Buscar

Trauma de Extremidade


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Trauma de Extremidade
Esmagamento
Acontece com mais frequência em acidentes
automobilísticos. Trata-se de uma lesão muito grave,
com rompimento das células dos miócitos. Esse
rompimento libera potássio em grande quantidade na
corrente sanguínea. Isso pode gerar uma hipercalemia,
que pode provocar uma parada cardíaca ou insuficiência
renal aguda.
Além disso, há um dano local decorrente do
esmagamento. Os ossos podem ser quebrados em várias
partes e os tecidos nervosos podem ser muito
danificados. 
Quando suspeitar de esmagamento? 
Quando houver paciente de trauma por mecanismo de
compressão de grande massa muscular de extremidades,
causado por soterramento (colapso de estrutura),
contenção em ferragens ou outro mecanismo que
comprometa a circulação do membro e concorra para
tempo prolongado de desencarceramento.
Tratamento
Infusão de líquidos após a chegada do suporte
avançado. 
O socorrista deve atentar para as situações de
risco imediato de morte e remoção rápida.
Síndrome do Esmagamento 
É decorrente de traumas que geram pressão contínua e
prolongada sobre uma extremidade corpórea e têm alta
mortalidade. 
O maior risco da lesão por esmagamento é a
rabdomiólise que gera insuficiência renal e morte.
No esmagamento, ocorre uma grande lesão muscular que
libera a mioglobina que lesiona o rim gerando a
insuficiência renal aguda.
Além da mioglobina, o músculo libera muito potássio que
em grande quantidade causa arritmias e morte por
parada cardíaca.
Conduta
1. Realizar avaliação primária (XABCDE) com ênfase
para a manutenção da permeabilidade de vias aéreas e
da boa ventilação. 
2. Oferecer O2 suplementar por máscara não reinalante
10 a 15 l/min se SatO2 < 94%. 
3. Monitorizar a oximetria de pulso. 
4. Comunicar imediatamente a Regulação Médica para a
avaliação da possibilidade de apoio do SAV e/ou para
procedimentos.
5. Realizar avaliação secundária (SAMPLA). 
6. Realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização
adequada da coluna cervical, tronco, e membros, em
prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso
para o transporte. 
7. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os
dados de forma sistematizada. 
8. Aguardar orientação da Regulação Médica para
procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde. 
9. Relatar ao médico receptor no hospital de destino o
tempo aproximado de encarceramento.
https://www.grancursosonline.com.br/aluno/espaco/curso/codigo/USsXbXFBBwk%3D/v/kwPufWOdo7Q%3D/c/%2BQ%2F2hrgmCrU%3D
Causa: edema intenso; 
Consequência: compressão de nervos e vasos.
A compressão de vasos ocasiona a hipóxia grave e a falta
de oxigênio gera lesão de células e tecidos. 
Exame físico: dor intensa, pele das extremidades:
perfusão ruim, fria, pálida, ausência de pulsos
periféricos e de sensibilidade após a lesão.
Síndrome Compartimental 
Essa síndrome é muito cobrada em provas de concursos
públicos. 
Quando há um trauma propriamente dito, ocorre o
aumento da resposta inflamatória e do edema. Vale
mencionar que há uma estrutura rígida que limita o
músculo (fáscia). 
A limitação do crescimento do músculo para fora fará
com que ele cresça para dentro, comprimindo nervos e
vasos. Essa compressão provoca a perfusão, fazendo
com que haja necrose. 
Essa síndrome compartimental pode ocorrer também no
pós-operatório. Depois do procedimento cirúrgico, o
aparelho gessado limita o edema, fazendo com que haja
a compressão de nervos e vasos. 
Quando o membro está perfundido adequadamente, a
pele estará quente, com pulso presente e sensibilidade
preservada. Quando o membro não está perfundido
adequadamente, a pele fica fria, cianótica e dormente.
Quando a dor é muito intensa, deve-se remover o gesso
de forma urgente, pois isso pode comprometer o membro
do paciente. 
Outra situação que pode gerar a síndrome de
compartimento é a queimadura, principalmente a
circunferencial. Essa queimadura gera um edema, que é
impedido de evoluir para fora.
