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Ação de consignação - previsão legal e especies - art 539 CPC

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Ação de consignação 
Previsão legal e espécies – Art. 539 CPC
A ação de consignação em pagamento é de larga utilização na justiça do trabalho, apesar de não está prevista na CLT, no qual o empregador é o autor da demanda, tendo como objetivo de afastar os efeitos da mora em relação aos valores devidos a titulo de parcelas rescisórias, principalmente no que diz respeito à multa pelo § 8º, art. 477 da CLT, além dos juros e da correção monetária.
Para tanto há de observar que nada impede que o empregado proponha a ação para consignar, por exemplo, o material que esteja em seu poder no qual pertence ao empregador.
Sua previsão legal do valor da causa ou da coisa devida é especificada e disciplinada pelos artigos 539 e seguintes do CPC, sendo aplicado de forma subsidiaria em relação ao processo do trabalho, em face da omissão da CLT.
A consignação de pagamento pode assumir a forma Judicial e Extrajudicial, sendo necessário observar as peculiaridades que norteiam o processo laboral.
A ação de consignação em pagamento constitui ação de rito especial, prevista no Código de Processo Civil que tem por objeto o depósito de quantia ou da coisa devida que o credor se recusa a receber, a fim de desonerar o devedor da obrigação. 
Apresente ação é compatível como Processo do Trabalho, por força do art. 769 da CLT e tem sido muito utilizada pelo empregador para se desonerar da obrigação de pagamento das verbas rescisórias, quando o empregado recusa recebê-las; quando há dúvida sobre quem deva receber as parcelas trabalhistas (morte do empregado). 
Carlos Henrique Bezerra Leite nos traz exemplo de ação consignatória proposta pelo empregado: poderá ocorrer quando o empregado necessitar devolver ferramentas de trabalho à empresa, encontrando nisso alguma dificuldade que o tome inadimplente na obrigação.
 Dispõe o art. 539 do CPC: “Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida”.
 § 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
 § 2º Decorrido o prazo do § 12, contado do retomo do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
 § 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1(um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. 
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.” A Lei n. 8.951/94 institui o chamado procedimento extrajudicial da ação de consignação em pagamento, que é opção do devedor, que fora mantido pelo CPC de 2015 conforme o citado § 1- do art. 539 do CPC.
A consignação extrajudicial está elencada nos parágrafos dos art. 539 CPC, não sendo utilizada usualmente para obter quitação de verbas trabalhistas.
Uma critica enfática a esse procedimento era em relação do fato do devedor poder se libertar da obrigação quando o credor não manifestasse recusa do prazo de 10 dias, nos casos em que a relação de emprego contasse com mais de um ano. Nessa situação era exigida a homologação da rescisão contratual, requisito que foi extinto com a aprovação da lei 13.467/17.
Mesmo em mora o devedor poderá consignar? É preciso que ofereça o credor o valor da divida, acrescido dos encargos decorrente de sua mora, como juros, correção monetária e eventual multa contratual. Se assim for, o credor não poderá recusar o pagamento, salvo em duas hipóteses: Se ele não for mais útil ao credor ou quando ele já tiver já ajuizado ação em decorrência da mora.
Os tipos de consignação em pagamento são dois tipos: A fundada na recusa de receber, cabível quando presente as hipóteses do art. 335, I a III do CC, e a fundada na duvida sobre a titularidade do crédito (art. 335, IV e V), sendo necessário a observação que a estes pode ser acrescentado um terceiro tipo, que a consignação de alugueres, prevista na Lei 8.245/91.

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