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Instituto de Ensino Superior de Brasília - IESB
 Psicologia Organizacional 
 Professora: Elisabeth Zulmira Rossi
· Daniel Menezes de Melo ( 2011120174 )
· Luana Melgaço de Oliveira Martins (2011120102)
· Mariana Monteiro Bispo ( 2121120028)
· Ramyla Barbosa Ferreira ( 19211120060)
· Renata de Moraes Valladares (1921120142)
O papel do profissional de psicologia nas organizações
Brasília - DF
 Outubro de 2021
Desenvolvimento 
1- Quais são as principais atividades/tarefas que você realiza na área de Gestão de Pessoas/RH na organização em que trabalha.
 Eu sou psicólogo organizacional e analista de RH de uma indústria de açúcar, álcool e bioenergia. Sou responsável pela área de recrutamento e seleção. Minhas atividades consistem em fazer a triagem de currículo, agendar entrevistas e eu mesmo as faço no início. Após as entrevistas eu faço um laudo sócio gráfico/relatório, onde aponto as informações mais relevantes que o candidato me trouxe. Esse relatório vai para o gestor da área onde ele está se candidatando, um exemplo: na indústria nós temos um refeitório, então temos a área de nutrição. Há alguns dias estávamos fazendo um processo para nutricionistas, montamos um relatório e mandamos para a gestora da área de nutrição.
Esses relatórios possuem informações pessoais do tipo se é casado(a) ou se tem filhos, idade, escolaridade, experiências anteriores etc. No mesmo laudo colocamos o resultado de dois testes de perfil comportamental, não é um teste psicológico, é apenas um pequeno resumo para sabermos o perfil que o candidato pode nos trazer. Depois disso a gente agenda uma entrevista presencial com o gestor. Então o candidato(a) irá até a indústria conversar com o gestor da área. Depois dessa etapa nós entramos em contato com o gestor para ver o que ele achou dos candidatos, qual ele mais gostou e quem poderá evoluir no processo seletivo. Os que evoluíram para a próxima etapa iram para os exames médicos - dentro da indústria existe um ambulatório médico, em seguida entramos em contato com a doutora para agendarmos esses exames.
Os exames médicos variam muito, dependendo da vaga, como exames fonoaudiólogos, fisioterapêutico, urina, sangue etc. Após a etapa dos exames partimos para a etapa das documentações, que consiste em uma lista enorme de documentos que precisamos, passamos as listas para os candidatos e eles nos trazem de volta para marcarmos a integração deles e, por fim, eles passam a ser colaboradores da empresa.
Isso é apenas um resumo do que eu faço no recrutamento de seleção. Faço outra função muito importante que é a aplicação de avaliação psicossocial que significa uma exigência que a empresa pede para os colaboradores que trabalham em altura ou espaço confinado. Primeiramente ele(a) precisa de treinamento onde a empresa oferece e depois precisa passar por exames periódicos e dentro desse exame está a avaliação psicossocial. A avaliação precisa ser refeita uma vez ao ano e em determinadas funções precisa ser refeita de seis em seis meses, consistindo em duas partes. A primeira é a aplicação de dois testes psicológicos, o primeiro é o teste de atenção e o segundo é o teste palográfico. A segunda parte é a anamnese, seguimos um roteiro semiestruturado e conforme as informações obtidas eu vou investigando.
Dentro do roteiro semiestruturado investigo coisas da vida pessoal como, quantas pessoas moram com você, se tem filhos, se sustenta alguém, como é visto pelos familiares e amigos, qual o convívio com os colegas de trabalho e chefia, se tem consumo de álcool ou tabaco, uso de medicamentos, tratamento médico ou psicológico. Outra coisa importante é se houve alguma mudança na vida nos últimos seis meses, a situação mais difícil que se passou e como lidou com essa situação. No final fazemos um check list verificando se houve algum sinal de depressão ou ansiedade nas últimas duas semanas.
Investigamos também como está o ambiente de trabalho deles e se eles percebem os riscos que estão presentes e quais cuidados precisam ter diante desses riscos ou se estão sendo alvo de algum tipo de ameaça ou brincadeiras.
