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A respeito da natureza jurídica do processo, analise as assertivas propostas e, na sequência, assinale a opção INCORRETA. I. O processo é uma relação jurídica que se estabelece entre as partes e o juiz, dando origem a uma reciprocidade de direitos e obrigações processuais. II. O processo transforma a certeza do direito material em expectativas e perspectivas processuais. III. Os pressupostos processuais são, a rigor, pressupostos de uma sentença. IV. No processo há uma sucessão de atos processuais, que geram posições jurídicas para as partes, em que a carga probatória é ônus de quem acusa; para a defesa não há carga, mas apenas o risco, caso não aproveite uma oportunidade para produzi-la, ou seja, para liberar essa carga. V. Um dos pontos fulcrais do processo está na simétrica paridade da participação dos interessados no provimento final, o que reforça a necessária atuação dialética das partes, em juízo. As assertivas II, III e IV relacionam-se ao processo como situação jurídica, na perspectiva de James Goldschimidt. A respeito dos sistemas processuais, analise as assertivas propostas e, na sequência, assinale a opção CORRETA. I. No sistema acusatório existe distinção entre as funções de acusar e julgar, o que não é efetivamente observado no sistema inquisitório. II. Os sistemas inquisitório e acusatório prestigiam a publicidade e a oralidade. III. No sistema acusatório a gestão da prova é confiada a quem acusa e julga, enquanto no sistema inquisitório a gestão da prova é confiada ao julgador. IV. No sistema inquisitório tem-se o que é chamado por alguns doutrinadores de “juiz espectador”, enquanto no sistema acusatório o “juiz ator”. V. O princípio da verdade real, ou material, ou livre investigação das provas é congruente, harmônico, com o sistema acusatório. Apenas a assertiva I é verdadeira. Parcela da doutrina brasileira considera que o sistema processual adotado no processo penal brasileiro é o misto. Uma análise técnica e mais acurada acerca desse entendimento permite inferir que: Não há verdadeiramente um sistema, posto não haver um princípio unificador. É objeto do processo penal: A pretensão acusatória. O processo penal constitui-se em meio necessário, indispensável, para a eventual e futura imposição de uma sanção penal ao acusado. A afirmação mencionada permite reconhecer o seguinte traço ou propriedade do processo penal: Possuir caráter instrumental. O processo penal brasileiro, sobremodo a partir da CRFB do 1988, sofreu significativo impacto. Afinal, o Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito, adota como fundamento, entre outros, a dignidade da pessoa humana e, no âmbito processual, preconiza a observância de direitos e garantias fundamentais. Diante isto, NÃO é correto afirmar: O processo penal deve ser visto, preponderantemente, como um instrumento de aplicação da lei penal. O sistema acusatório: Se caracteriza pela inciativa probatória com as partes. Constituirá significativa alteração no sistema processual brasileiro, dando-lhe efetiva feição acusatória: A implementação do juiz das garantias, instituído pela Lei 13.964/2019, dando-lhe, enfim, eficácia. A CRFB de 1988, em seu artigo 5º, LVII, assim dispõe: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.” Em relação ao referido princípio, de índole constitucional, analise as seguintes assertivas: I. Tal princípio é chamado de princípio da presunção de inocência, de não culpabilidade ou do estado de inocência. II. A CRFB transcreve de mesma forma o referido princípio, tal como estabelecido na Convenção Americana de Direitos Humanos ou Pacto de San José da Costa Rica. III. Do referido princípio derivam outras regras, de natureza probatória, de tratamento e de garantia. IV. Considerando a jurisprudência atualizada do STF, pode-se dizer que em nome do referido princípio pode-se admitir a execução de uma pena confirmada em segunda instância, embora possíveis novos recursos ao STF e STJ, ou seja, mesmo enquanto não passada em julgado a sentença condenatória. V. De acordo com referido princípio é possível afirmar que ao réu não incumbe o ônus de provar a sua inocência. Quais são as corretas? Apenas I, III e V. Objetivando reestabelecer o equilíbrio entre as partes no processo criminal (naturalmente desequilibrado), cogita-se de princípio apto a ser usado apenas em situações que possam favorecer à defesa. A título de exemplo, observe-se o seguinte caso: o MP de determinado Estado da Federação ofereceu denúncia contra um indivíduo, imputando-lhe a prática de roubo qualificado, mas a defesa do acusado negou a autoria. Ao proferir a sentença, o juízo do feito constatou a insuficiência de provas capazes de justificar a condenação do acusado. Nessa situação hipotética, para fundamentar a decisão absolutória, o juízo deveria aplica o princípio do Favor rei. É correto afirmar sobre os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. A ampla defesa assegura ao acusado a utilização dos meios e recursos inerentes durante o processo criminal, dela emergindo o contraditório. Ao reservar-se no direito de permanecer calado, durante o seu interrogatório judicial, o acusado “X” fez uso do seguinte princípio: Ampla defesa. O princípio da igualdade das partes: Aplica-se ao processo penal de forma absoluta. Em relação aos princípios que informam o processo penal brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA. O princípio da inexigibilidade de autoincriminação encontra-se expressamente previsto no ordenamento jurídico brasileiro. Dos princípios constitucionais do processo penal a seguir enumerados, assinale o que admite que a legislação infraconstitucional estabeleça exceções: Publicidade. Analise as seguintes assertivas: 1 – “A parte deve provocar a atuação da função jurisdicional”. 2 – “As autoridades públicas incumbidas da ação penal devem agir independentemente de provocação, nos casos em que a ação penal seja de iniciativa pública incondicionada”. As assertivas retros dizem respeito, respectivamente, aos seguintes princípios: Ação ou demanda e oficiosidade. Analise as seguintes assertivas: 1 – “Impede que alguém seja julgado mais de uma vez por fato do qual já tenha sido absolvido, por decisão passada em julgado”. 2 – “Pressupõe juiz previamente conhecido, segundo regras objetivas de competência estabelecida anteriormente à infração penal”. As assertivas retros dizem respeito, respectivamente, aos seguintes princípios: Vedação da revisão pro societate e juiz natural. “Retrata a atuação do acusado no sentido de resistir pessoalmente à pretensão acusatória.” A assertivo retro traduz: O princípio da ampla defesa pessoal positiva. Não constitui atributo do princípio da “fundamentação das decisões". É compatível com os cognominados “juiz boca da lei” e com o “decisionismo”. Complexidade do caso penal; atividade/desempenho processual do interessado; e, maneira de proceder das autoridades públicas que nele laboram, são fatores a ser considerados, consoante a Convenção Americana de Direitos Humanos, sobremodo, na análise do seguinte princípio: Duração razoável do processo.
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