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Anestesia em Grandes Animais

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Anestesia em Grandes Animais
 
Equinos 
A anestesia nos equinos pode ser 
desafiadora devido a posição que o animal 
fica durante o procedimento pois a 
mesma gera compressão das veias cavas 
devido ao peso das vísceras, podendo 
levar o animal em um quadro de choque 
hipovolêmico. 
O preparo do paciente é realizado um 
jejum sólido de 12 horas pois a presença 
de conteúdo gástrico aumenta o risco de 
regurgitação, resultando em pneumonia 
aspirativa e também gera um aumento de 
peso sobre as veias cavas, o jejum hídrico 
pode ser realizado no máximo de 6 horas. 
Em pacientes lactantes o jejum não é 
recomendado devido o rápido 
esvaziamento gástrico e a hipoglicemia. 
Os procedimentos pré-anestésicos devem 
ser realizados antes do animal entrar na 
sala de anestesia e precisa-se fazer a 
cateterização da jugular (cateter de 
grosso calibre para potencializar o poder 
do fluído), lavagem da boca para remoção 
de alimentos para não levar restos de 
alimentos para traqueia, remoção da 
ferradura e vedação do casco com 
plástico com objetivo de diminuir o risco 
de infecção cirurgica. 
➛ Fenotiazinicos – acepromazina: dose 
indicada é de 0,03 – 0,05 mg/Kg, IV 
(ação mais rápida) ou IM: possui ação 
hipotensora devido a vasodilação 
periférica, priapismo em equinos (ocorre 
por conta do relaxamento muscular, 
cuidar no momento do tombo), redução 
do hematócrito e da proteína total até 12 
horas depois, causa sedação discreta, 
ptoses palpebral e labial, ataxia, abre 
quadrilátero e leve abaixamento da 
cabeça. 
➛ Alfa-2 agonistas – xilazina 10% 
100mg/Kg: dose 0,5 a 1,0 mg/Kg, gera 
sedação, miorrelaxamento de ação central 
que auxilia no relaxamento da traqueia 
para intubação, analgesia, bradiarritmias, 
diminuição no débito cardíaco, 
hipertensão transitória e depois 
hipotensão, abaixamento de cabeça, 
ptoses palpebral e labial, afastamento dos 
membros torácicos, apoio alternado dos 
membros pélvicos na pinça do casco 
devido ao alto relaxamento muscular e 
ataxia intensa. 
Para a indução anestésica pode ser 
utilizado: 
➛ Éter glicerol guaiacol – EGG a 10% do 
peso do animal: ocasiona relaxamento 
muscular de ação central que produz 
miorrelaxamento que não afeta o músculo 
diafragmático, diluído em glicose 5% que 
potencializa a ação do anestésico (Ex: 
animal de 500Kg – 500mL de glicose 
para 50g de EGG) e deve ser suspenso 
em solução máxima de 10% (50 – 100 
mg/mL), deve ser aplicado sob pressão e 
aplicado somente IV pois pode ocasionar 
necrose tecidual, tem objetivo de derrubar 
o animal. 
➛ Benzodiazepínicos – diazepam 0,04 a 
0,1 mg/Kg, IV ou Midazolam 0,1 mg/Kg, IV: 
ação no SNC, sedativo, anticonvulsivante, 
relaxante da musculatura esquelética. 
➛ Anestésicos dissociativos – quetamina 
1 a 2 mg/Kg, IV: induz inconsciência e 
catalepsia (enrijecimento muscular), 
manutenção dos reflexos protetores, 
oculopalpebral e reflexo palpebral e 
@vettstudy.g 
nistagmo (globo ocular mexe). 
➛ Protocolo de indução anestésica: 
 MPA 
Xilazina 0,3 – 0,5 mg/Kg, IV 
aguardar 5 – 10 minutos para indução 
 Drogas de Indução 
Quetamina 2 mg/Kg associado na mesma 
seringa a Midazolam 0,1 mg/Kg, IV 
EGG 100 mg/Kg, IV, após ataxia do animal 
+ Quetamina 
 Manutenção 
Isoflurano 
Durante a indução avaliar os sinais vitais 
e intubar imediatamente com a cabeça 
do animal paralela com a coluna, para 
auxiliar a entrada da sonda é utilizada 
uma conexão de PVC e a sonda deve ser 
introduzida no momento da inspiração. 
A anestesia inalatória é utilizada o 
