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Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO FISICA BACHAREL 
 
 
BRENDO TORRES DOS REIS 
CLEUSON COSTA PANTOJA 
EMILLY SANTOS PANTOJA 
RAONI DE ANDRADE 
KERVENY NAYARA AIRES PASSOS 
KALINKA TEODORO COSTA SOUZA 
MILA THIFANI DIAMANTINO SILVA 
SARA VIERA DA SILVA 
TAIRES LEITE DE MORAES 
WESLEY FREITAS DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Natação, Pedagógicos e Aprofundamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tucurui 
2021 
 
 
 
 
BRENDO TORRES, CLEUSON COSTA, EMELLY SANTOS, RAONI DE ANDRADE, 
KERVENY NAYARA, KALINKA TEODORO, MILA THIFANI, SARA VIERA, TAIRES 
LEITE, WELES FREITA 
 
 
 
 
 
 
 Natação, Pedagógicos e Aprofundamentos 
 
 
 
 
 
Trabalho de Educação Fisica 
(Bacharelado) apresentado 
como 
Requisito parcial para a 
obtenção de 
Media na disciplina de 
Natação 
 
Prof. Afonso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tucurui 
 2021 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
4 O NADO CRAWL ....................................................................................................... 5 
4.1 Histórico do nado crawl ....................................................................................... 5 
4.2 Movimentação geral do nado crawl e seu ensino ............................................. 5 
4.2.1 Posição do corpo na água na aprendizagem do nado crawl ........................ 6 
4.2.2 Movimentação geral das pernas na aprendizagem do nado crawl .............. 6 
4.2.3 Movimentação geral dos braços na aprendizagem do nado crawl ............. 7 
4.2.4 Respiração na aprendizagem do nado crawl ................................................. 9 
4.3 Aspectos técnicos, aperfeiçoamento e habilidades complexas do nado crawl
 ..................................................................................................................................... 11 
4.3.2 Coordenação da pernada com a braçada .................................................... 11 
4.3.3 Aspectos técnicos e aperfeiçoamento da braçada de crawl ...................... 12 
4.3.4 Aperfeiçoamento da respiração lateral do nado crawl ................................ 14 
4.3.5 Frequência respiratória .................................................................................. 16 
4.3.6 O papel dos exercícios educativos da natação ........................................... 17 
4.4Saída do nado crawl ............................................................................................ 18 
4.4.1 Saída do bloco de partida ............................................................................... 19 
4.5 Viradas da prova do nado livre ......................................................................... 21 
4.5.1 Virada olímpica ................................................................................................ 22 
4.5.2 Regras da prova de nado livre ....................................................................... 23 
6 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 25 
7 REFERÊNCIA .......................................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
Introdução 
O nado crawl e constituído de braçadas e pernadas alternadas. É o mais utilizado em 
treinamento porque consegue controlar o gasto de energia e velocidade. E é possível 
treinar por varias horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O NADO CRAWL 
 Até 1900, as competições de natação tinham o caráter de livre escolha da forma de 
nadar (PALMER, 1990). Atualmente, com a diferenciação dos nados definida por 
regras para determinar como nadar as diferentes provas, o nado crawl é o escolhido 
nas provas de nado livre, pois as regras desta prova são menos restritivas, permitindo 
múltiplas variações de execução para que se busque a forma mais rápida de nadar, e 
as variações do crawl têm se mostrado mais eficientes. Sua história inicia-se com 
adaptações de movimentos existentes para torná-los mais rápidos, a partir de formas 
mais antigas, como o nado peito. 
Histórico do nado crawl 
 Este nome é utilizado porque em inglês crawl significa “rastejar”, descrevendo o 
movimento de braços similar ao de uma pessoa rastejando, puxando-se no solo em 
movimentos alternados como que engatinhando, sendo esta uma observação 
realizada por um técnico ao ver nadadores utilizando esta forma de nadar. Segundo 
Massaud (2001), na época dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna (1896), o 
nado mais utilizado era uma braçada de peito realizada na posição lateral, passando 
depois a ser utilizada a recuperação de um dos braços por cima da superfície (single 
overarm stroke). Esse estilo de nadar mudou para o double overarm stroke, em que 
os dois braços eram trazidos alternadamente à frente por cima da superfície, 
evoluindo posteriormente para o crawl conhecido hoje. 
Representação atribuída a um nadador, em uma estatueta antiga de bronze, exposta 
no Museu do Louvre, na França De acordo com Velasco (1997), em 1893, o inglês 
John Arthur Trudgen adaptou uma pernada em tesourada e que depois foi 
aperfeiçoada por outro inglês, Frederick Cavill, na Austrália, onde os indígenas 
utilizavam uma maior frequência nos movimentos da pernada. 
 Movimentação geral do nado crawl e seu ensino 
Para compreendermos a técnica do nado crawl ou de qualquer movimento 
coordenado no ato de nadar, devemos observá-lo nos mais diferentes planos: lateral, 
superior, posterior e frontal. Nas observações de execução dos nados devemos 
sempre levar em consideração as características individuais de cada aluno, além do 
grau de condicionamento físico, idade, sexo etc. O nado crawl é considerado o mais 
rápido dos nados, sendo o escolhido por especialistas para provas de nado livre, pois, 
para estas provas, o nadador escolhe a forma de movimentação conforme veremos 
adiante. 
Posição do corpo na água na aprendizagem do nado crawl 
 A posição ideal do corpo do praticante em relação ao meio líquido é aquela onde o 
corpo esteja paralelo com a linha da água e o mais próximo possível da superfície da 
água para gerar a menor resistência frontal. Também deve-se prestar atenção ao 
alinhamento lateral do nado, ou seja, a flexões laterais na coluna, que desalinham o 
corpo. 
