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CLASSIFICAO_DOS_CUSTOS

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CONTABILIDADE DE CUSTOS I - 05/05/2025
PROF. MARGARIDA ALVES ROCHA
 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
3.1 QUANTO AOS PRODUTOS FABRICADOS: Para alocar os custos aos produtos, eles são classificados em Custos Diretos e Custos Indiretos.
3.2 QUANTO AO COMPORTAMENTO EM DIFERENTES NÍVEIS DE PRODUÇÃO: Para determinar os custos de vários níveis de produção, eles se classificam em Custos Fixos e Custos Variáveis.
3.1.1 CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS
Todos os gastos ocorridos na divisão fabril são classificados como custos. Assim, matéria-prima, mão-de-obra, energia elétrica, depreciação, etc., constituem custos. e, como os custos são apropriados aos produtos é necessário estabelecer critérios para isto. A separação destes custos em diretos e indiretos vem ao encontro dessa necessidade.
A regra básica para essa classificação é a seguinte: 
Se for possível identificar a quantidade do elemento de custo aplicado no produto, o custo será direto se não for possível identificar a quantidade aplicada no produto o custo será indireto.
OS TERMOS DIRETO E INDIRETO SÃO EMPREGADOS COM OS SEGUINTES SENTIDOS:
A) DIRETO: que a apropriação de um custo ao produto se dá pelo que efetivamente ele consumiu. no caso da matéria prima, pela quantidade que foi efetivamente consumida e, no caso da mão-de-obra direta, pela quantidade de horas que foi efetivamente utilizada. E a embalagem quantidade utilizada.
B) INDIRETO: que a apropriação de um custo ao produto ocorre por intermédio de rateio. Nesse caso, o rateio descaracteriza a apropriação como direta
COMPOSIÇÃO CUSTOS INDIRETOS
• Materiais indiretos
• Mão-de-obra indireta
• Outros Custos Indiretos
Bases para se distribuir os custos indiretos :
1- matéria prima consumida;
2- horas de mão de obra direta;
3- horas máquinas.
Suponhamos que os seguintes Custos de Produção de determinado período precisem ser alocados aos quatro produtos elaborados pela empresa:
	Matéria-prima 
	2.500.000,00
	Embalagens 
	600.000,00
	Material de Consumo
	100.000,00
	Mão-de-obra
	1.000.000,00
	Salário da Supervisão
	400.000,00
	Depreciação das Máquinas
	300.000,00
	Energia Elétrica
	500.000,00
	Aluguel do Prédio
	200.000,00
	Total
	5.600.000,00
	
O responsável por Custos faz os levantamentos e as analises necessárias e verifica o seguinte:
:
· Matéria-prima e Embalagens: podem ser apropriados perfeitamente e diretamente aos quatro produtos, já que foi possível identificar quanto cada um consumiu.
· Material de Consumo: alguns são lubrificantes de maquinas, e não há como associá-los a cada produto diretamente, e outros são de tão pequeno valor que ninguém se preocupa em associá-los a cada produto.
· Mão-de-obra: é possível associar parte dela diretamente com cada produto, pois o processo não é muito automatizado e houve uma medição de quanto cada operário trabalhou em cada um e quanto custa cada operário para a empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipes de produção, e não há possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos ($200.000 dos 1.000.000).
· Salários da Supervisão: muito mais difícil ainda de se alocar por meio de uma verificação direta e objetiva do que a mão-de-obra dos chefes de equipes de produção, já que essa supervisão é a geral da produção. Representa esse custo o gasto da supervisão dos chefes de equipes e, por isso mesmo, muito mais difícil é aos produtos.
· Depreciação da Maquinas: a empresa deprecia linearmente em valores iguais por período, e não por produto. Haveria possibilidade de apropriar diretamente a cada produto se a depreciação fosse contabilizada de outra forma.
· Energia Elétrica: parte dela é possível alocar a três dos quarto produtos, já que a máquina que mais consome força possui um medidor próprio, e a empresa faz verificações de quanto consome para cada item elaborado. Porém, o resto da energia só é medido globalmente, e não há forma direta de alocação ($350.000 são alocáveis e $150.000 não).
· Aluguel do Prédio: impossível de se medir diretamente quanto pertence a cada produto.
Após essas análises, podemos verificar que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra utilizadas e até quantidade de força consumida). São os Custos Diretos com relação aos produtos.
	Outros realmente não oferecem condições de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc.) São os Custos Indiretos com relação aos produtos.
	Portanto, a classificação de Direito que estamos fazendo é com relação ao produto feito ou serviço prestado, e não à produção no sentido geral ou aos departamentos dentro da empresa.
	Alguns custos têm características especiais. Por exemplo, vimos que parte dos Materiais de Consumo poderiam ser apropriados diretamente, mas, dada sua irrelevância, verificou-se que não vale a pena esse trabalho: muitas vezes a relação “custo-benefício” é desfavorável para itens de pequenas importância.
	Outros, como a Depreciação, poderiam também ser apropriados de maneira mais direta, porem, pela própria natureza de custo, não é na maior parte das vezes considerado útil tal procedimento. O próprio valor da depreciação como um todo é tão estimado e arbitrariamente fixado que chega a ser pouco útil a alocação direta.
	Finalmente, certos custos, como a Energia Elétrica, podem ser relevantes, mas não tratados como direitos, já que para tanto seria necessário a existência de um sistema de mensuração do quanto é aplicado a cada produto. Por ser caro esse sistema ou de difícil aplicação, ou ainda por não ser muito diferente o valor assim obtido daquele que se calcularia com base na potencia de cada maquina e no volume de sua utilização, prefere-se fazer a apropriação de forma indireta.
	Cada vez que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou cada vez que há o uso de estimativas e não de medição direta, fica o custo incluído como indireto.
	Logo, o rol dos custos Indiretos inclui Custos Indiretos propriamente ditos e Custos Diretos (por natureza), mas que são tratados como Indiretos em função da sua irrelevância ou da dificuldade de sua medição, ou até do interesse da empresa em ser mais ou menos rigorosa em suas informações.
	Pode-se inclusive dizer também que, entre os Indiretos, existem os menos Indiretos (quase Diretos), como material de Consumo, e os mais Indiretos, como Supervisão de fabrica, Imposto Predial ou Corpo de Segurança.
	Com respeito especificamente à mão-de-obra, entendemos então o que seja Direta e Indireta; aquela diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que está sendo elaborado; manutenção, prevenção de acidentes, Contabilidade de Custos, programação e controle da produção etc.
CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS
	Alem de seu agrupamento em Diretos e Indiretos, os custos podem ser classificados de outras formas diferentes.
	Outra classificação usual (e mais importante que todas as demais) é a que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo. Divide basicamente os Custos em Fixos e Variáveis.
	Por exemplo, o valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade produzida, maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção: logo, materiais diretos são Custos Variáveis.
	Por outro lado, o aluguel da fabrica em certo mês é de determinado valor, independentemente de aumento ou diminuições naquele mês do volume elaborado de produtos. Por isso, isso, o aluguel é um Custo Fixo.
A divisão em Fixos e Variáveis também tem outra característica importante: considerando a relação entre período e volume de atividade, não se está comparando um períodocom outro. Esse fato é de estrema importância na pratica para não se confundir Custo Fixo com custo recorrente (repetitivo). Por exemplo, se a empresa adota um sistema de depreciação como em quotas decrescentes e com isso atribui para cada período um valor diferente desse custo, continua tendo na depreciação um Custo Fixo, mesmo que a cada período ele seja de montante diferente. Também, se o aluguel é reajustado mensalmente em função de qualquer índice e nunca é igual em dois períodos subseqüentes, não deixa de ser um Custo Fixo, já que em cada período seu valor é definido e independe do volume produzido.
Outros exemplos dessa natureza: mão-de-obra indireta – normalmente, é um gasto que, apesar de poder variar de período para período, é um Custo Fixo, pois, por mês tem seu montante definido não em função do volume de produção; Conta dos telefones da fabrica – pode ter seu valor diferente em cada mês, mas não é um Custo Variável, pois seu montante não está variando em função do volume de produção feitos.
Podem-se sub classificar os Custos Fixos em Repetitivos e Não-repetitivos em valor, isto é, custo que se repetem em vários períodos seguintes na mesmo importância ( caso comum do pessoal da chefia da fábrica, das depreciações etc) e custos que são diferentes em cada período (manutenção, energia etc).
Outros aspectos dos Custos Fixos é que eles não são, mesmo os repetitivos, eternamente do mesmo valor. Sempre há pelo menos duas causas para sua modificação: mudança em função de variação de preços, de expansão da empresa ou de mudança de tecnologia. Por exemplo; o valor da mão-de-obra Indireta pode subir em determinado mês em função de um dissídio; o aluguel pode crescer em virtude da adição de um imóvel; e a depreciação pode também aumentar pela substituição de uma maquina velha por outra moderna e mais cara. Todos esses itens são Custos Fixos sempre, apesar de seus valores se modificarem, já que seu montante em cada período é independente do volume de produção.
Alguns tipos de custo têm componentes das duas naturezas. A Energia Elétrica é um exemplo, já que possui uma parcela que é fixa e outra variável; aquela independe do volume de produção, e é definida em função do potencial de consumo instalado, e esta depende diretamente do consumo efetivo. Custo dessa natureza são chamados, as vezes, semivariáveis ou semifixos (outras acepções existem para essa expressões), mas preferiremos, nesta apostila dizer sempre que são Custos com parte Fixa e parte Variável.
Necessário se torna aqui mencionar que a classificação em Fixos e Variáveis tem outra distinção com relação à classificação em Direto e Indireto. Esta ultima só se aplica a Custos propriamente ditos. Mas aquela também se aplica às Despesas. Assim, podemos ter Despesas de Venda Fixa (propaganda, salário da administração das vendas, parte fixa da remuneração dos vendedores etc.) e Variáveis (comissão de vendedores, despesa de entrega etc.). Alias, a propaganda é um bom exemplo de Despesa Fixa não necessariamente repetitiva, já que a empresa pode arcar com um gasto dessa natureza num mês e não em outro; apesar dessa sua oscilação, é um valor fixo por período, isto é, definido não em função do volume de atividade (o volume de atividade, para essa despesa, são as vendas e não a produção).
Existem Despesas Financeiras Fixas (juros e encargos de empréstimos) e também podem existir as Variáveis (descontos de duplicatas, se a empresa tem por norma a utilização dessa forma de financiamento).As Despesas de Administração são quase todas fixas, com raríssimas exceções.
Todos as custos podem ser classificados em Fixos ou Variáveis e em Diretos e Indiretos ao mesmo tempo. Assim, a matéria-prima é um custo Variável e Direto; o seguro é Fixo e Indireto e assim por diante. Os custos variáveis são sempre diretos por natureza, embora possam, às vezes, ser tratado como indireto por razoes de economia.
OUTRAS NOMENCLATURAS DE CUSTOS
	Outras expressões e terminologias são costumeiramente utilizadas em Custos.
	