isoflurano devido a sua margem de 
segurança. 
Durante o procedimento cirúrgico deve 
ser monitorada com registro as 
frequências cardíacas e respiratórias, 
pressão arterial (mandibular) e oximetria 
do pulso. 
Os equinos tem como eventuais 
complicações no período trans-anestesico 
o controle da liberação do agente 
anestésico (diminuição ou aumento) 
conforme a dor sentida pelo animal pois o 
equino durante o procedimento leva cerca 
de 40 minutos para estabilizar, o excesso 
de anestésicos pode levar uma hipotensão 
arterial e dispneia. 
➛ Anestesia total intravenosa: 
normalmente utilizada a campo e deve 
levar em consideração o local a derrubar 
o animal para que não aconteça 
acidentes, então considerar um local 
limpo com grama, utilizar cabrestos mais 
fortes e resistentes pois o equino possui 
a região da cabeça muito sensível. 
Ruminantes 
Deve considerar que a anestesia geral 
diminui a função ruminal, predispõe 
timpanismo devido a posicionamento de 
decúbito lateral, favorece a regurgitação e 
aspiração, compromete a função 
cardiorrespiratória e a gestação tardia 
também. 
O animal para anestesia deve estar em 
jejum de sólidos por 6 a 12 horas quando 
solto a pasto e quando em confinamento 
deve ser realizada a retirada gradativa da 
ração no período de 48 horas e jejum 
hídrico de 6 horas, quando neonato o 
jejum necessita ser de apenas 2 horas. 
Nos pequenos ruminantes o jejum sólido é 
de apenas 24 horas e não é necessário 
jejum hídrico. 
➛ Anticolinérgicos – atropina e 
escopolamina: resulta em taquicardia e 
pode ser utilizado para tratamento de 
bradicardia (FR < 25). Pouco utilizado 
propriamente como anestésico devido a 
sua baixa função anestésica e também 
por reduzir a motilidade gastrointestinal, 
ou seja, utilizado apenas em caso de 
bradicardia. 
➛ Fenotiazinicos – acepromazina 0,005 
– 0,1 mg/Kg, IM : limitada para animais 
saudável, possui ação de 2 a 4 horas 
variando o estímulo doloroso. Possui ação 
vasodilatadora que consequentemente 
diminui a pressão arterial que 
consequentemente diminui os batimentos 
cardíacos. Bastante utilizado devido a sua 
boa sedação, tranquilização e baixo valor. 
➛ Alfa 2 agonistas – xilazina 2%: quando 
o animal estiver em estação a dosagem é 
de 0,02 – 0,05 mg/Kg IM ou IV e 
quando o animal estiver em decúbito é de 
0,1 – 0,2, promove depressão respiratória 
(curta e longa) devido a sua ação de 
relaxamento muscular de ação central, 
possui incidência de regurgitação e 
@vettstudy.g 
aspiração, aumento da salivação e a 
diminuição da motilidade do rúmen, 
promove aborto no 1/3 final da gestação 
(dependendo do estado de saúde), 
caprinos são sensíveis e é contraindicada 
para ovinos com obstrução uretral pois 
aumenta a produção de urina e pode 
resultar na ruptura da bexiga. 
➛ Benzodiazepínicos – diazepan 0,05 – 
0,1 mg/Kg IV: indicado para sedação de 
bezerros e para ovinos com obstrução da 
uretra pois dilata a musculatura da uretra 
por conta da sua ação vasodilatadora, 
baixa interferência cardiovascular. 
Durante a recuperação anestésica o 
animal deve ser mantido em decúbito 
esternal e calmos. 
➛ Protocolo de indução anestésica: 
Para animais de baixo custo zootécnico 
Xilazina 0,05 - 0,10 mg/Kg 
Lidocaína 2% no local – 7 mg/Kg com 
vasoconstritor e 9 mg/Kg sem 
vasoconstritor 
Contenção física 
➛ Recuperação anestésica: o animal deve 
ser mantido calmo e em decúbito 
esternal (para que o rúmen volte a 
funcionar normalmente), pode ser 
revertido os quadros da xilazina com a 
Ioimbina 0,1 – 0,2 mg/Kg (pouco utilizada 
devido o alto preço). 
 
 
 
 
 
 
@vettstudy.g

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