As avaliações psicossociais não são eliminatórias e não o demitimos por causa de terem sidos inferiores aos testes de atenção. O que buscamos na avaliação é o acompanhamento dos colaboradores. Sabemos que podem acontecer determinados acontecimentos em nossa vida causando má qualidade do dia, causando desatenção e desânimo e, em determinadas funções exige o dobro de atenção e cuidado. Na empresa existe uma altura de 50 metros e espaços confinados que é muito estreito, as pessoas que trabalham nesse tipo de serviço podem colocar a vida em risco por isso, o dobro de atenção é importante. Se o funcionário parecer inapto, com medo e demonstrando sinais de ansiedade nesse tipo de função os transferimos para outro tipo de serviço e assim não o demitimos garantindo que a segurança seja melhor garantida. 
2- Quais são os maiores desafios/dificuldades que você encontrou para realização dessas tarefas?
Bom, desde quando comecei a trabalhar aqui eu percebi que cada organização tem seus desafios e suas dificuldades. Eu falo isso porque aqui a gente tem um desafio muito grande que é bem específico para gente. Porque aqui é uma cidade pequena, a gente não tem nem 50 mil habitantes aqui, é uma cidade pequena no meio do Mato Grosso, por mais que seja perto da capital, não é a capital né?! Então muito pouca opção, não tem muita infraestrutura, não tem muita opção do que fazer no final de semana, por exemplo: não tem um shopping, não tem um cinema, entendeu?! É bem, bem parado, bem tranquilo assim, principalmente agora com época de pandemia, né. Então é, além disso a gente tem um outro desafio que nós não temos mão de obra sobrando no mercado aqui na cidade, entendeu?! É, por exemplo, deixar eu usar o exemplo da nutricionista novamente. A gente precisou dessa nutricionista e não achamos aqui na cidade, a gente abriu processo seletivo as pessoas se candidataram em nenhuma era da cidade, porque provavelmente não tinha nenhum nutricionista aqui na cidade assim, é disponível né, para trabalhar lá na indústria. Então assim muitas vezes a gente tem que trazer gente de fora, às vezes até de outros estados, de São Paulo, de Goiás, de Minas, do Sul, enfim. E a gente tem um desafio muito grande que é fazer com que essas pessoas gostem da cidade, fazer com que essas pessoas fiquem aqui. Porque você imagina só, se for alguém de São Paulo capital toda aquelas opções que existe em São Paulo, e de repente vem para uma cidade no meio do Mato Grosso que não tem absolutamente nada, dificilmente ela vai querer continuar aqui, por mais que às vezes continua a minha coordenadora ela veio de São Paulo, por exemplo, ela está aqui já há 3 anos, mas assim ela é uma exceção. Já tivemos inúmeros casos em que a pessoa só fica o período de experiência não se adapta e vai embora, que a gente sabe né que não é seu trabalho não é a pessoa ela tem que ter uma qualidade de vida e que dependendo do perfil que ela tem, uma cidade pequena não atende essa qualidade de vida que ela espera.
Então às vezes assim a gente faz todo o processo seletivo, bonitinho, faz tudo isso que eu falei para você, acha um candidato ótimo que atende tudo que a gente está precisando, só que ele não se adapta, e aí ele vai embora e a gente tem que começar do zero novamente e daí é custo para a empresa né?! Olhando para os olhos da organização é um custo para a empresa, é um custo também pessoal do candidato, né?! Porque mexer com mudanças vim para cá não é algo barato, né?! e daí para ir embora depois de 3 meses então, é um custo para ele, e acaba que é um problema que a gente tem que ter ciência. Toda vez que a gente tem um candidato que é de outro estado, a gente investiga muito o que que está esperando pelas expectativas, de como que é o lugar que ele está morando no momento, se é parecido com a cidade aqui, se é uma pessoamais urbana ou se é uma pessoa mais calma mais tranquila mais do interior, né?! Então a gente tem que levar todos esses contextos aí, porque é um desafio muito grande que a gente tem, de manter essas pessoas aqui; não por causa da empresa, porque lá a gente oferece oportunidades bem interessantes. É um salário legal, às vezes até um pouquinho acima do mercado, tem benefícios muito bons, mas igual te falei, a vida não é só trabalho, né!? As pessoas trazem a família inteira para um lugar que não atende a qualidade de vida delas, elas vão embora.
