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RESUMO DE PRÁTICA TRABALHISTA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO A ação de consignação em pagamento é regulada pelos arts. 539 a 549 do CPC, sendo compatível com o processo do trabalho – art. 769 da CLT. O CPC apresenta dois tipos de ação de consignação, uma de natureza extrajudicial e outra de natureza judicial. Apenas a última nos interessa. A ação de consignação em pagamento não é uma ação condenatória, tampouco constitutiva. Trata-se de uma ação meramente declaratória, na qual o consignante (autor) busca se desonerar de uma obrigação de pagar ou de fazer. “Desejo pagar uma quantia a determinada pessoa, mas não consigo.” “Desejo entregar um objeto a uma pessoa, mas não consigo.” “Desejo pagar uma quantia, mas tenho fundadas dúvidas quanto à figura do credor.” Eis o cerne da consignatória: o “devedor” deseja cumprir a obrigação, entretanto, por algum motivo alheio à sua vontade, se vê impossibilitado de fazê-lo. Situações corriqueiras que atraem o ajuizamento da Ação de Consignação na Justiça do Trabalho: a) Empregado que se recusa expressamente a receber verbas rescisórias, seja por discordar dos valores, seja por divergir da própria demissão. b) Empregado que se recusa tacitamente a receber verbas rescisórias, não comparecendo ao local de pagamento. c) Empregado menor de 18 anos que, apesar de concordar em receber as verbas rescisórias, não se encontra acompanhado do seu representante legal (art. 439 da CLT). d) Empregado que se encontra em local incerto e não sabido (comum no caso de demissão por abandono de emprego – Súmula 32 do TST). e) Empregado que morre e o INSS expede “certidão negativa de dependentes” (o empregador não sabe a quem pagar as verbas rescisórias). f) Empregado que morre e, apesar de os nomes dos seus dependentes constarem na certidão do INSS, o empregador tem indícios de que ele possuía outros (exemplo: há notícias de que o empregado, além da esposa e filhos, possuía uma companheira também com filhos).
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