Custo de Produção do período: é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica.
Custo de Produção acabada : é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente período.
Custo dos Produtos Vendidos : é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes
	Custo Primário: soma de matéria-prima com mão-de-obra direta. Não são a mesma coisa que Custo Direto, já que nos Primários só estão incluídos aqueles dois itens. Assim, a embalagem é um Custo Direto, mas não Primário.
	Custos de Transformação: Soma de todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matéria-prima e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (competentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação o valor do esforço da própria empresa no processo de elabora de um determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, materiais de consumo industrial etc.).
RESUMINDO: OS CUSTOS FIXOS TÊM AS SEGUINTES PRINCIPAIS CARACTERISTICAS:
· O Valor total permanece constante dentro de determinado intervalo de volume de produção, considerado normal, chamado de intervalo de significância.
· O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume de produção, por se tratar de um valor fixo total diluído por uma quantidade maior ou menor de produção.
· Sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita, na maioria das vezes de critérios de rateios
CUSTOS VARIÁVEIS: São aqueles custos que mantêm uma relação direta com o volume de produção ou serviço e, consequentemente, podem ser identificados, com os produtos. Dessa maneira, o total dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividade da empresa aumenta. Na maioria das vezes, esse crescimento no total evolui na mesma proporção do acréscimo no volume produzido. Por exemplo:
· - Matéria Prima: em muitas empresas, a matéria prima é o único componente de custo que varia proporcionalmente ao volume de produção, por exemplo para produzir um par de sapatos consome 1 metro de couro. Se produzir 1.000 pares irá consumir 1000 metros se produzir 1200 pares irá consumir 1200 metros.
· Mão-de-Obra direta: essa é a mão de obra do pessoal que trabalha diretamente no processo produtivo. Por exemplo, numa fábrica de sapatos, o tempo de processamento das várias fases produtivas, como corte de couro, montagem do sapato, costura, acabamento etc. será o mesmo por unidade e, no total, variará de acordo com o volume da produção.
OS CUSTOS VARIÁVEIS TÊM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
· Seu valor total varia na proporção direta do volume de produção;
· O valor é constante por unidade, independentemente da quantidade produzida;
· A alocação aos produtos ou centros de custos é normalmente feita de forma direta, sem necessidade de utilização de critérios de rateio.
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO- CUSTOS COMUNS
Todos os custos indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que as vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras oportunidade só a aceitamos por não haver alternativas melhores. (Há recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses problemas, mas nem sempre é possível sua utilização)
- Aluguel – área ocupada.
Os custos indiretos devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados para relacioná-los aos produtos em função dos fatores mais relevantes que se conseguir. Critérios bonspara uma empresa podem não sê-los em outra, em virtude das características especiais do próprio processo de produção.
A consistência na aplicação desses critérios é de extrema importância para avaliação homogênea dos estoques em períodos subseqüentes, de forma a não se artificializar resultados.
EXERCÍCIOS 
01) (4.0) A empresa Máxima atua no mercado de produção de móveis na região de Itatiba. Em determinado mês, incorreu nos seguintes gastos:
	Compra de Matéria-prima
	500.000,
	Devolução de 20% (vinte por cento) das compras acima
	
	Mão-de-obra Direta
	600.000,00
	Custo Indiretos de Produção
	400.000,00
	Outros dados:
	
	Estoque Inicial de Matéria-prima
	120.000,00
	Estoque Inicial de Produção em Elaboração
	180.000,00
	Estoque Final de Produção Acabados
	200.000,00
	Não havia outros estoques
	
Pede-se calcular:
a) o Custo de Produção do mês (CPP);
b) o Custo de Produção Acabada no mês (CPA); e
c) o Custo de Produção Vendida no mês (CPV).
SOLUÇÃO:
1) PRIMEIRAMENTE APURE O CUSTO COM MATERIA PRIMA DISPONÍVEL
	CÁLCULO DO CUSTO MATERIAL DIRETO (MATERIA PRIMA) = 
ESTOQUE INICIAL DE MP (+) COMPRA (–) DEVOLUÇÃO DE COMPRA (-) ESTOQUE FINAL DE MATERIA PRIMA
2) FAÇA A DEMONSTRAÇAO DO CUSTO DE PRODUÇAO DO MÊS =
	MATERIAL DIRETO DISPONÍVEL (MATÉRIA PRIMA) (–) ESTOQUE FINAL DE MATERIAIS DIRETOS (MP) (+) MÃO-DE-OBRA DIRETA (+ ) CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO DO MÊS
a ) Custo de produção do mês (em R$)
3) DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DA PRODUÇAO ACABADA NO MÊS R$ 
	
ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO (+) CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO = CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (-) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO = CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA NO MÊS.
b) Custo da produção acabada no mês (em R$)
4) DEMONSTRAÇAO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
	ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS (+) CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA NO PERÍODO = CUSTO DOS PRODUTOS ACABADOS DISPONÍVEIS (-) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS = CPV NO MÊS
C) Custo da produção vendida no mês (em R$)
02) (4.1) Considere os seguintes dados da empresa industrial Sunny, relativos a determinado período em R$:
	Estoque inicial de matéria – prima
	300,00
	Estoque Final de matéria-prima
	420,00
	Despesas administrativa de toda a empresa
	120,00
	Estoque Inicial de produtos em processos
	240,00
	Estoque final de produtos em processos
	300,00
	Mão-de-obra direta utilizada na produção de bens
	600,00
	Custos indiretos de produção
	480,00
	Compras de matéria prima
	720,00
	Estoque inicial de produtos acabados
	360,00
	Venda de 90% do total disponível de produtos acabados por
	2.400,00
	Frete pago para entregar produtos acabados e vendidos
	150,00
	Juros apropriados sobre empréstimos bancários obtidos
	70,00
Pede-se calcular:
a) O custo dos Produtos Vendidos (CPV)
b) O lucro Bruto (LB)
c) O lucro (ou prejuízo) antes do Imposto de Renda
GABARITO PARA SOLUÇÃO
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
	Receita Bruta = Receita Líquida
	
	
	Estoque inicial de matéria prima
	
	
	(+) compras de matéria prima
	
	
	(=) Matéria prima disponível
	
	
	(-) estoque final de matéria prima
	
	
	(+) Matéria prima consumida
	
	
	(+) Mão-de-obra direta
	
	
	(+) Custos indiretos de produção
	
	
	(=) CUSTO DE PRODUÇAO DO PERÍODO
	
	
	(+) Estoque Inicial de produtos em elaboração 
	
	
	(-) Estoque final de produtos em elaboração
	
	
	= CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA
	
	
	+ Estoque inicial de produtos acabados
	
	
	(=) Produtos acabados disponíveis para venda
	
	
	(-) Estoque final de produtos acabados
	
	
	(=) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
	
	
	LUCRO BRUTO
	
	
	(-) Despesas administrativas
	
	
	(-) Despesas comerciais
	
	
	(-) despesas financeiras
	
	
	(=) Lucro antes do imposto de renda
	
	
	
	
	
3) (Bruni) Como os elementos seguintes podem ser classificados em despesas fixas (DF), custos fixos (CF), despesas variáveis (DV), custos variáveis (CV), investimentos (I) ou perda (P)?
	Elemento
	CV
	CF
	DV
	DF
	P
	I
	a) comissões sobre venda
	
	
	
	
	
	
	b) consumo de açúcar em fábrica de doces
	
	
	
	
	
	
	c) energia elétrica – consumo da área administrativa
	
	
	
	
	
	
	d) energia elétrica - consumo da área industrial
	
	
	
	
	
	
	e) Fretes de entregas
	
	
	
	
	
	
	f) Aquisição de veículos para entrega
	
	
	
	
	
	
	g) Fretes de insumos produtivos
	
	
	
	
	
	
	h) Gastos com depreciação da fábrica
	
	
	
	
	
	
	i) gastos com depreciação de micros da loja
	
	
	
	
	
	
	j) gastos com manutenção fabril
	
	
	
	
	
	
	k) compra de máquina industrial
	
	
	
	
	
	
	l) gastos com seguros das fábricas
	
	
	
	
	
	
	m) Gastos com seguros das lojas
	
	
	
	
	
	
	n) gastos com supervisão da linha de produção
	
	
	
	
	
	
	o) Leasing (aluguel) de veículos administrativos
	
	
	
	
	
	
	p) limpeza e conservação das lojas
	
	
	
	
	
	
	q) Consumo de matéria-prima no processo fabril
	
	
	
	
	
	
	r) consumo de material secundário na fábrica
	
	
	
	
	
	
	s) sobras de matéria-prima consumida
	
	
	
	
	
	
	t) consumo de material de escritório
	
	
	
	
	
	
	u) embalagem consumida na indústria
	
	
	
	
	
	
	v) ociosidade da mão-de-obra
	
	
	
	
	
	
	w) Salários e encargos administrativos
	
	
	
	
	
	
	x) Combustível gasto por vendedores
	
	
	
	
	
	
4 ) - (04.2 ) A EMPRESA Mood’s Hair produz um único produto (xampu de camomila) que é vendido, em média, por $ 9,50 cada unidade (preço Liquido de Tributos).
Em determinado período, em que não houve estoques iniciais, produziu integralmente
14.000 unidade, e incorreu nos seguintes custos e despesas (em $):
	Supervisão geral da fabrica
	17.000,00
	Depreciação dos equipamentos da fábrica
	10.000,00
	Aluguel do galpão industrial
	2.400,00
	Administração geral da empresa
	8.000,00
	Material direto
	 2,00 por unidade
	Mão-de-obra direta
	 1,50 por unidade
	Energia elétrica consumida na produção
	 0,40 por unidade
	Comissão sobre vendas
	 0,75 por unidade
	Frete para entrega de produtos vendidos
	 0,15 por unidade
Considerando-se que no final do período havia 1.000 unidades do produto acabado em estoque, e que não houve perdas, pede-se calcular:
	
a) O Estoque Final dos produtos acabados.
b) Lucro (ou prejuízo) do período.
GABARITO PARA SOLUÇÃO :
a) Estoque final dos produtos acabados ( em R$)
CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO
	Supervisão geral da fábrica
	