Movimentação geral das pernas na aprendizagem do nado crawl 
 A pernada do nado crawl é realizada com movimentos verticais e alternados de 
membros inferiores, a partir da articulação coxofemoral. O movimento das pernas é 
contínuo (cíclico). O movimento inicial a ser proposto pelo professor é a alternância 
no movimento anteroposterior. A princípio, o aluno precisará modular a amplitude e 
velocidade de sua pernada através da observação e experimentação. Também é 
importante o professor analisar a coordenação e eficiência da pernada realizada, 
podendo então escolher as melhores estratégias para melhorar a eficiência da 
pernada. 92 Revisão: Fabrícia - Diagramação: Jefferson - 14/05/18 
Os exercícios para o ensino desta habilidade de propulsão deverão fazer com que o 
aprendiz compreenda, sinta e perceba como é feita a movimentação das pernas e 
como esta interfere na progressão do nado (propulsão). Com relação às estratégias 
de ensino, estas variam,mas, de modo geral, pode-se trabalhar com exercícios 
usando o apoio na borda, utilizando materiais diversos e também sem o uso de 
materiais, quando o aluno não depende do seu uso. O trabalho pode ser feito em 
duplas, criando oportunidades para que os alunos executem e também observem o 
movimento, o que pode facilitar o aprendizado. Figura 69 – Execução de pernadas de 
crawl com apoio da prancha. Note que o peso da cabeça suspensa para fora da água 
gera uma sobrecarga, necessitando de um maior esforço para realizar o deslocamento 
À medida em que o aluno progride em sua ambientação e equilíbrio aquático, o 
professor irá possibilitar grande variação de atividades. Enquanto necessita de apoio 
firme, pode usar a própria borda ou corrimão (se a piscina possuir). Quando conseguir 
se equilibrar seguramente, pode usar uma prancha ou espaguete. Ao passar a não 
mais depender de um material flutuante, deve experimentar fazer a pernada 
anteroposterior sem usar material. Variações para melhorar a percepção e controle 
motor do aluno podem incluir pernadas curtas, pernadas longas (maior amplitude), 
pernadas rápidas, pernadas lentas etc., visando variações importantes para o aluno 
reconhecer e passar a melhor dominar o controle da execução. Por fim, o professor 
também vai verificar a qualidade da execução, que ao ser melhorada vai possibilitar 
maior eficiência no deslocamento. Observar flexão exagerada dos quadris e joelhos, 
falta de flexão de joelhos (perna rígida), hiperextensão dos tornozelos para possibilitar 
uma maior área de aplicação da força no peito do pé etc. 
Exemplos de exercícios a serem executados para desenvolvimento do movimento de 
pernadas do nado crawl: 
 • sentado na borda, com os pés fazendo espuma na superfície; 
 • com apoio do espaguete ou outro objeto flutuante estável; 93 Revisão: Fabrícia - 
Diagramação: Jefferson - 14/05/18 NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E 
APROFUNDAMENTOS 
• com apoio na borda; 
 • sem uso de prancha, com braços na lateral e depois, estendidos à frente do corpo 
(foguetinho); 
 • com prancha, parando quando necessário para respirar; 
• com prancha, realizando a respiração frontal caso já tenha esta habilidade 
desenvolvida; 
• de formas variadas: rápidas, lentas, amplas ou curtas, fortes (potentes), fracas 
(leves) etc.; 
• intercalando a amplitude da pernada: 10 pernadas longas, seguidas de 10 pernadas 
curtas e assim por diante. 
Movimentação geral dos braços na aprendizagem do nado crawl 
Em uma descrição geral, a braçada do nado crawl é contínua, com movimentos de 
circundução alternados de braços em duas fases: a submersa e a aérea. A fase 
submersa é propulsiva e a fase aérea é de relaxamento. Como uma primeira descrição 
aos alunos, trabalhamos muitas vezes com a explicação de braços “opostos”: 
enquanto um braço puxa a água submerso, o outro retorna à frente, por cima da 
superfície. Entrada Agarre Tração Desmanchamento Empurre Recuperação– 
Movimentações básicas da braçada do nado crawl segundo Palmer 94 Revisão: 
Fabrícia - Diagramação: Jefferson - 14/05/18 
O ensino da braçada pode ser feito na posição vertical (andando, o aluno executa o 
movimento) e depois em decúbito ventral, com ou sem uso de material de apoio. Ainda 
na fase de adaptação ao meio aquático, alguns exercícios andando na piscina servem 
para desenvolver os primeiros conceitos da braçada do nado crawl, quando, por 
exemplo, pedimos para o aluno andar e ir puxando a água alternadamente para trás 
pela lateral do corpo. A movimentação dos braços no nado crawl é complexa, com 
muitos detalhes, como veremos a seguir, porém, na fase inicial da aprendizagem, não 
se deve cobrar do aluno este detalhamento. Ao aluno inexperiente apresenta-se o 
movimento correto por demonstração, mas sem a cobrança de que o execute com 
perfeição. Inclusive, nas primeiras experiências com o movimento, pede-se para o 
aprendiz apenas “rodar os braços na água”. Depois de algumas repetições, 
respeitando a velocidade de aprendizagem, os detalhes vão sendo incluídos, com 
exercícios de deslocamento andando pela piscina ou em decúbito ventral. Figura 71 
– Os movimentos básicos de circundução inicialmente ensinados em linha reta ou sem 
orientação podem, com o tempo, ir ganhando maior controle motor e consciência 
espacial 
Exemplos de exercícios a serem realizados para desenvolvimento do movimento de 
braçada do nado crawl: 
 • Parado, em pé, realizar movimentos de circundução alternada de braços, a princípio 
na posição ereta e, em seguida, com leve flexão do tronco, aproximando-o da 
horizontal. 95 Revisão: Fabrícia - Diagramação: Jefferson - 14/05/18 NATAÇÃO: 
ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 
 • Andar fazendo movimentos de circundução alternada de braços. 
 • Executar pernadas com a prancha à frente, realizando o movimento de circundução 
de apenas um dos braços, segurando a prancha com a outra mão. 
 • Executar pernadas sem a prancha à frente, realizando o movimento de circundução 
de apenas um dos braços, deixando o outro parado à frente. 
• Executar pernadas com a prancha à frente, realizando o movimento de circundução 
alternada dos braços (pegada dupla). 
• Executar pernadas sem a prancha, puxando a água alternadamente com a mão 
desde à frente até o quadril e retornando o braço por debaixo da água. Enquanto um 
braço puxa a água, o outro retorna, como no nado cachorrinho, porém evidenciando 
a amplitude máxima da braçada. 
