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3-Tanatologia e Diagnóstico de Morte

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Tanatologia e Diagnóstico de 
Morte 
Tanatologia: é o capítulo da medicina legal que 
estuda a morte e as suas consequências para o 
cadáver 
Tanatognose: é o diagnóstico da morte 
Cronotanatognose: quando ocorreu a morte do 
individuo 
Classificação das alterações cadavéricas (post 
mortem) 
Abióticas ou vitais negativas: 
↪Imediatas: ocorre logo após a morte, análise dos 
parâmetros clínicos. 
• Perda da consciência 
• Perda da mobilidade voluntaria e do tônus 
muscular 
• Cessação dos movimentos respiratórios e dos 
batimentos cardíacos (silencio auscultatório) 
• Perda da ação reflexa aos estímulos. Ex: 
midríase bilateral (não observa movimentação da 
pupila 
• Cessação das funções cerebrais (ECG) 
↪Consecutivas: ocorre em consequência da morte 
• Desidratação: 
➢ Depende de: 
❖ Ação da gravidade: uma vez que ele está 
em decúbito, e por ação da gravidade os 
líquidos se depositam na parte mais baixa 
do cadáver,. Então a parte superior vai 
desidratar mais rapidamente devido a 
exposição. 
❖ Temperatura e umidade 
➢ É muito evidente na pele e no globo ocular 
 
➢ Diminuição do volume com aparente 
“crescimento” de unhas e pelos 
➢ Decréscimo de massa (peso) 
➢ Pergaminhamento da pele: pele fica seca, dura 
e enrugada 
➢ Dessecamento das mucosas 
• Resfriamento (Algor mortis): 
➢ Depende de: 
❖ Período agônico: período de redução de 
metabolismo em que o paciente não 
consegue manter a temperatura corporal 
❖ Temperatura ambiente 
❖ Estado nutricional: animais mais magros 
perdem calor mais rápido para o 
ambiente do que os obesos 
❖ Tamanho do animal: quanto maior mais 
demora a perder calor 
❖ Doença que causou a morte: caso a 
doença cause febre (hipertermia) o animal 
vai demorar para resfriar. 
❖ Contato com corpos condutores de calor: 
no piso, na agua resfria mais rápido do 
que se o animal estiver sobre sofá, cama, 
piso de madeira. 
❖ Idade: animal mais jovem resfria mais 
rapidamente porque o volume é menor e 
os animais mais velhos resfriam 
rapidamente devido ao metabolismo mais 
baixo. 
➢ Resfriamento do corpo: lento nas 3 primeiras 
horas, rápido nas 6 horas seguintes e nas 
ultimas horas volta a ser lento. 
➢ A temperatura é aferida na boca, axilas, reto, 
vísceras (fígado). 
• Rigidez cadavérica (Rigor mortis): parâmetro 
muito variável, geralmente início a partir da 3ª 
hora e tem duração de 1 a 2 dias. Desaparece 
na mesma ordem que apareceu. 
➢ A rigidez muscular aparece 2-3 horas após 
a morte em: coração → pálpebras → 
diafragma → músculos da cabeça → região 
cervical → membros anteriores → tronco → 
membros posteriores → cauda 
➢ Após 24 horas inicia o desaparecimento da 
rigidez na mesma ordem que ela apareceu. 
➢ Classificação do Rigor mortis: 
❖ Fulgaz/incompleto: doenças 
septicêmicas, morte por asfixia, estado 
nutricional (caquexia) 
❖ Intenso: morte violenta (abate/caça); 
tétano; intoxicação por estricnina. 
➢ O rigor mortis ocorre devido a presença 
dos filamentos de actina e miosina nas fibras 
musculares, uma vez que ocorre a ligação 
entre elas e não terá mais o ATP para 
desfazer essa contração. A célula consome 
o glicogênio de forma anaeróbica e produz 
pouco ATP e lactato (promove acidificação 
do citoplasma e leva a liberação das enzimas 
lisossomais) 
• Livor mortis (fase das manchas cadavéricas): 
➢ Mucosas e pele apresentam tonalidade 
branco-acizentada ou branco “sujo” nas 
partes mais altas do cadáver. 
➢ Nas partes do corpo em contato com 
superfícies aparecem manchas inicialmente 
róseas ou arroxeadas, significando que tem 
mais sangue nessa região. 
➢ Hipostase: nas áreas de decúbito, 
respeitando as áreas de contato, pressão ou 
dobras (viscerais ou cutâneas). É resultado 
da deposição do sangue, ruptura das 
hemácias e degradação da hemoglobina. 
Essa deposição vai se iniciar logo após a 
morte do indivíduo, ficando evidente de 2 a 
3 horas. 
 