	Depreciação dos equipamentos
	
	Aluguel do galpão
	
	Energia elétrica
	
	CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO
	
DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
	Material direto consumido
	
	(+) Mão-de-Obra direta
	
	(+) Custos Indiretos de produção
	
	(=) CUSTO DA PRODUÇAO DO PERÍODO (CPP)
	
	(+) Estoque Inicial de produtos em elaboração
	
	(=) CUSTO TOTAL DE PRODUÇAO
	
	(-) Estoque Final de Produtos em elaboração
	
	(=) CUSTO DA PRODUÇAO ACABADA (CPA)
	
	(+) Estoque inicial de produtos acabados
	
	(=) CUSTO DOS PRODUTOS DISPONÍVEIS
	
	(-) Estoque final de produtos acabados
	
	(=) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS ( CPV)
	
b) Lucro antes do imposto de renda em R$ 
Receita = 
Comissões =
Frete = 
DEMONSTRAÇAO DE RESULTADOS
	RECEITA LIQUIDA
	
	(-) custo dos produtos vendidos
	
	LUCRO BRUTO
	
	(-) Despesas administrativas
	
	(-) comissões sobre vendas
	
	(-) Frete para entregar produtos vendidos
	
	(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
	
5) - (04.3 ) Empresa Camanducaia foi constituída em 2-1-X1 com capital inicial de $ 100.000, totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional. O objetivo da empresa é produzir artigos para festas em geral.
	O preço médio de venda do produto acabado é estimado pelo pessoal da área de marketing em $ 9,50 por unidade. Impostos e comissões sobre receita bruta totalizam 20% do preço.
	Durante o mês de janeiro ocorreram os seguintes custos e despesas, todos pagos dentro do próprio mês (em $):
	
	Aluguel da fabrica
	3.000,00
	Supervisão da fabrica
	9.000,00
	Matéria-prima ($ 3,00/u)
	36.000,00
	Mão-de-obra direta
	24.000,00
	Despesas administrativas
	8.000,00
No final do mês, 12.000 pacotesde confete haviam sido integralmente produzidos e estavam armazenados para serem vendidos no mês seguinte (não houve vendas em janeiro).
	Pede-se elaborar:
a) A Demonstração de Resultados relativa ao mês de janeiro.
b) O Balanço Patrimonial do dia 31 de janeiro
GABARITO PARA SOLUÇÃO
CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO
	Aluguel da fabrica
	
	(+) Supervisão da fabrica
	
	(=) CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇAO
	
DEMONSTRAÇAO DO CUSTO DE PRODUÇAO DO MÊS
	Material direto consumido
	
	(+) Mão-de-obra direta
	
	(+) Custos indiretos de produção
	
	(=) CUSTO DE PRODUÇAO DO MÊS
	
DEMONSTRAÇAO DO CUSTO DA PRODUÇAO ACABADA
	Estoque inicial de produtos em elaboração
	
	(+) Custo da produção do período
	
	(=) CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO
	
	(-) Estoque Final de produtos em elaboração
	
	(=) CUSTO DA PRODUÇAO ACABADA NO MÊS
	
a) demonstração de resultados (em R$)
	RECEITA BRUTA = RECEITA LÍQUIDA
	
	(-) Custo dos produtos vendidos
	
	(=) LUCRO BRUTO
	
	(-) Despesas Administrativas
	
	(-) Despesas Comerciais
	
	(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
	
b) Balanço Patrimonial
	BALANÇO PATRIMONIAL
DO PERÍODO DE 02/01/ X1 A 31/01/X1
	CIRCULANTE
	PATRIMONIO LÍQUIDO
	Caixa
	Capital 
	Estoque
	Prejuízo Acumulado
	Produtos Acabados
	
	TOTAL DO ATIVO
	TOTAL ( P + PL)
4
ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTO(I)
4.1- 1º PASSO: A SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS
Suponhamos que estes sejam os gastos de determinado período da Empresa X:
28
28
Comissões de Vendedores
$ 80.000,
Salários de Fábrica 
$ 120.000,
Matéria-prima Consumida
$ 350.000,
Salários da Administração
$ 90.000,
Depreciação na Fabrica
$ 60.000,
Seguros da Financeiras
$ 10.000,
Despesas Financeiras
$ 50.000,
Honorário da Diretoria
$ 40.000,
Materiais Diversos – Fábrica
$ 15.000,
Energia Elétrica – Fábrica
$ 85.000,
Manutenção – Fábrica
$ 70.000,
Despesas de Entrega
$ 45.000,
Correios, Telefone e Telex
$ 5.000,
Material de Consumo – Escritório
$ 5.000,
Total gastos/abril R$ 1.025.000,
A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Teremos então a seguinte distribuição dos gastos:
Custos de Produção
	
Salários de Fabrica
 $ 120.000,
Matéria-prima Consumida 
 $ 350.000,
Depreciação na Fabrica
 $ 60.000,
	Seguro da Fabrica
 $ 10.000,
Materiais Diversos – fábrica
 $ 15.000,
Energia Elétrica – Fábrica
 $ 85.000,
Manutenção – Fábrica
 $ 70.000,
Total
 $ 710.000,
	(Estes integrarão o Custo dos Produtos)
Despesas Administrativas
	
Salário da Administração
 $ 90.000,
Honorários da Diretoria
 $ 40.000,
Correios, Telefone e Telex
 $ 5.000,
Material de Consumo –Escritório
 $ 5.000,
Total
 $ 140.000,
Despesas de Venda
	
Comissões de Vendedores
 $ 80.000,
Despesas de Entrega
 $ 45.000,
Total
 $ 125.000,
Despesas Financeiras
 $ 50.000,
(As despesas, que não entraram no custo de produção, as quais totalizam $ 315.000, vão ser descarregadas diretamente no Resultado do período, sem serem alocadas aos produtos.)
4.1- 2º PASSO: APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS
Digamos que essa empresa elabore três produtos diferentes, chamados A, B e C. O passo seguinte é o de se distribuírem os custos diretos de produção aos três itens. Suponhamos ainda que nessa empresa, alem da Matéria-prima, sejam também custos diretos parte da Mão-de-obra e parte Energia Elétrica.
	O problema agora é saber quanto da Matéria-prima total utilizada, de $ 350.000,quanto de Mão-de-obra Direta e quanto da Energia Elétrica Direta foi aplicado em A, em B e em C.
	Para o consumo de Matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisições de tal forma a saber sempre para qual quer produto foi utilizado o material retirado do Almoxarifado. E, a partir desse dado, conhece-se a seguinte distribuição:
	
Matéria-prima
	
Produto A
$ 75.000,
Produto B
$ 135.000,
Produto C
$ 140.000,
Total
$ 350.000,
	Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário verificar do total de $ 120.000 quanto diz respeito à Mão-de-obra Direta e quanto é a parte pertencente à Mão-de-obra Indireta. A empresa,para poder conhecer bem esse detalhe, mantém um apontamento (verificação) de quais foram os operários que trabalharam em cada produto no mês e por quanto tempo. Conhecidos tais detalhes e calculados os valores, conclui:
Mão-de-obra:
Indireta
$30.000
Direta
	Produto A
$ 22.000
Produto B
$ 47.000
Produto C
$ 21.000	$90.000
Total
$ 120.000
Logo, os $ 90.000 serão atribuídos diretamente aos produtos, enquanto os $ 30.000 serão adicionados ao rol dos custos indiretos.
A verificação da Energia Elétrica evidencia que, após anotado o consumo da fabricação dos produtos durante o mês, $ 45.000 são diretamente atribuíveis e $ 40.000 só alocáveis por critérios de rateio, já que existem medidores apenas em algumas maquinas.
Energia Elétrica:
Indireta $40.000
Direta
Produto A 18.000
Produto B 20.000
Produto C $ 7.000	
 $45.000
	Total $ 85.000
Temos, então, resumidamente:
Quadro 4.1
	
Matéria-prima
Mão-de-obra
Energia Elétrica
Depreciação
Seguros
Materiais Diversos
Manutenção
Total
	Diretos
	
	Produto A
	Produto B
	Produto C
	Indiretos
	Total
	
	$ 75.000
$ 22.000
$ 18.000
-
-
-
-
$ 115.000
	$ 135.000
$ 47.000
$ 20.000
-
-
-
-
$ 202.000
	$ 140.000
$ 21.000
$ 7.000
-
-
-
-
$ 168.000
	-
$ 30.000
$ 40.000
$ 60.000
$ 10.000
$ 15.000
$ 70.000
$ 225.000
	$ 350.000
$ 120.000
$ 85.000
$ 60.000
$ 10.000
$ 15.000
$ 70.000
$ 710.000
Do total de Custo de Produção, $ 485.000 são diretos e já estão alocados e $ 225.000 precisam ainda ser apropriados.
4.1 3º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS
Vamos agora analisar a forma ou as formas de alocar custos indiretos que totalizam, neste exemplo, $ 225,00. Uma alternativa simplista seria a alocação aos produtos A, B e C proporcionalmente ao que cada um já recebeu de custos diretos. Esse critério é relativamente usado quando os custos diretos são a grande porção dos custos totais, e não há outra maneira mais objetiva de visualização de quanto dos indiretos poderia, de forma menos arbitraria, ser alocado a A, B e C.
Quadro 4.2
	
Produto A
Produto B
Produto C
Total
	Custo Direto
	Custo Indireto
	
	$
	%
	$
	%
	total
	
	$ 115.000
$ 202.000
$ 168.000
$ 485.000
	23,71%
41,65%
34,64%
100,00%
	53.347,50
 93.712,50
 77.940,00
$ 225.000
	23,71%
41,65%
34,64%
100,00%
	 168.347,50
 295.712,50
 245.940,00
 710.000,00
A ultima coluna do Quadro 5.2 nos fornece então o custo total de cada produto, e a penúltima a parte que lhe foi imputada dos custos indiretos.
Suponhamos, entretanto, que a empresa resolva fazer outro tipo de alocação. Conhecendo o tempo de produção de cada um, pretende fazer a distribuição dos custos indiretos proporcionalmente a ele, e faz uso dos próprios valores em reais da Mão-de-obra Direta, por ter sido esta calculada com base nesse mesmo tempo. Teríamos, dessa maneira:
	
Quadro 4.3
	
Produto A
Produto B
Produto C
Total
	Mão-de-obra Direta
	Custos Indiretos
	
	$
	%
	$
	%
	
	$ 22.000
$ 47.000
$ 21.000
$ 90.000
	24,44%
52,22%
23,34%
100,00%
	 54.990,00
 117.495,00
52.515,00
 225.000,00
	24,44%
52,22%
23,34%
100,00%
	O custo total de cada produto seria:
Quadro 4.4
	
Produto A
Produto B
Produto C
Total
	Custo Direto
	Custo Indireto
	Total
	
	$ 115.000
$ 202.000
$ 168.000
$ 485.000
	54.990,00
 117.495,00
52.515,00
 225.000,00
	 169.990,00
 319.495,00
 220.515,00
 710.000,00
	Esses valores de custos indiretosdiferentes e conseqüentes custos totais também diferentes para cada produto podem não só provocar análises distorcidas, como também diminuir o grau de credibilidade com relação às informações de Custos. Não há, entretanto, forma perfeita de se fazer essa distribuição; podemos, no máximo, procurar entre as diferentes alternativas a que traz consigo menor grau de arbitrariedade.
RESUMO ESQUEMA BÁSICO
Por enquanto, o esquema básico é:
a) Separação entre Custo e Despesas:
b) Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos ou serviços;
c) Rateio dos Custos Indiretos.
Os custos incorridos num período só irão integralmente para o Resultado desse mesmo período caso toda a produção elaborada seja vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já despesas – de Administração, de Vendas, Financeiras etc. – sempre são debitadas ao Resultado do período em que são incorridas: assim é que funciona o Custeio por Absorção.
 