• Executar pernadas sem a prancha, realizando o movimento de circundução 
alternada dos braços (pegada dupla, sem prancha). 
• Executar movimentos de circundução alternada de braços com flutuador (pullbuoy) 
entre as pernas. 
 Respiração na aprendizagem do nado crawl 
 A respiração do nado crawl é lateral, podendo ser uni ou bilateral. Executa-se uma 
rotação lateral da cabeça até que a boca esteja acima do nível da água para a 
inspiração, sem elevação da cabeça. Após a inspiração, a face retorna à água até 
alinhar-se ao pescoço e coluna, com olhar direcionado para o chão da piscina, quando 
ocorre a expiração pelas narinas e pela boca, controladamente. A respiração lateral 
do nado crawl utiliza os mesmos princípios e técnicas respiratórias que já devem ter 
sido vivenciadas pelo aluno na fase de adaptação ao meio aquático. Se o movimento 
de respiração lateral for forçado enquanto o aluno ainda não tem padrões organizados 
de braçada e pernada, isso vai influir negativamente nos movimentos, realizando um 
padrão de nado normalmente conhecido como “nadador de ribeirão”, em que ele eleva 
a cabeça por sobre a superfície e executa várias braçadas com a cabeça fora da água, 
até conseguir respirar ou até cansar-se. O professor deve esperar os movimentos de 
braçadas e pernadas do nado crawl se tornarem consistentes, antes de utilizar o 
movimento de respiração lateral de maneira frequente. Lembrete Os exercícios de 
controle respiratório vivenciados na fase de adaptação serão importantes nesta etapa 
de aprendizagem da respiração específica para o nado crawl. O aluno já deve ter 
conquistado seu poder de decisão e 96 
Revisão: controle sobre a entrada e saída do ar, saber evitar que a água entre pelas 
narinas etc. para aplicar estes conhecimentos de forma coordenada com 
movimentação de pernas e braços. Portanto, antes de pretender ensinar o movimento 
completo da respiração, em um primeiro momento tentaremos conciliar a respiração 
já conquistada na fase de adaptação (fazer “bolhinhas”), desta vez conjugada com o 
desenvolvimento do movimento de pernas de crawl. Nos exercícios para desenvolver 
a pernada, o aluno inicialmente vai parar por alguns momentos, colocar os pés no 
chão para apoiar-se e inspirar, e depois flutuar novamente, retomando o exercício de 
pernadas. Certamente, se conseguirmos uma progressão paralela nesses dois 
aspectos do nado, à medida em que o aluno ganhar proficiência no movimento de 
pernadas, também conseguirásoltar o ar enquanto bate pernas e começar a tentar 
elevar a cabeça para inspirar. Dessa forma, ao mesmo tempo em que o aluno alcança 
distâncias maiores progressivamente, também será capaz de realizar uma respiração 
enquanto bate pernas, sem a necessidade de parar para respirar com os pés apoiados 
no chão. Em seguida, inicia-se a apresentação ao movimento de respiração lateral 
ainda de forma básica, na posição com os pés no chão e o tronco flexionado à frente 
na horizontal, parado, com uso de prancha para referência de posicionamento. 
Pede-se para o aluno colocar uma mão na prancha e a outra ao lado do tronco 
(parada), solicitando que, ao invés de olhar para a frente para inspirar (hiperextensão 
cervical), o aluno passe a olhar para o lado (rotação da cabeça), levando o queixo na 
direção do ombro cujo braço está ao lado do tronco, até que a boca saia da água e 
ele possa inspirar. Tão logo o aluno consiga achar uma posição adequada, pode-se 
pedir que ele realize o mesmo movimento em deslocamento (andando), e depois, à 
medida em que se habitua, pode passar a treinar esta respiração enquanto bate 
pernas (esta evolução depende de sua eficiência no batimento de pernas). Desse 
modo, aproveita-se o controle respiratório já obtido na respiração frontal para a 
respiração lateral. Pode-se começar pelo lado dominante e fazer o mesmo com lado 
não dominante. Uma boa estratégia é usar a contagem durante a inspiração e 
expiração: conta-se um tempo para a inspiração e o dobro deste tempo para a 
expiração. Mas a respiração lateral é uma habilidade complexa. Além de ter que 
ocorrer em um movimento orientado no plano frontal, em torno do eixo longitudinal, 
deve ser coordenada com a expiração e inspiração intrinsecamente, bem como com 
a circundução dos braços de modo extrínseco. Lembrete O termo comumente 
conhecido como nadador de ribeirão indica que o nadador consegue deslocar-se pela 
água sem se afogar, mas não domina a 97 Revisão: Fabrícia - Diagramação: Jefferson 
- 14/05/18 
NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 
 coordenação entre respiração e braçadas de crawl, que é uma forma mais econômica 
de realizar o nado. Geralmente, este padrão de nado cansa rapidamente o nadador 
pelo peso da cabeça, que deve ser erguida para fora da água por um tempo 
prolongado. 
