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Planejamento como prática educativa

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FUNDAMENTOS DE DIDÁTICA 
Síntese do texto: GANDIN, D. Planejamento como prática educativa. 2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1985. p. 13-45.
Quando falamos em planos/planejador, temos outras duas bases nessa perspectiva que seria os que vão executar e os que iram avaliar. Essa seria a ineficácia dos planos, pois a quantidade daqueles que iram executar é maior do que os que planejam, não sendo uma construção de um produto em coletivo. Nesse sentido o planejar deve ser função de organização e ação, que não fira a liberdade e a riqueza dos participantes, como acontece em uma sociedade capitalista. Outro fator que nos leva a não gostar de planos, é o pensamento do planejar, sendo como uma “fabricação de planos”, tornando-se essa a primeira etapa do que seria um projeto, e esquecendo das outras etapas de execução e avaliação, como também todo o formalismo e burocracia para a executar o planejamento. Além disso, a falta na capacitação técnica para planejar ou coordenar a feitura de planos, que muitas vezes não levado a sério, não levando em consideração o significado de sua ação. Do mesmo modo, que causas externas contribuem para isso, ainda que leve uma transformação na realidade que não foi planejada, levando ao desinteresse das autoridades envolvidas.
Partindo disso, então para que planejar? Bem o planejamento ajuda a alcançar a eficiência doo plano, atingindo a eficácia socialmente desejável. Por isso definir nossas ações, ajuda a compreender o que está sendo planejado. Então conceituamos que planejar é transformar a realidade numa direção escolhida, é organizar a própria ação, agir racionalmente, explicar os fundamentos da ação do grupo, um conjunto de técnicas, assim por diante. Nessa perspectiva é importante descrever as ações que serão feitas, já que definir dá um sentido de seco morto, enquanto descrever é esclarecedor e cativante, baseando-se em perguntas (para que essas ações? O que queremos alcançar? A que distância estamos daquilo que queremos alcança?), o planejamento então, contribui para determinado tipo de homem e de sociedade.
O plano a ser desenvolvido deve possuir um caráter questionador, que irá transformar quando for aplicado, sendo a primeira etapa que seria a elaboração do projeto. Parte 1- MARCO SITUSCIONAL- Descrever e julgar o mundo nos aspectos social, econômico, político, cultural, religioso, educacional. MARCO DOUTRINAL- É ter clareza sobre o que pretendemos nos esforçar a fazer, sendo concepções como vemos sociedade e educação, para a partir dele desenvolver práticas educativas. MARCO OPERATIVO- É a aproximação da realidade existente à realidade idealizada. Parte 2- DIAGNÓSTICO- É o resultado da comparação entre o que se traçou como ponto de chegada e a descrição da realidade, mas para que isso ocorra é preciso passar por outa duas etapas, que seria a Pesquisa, com a função de conseguir dados para que possa fazer uma descrição da realidade (definir a pesquisa, elaboração de instrumentos, tabulação dos dados), e o Juízo, que seria a leitura realizada sobre tudo o que foi realizado por uma equipe da instituição, tendo vista a realidade presente e quais fatores incluíram nesse processo.
 A programação é a proposta de ação para aproximar a realidade existe à realidade desejada. Mas para que isso ocorra é precisa ter em mente os objetivos das ações concretas que devem ser executadas em um tempo determinado, contudo deve se ter cuidado com a formulação dos objetivos, principalmente aqueles que possuem um conceito muito amplo, quando não há nada de concreto torna a ação difícil. Então deve-se levar em consideração os objetivos de forma “o que” se vai fazer e “para que” se vai fazer, buscando clareza no que se vai fazer. Nessa perspectiva, é criar uma “arvore de objetivos”, que busca coerência em termos de objetivos em seus diversos níveis. “sempre tivemos um objetivo geral (como seu “o quê” e seu “para quê”), os objetivos específicos serão um conjunto de “o quê”, todos com um “para quê” igual ao “o quê” de objetivo geral”. Deve ser levado em consideração também, coisas que acontecem fora do planejamento, e que muitas vezes desanimam a fazê-lo, mas não podemos deixar que alguns imprevistos desmotivem o objetivo que se pretende a alcançar.