CUSTOS
DESPESAS
Indiretos
Diretos
Prod. C
Prod. B
Prod. A
C.P.V.
ESTOQUE
RESULTADO
RATEIO
VENDAS
Fonte: Eliseu Martins – Contabilidade de Custos –Pág. 62
EXERCICIO PROPOSTO
01)	A industria Aniel produz sabão em pó e sabão liquido, ambos especificados para lavagem de roupa à margem dos rios do nordeste brasileiro.
	Em determinado período, produziu 20.000 caixas do sabão em pó e 16.000 frascos do liquido, incorrendo nos seguintes custos:
	
	Pó
	Liquido
	Matéria-prima
	$ 2/kg
	12.000 kg
	8.000 kg
	Mão-de-obra
	 $ 5/hora
	6.000 h
	3.000 h
Custo Indireto de Produção (CIP) (em $):
	Supervisão da produção
	 3.600
	Depreciação de equipamento de produção
	12.000
	Aluguel do galpão industrial
	 4.500
	Seguro dos equipamentos da produção
	 1.500
	Energia Elétrica consumida na produção
	2.400
	Os custos de matéria-prima, mão-de-obra direta e os Custos Indiretos de Produção são comuns aos dois produtos.
	A Aniel possui contrato de demanda da energia elétrica com a concessionária, pelo qual apenas uma quantia fixa por mês, e não mede o consumo por tipo de produto.
	Os CIP são apropriados aos produtos de acordo com o tempo de MOD empregado na produção de m outro, sabendo-se que são necessários 18 minutos para produzir uma caixa de sabão em pó e 11,25 minutos para produzir um frasco de sabão liquido.
	A industria utiliza em sua produção uma maquina que, devido à corrosão, tem sua vida útil física e econômica limitada pela quantidade de matéria-prima processada (a vida útil é estimada pelo fabricante do equipamento em 400.000 kg de processamento de matéria-prima). Foi adquirida por $ 320.000 e seu custo ainda não está incluído na relação acima:
	Pede-se:
a) elaborar um quadro de apropriação de custos aos produtos; e
b) calcular o custo unitário de cada produto.
SOLUÇÃO DO EXERCÍCIO PROPOSTO
1) MATÉRIA PRIMA
	Produtos
	Volume de Produção
	Custo Unitário R$
	Total R$
	Sabão em pó
	
	
	
	Sabão Líquido
	
	
	
	Total
	
	
	
2) Mão-de-Obra Direta ( inclui encargos sociais) no período
	Produtos
	Volume de Produção
	Custo Unitário R$
	Total R$
	Sabão em pó
	
	
	
	Sabão Líquido
	
	
	
	Total
	
	
	
3) Depreciação
Vida útil do equipamento: 400.000 kg de matéria prima processada
Valor de aquisição: R$ 320.000
Depreciação por kg de matéria prima processada; R$ 0,8/kg
	Produtos
	Volume de Produção
	Custo Unitário R$
	Total R$
	Sabão em pó
	
	
	
	Sabão Líquido
	
	
	
	Total
	
	
	
4) Base de Rateio por tempo (h) ou custo (R$) de MOD :
Custo Indireto de Produção R$ 24.000
	Produtos
	MOD
	 %
	R$
	Sabão em pó
	(18 min/cx x 20.000 cx)/60 min = 6.000 h
	
	
	Sabão líquido
	(11,25 min/cx x 16.000 cx)/60 min = 3.000 h
	
	
	
	 = 9.000 h
	
	
A) Custo total de cada produto ( em R$/un):
	
	Sabão em pó
	Sabão Líquido
	Total
	CUSTOS DIRETOS
	
	
	
	Matéria Prima
	
	
	
	Mão-de-Obra direta
	
	
	
	Depreciação
	
	
	
	CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO (CIP)
	
	
	
	CUSTO TOTAL
	
	
	
B) Custo unitário de cada produto em R$
	
	Sabão em Pó
	Sabão Líquido
	Custo total
	
	
	Volume
	
	
	CUSTO UNITÁRIO
	
	
02) Assinalar a alternativa correta
	2.1)
	
	O PROCESSO BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS CONSISTE NAS SEGUINTE ETAPAS :
	
	
	a) Separar os custos das despesas, apropriar os custos diretos e ratear as despesas
	
	
	b) Separar os custos indiretos, apropriá-los aos produtos e ratear os custos fixos
	
	
	c) Separar os custos das despesas, apropriar os custos diretos e ratear os indiretos
	
	
	d) Separar os custos das receitas, apropriar os custos diretos e ratear os indiretos
	
	
	e) Separar os custos da despesas, apropriar os custos fixos e ratear os indiretos
	2.2)
	
	DEVEM SER CLASSIFICADOS COMO CUSTOS DE PRODUÇÃO OS ITENS :
	
	
	a) Matéria-prima, mão-de-obra, honorários da diretoria
	
	
	b) Honorários da diretoria, fretes e seguros da fábrica
	
	
	c) Seguros da área de produção e material direto
	
	
	d) Matéria-prima, telefone, salário da administração
	
	
	e) salário da administração, material direto, perdas
	2.3)
	
	DEVEM SER CONTABILIZADOS COMO DESPESAS
	
	
	a) Matéria-Prima, mão-de-obra, salários da administração
	
	
	b) Honorários da diretoria, material direto, telefone
	
	
	c) seguros da área de produção e material direto
	
	
	d) Matéria-Prima, seguros da fábrica e fretes
	
	
	e) Honorários da diretoria e fretes nas vendas
03) A empresa Rubi produz 02 produtos A e B, cujo volume de produção e de vendas é de cerca de 12.000 unidades do Produto A e 4.000 unidades do B, por período, e os Custos Indiretos de Produção (CIP) totalizam R$ 500.000 
Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade em R$:
	
	A
	B
	MATERIAL DIRETO
	20
	25
	MÃO-DE-OBRA DIRETA
	10
	6
Pede-se calcular o valor dos custos indiretos de produção (CIP) de cada produto, utilizando o custo de mão-de-obra direta como base de rateio.
GABARITO PARA SOLUÇÃO
Base de rateio por custo de MOD
	A
	 MOD
	 %
	 R$
	B
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
04 – Considere a empresa Nó na Madeira Ltda., fabricante de moveis de madeira finos. Classifique e totalize os seguintes gastos em MP, MOD, CIF e despesa:
Depreciação de maquinas no escritório 							$ 18.000
Tábuas de carvalho consumidas 								$ 160.000
Parafusos consumidos 									$ 1.000
Pessoal envolvido no corte da madeira 							$ 90.000
Pessoal responsável pela montagem de mesas 						$ 60.000
Supervisor de produção 									$ 20.000
Salários do escritório 										$ 180.000
Porteiros da fábrica 										$ 5.000
Cola consumida										$ 800
Aluguel da Fábrica 										$ 90.000
Pessoal responsável no acabamento das mesas 						$ 70.000
Suprimentos da fábrica 									$ 35.000
Depreciação da fábrica 									$ 31.000
Aluguel do Escritório 									$ 25.000
Tábuas de mogno consumidas 								$ 100.000
05 – A Cia Lex Ltda apresentou as seguintes informações relativas a sua produção:
Matéria-prima adquirida no período: 							$ 35.000
Estoque final de matéria-prima: 								$ 5.000
Horas trabalhadas no período: 					 			400 horas
Valor da hora: 										$ 15
Produção do período: 									12.000 un
Produção vendida no período: 								9.000
Custos indiretos de Fabricação: 								$ 35.000
Não havia estoques em processo de elaboração. 
Determine o custo de produção do período e o valor do custo da produção vendida
06 – A empresa Sergipar Ltda, fabrica caixa plásticas para CD e DVD. Buscando apurar o seu custo de produção e o custo unitário de cada caixa, identificou os seguintes gastos no bimestre:
Salários do pessoal da linha de produção: 							$ 10.000
Compra de plásticos utilizados na produção: 						$ 8.000
Salários do pessoal da administração da fabrica: 						$ 5.000
Aluguel da fábrica: 										$ 3.000
Salario do pessoal de venda: 									$ 2.000
Depreciação das máquinas da produção: 							$ 1.000
Depreciação dos tablets utilizados pelo pessoal de vendas:					$ 500
Energia Elétrica da fabrica: 									$ 1.500
Estoque final de plásticos utilizadosna produção no bimestre: 				$ 3.000
Outros custos de produção: 									$ 2.000
Encargos trabalhistas sobre os salários da produção: 					$ 5.000
Encargos trabalhistas sobre os salários do pessoal do pessoal de vendas: 			$ 1.000
Considerando uma produção de 68.000 caixas e um preço de venda de 0,80 por caixa, determine o custo de cada caixa e o resultado do bimestre. 
 