Aspectos técnicos, aperfeiçoamento e habilidades complexas do nado crawl 
 Aspectos técnicos e aperfeiçoamento da pernada de crawl 
Na fase de movimentação geral de pernas, observamos que sua ação se dá de forma 
alternada no plano vertical, com ação propulsiva na fase descendente, e o gesto de 
recuperação para o início de um novo movimento na fase ascendente. O aluno deve 
desenvolver a consciência de que as ações das pernas possuem menor ação 
propulsiva em relação à ação dos braços, mas são de grande efeito no equilíbrio geral 
do nado. O movimento de pernas se origina no quadril, com flexão natural do joelho 
para aumentar o ângulo de ação da perna e do pé. A maior pressão ou ação propulsiva 
se dará no peito do pé, que deverá estar estendido. A menor amplitude do movimento 
se dá no quadril e maior amplitude na articulação do tornozelo, portanto, não é viável 
um movimento propulsivo de pernas em posição rígida, mas num gesto de “chutar” a 
água. Os calcanhares não devem se elevar acima da linha da superfície da água, o 
que causaria uma quebra de continuidade propulsiva e uma perda de tempo e energia, 
pois não se obtém propulsão no movimento dos pés fora da água– O uso de 
nadadeiras pode ser uma ferramenta importante para desenvolver a sensibilidade, 
posicionamento adequado, noção de amplitude e aplicação de força na pernada do 
nado crawl, assim como no costas e borboleta 98 Revisão: Fabrícia - Diagramação: 
Jefferson - 14/05/18 
Coordenação da pernada com a braçada 
Existem diferentes ritmos de ação de pernas em relação ao ciclo de braçadas. Para 
os iniciantes, podemos enfatizar que o ritmo de 2 a 6 pernadas por ciclo é bem 
aceitável e confortável, buscando o equilíbrio e a confiança individual na ação do 
nadar, podendo chegar até 12 ou mais pernadas por ciclo em provas de velocidade 
na natação. Devemos lembrar que em ações propulsivas de movimento de pernas, 
quanto maior a velocidade do nado, menor será a amplitude da pernada; portanto, os 
iniciantes não devem realizar ações propulsivas de perna em velocidade alta demais, 
com o risco de não poder controlar as corretas ações motoras coordenadas do nado 
como um todo. Em velocidades de nado relaxadas ou em provas longas, como a 
participação das pernas é menos importante na propulsão total, a escolha dos 
nadadores é por diminuir a proporção de pernadas, como, por exemplo, no ciclo 2x1 
(lê-se dois por um – significa duas pernadas para cada ciclo da braçada). Quando o 
nadador deseja imprimir velocidade em percursos mais curtos, pode assumir uma 
proporção de 6x1 (seis pernadas para cada ciclo da braçada) ou mais. Isso irá exigir 
um maior esforço e fornecer maior fadiga para os membros inferiores do que na 
proporção anterior, mas como a distância a ser nadada é curta, antes da fadiga o 
nadador completará a prova, podendo dispor do máximo de pernadas que conseguiu 
produzir (MAGLISCHO, 1999). Em alguns nadadores, pode-se observar que uma das 
pernadas é realizada de forma “cruzada”, uma perna cruza à frente da outra ao invés 
de trabalhar sua amplitude paralelamente ao lado. Em geral, esse gesto não é 
necessariamente ensinado ao nadador para obter qualquer alteração no seu nado, 
mas ele sozinho realiza uma adaptação de equilíbrio, e nem sempre há necessidade 
de “consertar” este gesto, por ser a pernada cruzada realizada sem prejudicar o 
rendimento do nadador (MAGLISCHO, 1999). 
Aspectos técnicos e aperfeiçoamento da braçada de crawl 
Depois de trabalhar o movimento geral, é hora de nos preocuparmos com os detalhes 
técnicos da braçada do aluno. Muitos autores já analisaram os aspectos da braçada 
e sugeriram formas diferentes da divisão do movimento para fazer comparações. 
Utilizaremos para análise a divisão da braçada do nado crawl em quatro fases, a 
saber: 
• Posição inicial: um braço à frente do corpo, mão alinhada com o respectivo ombro. 
 • Agarre: a mão cujo braço está estendido à frente do ombro se dirige para o fundo 
da piscina. Esta fase não gera propulsão, apenas posiciona a mão para o início da 
tração. O cotovelo flexiona-se aproximadamente 40º e a mão deve descer até 40 cm 
a 60 cm de profundidade aproximadamente (MAGLISCHO, 1999), realizando neste 
momento uma leve flexão do punho (posição do agarre), posicionando a palma da 
mão para trás e os dedos da mão devem permanecer unidos para melhor 
aproveitamento da ação propulsiva do braço. 
— Dica: como uma referência básica, dizemos que quando a mão está próxima da 
posição ideal de agarre é possível vê-la, devido à posição do rosto. 99 Revisão: 
Fabrícia - Diagramação: Jefferson - 14/05/18 
NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 
• Tração: ocorre uma flexão do cotovelo, onde ele se mantém voltado para fora do 
eixo do corpo, a mão se mantém voltada para trás, indo em direção à vertical da linha 
média do corpo. Quando a mão se alinha ao plano do ombro, o ângulo da articulação 
do cotovelo deve ser de aproximadamente 80º a 100º. 
— Dica 1: a sensação do praticante é de estar puxando o corpo para frente. 
 — Dica 2: se o cotovelo no momento da tração estiver muito próximo do corpo, a 
força da ação motora será direcionada para o lado e, assim, o praticante pode ter a 
sensação de nadar em zigue-zague. 
 • Empurre: nesta fase temos o momento de maior velocidade da braçada, em que o 
praticante procura manter a palma da mão voltada para trás e o cotovelo voltado para 
fora da linha média do corpo, terminando o movimento com o braço estendido ao lado 
do tronco, quadril e coxa. Nesta fase ocorre a extensão total do cotovelo e ombro, 
provocando propulsão, enquantoa mão se aproxima da superfície.— Dica: em 
aperfeiçoamento, o praticante sempre pode ser orientado a tocar com o polegar na 
coxa para que ele perceba a importância de o braço estar totalmente estendido. 
• Recuperação: movimento semicircular realizado com a circundução do ombro, 
iniciando com a mão ao lado do quadril e terminando com a mão entrando na água à 
frente do corpo, na direção do ombro. O braço é transportado por fora da água e ao 
lado do corpo com uma flexão relaxada do cotovelo, deixando o antebraço apontando 
para baixo e a mão próxima à água. A mão deve estar levemente abaixo da linha do 
cotovelo durante seu percurso para frente. Ao passar a mão pela linha do ombro, o 
cotovelo inicia a extensão e a mão vai sendo levada à frente da cabeça, alinhada com 
o ombro. O braço deverá entrar na água quase que totalmente estendido, com a palma 
da mão voltada para baixo e/ou para fora 
— Dica 1: no final da recuperação, o praticante deve, na entrada do braço na água, 
posicionar a mão entre a linha média do corpo e o ombro, para evitar aumentar a 
resistência ao avanço colocando-o desalinhado. 
