
definido na quantidade de padiolas do material. 
- "7.2.1 A medição dos materiais constituintes da argamassa pode ser feita em 
volume, cabendo ao construtor à responsabilidade da conversão do traço especificado em 
16 
 
massa" (NBR 7200/1998). Neste caso os volumes foram convertidos para unidades de 
medidas como quantidades de padiolas. 
- "7.3.1 As argamassas devem ser misturadas por processo mecanizado" (NBR 
7200/1998). O processo de mistura ocorreu com auxílio de uma betoneira. 
Verificou-se também que a disposição dos agregados não condiz com a norma, pois 
estes se encontram em contato com o solo, localizados em ambiente aberto e sujeito a 
intempéries, conforme mostram as Figuras 14 e 15. Desta forma, constata-se a necessidade 
de utilização de baias para estocagem dos materiais, possibilitando assim uma correta 
disposição e armazenamento dos mesmos no canteiro, não prejudicando a argamassa, pois 
estarão livres de sujeiras e outros materiais. 
 
 
Figura 14 – Canteiro da obra Creche Proinfância. 
 
17 
 
 
Figura 15 – Vista lateral do canteiro - Creche Proinfância. 
 
2.4 EXECUÇÃO DE ESCORAMENTO DE LAJES 
 
Segundo a NBR 15696 (2009) escoramentos são estruturas provisórias com 
capacidade de resistir e transmitir às bases de apoio da estrutura todas as ações provindas 
das cargas permanentes e variáveis resultantes do lançamento do concreto fresco sobre as 
fôrmas horizontais e verticais, até que o concreto se torne autoportante. Portanto o 
escoramento devegarantir a absorção de ações que ocorram durante o período de sua 
utilização, como a ação do vento, passagem de materiais e a presença dos operários, 
dependendo diretamente da dimensão da laje e da viga de concreto. 
Conforme Assahi (2006, apud FARIA, 2006) para dimensionar de forma correta o 
escoramento, o projetista de fôrmas leva em conta fatores como ciclo de concretagem, 
característica do concreto, sobrecarga prevista para a laje e as movimentações de operários, 
lançamento e vibração do concreto, peso das armaduras. No caso da utilização de 
18 
 
escoramento de madeira, é preciso considerar o comportamento e as características físicas 
do material a ser utilizado - resistência da espécie, idade da madeira, umidade, entre outros. 
É recomendável que qualquer laje permaneça escorada em seus primeiros 28 dias. As 
escoras devem ter um espaçamento máximo entre si de 1,50 m (para vigas) ou 1,80 m (para 
lajes). 
Nesta obra o sistema de escoramento utilizado foi o de pontaletes, sistema que 
utiliza escoras de madeira com seção de (3”x3”). As escoras foram colocadas nas lajes e 
vigas antes de ser realizada a concretagem das mesmas. Foram colocadas com 
espaçamento entre si de 1,50 metros, de acordo com as Figuras 16 e 17. Estas 
permaneceram durante 14 dias nas vigas e lajes. 
 
 
Figura 16 – Escoramento de viga. 
 
 
 
19 
 
 
Figura 17 – Escoramento de laje. 
 
Nesta fase da obra o estagiário acompanhou a colocação dos pontaletes nas corretas 
distâncias, sendo estas de 1,50 metros entre si tanto para vigas como para lajes. 
O método de escoramento realizado na obra não atende totalmente os requisitos 
estabelecidos por norma, visto que as escoras apresentam disposições incorretas (Figura 
18), e não permaneceram durante o tempo adequado no local, estas foram retiradas em 14 
dias, sendo o tempo adequado 28 dias. A NBR 14931 (2004) especifica que a remoção de 
fôrmas e escoramentos somente deve ser feita quando o concreto tenha adquirido 
resistência suficiente para suportar a carga imposta ao elemento estrutural, evitar 
deformações que excedam as tolerâncias admitidas e resistir a danos a superfície durante a 
remoção. Sendo assim, a retirada das fôrmas e do escoramento só pode ser feita quando o 
concreto estiver endurecido e resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a 
deformações inaceitáveis. Nesta obra devido à retirada do escoramento e das fôrmas em 
um período incorreto houve o surgimento de flecha nas vigas, conforme a Figura 19. 
20 
 
 
Figura 18 – Escoramento incorreto da viga. 
 