 QUESTÕES DE CONCURSOS PÚBLICOS 
1) (Ministério do Planejamento – Contador 2006). A indústria Kaele Emene S.A., para fabricar 1.000 unidades do produto Kam, teve que realizar os seguintes gastos: matéria-prima direta: R$ 40.000,00; mão de obra direta: R$ 30.000,00; mão de obra indireta: R$ 10.000,00; e outros custos fixos: R$ 20.000,00.
Admitindo-se que a matéria-prima direta e a mão de obra de direta são custos variáveis e a mão de obra direta é fixa, o custo unitário para a empresa produzir 1.200 unidades deverá ser de:
a) R$ 83,33 
b) R$ 90,00
c) R$ 95,00
d) R$ 96,66
e) R$ 100,00
2. (Ministério do Planejamento – Contador 2006). No mês de outubro de 2010, a produção do elemento “def” foi de 800 unidades. Os custos incorridos nesse período foram de R$ 120.000,00 fixos e R$ 200.000,00 variáveis. A capacidade instalada da firma permite o aumento da produção até de 50%. Ocorre que, apesar de todo esforço depreendido, a empresa conseguiu aumentá-la em apenas 40%. Por isso, o custo unitário da produção estabilizou-se em:
a) R$ 400,00
b) R$ 357,14
c) R$ 350,00
d) R$ 328,57
e) R$ 285,71
3. A editora livreira LTDA, apresentou os seguintes dados apresentados no período:
	Mão de obra indireta
	R$ 30.000,00
	Energia elétrica (60% pertencem à fábrica)
	R$ 50.000,00
	Despesas com propaganda
	R$ 20.000,00
	Aluguel do edifício (10% pertence à sede)
	R$ 30.000,00
	Depreciação de equipamento de produção
	R$ 18.000,00
	Receita de vendas 
	R$ 500.000,00
	Compras brutas de matéria prima 
	R$ 290.000,00
	Mão de obra direta 
	R$ 130.000,00
	Manutenção de equipamentos de fábrica 
	R$ 19.000,00
	Estoque final de matéria-prima 
	R$ 70.000,00
	Comissões sobre receitas de vendas – 10%
	
	Material de administração 
	R$ 2.000,00
	Devolução sobre as compras 
	R$ 54.700,00
Pede-se:
a) Para cada produção de 5 mil livros, determine o custo médio de cada unidade.
b) Determine o resultado do período.
4. A empresa de recepção Festa Feliz LTDA. organizou a parte dos salgadinhos da festa de formatura da turma de administração da Universidade Master. Foram dois milheiros, sendo metade em croquetes e metade em empadinhas. Para a produção dos salgadinhos e organização da festa, a empresa incorreu nos seguintes custos e despesas:
Matérias-primas (farinha e outros) R$ 2.700,00
Mão de obra direta R$ 3.000,00
Custos indiretos de fabricação R$1.000,00 
A matéria-prima é a mesma para os dois produtos, sendo que as empadinhas consomem 20 g por unidade e os croquetes 10g, e, nessa recepção, foram consumidas 30 quilos de matérias-primas. O pagamento de mão de obra é feito por unidade produzida, e para isso a empresa gastou R$1,50 por salgado.
Com base nos dados acima, determine o custo total e unitário por produto.
4.6– MATÉRIA PRIMA
Antes de iniciarmos o assunto, vamos entender que uma empresa se utiliza de materiais para diversos fins : como matérias-primas, materiais de escritório, materiais auxiliares de produção, materiais para embalagem, materiais de higiene e limpeza, etc.
Desses, somente as matérias primas irão compor os produtos. No caso de uma carteira escolar, temos : madeira, fórmica, parafusos, rebites, tinta, verniz, solda etc. Sabemos que no processo de fabricação serão empregadas serras, lixas, estopas, etc. porém sem integrar fisicamente o produto, e neste caso, serão os materiais auxiliares de produção, também chamados de materiais indiretos.
Dentro da cadeia produtiva, um produto fabricado por uma empresa poderá ser matéria-prima em um outra empresa. Ë o caso do parafuso, em cuja produção se consomem matérias-primas, e que agora será matéria-prima na fabricação de carteiras.
Veja outro exemplo de matéria-prima transformada em um produto que volta a ser matéria-prima em um novo produto.
		 
 MATÉRIA-PRIMA PRODUTO
Algodão
Tecido
Fio de Algodão
Fio de Algodão
Confecção de uma Calça
Tecido
	
De modo geral, o produto é aquele destinado ao consumidor, que o utilizará para consumo ou aplicação em um outro produto ( neste caso, como matéria prima).
A matéria prima compreende os materiais aplicados na fabricação de um produto e que fazem parte dele. Entre os materiais integrantes de um produto encontramos aqueles cuja quantidade efetivamente consumida podemos identificar nesse produto e aqueles que não podemos. Os primeiros são considerados custos diretos e os demais, indiretos, pois sua apropriação se dará por rateio.
Aos primeiros, ainda, dá-se o nome de material direto, Conforme Megliorine, “o termo material direto representa a parcela dos materiais usados nos processo de fabricação que é imediatamente identificável e mensurável nos produtos produzidos. Os materiais postos no processo que não atendem a estes dois critérios são geralmente tratados como material indireto, uma parte do custo indireto de fabricação.”
Sendo a matéria prima um custo direto, além de se incorporar ao produto, há a necessidade de se reconhecer a quantidade consumida neste, quer seja medindo ou contando.
Por exemplo, em um produto que utiliza cola ou tinta, embora tenha estes componentes como matéria prima, o consumo por produto nem sempre é possível ser obtido; em razão disso, são agrupados aos custos indiretos por rateio.
4.7 PERDAS DE MATÉRIA-PRIMA
O custo da matéria prima deve corresponder à quantidade consumida na fabricação do produto. Dessa forma, vamos observar que de alguns materiais são necessárias quantidades maiores que aquelas efetivamente incorporadas ao produto. É o caso do tecido para confeccionar uma calça. Certamente ocorrem sobras ( retalhos) na produção. O mesmo acontece com outros materiais, como a madeira para fazer o braço de uma carteira, chapas de aço para fazer uma peça e assim por diante.
Estas perdas fazem parte do processo de fabricação, podendo-se minimizá-las, mas não evitá-las. São chamadas de perdas normais, e por isso integram o custo dos produtos.
Assim, a quantidade necessária de um material corresponde àquela disponibilizada para a produção. Nessa quantidade incluem-se as perdas normais de processos, por exemplo : se de uma chapa de aço de 300 kg se obtém uma peça de 290 kg, os 10 kg sobram naturalmente no processo.
Caso tenha disponibilizado quantidade excedente de material à produção e a sobra decorrente possuir aproveitamento em outro produto, nesse caso não haverá o consumo e, consequentemente, não haverá o custo no produto.
Suponhamos que no exemplo acima fossem disponibilizados 500 kg de matéria prima para retirar 300 kg necessários à fabricação da peça. Os 200 kg excedentes seriam devolvidos ao estoque, e o custo do material corresponderia aos 300 kg.
Se houver perda anormal, como no caso, por exemplo, de incêndio no almoxarifado, roubo, enchente etc. os valores correspondentes não devem ser tratados como custo de produção, e sim levados diretamente ao resultado.
 4.8 COMPOSIÇÃO CUSTO DOS MATERIAIS DIRETOS
Ao adquirir materiais, geralmente a empresa incorre em outros gastos que não somente o valor pago ao fornecedor. Pode o comprador ser o responsável pelo frete, seguro, armazenagens e outros gastos e, se o material for importado, pelo frete marítimo ou aéreo, despesas aduaneiras e outros gastos alfandegários. Somando todos esses gastos, temos o valor do material.
Conforme Martins, a regra é “todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso ( equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em condições de venda (mercadorias etc.) incorporam o valor desse mesmo ativo.”
Assim, o valor de um material pode ser obtido mediante a aplicaçãoda seguinte seqüência de cálculos :
Valor pago ao fornecedor
(-) IPI (se houver recuperação)
(-) ICMS ( se houver recuperação
(+) Frete ( se houver)
(+) Seguro ( se houver)
(+) Armazenagem e outros gastos (se houver)
(=) Valor do material
Se forem materiais integrantes da política de estoques da empresa, esse resultado será ativado para posterior consumo.
Se o material for adquirido para aplicação específica em um produto, será este o valor da matéria-prima a ser apropriado ao produto.
4.9 – O IPI e o ICMS incidentes nas compras
Os impostos IPI ( Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS ( Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços ) incidentes na aquisição dos materiais merecem atenção especial.
São impostos “pagos” somente uma vez pelo consumidor final. Em termos gerais funciona assim : uma empresa vende seus produtos e cobra do cliente esses impostos. Recolhe-os para o governo, não constituindo dessa forma, receita sua. O cliente utiliza esse material para fabricar seu produto, que por sua vez será vendido. Ao vender o produto, irá cobrar novamente esses impostos. Se recolher os valores recebidos, o governo irá receber os impostos duas vezes. No entanto, não há incidência em cascata destes impostos, sendo eles compensados pelo consumidor seguinte até atingir o consumidor final, que não ter como repassá-lo e, consequentemente, compensá-lo.
4.10 – Métodos de avaliação dos estoques :
- UEPES – Último a entrar, primeiro a Sair
- PEPS – Primeiro a entrar, primeiro a sair
- Custo Médio Ponderado Móvel
4.11 – Requisição de material
A requisição de material ( RM) é o documento empregado para retirar material do estoque e, consequentemente, registrar a saída na ficha de controle de estoque.
O solicitante emite a Requisição de Material, indicando a descrição do material, o código, a quantidade e o débito, entre outras informações.
4.12 – Sobras de materiais
Caso seja requisitada quantidade de material além daquela necessária, o excesso é devolvido ao estoque pelo mesmo valor da requisição, conforme o método de avaliação empregado.
Podem ocorrer sobras de materiais na produção decorrentes de :
a) Material requisitado em excesso. Tratam-se de sobras resultantes de erros de cálculo de quantidade necessária ou oriundas de precauções por parte do pessoal de fábrica, evitando que um material que esteja com nível baixo de estoque seja requisitado para outro produto. Devolve-se a sobra ao estoque, creditando-se o produto debitando-se o estoque.
b) Material requisitado indevidamente. Caso ocorra essa situação, devolve-se o material ao estoque, creditando-se o produto e debitando-se o estoque
c) Compras de segurança. Trata-se de reserva técnica que visa evitar riscos com interrupções na produção, caso venha ocorrer defeito, quebra ou outro problema qualquer, no momento do uso. Adquirem-se unidades a mais, a título de segurança. Nesse caso, requisita-se o lote comprado, debitando-se o produto. Caso não ocorram anormalidades, aquelas unidades não utilizadas ficarão com custo zero no estoque, integrando, um grupo de sobras eventualmente aproveitáveis, ou terão outro destino, como entrega ao cliente como material sobressalente.
5 MÃO-DE-OBRA DIRETA
Consideram-se mão-de-obra direta aqueles funcionários que atuam diretamente na transformação da matéria-prima em produto.
No entanto, o custo que estes funcionários representam não pode ser tratado como custo direto sem antes se analisar o trabalho deles e o controle exercido sobre as horas trabalhadas.
O custo direto, por definição, é aquele que pode ser medido no produto. Esse pessoal direto pode tanto trabalhar no produto como, temporariamente, executar outras atividade ou mesmo ficar parado. Somente o tempo trabalhado e apontado no produto será considerado custo direto, e o tempo não trabalhado no produto representará um custo que, para ser absorvido pela produção, deve ser agrupado nos Custos Indiretos de Fabricação.
A princípio, poderíamos pensar que o custo da mão-de-obra direta corresponde à valorização das horas apontadas nos produtos, tendo como base o salário-hora contratado dos funcionários. Como, por exemplo : se um soldador cujo salário é de R$ 4,00 por hora apontar 3,0 h de atividades no produto X, o custo da mão-de-obra direta seria : 3,0 h X R$ 4,00/h = R$ 12,00
Agindo dessa maneira, estaríamos considerando:
a) que o custo da mão-de-obra direta se refere somente aos salários dos funcionários;
b) que o custo dessa mão-de-obra direta se refere somente às horas apontadas no dias em que os funcionários compareceram à empresa.
Portanto, estaríamos desconsiderando:
a) os encargos sociais e trabalhistas que a mão-de-obra provoca, ou seja, além das horas trabalhadas, os funcionários recebemos domingos e os feriados, têm faltas que podem ser justificadas e abonadas, etc.
b) que os funcionários recebem da empresa outras forma de remuneração : férias, abono sobre férias, décimo terceiro;
c) que, além dos valores pagos aos funcionários, a empresa tem a sua contribuição ao INSS e ao FGTS.
Após essas considerações, vamos entender que o custo da mão-de-obra corresponde aos salários mais os encargos sociais e trabalhistas. No caso de um funcionário horista, este salário corresponde às horas registradas no cartão de ponto ou em outra forma de controle de presença, ou seja, as horas em que ele esteve à disposição da empresa para trabalhar. Os domingos, os feriados e as horas ausentes justificadas e abonadas serão tratados como encargos pela empresa. Sendo o funcionário mensalista, a remuneração mensal já contempla os domingos e feriados, não sendo, neste caso, tratados como encargo e sim como salários.
Ainda, para ser considerado custo direto, deve-se “medir” o tempo de mão-de-obra gasto no produto, isto é, apontá-lo. Somente o tempo apontado no produto será custo de Mão-de-obra direta. O tempo improdutivo por qualquer motivo (falta de energia elétrica, falta de matéria prima etc) será considerado custo indireto e rateados aos produtos
Se a mão-de-obra direta não efetuar o apontamento das horas trabalhadas nos produtos, seu custo deixa de ser considerado direto, e será alocado aos produtos por meio de rateio.
EXEMPLO RESOLVIDO : 
Suponhamos que no departamento de pintura haja 5 funcionários diretos com jornada de trabalho de 44 horas semanais. O salário é de R$ 5,00 por hora para cada um. Os encargos sociais e trabalhistas correspondem a 115,72% dos salários. No mês de junho houve 4 domingos e 1 feriado ( que caiu em uma quarta feira). Um dos funcionários faltou 2 dias, que foram justificados e abonados.
1) Cálculo dos dias de trabalho no mês
2) Cálculo da jornada diária
3) Cálculo das horas disponíveis para trabalhar, conforme cartões de ponto
4) Apontamento de horas
5) Cálculo do salário mensal do departamento
6) Cálculo dos encargos sociais e trabalhistas
7) Cálculo do custo da mão-de-obra do departamento
8) Cálculo do custo/hora da mão-de-obra do departamento
9) Custo da mão-de-obra direta
10) Custo do tempo improdutivo
Após resolução observar :
Apropriando aos produtos os custos acima obtidos, deixa-se de alocar o custo das horas improdutivas, isto porque somente o custo acima é considerado custo de mão-de-obra direta, em virtude do apontamento das horas efetuadas nos referidos produtos.
As horas improdutivas não têm identificação direta com os produtos. Porém, seu custo deve ser apropriado a eles e, neste caso, não de forma direta, mas de forma indireta. O custo de R$ 826,10 será lançado no mapa de custos indiretos de fabricação, no respectivo departamento, para posterior Rateio aos produtos .
Suponhamos que no departamento de pintura haja 5 funcionários diretos com jornada de trabalho de 44 horas semanais. O salário é de R$ 5,00 por hora para cada um. Os encargos sociais e trabalhistas correspondem a 115,72% dos salários. No mês de junho houve 4 domingos e 01 feriado ( que caiu em uma quarta feira). Um dos funcionários faltou 02 dias, que foram justificados e abonados.
1) Cálculo dos dias de trabalho no mês
	Dos funcionáriosque não faltaram
	Do funcionário que faltou 2 dias
	30 dias
	30 dias
	(-) 4 domingos
	(-) 4 domingos
	(-) 1 feriado
	(-) 1 feriado
	(=) 25 dias úteis
	(-) 2 faltas
	