 — Dica 2: em provas de natação de velocidade, o braço na fase de recuperação tem 
uma posição da mão mais alta em relação ao cotovelo. Essa exceção ocorre com 
atletas de alto rendimento que possuem um controle motor muito refinado do nado e 
tem relação com a alta velocidade do movimento. 102 Revisão: Fabrícia - 
Diagramação: Jefferson - 14/05/18 Unidade I — Dica 3: em provas em rios, represas 
ou no mar, a recuperação do braço é mais elevada devido haver nadadores muito 
próximos uns dos outros e também a ação de marolas, muito comuns em águas 
abertas, as quais atrapalham a ação da recuperação. 
 Observação: O termo varreduras é amplamente utilizado para descrever trechos 
das braçadas de todos os nados. Maglischo (1999) divide a braçada submersa do 
nado crawl em “varredura para baixo – até o agarre”, “varredura para dentro” 
(equivalente à tração) e “varredura para cima” – extensão do cotovelo. Outros autores 
podem utilizar nomenclaturas diferentes e explicações para cada trecho de forma a 
evidenciar os aspectos de seus estudos. 
Aperfeiçoamento da respiração lateral do nado crawl 
 O aperfeiçoamento para realizar a respiração durante o nado crawl deve ser 
minuciosamente observado para que evolua de modo a não interferir ou pouco 
interferir no desenvolvimento do nado como um todo. O melhor momento é aquele 
quando um dos braços está passando ao lado do quadril. A cabeça deve realizar uma 
rotação no eixo longitudinal, projetando a boca para fora da água, sem mudar o 
alinhamento, nunca elevando a cabeça, o que normalmente geraria maior resistência 
hidrodinâmica pois afeta a flutuação do corpo. A posição da cabeça durante a ação 
motora dos braços deve ser com o rosto dentro da água e voltado levemente para 
frente, num ângulo aproximado de 45º. Uma dica que auxilia bastante o praticante é 
que a linha da água fique bem no alto da testa, próximo ao início do cabelo 
 Nesta fase, portanto, tenta-se coordenar o momento da respiração lateral com a 
passagem do braço, de modo a projetar a cabeça lateralmente sem a interferência do 
braço a seu lado, o que obrigaria o nadador a elevar a cabeça. Os exercícios nesta 
fase podem se iniciar também com os pés no chão, para possibilitar a percepção do 
momento correto de rodar a cabeça para a lateral – no final do empurre da braçada – 
e do momento de voltar o rosto para dentro da água – antes que o braço ultrapasse o 
ombro. Para que isso seja possível, é necessário também coordenar a respiração, 
para que, no momento da rotação da cabeça para fora da água, imediatamente seja 
feita a inspiração. A expiração deve ter sido realizada antes, pois não há tempo para 
expirar e em seguida inspirar enquanto se tenta manter o rosto para fora da água. 
Depois de alguma experiência, pode-se, em movimento (batendo pernas), tentar 
conjugar a execução da respiração com a braçada de apenas um lado, enquanto a 
outra mão segura a prancha, permitindo ao aluno gradualmente conquistar a 
percepção e domínio desta nova coordenação Este trabalho de coordenação da 
braçada com a respiração lateral pode ser feito usando o método analítico – partes 
para o todo – ou, a depender do aluno, seu estágio de evolução e facilidade de 
aprendizado, podemos seguir a direção do todo para as partes, partindo do esboço 
do nado na forma mais rudimentar para chegar no aprimoramento de cada uma das 
habilidades específicas. Depois de realizar com a movimentação de um dos braços 
enquanto o outro segura na prancha, deve-se evoluir gradativamente para não 
precisar mais da prancha como referência de posição, nem de apoio. Também deverá 
ser trabalhado o movimento de respiração lateral em relação ao outro braço – que 
anteriormente ficava segurando a prancha – para que este se mantenha à frente 
enquanto a cabeça termina o retorno para dentro da água, sem que o braço afunde 
demasiadamente, buscando o apoio da prancha até então utilizada. 
 • Dica 1: utilização de exercícios educativos com ou sem material (prancha) para que 
o nadador aperfeiçoe o movimento e evite oscilações laterais ou verticais. 
 • Dica 2: em alguns momentos em provas ou treinamento em rios, represas ou mar o 
praticante faz uma respiração frontal para se localizar durante o nado, também 
chamada de navegação ou orientação. Essa navegação deve ser treinada desde a 
adaptação em águas abertas para ser realizada de forma cuidadosa nos estágios mais 
avançados, pois a elevação da cabeça totalmente fora da água, se não for muito bem 
realizada, provoca um desalinhamento do corpo, o que compromete o nado. 
• Dica 3: é de fundamental importância para os praticantes, tanto os iniciantes como 
os intermediários e avançados, terem a percepção da importância do rolamento de 
ombros sobre o eixo da coluna no nado crawl, pois os ombros acompanham os 
movimentos da braçada, proporcionando a possibilidade de melhoria da amplitude da 
braçada. 
 • Dica 4: independentemente das características individuais de cada praticante, é 
sabido que quanto maior o comprimento da braçada, melhor o desempenho e 
economia de energia, o que causa conforto ou melhora no desempenho do praticante, 
pois há um maior aproveitamento de cada ciclo de movimento. 