Mas esse desafio é um desafio meio que particular da empresa que eu trabalho, é uma coisa individual de lá. Pensando em desafios mais universais que outras empresas também podem estar enfrentando. Esses dias mesmo estava refletindo e conversando com os meus colegas. Como que atualmente a gente tem um choque de geração muito grande, né? Como que essa divergência de opiniões refletem não só em assuntos sociais, assuntos pessoais, assim, mas também no âmbito organizacional. Como que isso se diverte muito! É porque gerações mais antigas, elas têm tendências a busca por mais estabilidade, sabe? Elas tendem a focar mais em estabilidade, em crescimento, em desenvolvimento e entender que o emprego dos sonhos do salário dos sonhos não vem de uma hora para outra, não vem na primeira tentativa. Essas coisas se constroem, então, eles pensam muito a longo prazo, assim e até gostam dessa coisa assim, por exemplo, planejar como vai ser daqui 10 anos. Enquanto que as gerações mais atuais e a minha se incluem nessa nós queremos as coisas para ontem né? Nós somos muito imediatistas e nós somos muito agitados, muito rápidos né? Então a gente quer tudo muito rápido, a gente quer que o emprego dos sonhos venha assim na primeira tentativa, a gente quer que o salário dos sonhos venha já no primeiro emprego. E não é assim que às vezes as coisas funcionam! Pra gente ter acesso a tudo isso, às vezes a gente tem que construir! Às vezes a gente tem que ter muito pé no chão e se manter firme naquilo e se desenvolver para que você tenha acesso a tudo isso que você sonha.
Então, quais desafios todo esse contexto com mencionei pode trazer para as organizações na parte de retenção de talentos e de rotatividade, né? porque você pensa, uma empresa que tem uma rotatividade muito grande, que consequência que isso pode trazer na minha área, lá no setor de RH. É que a gente tem que começar do zero novamente, começar um processo totalmente do zero, procurar alguém no mercado de trabalho que atenda as competências comportamentais da vaga, que atenda um perfil comportamental que condiz com as normas da empresa, alguém que a gente saiba que vai fazer um papel lá dentro. E isso não é tão interessante. Isso requer muito tempo, isso requer dinheiro, requer custo para a empresa. É muito mais interessante tanto para a empresa, quanto para todos os setores envolvidos que mantivesse uma pessoa que a gente já sabe que está exercendo um bom papel, que a gente já sabe que é um bom profissional, que a gente já sabe que está atendendo a todas as expectativas, do que você ter que começar do zero a procurar uma pessoa que você não conhece e que não sabe se vai ser tão boa quanto aquela que já está lá dentro
3- Na sua visão, quais são as tendências para o futuro em relação à atuação do profissional de psicologia nas organizações ?
Uma coisa que eu venho notando e vem acontecendo eu queria que tivesse acontecido um pouquinho mais rápido é a humanização dessa prática, ainda é muito comum a gente ouvir que psicologia organizacional é muito robótica, centrada na empresa que não ta nem ai pra pessoa, e não na minha opinião tem ser o contrário, a gente tem sim que atender o que a empresa pede, afinal somos empregados dessa empresa, mas mais importante do que isso a gente tem que levar em consideração todos os fenômenos humanos dentro daquele ambiente. Porque você pensa a pessoa ela passa as vezes 8 horas do dia dela dentro da empresa , então às vezes acaba que a empresa vira a primeira casa dela, pois ela passa muito mais tempo na empresa do que na casa dela , então temos que fazer com que a pessoa se sinta em casa, se sinta acolhida, pertencer de que sem ela a empresa ficaria prejudicada, que a empresa precisa dela, que ela faz parte dos resultados daquela empresa , e a gente tem que tá preparado pra todas as variáveis que podem vir nisso, tem que tá preparado por exemplo, no recrutamento e seleção, a gente tá lidando com momento de muita expectativa, de muita ansiedade e às vezes até de frustração,de desespero de uma pessoa que ta procurando um emprego. Toda vez que a gente for fazer uma entrevista não temos que estar interessado apenas em fechar a vaga, você tem que estar ciente de que você está sendo mediador de talvez mudar a vida da pessoa, você está sendo aquele que tá abrindo a porta pra pessoa.
