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A urina é formada no parênquima renal e despejada numa complexa rede de cavidades: os cálices renais menores e maiores, e a pelve renal. Os cálices maiores são formados por três ou quatro cálices menores, e a pelve renal formada por dois ou três cálices maiores. ✓ Córtex Renal (parte externa): contém os glomérulos. Responsável pela depuração do sangue que chega aos rins, dando inicio à formação da urina. ✓ A Medula Renal, é formada por 10-18 estruturas cônicas: as pirâmides de Malpighi. ✓ As saliências das pirâmides nos cálices renais são as papilas renais, que possuem aberturas para passagem da urina formada. Cada papila renal se abre para um cálice menor. ✓ ✓ O NÉFRON O NÉFRON é a unidade Funcional dos rins. Se responsabiliza pela produção do filtrado glomerular nos corpúsculos de Malpighi e o complexo processamento deste filtrado em seu sistema tubular. O corpúsculo de Malpighi, os túbulos contorcidos proximal e distal e a parte inicial do túbulo coletor são elementos corticais, enquanto a alça de Henle e a maior parte dos túbulos coletores mergulham na zona medular. Insuficiência renal aguda (IRA): evolução rápida, ao longo de horas ou dias. É REVERSÍVEL. Elevação da ureia e creatinina plasmáticas (azotemia), na ausência de sintomas. Se disfunção renal grave (Crpl > 4,0 mg/dl, geralmente com TFG < 15-30 ml/min), os sinais e sintomas aparecem. CONCEITO: Insuficiência Renal é a queda na Taxa de Filtração Glomerular (TFG). Entretanto, a azotemia (Crpl ≥ 1,5 mg/dl em homens e ≥ 1,3 mg/dl em mulheres) costuma aparecer somente quando a TFG está pelo menos 50% abaixo do valor normal. Logo, podemos deduzir que mesmo um paciente SEM AZOTEMIA já pode apresentar perda significativa da função renal. ➢ Aumento da creatinina > ou igual a 0,3ml/dL em 48 horas OU ➢ Aumento da creatinina > ou igual a 50% em 7 dias OU ➢ Diminuição da diurese < ou igual a 0,5mL/kg/h nas últimas 6 horas. O GLOMÉRULO: Onde tudo é filtrado. O sangue chega no glomérulo pela arteríola aferente. Existem as barreiras no glomérulo, o que passa pelas barreiras é o filtrado. Após isso passa para o espaço de bowman e cai para o sistema tubular. TÚBULO PROXIMAL: ✓ 60 a 70% do filtrado é reabsorvido. ✓ Reabsorção de sódio e 90% do bicarbonato. ✓ Qualquer doença que afete essa região causa um distúrbio hidroeletrolítico importante. ✓ Reabsorção de aproximadamente 100% de glicose, vitaminas e aminoácidos, ou seja, normalmente NÃO aparece na urina. ALÇA DE HENLE: ✓ Reabsorção de 25 a 35% de SÓDIO filtrado. ✓ Também importante na reabsorção de água. ✓ Acontece o mecanismo contracorrente: Alça descendente é permeável à água e parte ascendente é pouco permeável à água. TÚBULO DISTAL: ✓ Reabsorve 5% do SÓDIO filtrado. ✓ Impermeabilidade à água. ✓ Atividade da bomba de sódio e potássio. Que auxilia na reabsorção de sódio e excreção de potássio. DUCTO COLETOR: ✓ Reabsorção de Na+ e excreção de K+ sob influencia da aldosterona. ✓ Importância no equilíbrio acido-básico (pode secretar H+ ou HCO3) ✓ Reabsorção da água pelas aquoporinas na presença de vasopressina (ADH). LEMBRAR SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA O sistema tem início nas células justaglomerulares (situadas nas arteríolas aferentes dos nefrons) que vai ser responsável pela produção de RENINA. Ao lado das células justaglomerulares, estão as células da mácula densa que são “sensores dos níveis de sódio”. 3 FATORES ATIVARÃO O SRAA: 1) Diminuição da pressão arterial: sentida pelos barorreceptores. 2) Ativação do sistema nervoso simpático. 