Frequência respiratória 
Vemos muitos iniciantes que não conseguem realizar uma frequência respiratória 
satisfatória devido a problemas de adaptação ao meio aquático e não propriamente 
ao ato de respirar durante o nado. Existem diversas frequências respiratórias que 
podem ser executadas livremente e elas se aplicam ao grau de desenvolvimento da 
habilidade de execução do nado além do grau de condicionamento físico e velocidade 
do nado. São exemplos: 
 • 2x1 (lê-se: “dois por um”), ou seja, a cada duas braçadas, uma ação respiratória 
realizada sempre para o mesmo lado (esquerdo ou direito); 
• 3x1, ou bilateral, onde ocorre uma alternância de lado que acontece a cada ciclo de 
três braçadas; 
• 4x1, que ocorre a cada quatro braçadas, podendo ocorrer tanto para a esquerda 
quanto para a direita sem a alternância de lado; 
 • 5x1, que ocorre a cada cinco braçadas, ou seja, alternando o lado da respiração 
como no 3x1; 
 • 3x2, ou seja, duas respirações para o mesmo lado e depois mais três braçadas 
mudando o lado (também conhecido como 3x1 duplo); 
 • 4x2, como a respiração 4x1, mas realizando duas respirações para um mesmo lado 
e depois realizando bloqueio de mais quatro braçadas. Existem outras combinações 
de frequência respiratória, mas devemos levar em consideração que o aumento do 
intervalo da respiração proporciona aumento do débito de oxigênio, causando uma 
fadiga precoce, e deve ser realizada por indivíduos mais adaptados com maior nível 
de condicionamento físico. Nas mais diferentes provas de natação, quanto menor a 
distância, maior será o intervalo da frequênciarespiratória. Em provas de 50 metros 
nado livre, por exemplo, alguns atletas não realizam respiração para evitar mudança 
da linha de flutuação e com isso perder preciosos centésimos de segundo. Trechos 
do treino ou em provas em que o nadador opta por não respirar são conhecidos como 
“bloqueio” da respiração. 
 O papel dos exercícios educativos da natação 
Na natação, é muito comum os professores utilizarem de exercícios chamados de 
“educativos”, que são exercícios orientados para solucionar problemas relacionados 
à aprendizagem, aperfeiçoamento e alto rendimento em natação, dependendo da 
dificuldade que um nadador tem em executar com a melhor perfeição possível, dentro 
do seu grau de desenvolvimento ou aprendizagem, as diferentes solicitações dos 
quatro nados oficiais da natação, além das saídas e viradas. 
Cabe ao professor/treinador e ao nadador buscar soluções para estas dificuldades 
que se modificam ao longo do tempo. Fracionar as diferentes fases dos nados ou 
mesmo das ações de saídas e viradas em partes distintas podem auxiliar na 
compreensão e busca de soluções para estes entraves que prejudicam ou mesmo 
impedem a evolução dos objetivos traçados ao longo do tempo. Um determinado 
educativo ou ação motora específica pode auxiliar num determinado período de 
evolução da técnica desportiva e em outro período, um mesmo educativo não se 
apresenta como auxílio, pois sua efetividade já foi superada. Devemos também 
observar se o nadador possui condições psicológicas e fisiológicas de executar e 
absorver as ações motoras propostas. A grande maioria dos educativos são 
realizados em velocidades inferiores à velocidade natural dos nados para que o 
nadador perceba com maior clareza as diferentes proposições apresentadas. 
Exemplos de educativos para o nado crawl: 
 • Dificuldade de colocar no tempo correto da sequência de braçadas o momento da 
respiração lateral: neste caso, um dos educativos mais simples e de grande valia se 
mostra com o nadador na posição inicial do nado, ou seja, um braço ao lado do corpo 
junto ao tronco e quadril e o outro no prolongamento do corpo à frente. Em propulsão 
de pernas, com ou sem o auxílio de nadadeiras, dependendo do nível do nadador, ele 
realiza a respiração lateral e na sequência um ciclo de braçadas voltando à posição 
inicial, aí então haverá uma troca do braço estendido à frente e o outro ao lado do 
corpo. Uma variação é realizar a respiração lateral e depois realizar a braçada. 
• Outra variação do tempo de respiração, mas em nadadores mais avançados, seria 
realizar o nado crawl com recuperação submersa, ou seja, no momento em que o 
nadador finaliza a braçada e o braço oposto está estendido à frente, o braço da 
finalização é recuperado por dentro da água, bem junto ao corpo, com o nadador 
realizando a respiração lateral e aguardando o braço da recuperação se juntar ao 
estendido à frente e assim depois o outro braço realiza a fase submersa com o 
movimento propulsivo do outro lado com a respiração alternada e a mesma 
recuperação submersa. 
• Realizar alternadamente uma recuperação submersa e outra aérea para aumentar 
a sensibilidade das facilidades de se colocar a respiração em movimentos sequenciais 
do nado com diferentes dificuldades. Esta execução obriga ao nadador realizar um 
rolamento de ombros muito significativo, pois sem isso ele não conseguirá realizar o 
movimento com exatidão. 
• Um exercício muito simples e de grande auxílio na percepção do nado seria o 
nadador, durante a fase de recuperação do braço, realizar o movimento com a “mão 
fechada”, o que possibilita ao nadador perceber melhor onde se encontra o braço 
durante a fase de recuperação. 
• Similarmente, para a etapa submersa, pode o nadador realizá-la com a “mão 
fechada”, evidenciando a diferença de sensibilidade em relação à braçada com a mão 
espalmada. 
• Outra variação pode ser a realização da recuperação do braço com o polegar 
tocando na coxa, cintura e tronco, com o cotovelo bem alto, e após a passagem do 
braço pela linha do ombro, realizar a entrada do braço dentro da execução habitual. 
Este movimento auxilia os nadadores que fazem uma recuperação com o braço muito 
estendido e não percebem que o fazem. 
Saída do nado crawl 
A saída é um gesto pelo qual o nadador, partindo ao sinal dado, deixa a plataforma 
de saída e alcança a água: o mais distante possível, com maior velocidade, no tempo 
mais reduzido e numa orientação favorável à retomada do nado. Considerando o 
desenvolvimento do controle respiratório nas habilidades básicas de natação, 
posteriormente as atividades de submersão e o aumento da complexidade do 
mergulho elementar, agora poderemos aplicar estes conceitos diretamente em cada 
um dos quatro nados. O ensino da saída (largada) do nado crawl é geralmente 
realizado de forma independente do nado. Chamamos de maneira popular de 
“mergulho de cabeça” ou “mergulho de ponta” o ato de, partindo da posição em pé na 
borda da piscina, preparamos e executarmos um salto para a frente e para cima, em 
que projetamos o corpo na posição horizontal, realizando em seguida a entrada na 
água de forma a criar pouca resistência e permitir o maior avanço possível. As saídas 
para os nados ventrais (crawl, peito e borboleta) e para o nado dorsal (costas) são 
divididas em partes justapostas, que vão desde a posição preparatória até a entrada 
na água e deslize. Essa divisão faz com que esta habilidade seja classificada como 
uma habilidade complexa. O ensino mais adequado neste caso deve ser feito pelo 
método analítico, seguindo o caminho do simples para o complexo, das partes para o 
todo. A saída propriamente dita (impulso e perda do contato dos pés com o bloco ou 
com a parede da piscina) é um movimento explosivo, resultado de cada ação anterior 
à saída em si. Estas ações envolvem o posicionamento inicial (na borda, na plataforma 
ou na parede da piscina) e a mobilização dos segmentos corporais; são elas que irão 
definir a velocidade e trajetória da entrada do corpo na água até o início do nado. 