	(=) 23 dias úteis
2) Cálculo da jornada diária
44 horas semanais / 6 dias = 7,33 horas/dia
3) Cálculo das horas disponíveis para trabalhar, conforme cartões de ponto
	Dos funcionários que não faltaram
	Do funcionário que faltou 2 dias
	25 dias úteis
	23 dias úteis
	(x) 7,33 horas/dia
	(x) 7,33 horas/dia
	(=) 183,25 horas/mês
	(=) 168,59 horas/mês
	(x) 4 funcionários
	(x) 1 funcionário
	(=) 733 horas disponíveis para trabalhar
	(=) 168,59 horas disponíveis para trabalhar
Os 05 funcionários disponibilizaram 901,59 horas no mês ( 733,00 + 168,59 h).
4) Apontamento de horas
Conforme os boletins de apontamento de produção as 901,59 horas disponíveis estão assim distribuídas :
	A
	120,00 H
	B
	270,00 H
	C
	225,00 H
	D
	210,00 H
	TOTAL DE HORAS PRODUTIVAS
	825,00 H
	HORAS IMPRODUTIVAS
	76,59 H
	TOTAL DE HORAS APONTADAS
	901,59 H
 
5) Cálculo do salário mensal do departamento
901,59 horas disponíveis conforme cálculos no item 3
(x) R$ 5,00 salário/hora
(=) 4.507,95 salário-mês do departamento
6) Cálculo dos encargos sociais e trabalhistas
 R$ 4.507,95 de salários
(x) 115,72% percentual de encargos
(=) R$ 5.216,60 de encargos
7) cálculo do custo da mão-de-obra de departamento
R$ 4.507,95 de salários
(+) 5.216,60 de encargos
(=) 9.724,55 de custo de mão-de-obra
8) Cálculo do custo/hora da mão-de-obra do departamento
R$ 9.724,55 de custo/ 901,59 horas disponíveis = R$ 10,786 / h
9) Custo da mão-de-obra direta
R$ 825,00 horas produtivas
(x) R$ 10,786/h
(=) R$ 8.898,45 de custo
10) Custo do tempo improdutivo
76,59 horas improdutivas
(x) R$ 10,786/h
(=) R$ 826,10 de custo
O CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DIRETA DOS PRODUTOS SERÁ :
	Produtos
	Horas apontadas
	Custo/Hora r$
	Custo da Mão de Obra direta R$
	A
	120,00 H 
	10,786
	1.294,32
	B
	270,00 H
	10,786
	2.912,22
	C
	225,00 H
	10,786
	2.426,85
	D
	210,00 H
	10,786
	2.265.06
	Total
	825,00 H
	
	8.898,45
Apropriando aos produtos os custos acima, deixa-se de alocar o custo das horas improdutivas, isto porque somente o custo acima é considerado custo de mão-de-obra direta, em virtude do apontamento das horas efetuadas nos referidos produtos.
As horas improdutivas não têm identificação direta com os produtos. Porém, seu custo deve ser apropriado a eles e, neste caso, não de forma direta, mas de forma indireta. O custo de R$ 826,10 será lançado no mapa de custos indiretos de fabricação, no respectivo departamento, para posterior rateio aos prodeutos.
6 Esquema Básico da Contabilidade de Custos – Departamentalização.
6.1 	QUE É DEPARTAMENTO E COMO SE CLASSIFICA
		 Não raramente muitas empresas têm encontrado dificuldade para identificar as razões de possíveis variações no montante dos custos indiretos. Isso ocorre principalmente quando o custeamento não identifica as fases do processo produtivo por segmentos de produção ou centros de custeio. Quando isto ocorre não se sabe ao certo quem atuou com maior eficiência ou quem consumiu recursos desnecessariamente.
	Para tentar melhorar o controle sobre os custos incorridos no processo de produção, as empresas passaram a adotar o conceito de departamentalização a partir do qual os custos incorridos são identificados por departamentos discriminando-se os departamentos relacionados diretamente com o processo de fabricação e os departamentos de apoio relacionados indiretamente com a produção.
	Assim, o departamento é a unidade da empresa com função de produção ou apoio ao processo produtivo. Esse processo de custeamento facilitará as ações de controle pelo fato de que sempre haverá um responsável para cada departamento.
	Diante do exposto, pode-se conceituar departamentalização como o sistema de custeamento em que os custos são identificados primeiramente nos departamentos e transferidos numa segunda etapa aos produtos mediante um critério de rateio definido.
Custeio por departamento - departamentalização
	No processo de departamentalização, os departamentos são classificados em dois grandes grupos:
1 Departamentos operacionais, também denominados de departamentos de produção; e
2 Departamentos de apoio ou de serviços.
Os primeiros são aqueles que executam efetivamente o processo produtivo, transformando matéria-prima em produto acabado. São exemplos de departamentos de produção em uma empresa de móveis : departamento de corte; departamento de montagem; departamento de acabamento.
Os segundos atuam especificamente como apoio ao processo executado pelos primeiros, não diretamente sobre o produto, mas fundamentalmente na continuidade do processo produtivo. São exemplos de departamentos de apoio : departamento de manutenção; almoxarifado; departamento de administração geral da fábrica etc.
A figura abaixo exemplifica essa separação.
Fonte: Eliseu Martins ( 2010)
Figura Organograma simplificado de uma fábrica
Em linhas gerais, o processo de departamentalização segue as seguintes etapas :
Fase 1: Separação entre Custos e Despesas.
Fase 2: Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos.
Fase 3: Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos Departamentos, agrupando, os comuns.
Fase 4: Rateio dos Custos Indiretos comuns aos diversos Departamentos, quer de Produção, quer de Serviços.
Fase 5: Escolha da sequência de rateio dos Custos acumulados nos Departamentos de Serviços e sua distribuição aos demais Departamentos.
Fase 6: Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos de Produção aos Produtos, segundo critérios fixados.
A figura abaixo demonstra essa fases
 Fonte : Elizeu Martins
Figura : Departamentalização
EXERCÍCIO CUSTEIO POR DEPARTAMENTOS
04) 6.4 ) A empresa Nandaca produz dois produtos, a e b ,cuja produção no último período contábil foi de 4.000 e 1.000 unidades,respectivamente .seus custos departamentais e o número de empregados foram os seguintes:
	DEPARTAMENTOS
	CUSTOS
	Nº EMPREGADOS
	Gerencia Geral Da Produção
	 1.050
	 2
	Manutenção
	 1.110 
	 4
	Montagem
	 9.300 
	 8
	Acabamento
	 7.140
	 8
PEDE-SE CALCULAR O VALOR DO CUSTO DE CADA PRODUTO CONSIDERANDO QUE:
A) Os custo da gerência geral da produçao devem ser os primeiros a serem distribuidos aos demais. e a base é o número da empregados.
B) Em seguida, devem ser rateados os custos do departamento de manutenção:75 % para a montagem.
C) Finalmente, distribuir os custos da montagem e do acabamento para os produtos, proporcionalmente às quantidades produzidas.
MAPA DE PRODUÇÃO DE CUSTOS
	Custos Indiretos
	Gerencia Geral Da Producao
	Manutencao
	Montagem
	Acabamento
	Total
	Rateio Da Administraçao
	