	Uma coisa que dentro dessas tendências de humanização que eu espero que fique mais humanizado é a aplicação de testes psicológicos, porque é algo que é muito comum que eles sejam aplicados nas empresas desde indústrias a consultoria de recursos humanos principalmente na hora dos processos seletivos. E nós enquanto psicólogos temos que tomar muito cuidado com manuseio desses testes e o que iremos fazer com os resultados destes testes, de maneira alguma devemos limitar as pessoas no seu resultado que deu lá no teste, por exemplo virar para algum candidato e falar você não vai se contratado porque deu isso e isso no seu teste, até porque não há teste no mundo que seja capaz de desvendar a complexidade humana . Testes são recursos maravilhosos traz dados muito importantes pra nós entender o perfil que a pessoa pode vir a apresentar , mas temos que levar em consideração muitas outras coisas, por exemplo se a gente conversa com um candidato e a conversa foi muito boa, ele mostrou ser alguém responsável , comprometida, dedicada , nas experiências anteriores mostrou que ele tem uma estabilidade, ta bem legal o perfil dele , mas ai de repente a gente aplica um teste e dá um resultado inferior lá , a gente não vai considerar esse teste por que deu aquilo?! E se por acaso o teste dele deu aquilo, inferior por causa do contexto que tá, de desemprego por exemplo ele tá a tanto tempo desempregado que ele tá em um período de angústia, de tristeza, de ansiedade e isso acabou refletindo no teste dele, e se for esse o motivo?! Daí iremos contribuir com o sofrimento dessa pessoa?!Então é algo assim temos que fazer esse teste pra levantar algum dado, usar eles como indicativo, mas não podemos usar eles como veredito, pois isso é muito grave.
	No mais eu acho que é isso, uma coisa que a gente aprende desde o primeiro semestre de psicologia é praticar a empatia, o acolhimento, a escuta, e é possível você levar esses pilares para qualquer área que você atua na psicologia, inclusive na organizacional. É muito importante que você enxergue o ser humano antes de qualquer coisa ali, porque o trabalho é algo muito presente na vida da pessoa , é algo que a pessoa passa mais tempo do dia dentro desse ambiente de trabalho, então é muito interessante de analisar como essa pessoa se desenvolve nesse ambiente , o que acontece, o que não acontece, como se desdobra as coisas, é uma observação interessante, e nós enquanto psicólogos temos que levar esse tato psicólogo para esse contexto também, não apenas fazer o que a empresa pede para fazer até por que a gente precisa fazer um psicoeducação na empresa em si, pois ela tem que entender que o funcionário é o pilar dela, o funcionário feliz resulta em bons resultados. Então assim se a gente demonstra que a empresa se importa com ele, que lá ele tem acolhimento, que ele pode contar com a empresa , tenho certeza que isso favorece muito, não apenas a ele mas a empresa em si também, então eu acho que é nosso dever enquanto psicólogo no âmbito organizacional fazer esse tipo de prática, pelo menos é o que eu venho tentando fazer e o que eu vejo acontecendo pelo menos entre as minhas colegas que têm a mesmaprofissão que a minha.
Análise 
	Foi estudado durante as aulas sobre a Psicologia Organizacional e do Trabalho, desde o seu surgimento, suas mudanças, teorias, funções e importância. No livro "Psicologia, Organizações e Trabalho do Brasil", dos autores José Carlos Zanelli, Jairo Eduardo Borges-Andrade e Antonio Virgílio Bittencourt Bastos, em seu capítulo de número quinze, podemos visualizar com clareza que o psicólogo da área organizacional é importante porque trabalha de maneira a facilitar os processos grupais e compreender as questões relacionadas com o comportamento humano e o trabalho.
	Em adição, este capítulo fala sobre o campo profissional do psicólogo em organizações e no trabalho, em seu página de número 562 fala sobre os três campos interdisciplinares da "POT", que são: a Psicologia Organizacional, Psicologia do Trabalho e Gestão de Pessoas; dentro desses conceitos é possível fazer uma ligação com as respostas do profissional entrevistado. No primeiro parágrafo da primeira pergunta, o psicólogo diz que trabalha na área de recrutamento e seleção; no livro encontra-se que essa função está dentro da gestão de pessoas e busca diagnosticar as necessidades pessoais dos candidatos, identifica os potenciais e auxilia na decisão e realização de laudos. Portanto, tudo relacionado ao recrutamento, avaliação psicológica, treinamento está no campo da gestão.