Sendo assim, o sucesso da saída depende das instruções adequadas de ensino e 
aprimoramento das ações iniciais. O professor deve orientar seus alunos em cada 
etapa da sequência da saída visando à técnica mais eficaz para o melhor desempenho 
e resultados satisfatórios. 
Saída do bloco de partida 
 Esta saída evoluiu nos anos 1960 e se mantém quase como a que conhecemos ainda 
hoje. Ela se baseava na saída do bloco de partida do atletismo. Desde então, diversas 
adaptações e modificações nas regras de saída do bloco aconteceram, tais como a 
inclinação da parte posterior da plataforma para dar mais apoio ao nadador ou como 
do apoio já dentro da água para os nadadores de nado de costas não escorregarem 
no momento da partida. Devemos nos atentar que o processo de aprendizagem deste 
tipo de saída ocorre muito antes do processo de treinamento mais avançado, bem 
como nas situações de competição; ele ocorre desde a etapa de aprendizagem das 
habilidades básicas como visto anteriormente. 
Podemos dividir a saída do bloco de partida dos nados crawl, peito e borboleta da 
seguinte maneira: 
• Posição preparatória: o nadador se coloca na plataforma em pé com o tronco 
semiflexionado à frente, braços relaxados e olhando para a piscina ou para baixo. 
• Posição de tiro: o nadador aguarda a ordem de saída, neste momento ele flexiona o 
tronco para frente e para baixo com as mãos tocando a borda da plataforma ou mesmo 
segurando com as pontas dos dedos, a cabeça fica voltada para o pé da frente ou 
voltada para trás. O nadador pode manter a posição de um pé na frente e o outro atrás 
(esta posição é a mais utilizada) ou ele pode colocar os dois pés à frente (que não 
propicia tanto equilíbrio), os dedos do pé da frente flexionados na face anterior do 
bloco, para evitar que escorreguem na saída. 
• Saída do bloco: ao sinal de saída, o nadadorprojeta o corpo para frente, com a 
extensão dos braços unidos protegendo a cabeça, e as pernas impulsionando o corpo 
(posição de flecha). Durante o voo, o tronco vai progressivamente se posicionando 
num nível mais baixo que o quadril e as pernas para preparar a entrada do corpo na 
água de preferência num mesmo ponto. 
 • Entrada na água: as mãos devem entrar primeiramente na água e o resto do corpo 
estendido deve passar pelo mesmo ponto de entrada, evitando assim que a 
resistência frontal desacelere demasiadamente o corpo ou mesmo que prejudique a 
fase submersa. 
• Deslize: após a entrada na água, o nadador deverá buscar a melhor posição 
hidrodinâmica e a partir deste momento realizar a propulsão submersa conforme a 
característica de cada nado, até retornar para a superfície e poder iniciar os 
movimentos do nado 
O ensino da habilidade de saída teve início pelo trabalho com as formas básicas da 
submersão, do salto em pé e do mergulho elementar de cabeça (posições sentada, 
agachada e ajoelhada) já realizados na fase de aprendizado das habilidades básicas 
da natação. Essas habilidades elementares serão aprimoradas para a habilidade 
específica da saída dos nados em posição ventral do corpo. Após este trabalho no 
plano baixo passamos ao plano alto. Neste momento, as instruções sobre 
posicionamento do corpo e as ações em cada etapa da sequência da saída devem 
ser dadas de forma clara e objetiva. São muitos os detalhes e pode-se esperar pouca 
eficiência de início, mas este trabalho mais detalhado evita ações desnecessárias e 
que interferem negativamente na saída. O papel do professor desta etapa será 
direcionar a entrada do aprendiz de forma oblíqua na água: nem muito horizontal, para 
evitar a colisão frontal (ou “barrigada”), nem muito vertical, o que pode provocar um 
choque com o fundo da piscina. 
Viradas das provas do nado livre 
 A virada é a mudança de sentido realizada quando a trajetória de natação tiver maior 
distância do que o comprimento da piscina. É o gesto assimétrico que envolve um 
conjunto de movimentos realizados de acordo com o regulamento para cada um dos 
quatro nados. No caso do nado livre, onde se utiliza o nado crawl, a regra apenas 
obriga que alguma parte do corpo toque a borda, ou seja, não é necessário o toque 
das mãos. 
Sendo assim, as viradas que podem ser utilizadas para as provas do nado livre são 
classificadas em virada simples e virada olímpica. A virada olímpica é mais rápida, 
através de uma cambalhota, e a virada simples é usada para aqueles que ainda não 
aprenderam a virada olímpica. 
Virada simples 
 A virada simples é realizada com a aproximação da parede, estendendo ao máximo 
o braço cuja mão irá tocar na parede da piscina. Este toque é rápido e tão logo ocorra 
a mão já se afasta novamente da parede, indo de encontro à outra mão, que estava 
ao lado do quadril e ficou na superfície nesta posição, já apontando para a outra borda. 
Ocorre então um movimento pendular do corpo, ou seja, com os joelhos e quadris 
flexionados os pés passam por debaixo do tronco de encontro à parede, enquanto 
cabeça e ombros viajam no sentido contrário por cima do tronco e na direção da borda 
oposta, após o afastamento da mão que tocou a parede. O corpo termina este 
movimento pendular com o toque dos pés na parede e posterior impulso. O impulso 
deve ser dado apenas quando as mãos se encontrarem juntas à frente do corpo e 
este em posição hidrodinâmica. 
Divisão em fases da virada simples: 
• Aproximação: onde o nadador observa por baixo da água a aproximação da borda. 