	
	
	
	
	Soma
	
	
	
	
	
	Rateio Manutençao
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Total
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Produto A
	
	
	
	
	
	Produto B
	
	
	
	
	
	Total
	
	
	
	
	
 
05.	Questão do Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade 2/2000, de setembro de 2000
Na produção de dois tipos de máquinas são utilizados os centros de custos C1 e C2, com a incorrência dos seguintes custos diretos ($):
	
	Máquina A
	Máquina B
	Matéria-prima
	100.000,00
	60.000,00
	Mão-de-obra direta
	50.000,00
	40.000,00
	Soma
	150.000,00
	100.000,00
Os custos indiretos de fabricação totalizaram $ 50.000,00 e foram alocados nos centros de custos C1 e C2, no montante de $ 32.000,00 e $ 18.000,00, respectivamente. Os custos de C1 são rateados proporcionalmente à matéria-prima consumida, enquanto os do C2 à mão-de-obra aplicada. Considerando que todos os produtos foram concluídos, informe os custos dos produtos acabados. 
a)	A = $ 170.000,00 e B = $ 130.000,00.
	b)	A = $ 180.000,00 e B = $ 120.000,00.
	c)	A = $ 200.000,00 e B = $ 100.000,00.
	d)	A = $ 182.000,00 e B = $ 118.000,00.
6.	Indústria de Alimentos Sul Ltda.
Em janeiro, os custos indiretos da Indústria de Alimentos Sul Ltda. foram de:
	• 	$ 200.000 com o pessoal doalmoxarifado e;
	• 	$ 60.000 de custos com materiais indiretos;
	• 	$ 260.000 total. 
Tais gastos são apropriados para cada um dos produtos acabados com base no valor do consumo de matérias-primas de cada produto no mês, que foram de (no total, para os dois produtos): 
	• 	Matéria-prima A	= 		$ 401.250 
	• 	Matéria-prima B	= 		$ 697.500
	• 	Total	= 		$ 1.098.750
Com base nas informações disponíveis, calcule o custo indireto que deve ser apropriado para cada unidade de produtos acabados fabricados no mês, utilizando a tabela a seguir:
SOLUÇÃO
	Informações sobre a produção do mês de janeiro
	Produto X
	Produto Y
	Produto W
	a) Quantidade produzida
	 1.300
	 2.500
	 650
	
	
	
	
	b) Quantidade de matérias-primas para a produção de cada unidade do produto acabado
	
	
	
	Matéria-prima A
	 2,0 kg
	 1,0 kg
	 4,5 kg
	Matéria-prima B
	 3,5 kg
	 0,5 kg
	 3,0 kg
	
	
	
	
	c) Total do consumo de matérias-primas, em kg = (a) x (b) 
	
	
	
	Matéria-prima A = total em kg 8.025
	
	
	
	Matéria-prima B = total em kg 7.750
	
	
	
	
	
	
	
	d) Total em $ das matérias-primas consumidas 
	
	
	
	Matéria-prima A
	
	
	
	Matéria-prima B
	
	
	
	Total
	
	
	
	e) Proporção em relação ao total dos gastos com matérias-primas $ 1.098.750
	
	
	
	
	
	
	
	f) Rateio dos custos indiretos, com base na proporção de gastos com as matérias-primas = $ 260.000  (e)
	
	
	
	Custo com o pessoal do almoxarifado e materiais indiretos para cada unidade produzida 
	
	
	
7 -MÉTODOS DE CUSTEIO
 CUSTEIO POR ABSORÇÃO/ CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL.
CUSTEIO VARIÁVEL:
 
“...não há, normalmente, grande utilidade para fins gerenciais no uso
de um valor em que existam custos fixos apropriados”
(Martins, 1.998)
Definição
“Custeio Variável é o método de custeio de estoque em que todos os custos de fabricação variáveis são considerados custos inventariáveis. Todos os custos de fabricação fixos são excluídos dos custos inventariáveis: eles são custos do período em que ocorreram.” (Horngren, 1997)
 Segundo José Hernandes Peres Junior e ( 2001) Este sistema fundamenta-se na separação dos gastos em variáveis e fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção e vendas e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção e vendas oscilantes dentro de certos limites.
Partindo do princípio de que os custos de produção são, em geral, apurados mensalmente e de que os gastos imputados aos custos devem ser aqueles efetivamente incorridos e registrados contabilmente, esse sistema de apuração de custos depende de um adequado suporte do sistema contábil, na forma de um plano de contas que separe, já no estágio de registro dos gastos, os custos variáveis e os custos fixos de produção, com adequado rigor.
O termo custos variáveis designa os custos que, em valor absoluto, são proporcionais ao volume da produção dentro de certos limites, isto é, oscilam na razão direta dos aumentos ou reduções das quantidades produzidas. O total dos custos variáveis oscila proporcionalmente ao volume de produção, entretanto, o custo variável por unidade mantém-se constante dentro do intervalo da análise.
EXEMPLO : 
	Custo variável matéria Prima
	Consumo por unidade produzida
	Custo por kg / R$
	Custo por unidade produzida
	Quantidade produzida
	Custo total no período
	Período 1
	02 kg
	R$ 12
	R$ 24
	2.000
	R$ 48.000
	Período 2
	02 kg
	R$ 12
	R$ 24
	3.000
	R$ 72.000
	Período 3
	02 kg
	R$ 12
	R$ 24
	2.500
	R$ 60.000
O termo custos fixos designa os custos que, em valor absoluto, são estáveis, isto é, não sofrem oscilações proporcionais ao volume da produção, dentro de certos limites. Quando convertido em custos por unidade de produto, o valor desses custos torna-se variável.
EXEMPLO
	Custo Fixo : Aluguel do edifício da fábrica
	Total pago em cada período
	Quantidade produzida
	Custo por unidade produzida
	Período 1
	R$ 12.000
	2.000
	R$ 6,00
	Período 2
	R$ 12.000
	3.000
	R$ 4,00
	Período 3
	R$ 12.000
	2.500
	R$ 4,80
São custos que sofrem uma diluição tanto maior quanto maiores forem as quantidades produzidas.
Os defensores da utilização do custeio variável/direto como instrumento gerencial se valem de três argumentos principais :
1. Os custos fixos, por sua própria natureza, existem independentemente da fabricação ou não de determinado produto ou do aumento ou redução ( dentro de certa faixa) da quantidade produzida. Os custos fixos podem ser encarados como encargos necessários para que a empresa tenha condições de produzir, e não como encargos de um produto específico.
2. Por não estarem vinculados a nenhum produto específico ou a uma unidade de produção, eles sempre são distribuídos aos produtos por meio de critérios de rateio que contêm, em maior ou menor grau, a arbitrariedade. A maioria dos rateios é feita com a utilização de fatores, que, na realidade, não vinculam cada custo a cada produto. Em termos de avaliação de estoque, o rateio é mais ou menos lógico. Todavia, para a tomada de decisão, o rateio, por melhores que sejam os critérios, mas atrapalha que ajuda. Basta verificar que a simples modificação do critério de rateio pode fazer um produto não rentável passar a ser rentável e, é claro, isto não está correto.
3. Finalmente, o valor dos custos fixos a ser distribuído a cada produto depende, além dos critérios de rateio, do volume de produção. Assim, qualquer decisão em base de custo deve levar em conta, também, o volume de produção. Pior que isso, o custo de um produto pode variar em função da variação de quantidade produzida de outro produto.
Por essas razões e por sua grande utilidade para otimizar decisões, o custeio direto/variável tende a ser cada vez mais utilizado.
Todavia, tendo em vista que esse sistema não atende aos princípios contábeis geralmente aceitos e não é permitido pelas autoridades fiscais, sua utilização é limitada à contabilidade para efeitos internos da empresa, a chamada contabilidade gerencial.
ALGUMAS VANTAGENS DO CUSTEIO VARIÁVEL
• Os custos dos produtos são obtidos de maneira objetiva uma vez que não são afetados por rateios arbitrários e subjetivos;
• A determinação da margem de contribuição;
• O conhecimento da Margem de Contribuição auxilia os gestores a decidirem sobre quais produtos deve concentrar maior ou menor esforço de vendas;
• O conhecimento da Margem de Contribuição ajuda a decidir sobre a continuidade de fabricação dos produtos menos rentáveis;
DESVANTAGENS DO CUSTEIO VARIÁVEL
• Dificuldade de classificar os custos corretamente em fixos e variáveis, principalmente, distinguir a parcela fixa e parcela variável do custo semi-variável [1]
• A margem de contribuição deve ser revista para suportar uma nova capacidade de produção quando há incremento de novos custos fixos.
[1] Custo semi-variável: elemento de custo que contempla em seu valor tanto custo fixo como custo variável. Exemplo, conta da energia elétrica, que em seu custo compreende a energia de iluminação (custo fixo) como energia consumida pelas máquinas (custo variável).
CUSTEIO POR ABSORÇÃO – DEFINIÇÃO
• Este método é o único aceito pela Auditoria Externa porque atende aos princípios fundamentais da contabilidade. Apesar de não ser totalmente lógico e de
falhar como instrumento gerencial, é aceito para fins de avaliação de estoques.
•Trata-se de um método de custeio que atende a legislação fiscal e que deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado à contabilidade financeira.
Custeio por Absorção – Características
• Consonância com os PFC, especialmente o princípio de Realização da Receita ou Confrontação com a despesa (Competência);
•Custos diretos são apropriados ou alocados diretamente aos produtos de acordo com o consumo;
•Custos indiretos são apropriados de acordo com algum critério de rateio;
Custeio por Absorção – Características
• Custo unitário varia em função do volume de produção;
•Custos fixos rateados por critérios subjetivos;
•Pouco útil para tomada de decisões;
Vantagens do Método de Custeio por AbsorçãoEntre as vantagens apresentadas pelo emprego deste método de custeio, encontram-se:
· Atende a legislação fiscal
· Permite conhecer o custo dos estoques
· Ao absorver todos os custos de produção, 
· Permite se conhecer o custo total de cada produto, o que pode ser válido em algumas situações.
Desvantagens do Método de Custeio por Absorção
•A necessidade de utilizar custos históricos
•Arbitrariedade dos critérios de rateios
•O custo de cada produto depende da base de rateio que está sendo empregada
•Apropriação dos custos fixos nos produtos
•O custo de cada produto depende do volume de produção que a empresa está operando
•O custo de cada produto depende do mix de produção que está sendo realizado
•Não conhecer a real contribuição de cada produto para o lucro da empresa, desse modo, dificulta decidir sobre a aceitação de pedidos de venda por preços abaixo daqueles normalmente praticados.
•Por incentivar a redução do custo unitário, induz ao aumento da produção.
EXEMPLO COMPARATIVO DE CUSTEIO DIRETO/VARIÁVEL COM CUSTEIO POR ABSORÇÃO :
Para deixar claro o método de custeio direto/ variável, será demonstrado um exemplo em que os produtos sejam custeados pelo custeio direto/variável e por absorção
Suponha-se uma empresa que fabrique apenas um único produto e que tenha os seguintes volumes de produção e de vendas :
	Período
	Produção UM
	Vendas UM
	Estoque Final
	1
	3.000
	2.000
	1.000
	2
	2.500
	3.000
	500
	3
	3.500
	2.500
	1.500
	4
	2.000
	3.500
	Zero
A estrutura de seus custos de produção e :
	Custos Variáveis
	R$ para cada unidade
	Custos Fixos
	R$ Total em cada período
	Matéria-Prima
	20,00
	Mão-de-Obra
	80.000
	Materiais Auxiliares
	8,00
	Depreciação
	20.000
	Energia elétrica
	4,00
	Manutenção
	12.000
	Mão-de-Obra direta
	18,00
	Outros
	8.000
	Total
	50,00
	Total
	120.000
A empresa utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques e custos dos produtos vendidos. O custo unitário do produto e a movimentação do estoque, pelo custeio por absorção, seria, então, apurado conforme as tabelas a seguir.
CUSTO UNITÁRIO DE PRODUÇÃO, PELO CUSEIO DE ABSORÇÃO R$ :
	Período
	Quantidade Produzida
	Custo Unitário de Produção R$
	