	Outro ponto citado é o tema da saúde dos colaboradores (tratado no último parágrafo da primeira pergunta da entrevista), os responsáveis investigam como está essa questão no ambiente de trabalho ou no pessoal de cada trabalhador, o entrevistado cita que caso o profissional esteja se sentindo "inapto", eles buscam outro tipo de serviço em que a pessoa possa exercer dentro da empresa, de forma a se sentir seguro, ao invés de demiti-lo, por isso, nota-se um acompanhamento em relação aos colaboradores da organização. Dessa maneira, toda essa forma de manter as condições de segurança e saúde dentro da corporação é mencionado no livro no campo interdisciplinar da Psicologia do Trabalho, que lida com os processos psicossociais que caracterizam as organizações de trabalho.
 Notamos pela entrevista que o papel do psicólogo organizacional está crescendo dentro das organizações, indo além de apenas selecionar e recrutar como também está preocupado com a dimensão humana do trabalho, é esse profissional que faz uma ponte entre o trabalhador e a empresa. Conscientizando também o empregador de como os funcionários são essenciais para o bom funcionamento da empresa. Apesar de notarmos o crescimento da importância do psicólogo organizacional na empresa estudada, ainda existe um amplo aspecto de funções a ser explorada que um psicólogo organizacional pode fazer, como gestão de conflitos, de stress, orientação e ajuda em casos de estresse e burnout no trabalho.
 O entrevistado cita também a dificuldade que muitas vezes a empresa tem de reter talentos pelo fato de ficar localizada numa cidade de interior sem muitas opções de lazer. Um psicólogo organizacional também pode fazer treinamento para motivar os funcionários, orientar os conflitos gerados entre vida pessoal e laboral. Entender os processos de motivação e o que faz uma pessoa estar comprometida com o trabalho é muito importante, pois sabemos que os aspectos que causam a satisfação ou insatisfação com o trabalho vai muito além do aspecto do salário.
Conclusão 
Durante o trabalho foi possível ver com outros olhos como realmente funciona uma organização e como é desenvolvido o papel do psicólogo dentro dela, por exemplo, durante a entrevista na primeira pergunta de acordo com a resposta, vimos o quanto a empresa se preocupa e cuida do seus funcionários ao aplicar avaliações psicossociais, sendo elas de cunho precatório e não eliminatório. E um ponto que concordo com o entrevistado é que o psicólogo organizacional ainda é visto muito robotizado e não humanitário, podemos ver por exemplo, que a abordagem do psicólogo em questão é mais humanitário com decorrer deste trabalho, o que é um ponto positivo. Como ponto negativo, podemos perceber que ainda vemos muito a psicologia organizacional mais como uma forma administrativa não humanitária como seria necessário em várias empresas.
É difícil falar em termos de pesquisa científica sobre como anda o mercado de trabalho, pois só analisamos um caso. Para se ter uma ideia do que realmente está acontecendo no mercado de trabalho sobre práticas de RH precisaríamos de uma amostra bem maior. Notamos uma evolução das práticas humanísticas dentro das empresas porém ainda existe um grande campo de funções a ser explorado pelo profissional de psicologia organizacional dentro das organizações.
Infelizmente existe uma grande falta de conhecimento sobre o que o psicólogo organizacional faz e muitos donos de empresas e instituições optam por não contratá-los pelo desconhecimento que o psicólogo irá fazer ou que não irá gerar resultados para a empresa. Em contradição, um profissional desse irá ajudar a produtividade das equipe gerando rendimentos à empresa. Podemos ver com a entrevista o cuidado e prudência do psicólogo em relação aos funcionários, avaliando se algum equipamento está gerando desconforto, se alguém está sofrendo maus tratos ou se o funcionário está se sentindo inapto para a função. Com isso, vêm a importância de fazer essas investigações e verificar esses elementos de estresse, ansiedade e junto com os empregadores e gestores buscar medidas para minimizar esses danos. 
Portanto, diante dos fatos apresentados, podemos concluir que a presença de um psicólogo organizacional dentro de uma corporação tem se tornado muito importante, pois ele auxilia nas relações grupais, busca estratégias em favor do ambiente de trabalho e traz possibilidades, além de buscar maneiras de zelar pela saúde dos trabalhadores dentro da empresa.
Referência 
Zanelli José, Borges-Andrade Jairo, Bastos Antonio, 2014. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed

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