• Toque na borda: com um dos braços à frente tocar na borda com consequente flexão 
de cotovelo devido à desaceleração do nado. 
• Grupamento do corpo: com o rosto na água, o nadador projeta por baixo do corpo 
as pernas unidas para a borda da piscina com flexão de quadril e joelhos enquanto o 
braço que tocou a borda viaja por cima da água para se juntar ao outro braço, que 
estava apontando para a borda oposta. 
• Posicionamento de saída: braços unidos voltados à frente, quadris flexionados, 
pernas flexionadas e pés apoiados na parede. 
• Impulso: os braços estendidos à frente da cabeça em posição hidrodinâmica 
(streamline) para diminuir a resistência frontal com consequente extensão vigorosa 
das pernas para auxiliar no deslize do corpo. Na desaceleração do impulso da borda 
há o início da propulsão golfinhadas (se o aluno já o fizer), de pernadas alternadas e 
depois de braços. Quando bem realizada, a virada simples permite a economia de 
tempo, pois não há previsão para encostar os pés no chão, nem segurar a borda para 
sustentar-se. O trabalho de ensino da técnica da virada simples pode ser feito em 
partes, por exemplo, seguindo a ordem das etapas da virada. Deve ser dada ênfase 
à distância e velocidade de aproximação, o toque da mão na parede e o pêndulo 
(rápido) do corpo para o posicionamento dos pés na parede para a retomada do nado 
na outra direção. 
Virada olímpica 
A virada olímpica é realizada sem o toque das mãos na parede e com uma cambalhota 
depois da aproximação, seguida do toque dos pés na parede para a impulsão. Fases 
da virada olímpica 
• Aproximação: o nadador deve visualizar a parede e os pontos de referência para 
calcular a fase seguinte, a velocidade do nado deve ser levada em conta durante a 
aproximação. 
• Giro: na última braçada, o nadador deve direcionar a cabeça para a região do 
abdome, bem como o braço da última braçada. O outro braço deve ficar ao lado do 
quadril. Ao mesmo tempo, deve realizar uma flexão do tronco, projetando a cabeça 
para baixo, e flexão de quadris e pernas, trazendo os calcanhares em direção à borda 
da piscina. Depois, posicionar os braços unidos e estendidos à frente da cabeça na 
direção contrária da borda, os pés unidos e o corpo já na transversal o mais próximo 
possível da superfície. 
 • Impulsão: durante a impulsão os pés tocam a parede e ocorre uma vigorosa 
extensão das pernas ao mesmo tempo que ocorre uma rotação do corpo para que o 
nadador volte a posição inicial do nado. Os braços devem se manter estendidos à 
frente do corpo, protegendo a cabeça para diminuir a resistência frontal. 
• Deslize: durante o deslize (submerso) inicia-se a propulsão de pernas que pode ser 
com uma sequência de golfinhadas e, à medida em que o corpo se aproxima da 
superfície, inicia-se a pernada alternada do nado, para que não haja perda do impulso 
realizado sobre a parede da borda da piscina. 
• Propulsão: quando o nadador percebe que está ao alcance da superfície ele inicia o 
movimento de braçada, mas se o realizar precocemente pode provocar uma drástica 
diminuição da velocidade. O nadador deve iniciar preferencialmente a respiração após 
duas ou três braçadas para que o corpo se posicione corretamente na superfície da 
água. Na virada olímpica o aprendizado deve ter início pela execução do movimento 
da cambalhota. Este trabalho pode ser feito de forma lúdica, em que o aluno será 
estimulado a girar para o lado primeiro, até que chegue a fazer o giro completo. 
Sugere-se que o professor auxilie o aluno principalmente nas primeiras tentativas, 
pedindo que ele flexione os joelhos trazendo-os próximos ao peito, aproxime o queixo 
do peito (como se fosse um “caramujo”) e, em seguida, o professor conduz o 
movimento da cambalhota. Depois, podem ser utilizados materiais como espaguetes 
e arcos para estimular o aluno a realizar sozinho o movimento da cambalhota 
passando por baixo e por dentro destes materiais. Após o trabalho visto anteriormente, 
podemos acrescentar movimentos com as demais etapas da virada, em exercícios 
como: executar movimento de propulsão de pernas e, em seguida, fazer a 
cambalhota; executar o nado crawl e na sequência a cambalhota; nadar crawl, fazer 
a cambalhota e prosseguir com o nado; aproximar-se da borda nadando e fazer a 
cambalhota, dentre outros até que todas etapas estejampresentes. O professor deve 
orientar os aprendizes a terem cuidado especial na distância do corpo e a parede da 
piscina na aproximação, pois se este espaço não for suficiente para o movimento da 
cambalhota, o aluno pode machucar-se ao bater seu pé de encontro à borda. 
Regras da prova de nado livre 
 As provas em que o nado crawl é utilizado são as provas de nado livre. No entanto, 
as regras do nado livre permitem que sejam realizados quaisquer movimentos de 
propulsão durante a prova que possam colaborar na velocidade do nado, exceto, 
logicamente, impulsionar-se no fundo, nas bordas ou raias etc. 
SW 5.1 – Nado livre significa que numa prova assim denominada, o competidor pode 
nadar qualquer nado, exceto nas provas de medley individual ou revezamento medley; 
nado livre significa qualquer nado diferente do nado de costas, peito ou borboleta. 
SW 5.2 – Alguma parte do nadador tem que tocar a parede ao completar cada volta e 
no final. SW 5.3 – Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água 
durante a prova, exceto quando é permitido ao nadador estar completamente 
submerso durante a volta e numa distância não maior que 15 metros após a partida e 
cada volta. Nesse ponto, a cabeça deve ter quebrado a superfície da água (CDBA, 
2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: O nado de crawl ou crol é uma técnica de natação e também uma 
disciplina olímpica. O crawl já era praticado bem antes do aparecimento da nossa 
civilização. Ele é, sem dúvida, o estilo mais utilizado e mais rápido, porém, na verdade 
ele não pode ser considerado como um estilo verdadeiro. 
 
Referencias: https://pt.wikipedia.org/wiki/Crawl 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crawl

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