	
	Custos Variáveis
	Custos Fixos (1)
	Total, por unidade
	1
	3.000
	50,00
	40,00
	90,00
	2
	2.500
	50,00
	48,00
	98,00
	3
	3.500
	50,00
	34,28
	84,28
	4
	2.000
	50,00
	60,00
	110,00
(1) total de custos fixos no período, dividido pelo total de unidade produzidas, como segue :
	Período 1 = R$ 120.000/ 3.000 unidades = R$ 40,00
	Período 2 = R$ 120.000/ 2.500 unidades = R$ 48,00
	Período 3 = R$ 120.000/ 3.500 unidades = R$ 34,28
	Período 4 = R$ 120.000/ 2.000 unidades = R$ 60,00
Supondo-se um preço unitário de venda de R$ 120,00 as demonstrações de resultados dos período considerados seriam as seguintes :
	
Período
	Qtde Vendida
	Preço Unitário
	Receita de Vendas
	Custo Unitário
	
CPV
	
Lucro
	1
	2.000
	120,
	240.000
	90,00
	180.000
	60.000
	2
	1.000
2.000
	120,
120,
	120.000
240.000
	90,00
98,00
	90.000
196.000
	30.000
44.000
	
	3.000
	120,
	360.000
	
	286.000
	74.000
	3
	500
2.000
	120,
120,
	60.000
240.000
	98,00
84,29
	49.000
168.570
	11.000
71.430
	
	2.500
	120,
	300.000
	
	217.570
	82.430
	4
	1.500
2.000
	120,
120,
	180.000
240.000
	84,291
110,00
	126.430
220.000
	53.570,
20.000
	
	3.500
	120,
	420.000
	
	346.430
	73.570
Analisando-se o quadro, percebe-se que na empresa, do segundo para o terceiro ano, as vendas sofreram uma redução de 16,67% ( $ 360.000 para R$ 300.000), e o lucro aumentou 11,41% ( R$ 74.000 para R$ 82.440). A explicação para esse fato se encontra na diferença do volume de produção que aumentou de 2.500 para 3.500 unidades, fazendo com que o custo unitário sofresse uma grande redução.
No 4º período, há um acréscimo de 40% das vendas, porém novamente o lucro reagiu de forma diferente, caindo cerca de 10,75%. Vendeu-se muito mais que em todos os anos, e o lucro foi o 2º menor.
Em suma, os lucros não acompanham, necessariamente, as vendas, sendo muito influenciados pelo volume
Veja-se, agora, como seriam os resultados dos quatro períodos apurados pelo custeio direto/variável.
	
Período
	Qtde vendida
	Preço unitá-rio
	Receita de vendas
	Custo variá-vel unitá-rio
	
CPV
	Margem de Contri-buição
	Custo fixo
	
Lucro
	1
	2.000
	120,
	240.000
	50,
	100.000
	140.000
	120.000
	20.000
	2
	3.000
	120,
	360.000
	50,
	150.000
	210.000
	120.000
	90.000
	3
	2.500
	120,
	300.000
	50,
	125.000
	175.000
	120.000
	55.000
	4
	3.500
	120,
	420.000
	50,
	175.000
	245.000
	120.000
	125.000
Pode-se notar, aqui, que aumentando-se as vendas, aumenta-se o lucro, que é o caso do 2º período; inversamente, reduzindo-se as vendas, reduz-se o lucro que é o caso do 3º período.
A diferença de lucro entre os 02 tipos de custeio, no lucro operacional é a mesma diferença encontrada no estoque final de produtos acabados
Tal diferença é resultante do tratamento dado aos custos fixos. Enquanto, pelo custeio variável, ele é levando totalmente ao resultado do exercício, após a margem de contribuição; no custeio por absorção, somente a parcela correspondente à quantidade vendida é levada ao resultado.
No ano seguinte, caso a quantidade vendida seja superior àquela nele produzida, utilizando-se para isso do estoque inicial de produtos acabados, essa situação de resultado se inverte.
Assim, no longo prazo, os resultados acumulados tendem a ser iguais pelos dois métodos de custeio. A diferença é observada em período de tempo mais curto, quando há formação de estoques.
Mas o emprego do custeio variável como gerencial não reside na apuração de resultado quer seja a curto, quer seja a longo prazo, e sim para decisões.
Fluxograma do Custeio por Absorção
Matéria-prima
Mão-de-obra Direta
Energia (parte)
Custos
Variáveis
Mão-de-obra Indireta
Depreciação
Aluguel
Energia (parte)
Custos
Fixos
Despesas
Administrativas
Fixas
Despesas de
Vendas
Variáveis
Despesas de
Vendas
Fixas
Produção em
Andamento
Estoques de
Produtos
Acabados
RESULTADO
Vendas
( - ) CPV
( = ) Resultado Bruto
( - ) Desp. Administrativas
( - ) Desp. de Vendas
( = ) Resultado Líquido
Custos do
Produto
(Pela venda)
Despesas
de Período
Custos de
Produção
Despesas de
Administração
e Vendas
KPMG Peat Marwick
Fluxograma do Custeio Variável
Matéria-prima
Mão-de-obra Direta
Energia (parte)
Custos
Variáveis
Mão-de-obra Indireta
Depreciação
Aluguel
Energia (parte)
Custos
Fixos
Despesas
Administrativas
Fixas
Despesas de
Vendas
Variáveis
Despesas de
Vendas
Fixas
Produção em
Andamento
Estoques de
Produtos
Acabados
RESULTADO
Vendas
( - ) Desp. Var. de Vendas
( - ) CPV
( = ) Margem de Contribuição
( - ) Cf. de Produção
( - ) Desp. Administrativas
( - ) Desp. Fixas de Vendas
( = ) Resultado Líquido
Custos do
Produto
(Pela venda)
Custos e
Despesas
do Período
Custos de
Produção
Despesas de
Administração
e Vendas
KPMG Peat Marwick
· Custeio padrão
· É a determinação antecipada dos componentes do produto ou serviço. 
· Sofre muita resistência por parte dos contadores por apresentar grandes variações entre os padrões estabelecidos e a realidade.
· Provoca aumento de lançamentos contábeis pelo registro dos desvios.
· Útil nos orçamentos e determinação do preço de venda.
· Utiliza-se de dados históricos, da engenharia de produção, dos estudos de tempos e movimentos para estabelecer os padrões.
· Os padrões de materiais devem considerar a especificação, a quantidade, o preço, a taxa de aproveitamento, as perdas naturais.
· Os padrões de mão-de-obra devem considerar o tempo de execução de cada etapa, o tempo médio improdutivo, a taxa horária da equipe, as alterações salariais.
· Os padrões dos custos indiretos são os mais difíceis pela sua variedade e por grande participação dos custos fixos.
· Apuração por produto
· Sistema utilizado por empresas que produzem bens independentemente de encomenda do cliente.
· Produção destinada ao estoque e posteriormente comercializada.
· Produtos padronizados, produzidos em grande escala e em linha específica.
· Os custos diretos são apropriados aos diferentes

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