➢ Fixação de hipóstase: de 6 a 8 horas após o 
inicio da hipóstase. Ao realizar pressão digital 
e ela continuar, significa que o cadáver 
morreu nessa posição há cerca de 6 horas, 
pois o sangue não conseguiu se depositar 
nessa região devido a pressão ao local que o 
corpo estava posicionado. 
 
• Coagulação do sangue: é uma superfície lisa e 
brilhante, são elásticos, facilmente destacáveis. 
➢ Tipos de coágulos: 
❖ Coágulos cruóricos: coagulo vermelho 
❖ Coágulos lardáceos: coágulo branco 
❖ Coágulos mistos: coágulo é mistura do 
cruorico e lardaceo 
➢ A coagulação post mortem normalmente 
observa coágulos vermelhos nos átrios, no 
ventrículo direito e nos grandes vasos da 
base do coração. Não tem no ventrículo 
esquerdo, pois devido a sua alta contração 
ele consegue expulsar todo o sangue 
presente na sua luz, ou seja, caso aja 
coagulo nele é um indicativo de miopatia. 
➢ Os coágulos lardaceos formam-se em 
animais com anemia ou após períodos de 
agonia prolongada. 
➢ Equinos geralmente tem coágulos lardáceos 
devido ao alto índice de sedimentação, pis 
as células do sangue dele sedimentam 
facilmente. 
➢ Embebição post mortem de hemoglobina: 
coloração avermelhada difusa do endocárdio 
e epicárdio (aspecto de hemorragia). 
Transformativas: 
↪Destrutivas: autólise, putrefação e maceração 
• Autólise: ocorre como resultado da digestão 
enzimática de células e tecidos. Tecidos 
susceptíveis (pois as células tem grande 
quantidade de enzimas): adrenais, mucosa do 
trato gastrointestinal, pâncreas, fígado, rins 
(epitélios especializados), SNC. 
• Putrefação: invasão do cadáver pelas bactérias 
saprófitas (bactérias que já habitam o corpo do 
indivíduo, principalmente no TGI), se inicia logo 
depois do desaparecimento da rigidez cadavérica. 
➢ Fases da putrefação: 
❖ Período cromático: quando as manchas 
cadavéricas se tornam mais pronunciadas 
❖ Período gasoso: as bactérias são 
fermentativas que produzem gás durante 
o processo. 
❖ Período coliquativo (dissolução): saída de 
líquidos pelas cavidades. 
❖ Período de esqueletização: somente 
sobra osso. 
 
➢ Aparecimento das manchas de putrefação: 
embebição pela hemoglobina (tinge os tecidos 
vermelho/vinho), embebição biliar 
(amarelo/verde), sulfometahemoglobina 
(verde/azul/preto). 
❖ Sinal de inicio de putrefação, evidente de 
16 a 18 horas e decorrente de ação 
microbiana. 
❖ Mais precoces nos idosos (pele mais fina), 
fetos e afogados (principalmente ocorre 
no tórax, pois entre agua no pulmão com 
bactérias) 
 
➢ Odor putrefativo: é o odor cadavérico, possui 
fermentação butírica (decomposição de 
gorduras), fermentação caseica (começa a 
decomposição de proteínas), fermentação 
amoniacal (liquefação de proteínas 
remanescentes). 
• Maceração: é um processo que ocorre em 
ambientes úmidos e quentes, é a destruição do 
cadáver em meio liquido. 
➢ Comum nos fetos e nos afogados com 
formação de bolhas de conteúdo liquido e 
pardacento 
➢ Observa-se no cadáver o destacamento de 
amplos fragmentos de pele e outros tecidos 
➢ O corpo perde a consistência inicial, e os ossos 
se livram dos tecidos 
➢ O que sobra é um liquido marrom. 
↪Conservadoras: o cadáver fica preservado, tendo 
a mumificação, calcificação e saponificação. 
• Calcificação: ocorre nos fetos mortos e retidos 
na cavidade uterina. 
• Mumificação/dessecação: processo pelo 
qualquer cadáver cujos tecidos moles, em vez 
de se decomporem pela putrefação, endurecem 
pela dessecação. 
➢ Natural: quando o cadáver está em ambiente 
seco e ventilado e quente, ocorrendo 
desidratação mais rápido do que as bactérias 
podem proliferar, assim preservando 
➢ Artificial: requer processo especializado com 
formol e embalsamamento.

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