A síndrome compartimental é caracterizada pelo
aumento da pressão dentro de uma estrutura do corpo
pela presença de lesão.
Portanto, a síndrome compartimental é uma complicação
de vários traumas de extremidades. Consiste em
aumento da pressão dentro de um segmento do corpo
que vai comprimir vaso sanguíneo atrapalhando a
circulação e os nervos, dificultando a inervação e a
perfusão local. 
De acordo com o PHTLS, as causas mais comuns de
síndrome de compartimento são a fratura ou lesão
vascular e o edema por ausência de fluxo sanguíneo. 
Síndrome Compartimental 
Hemorragia: 
Edemas: 
– Lesão no vaso; 
– Fraturas. 
– Lesões isquêmicas.
Sinais da Síndrome de Compartimento 
Dor intensa; 
Parestesia (formigamento); 
Membro tenso e firme; 
Ausência de pulso na extremidade; 
Palidez na pele da extremidade; 
Paralisia.
Conduta: 
1. Realizar avaliação primária (XABCDE). 
2. Realizar avaliação secundária (SAMPLA). 
3. Avaliar e remover imobilizações ou enfaixamentos
circulares apertados. 
4. Reavaliar a perfusão distal constantemente, por meio
do pulso, da temperatura da pele e através da
sensibilidade local.
5. Realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização
adequada da coluna cervical, tronco e membros, em
prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso
para o transporte.
6. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os
dados de forma sistematizada. 
7. Aguardar orientação da Regulação Médica para
procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.
ATENÇÃO: 
1.Considerar que imobilizações aplicadas por tempo
prolongado e/ou enfaixamento circular muito apertado
(inclusive aparelho gessado) também podem levar à
síndrome compartimental. 
2.Não realizar acesso venoso no membro afetado.
Tratamento Pré-hospitalar da Vítima de
Trauma de Extremidades e Imobilização 
Alívio da dor; 
Prevenção de outras lesões de músculos, nervos e
vasos sanguíneos que estão próximas ao osso
fraturado; 
Manutenção da perfusão (irrigação sanguínea) no
membro lesionado.
Prioridade: controle de hemorragias e permeabilidade da
via aérea. 
Quando o paciente apresenta entorse, luxação ou fratura
é necessário atendimento imediato para melhoria do
quadro clínico por meio da imobilização. 
A imobilização deve ser realizada de forma adequada e o
transporte ao hospital ocorrerá na sequência para
realização de exame de imagem e definição de conduta
mais específica.
Razões para a imobilização: 
Tipos de Imobilização 
Talas rígidas: dispositivos não flexíveis adaptados à
extremidade fraturada para manter sua estabilidade e
imobilização. Pode ser de madeira, papelão, arame ou
alumínio recoberto de material plástico.
Talas de tração: são indicadas para imobilizar fraturas
da diáfise (parte do meio) do fêmur em pacientes
estáveis.
Tala moldável: 
Talas de tração:
Prancha longa: serve para uma imobilização mais
completa do paciente e também para ajudar no
transporte para o hospital.
Sinais/Sintomas maiores: insuficiência respiratória,
alterações neurológicas e petéquias. 
Sinais/Sintomas menores: taquicardia, febre,
trombocitopenia, lipidúria, embolia retiniana e anemia
inexplicada.
Nas fraturas dos membros superiores, podemos usar
outros materiais para imobilização, como as: bandagens,
enfaixamento, ataduras, tipoias e as talas rígidas. 
Nas fraturas de pelve (quadril), podemos utilizar o KED
(Kendrick Extrication Device) invertido, ou um
imobilizador próprio de quadril.
Embolia Gordurosa (EG) 
É a oclusão de pequenos vasos por gotículas de gordura,
geralmente originadas nas fraturas do fêmur, tíbia e
bacia. Em poucos casos, a EG evolui para a síndrome da
embolia gordurosa (SEG), que afeta principalmente os
pulmões e o cérebro. A tríade clássica é composta por
insuficiência respiratória aguda, trombocitopenia e
disfunção neurológica. Geralmente, ocorre de 24 a 72h
após a lesão inicial. 
O diagnóstico é puramente clínico. Utilizam-se os
critérios de Gurd para o diagnóstico da SEG.