 
Figura 19 – Ocorrência de flecha na viga. 
21 
 
2.5 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA DE COBERTURA 
 
“A cobertura de um edifício tem por finalidade principal abrigá-lo contra as 
intempéries, e deve possuir propriedades isolantes. Uma cobertura deverá ser 
impermeável, resistente, inalterável quanto à forma e ao peso, leve, de secagem 
rápida, de fácil colocação, de longa duração, de custo econômico, de fácil 
manutenção, deverá prestar-se às dilatações e contrações, e ter um bom 
escoamento.” (AZEREDO, 1997, pg. 153). 
A estrutura de madeira da cobertura é composta por elementos principais e 
secundários. A principal é formada por tesouras e vigas principais, e a secundária é 
constituída pelos caibros e terças. 
Segundo Yazigi (2004) para a execução da cobertura, as terças devem ser 
posicionadas de modo que transmitam as cargas diretamente sobre os nós das tesouras ou 
pontaletes. O alinhamento das peças deve ser rigoroso, formando painéis e planos de 
telhado. As emendas das terças devem ser feitas sobre apoios ou estar afastadas deles cerca 
de um quarto do vão, os esforços neste caso deve ser de compressão e nunca de tração. As 
tesouras, os pontaletes e as vigas principais precisam ser ancoradas à edificação. No caso 
de entalhes e corte de emendas, as ligações e articulações precisam possuir superfície plana 
e com angulação adequada para que não haja frestas, nem folgas ou falhas. 
De acordo com a NBR 8039 (1983), os telhados devem ser feitos com declividade 
entre 32% e 40%. A colocação das telhas deve ser realizada por fiadas, tendo início no 
beiral e seguindo em direção à cumeeira. Os montadores ao colocar as telhas, não devem 
pisar sobre elas, devendo ser empregado tábuas para distribuir os esforços. Estas devem 
estar apoiadas nas faces superiores das ripas. Para o caso de cumeeira executada com peças 
de material cerâmico, esta deve ser emboçada com uma argamassa que possua retenção de 
água, impermeabilidade e boa aderência. 
Nesta etapa o estagiário conferiu a execução dos pontaletes. Conforme Yazigi 
(2004) as vigas principais da estrutura e terças são apoiadas diretamente sobre pontaletes. 
Nos dois lados devem ser colocadas mãos francesas, sendo adequado o contraventamento 
da estrutura na direção do alinhamento dos pontaletes e na direção perpendicular a ela. 
22 
 
A execução da estrutura de cobertura nesta obra foi realizada de acordo com as 
normas vigentes, conforme as Figuras 20 e 21. Verificou-se a falta de utilização de EPI’s – 
Equipamento de Proteção Individual e planejamento adequado do canteiro. 
 
 
Figura 20 – Execução do telhamento. 
 
Figura 21 – Cobertura finalizada. 
23 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estágio supervisionado apresenta grande importância no aprendizado do aluno, 
pois coloca-se em prática todos os conhecimentos adquiridos em sala de aula, além disso, o 
aluno aprende a discernir se o que está sendo realizado atende as normativas vigentes, 
literatura técnica e especificações. 
 Também foi possível verificar que nem todos os métodos e procedimentos 
aprendidos em sala são executadas na obra. Nota-se que alguns funcionários não 
apresentam correta realização de serviços, fato este que pode ser explicado devido a vícios 
construtivos adquiridos com o tempo de realização destas atividades. Ressalta-se a 
importância de treinamento na empresa e principalmente o acompanhamento do 
profissional responsável. A presença do engenheiro civil na obra é fundamental para 
obtenção de resultados satisfatórios. 
As atividades do estágio foram desenvolvidas em construção civil. Neste processo 
verifica-se a grande ocorrência de erros e falhas nas obras, devido à falta de fiscalização e 
treinamento dos funcionários. Notou-se que algumas atividades foram executadas da 
maneira aprendida em sala. 
O estágio foi de extrema importância para meu desenvolvimento profissional e 
intelectual, visto que se assimilam de forma prática todos os conhecimentos e informações 
obtidos no curso. Além disso, analisa-se a importância do engenheiro civil na obra e sua 
participação ativa no acompanhamento da execução dos serviços. O profissional deve estar 
atento com as normas e deve manter-se sempre atualizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13281. Argamassa 
industrializada para assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos – 
Requisitos. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2005. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8545. Execução de 
alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. Rio de Janeiro, RJ: 
ABNT, 1984. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14931. Execução de 
estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2004. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8039. Projeto e 
execução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 
1983. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 13245. Execução de 
pinturas em edificações não industriais. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1995. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 7200. Execução de 
revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. Rio de 
Janeiro, RJ: ABNT, 1998. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 15696. Fôrmas e 
escoramento para estruturas de concreto– Projeto, dimensionamento e 
procedimentos executivos. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2009. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 11702. Tintas para 
edificações não industriais. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1992. 
 
AZEREDO, Hélio Alves, O edifício e seu acabamento. 1ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard 
Blucher, 2004. 
 
AZEREDO, Hélio Alves, O edifício até sua cobertura. 2ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard 
Blucher, 1997. 
 
BORGES, A. C.; MONTEFUSCO, E.; LEITE, J. L., Prática das pequenas construções. 
8ª Edição, São Paulo, Ed. Edgard Blucher, 2004. 
 
FARIA, Renato. Garantia de boa estrutura. Revista Téchne, São Paulo, SP, n.115, nov. 
2006. 
 
Norma Regulamentadora NR-6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI. Ministério 
do Trabalho. Fundacentro. 
 
YAZIGI, Walid, A técnica de Edificar. 6ª Edição, São Paulo, Ed. Pini, 2004.

Outros materiais