3) Diminuição da concentração de sódio: sentido pelas células da mácula densa. A RENINA é liberada na corrente sanguínea e converte o ANGIOTENSINOGÊNIO (produzido no fígado) em ANGIOTENSINA I, esta, tem atividade leve de vasoconstrição. Depois, é convertida em ANGIOTENSINA II, pela Enzima conversora de angiotensina – ECA - (produzida pelo endotélio pulmonar e endotélio dos vasos). ANGIOTENSINA II estimula a ADRENAL a secretar ALDOSTERONA. A ALDOSTERONA atua no túbulo contorcido distal estimulando a reabsorçao real de sódio e excreção de potássio. Além disso, a ALDOSTERONA estimula a hipófise posterior a secretar ADH. Este, faz os túbulos coletores reabsorverem mais água. Dessa forma, aumentando a vasoconstrição e a resborção de sódio e água. LOGO, se a PA está baixa, tem mais secreção de RENINA, se a PA está alta, menos secreção. ESCALA KDIGO OBS: a IRA pode ser dividida em três subtipos, de acordo com o DÉBITO URINÁRIO: (1) IRA oligúrica, quando o débito urinário for inferior a 500 ml/24h, ou 400 ml/24h; (2) IRA não oligúrica, quando a diurese for maior que 400- 500 ml/24h; (3) IRA anúrica, para débitos urinários inferiores a 50 ml/24h ou 100 ml/24h * Mais de 50% das IRA cursa com a forma não oligúrica, com volume urinário normal em torno de 1 a 2 L/dia. CONCEITOS AZOTEMIA é o aumento das “escórias nitrogenadas”, detectado pela elevação de ureia e creatinina no sangue. UREMIA é um termo sindrômico (síndrome urêmica), e faz referência aos sinais e sintomas que resultam da injúria renal grave. ALTERAÇÕES QUE VÃO ACONTECER NA INSUFICIÊNCIA RENAL: PENSAR NAS FUNÇÕES DO RIM!!! FILTRAÇÃO: Vai estar alterada, logo, vai ter uma retenção de escórias nitrogenadas (azotemia). A ureia em excesso pode causar pericardite (paciente chega com dor torácica), encefalopatia urêmica, disfunção plaquetária, manifestação GI. EQUILÍBRIO HIDRO-ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO: hipervolemia (edema, congestão, hipertensão). O RIM é importante para excretar o H+, logo, se existe um problema, o paciente pode ter uma acidose metabolica. Tem dificuldade de excretar potássio e fosfato, paciente faz hipercalemia. O cálcio e sódio estão REDUZIDOS. O excesso de volume de água dilui o sódio. MACETE: INSUF. RENAL É BACANA!!! BAIXA O CA E NA!! FUNÇÃO ENDÓCRINA: Se a função está comprometida, vai ter menos liberação de Eritropoetina, paciente faz anemia. Diminuição da vitamina D (calcitriol), tendência a desenvolver uma doença óssea. Essas duas situações são mais CRÔNICAS. TIPOS DE LESÃO RENAL AGUDA PRÉ-RENAL (55%): O rim não está bem perfundido. O problema não está no RIM. > FAZER VOLUME. RENAL (40%): qualquer acometimento intrínseco do RIM. > TRATAR CAUSA BASE. PÓS-RENAL(5%): doença obstrutiva do trato urinário. > DESOBSTRUIR. QUANDO DIALISAR DE URGÊNCIA?? ➢ Refratariedade de: hipervolemia, hipercalemia e acidose. ➢ Caso grave (uremia franca): encefalopatia, pericardite, hemorragia. ➢ Intoxicação exógena. Retirar substância tóxica. ALGUNS DETALHES QUE PODEM SER IMPORTANTES PARA OBSERVAR NO EAS: ➢ Eosinofilúria: sugere NIA ou ATEROEMBOLISMO; ➢ Cilindro hemático: GLOMERULONEFRITE ➢ Cilíndro hialino: PRÉ-RENAL ➢ Cilindro granuloso/epitelial: NTA PRÉ-RENAL Pode ser por perfusão inadequada dos rins (hipovolemia) ou por hipofluxo na artéria renal. ➢ Essa hipovolemia pode dar-se por: ✓ Diarreia; ✓ Vômitos ✓ Poliúria; ✓ Uso de diuréticos ✓ Hemorragias; ✓ Pancreatite. ➢ Hipofluxo da arterial renal pode ser por: ✓ Insuficiência cardíaca; ✓ Sd hepatorenal;✓ Estenose de aa. Renal; ✓ Sd. Compartimental abdominal; ✓ Sd. Nefrótica grave OBS: a LRA pré-renal pode ser precipitada por alguns fatores, como: ✓ Uso de AINES/contraste: fazem vasoconstrição da arteríola aferente renal. ✓ Uso de IECA/BRA: alteram a autorregulação renal. LESÃO RENAL Lesão do próprio parênquima renal. ✓ Nefrite tubular aguda; ✓ Choque; ✓ Hemólise ✓ Rabdomiólise ✓ Intoxicações ✓ Acidentes ofídicos ✓ Medicamentos: aminoglicosídeos, anfotericina B, aciclovir, metotrexate, contraste. ESTES CAUSAM NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA (NIA). PÓS-RENAL ✓ Obstrução aguda do trato urinário ✓ Bexiga neurogênica ✓ Medicamentos anticolinérgicos ✓ Obstrução uretral (congênitas ou cálculos) ✓ Ca de bexiga ou metástases ✓ HPB ou CA de próstata. AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR: Solicitar: ✓ Ureia; ✓ Creatinina ✓ Eletrolitos (K, Na, P, Mg, Ca) ✓ Gasometria ✓ EAS (proteinúria, hematúria, cilindrúria) IMAGENS ➢ USG de rins e vias urinárias: exclui obstrução e doença parenquimatosa. ➢ TC: suspeita de litíase -> fazer sem contraste.
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