Buscar

ELETROCARDIOGRAMA


Continue navegando


Prévia do material em texto

ELETROCARDIOGRAMA
Identificar as derivações | Analisar a onda P | Verificar a frequencia cardíaca (normal de 50a100 | Onda P (intervalo PR) | Complexo QRS (eixo,duração,amplitude,morfologia) |Repolarização (ST-onda T- intervalo QT) | Onda T
Ondas:
Onda P = despolarização atrial (contração do átrio)
Traçado entre P e QRS (intervalo PR)= pausa no nó av para o enchimento completo do ventrículo
Onda QRS = despolarização ventricular (contração do ventrículo) pontudo e mais rápido pq ele desce pelo feixe de Hiss. A despolarição inicia no septo e parede anterior,desce pro apice e depois para parede posterior. Vai seguindo a descendente anterior.
Onda T = repolarização ventricular
Onda U = pode ser patológica, em hipocalemia, ou fisiologica principalmente em mulheres, e significa a repolarização dos musculos papilares
OBS: a repolarização atrial esta dentro do QRS,por isso ela não aparece no traçado elétrico.
Interpretação do ECG e o vetores
 Esse vetor é o de maior importancia ao estudar,pois é o vetor resultante das forças de despolarização do ventriculo esquerdo. Ele fica a 40 graus.
O atrio despolariza a partir do nó sinusal,primeiro o direito,e depois o esquerdo. O vetor resultante da despolarização do átrio também fica orientado para baixo e para esquerda.
Esses vetores são importantes pois os eletrodos do ECG “olham” para eles.
Derivações precordiais
V1 = 4 E.I na linha paraesternal direita
V2 = 4 E.I na linha paraesternal esquerda
V3 = entre V2 e V4
V4 = 5 E.I na linha hemiclavicular esquerda 
V5 = 5 E.I na linha axilar anterior esquerda
V6 = 5 E.I na linha axilar media esquerda
Considerações acerca das posições dos eletrodos e do vetor resultante de despolarização: 
V1 e V2 próximos do final da seta serão normalmente mais negativos do que positivos. O segmento S será maior que o R.
V3 e V4 serão normalmente isoelétricos, ou seja o R será igual S.
V5 e V6 como estão proximos da ponta, serão normalmente mais positivos, ou seja, R será maior do que o S.
Derivações frontais:
DI - braço direito para braco esquerdo ( - -> +)
DII- braço direito para perna esquerda (- -> +)
DIII- braço esquerdo para perna esquerda (- -> + )
aVR -algum ponto do torax para o braco direito
aVL- algum ponto do torax para o braco esquerdo
aVF- algum ponto do torax para o pé esquerdo
Infarto da parede inferior ,trombose da coronária direita. As derivaçoes que apontam para essa região são D2,D3 ,aVR e as quais terão supra de ST
 
Infarto da parede lateral,trombose da coronária circunflexa. Supre de ST em DI e aVL
 Vetor resultante do átrio : Veremos onda P para ver se o rítimo é sinusal. Ele será sinusal se houver positividade da onda P em DI,DII e aVF e a onda P será obrigatoriamente negativa em aVR.
Eixos
 Obs: Os pontos serão positivos se R>S e negativo se R<S. O eixo azul é o normal, o marrom indeterminado, o vermelho desvio à esquerda e o amarelo desvio à direita.
Passo 1 – procurar DI (x) e aVF (y)
Passo 2- procurar o isoeletrico
 O isoeletrico (R=S) neste caso estava em aVL. O eixo se encontra sempre a 90 graus do isoeletrico,devido ao posicionamento dele em relação ao vetor resultante (para ser isoeletrico ele tem que “olhar” para o meio do vetor). Assim, o eixo que faz 90 graus com o aVL é o DII (60 graus).
Passo 3- Interssecções
Quando não tem isoelétrico: primeiramente identificar a positividade de DI e aVF. Supondo um caso em que DI e aVF são positivos (o eixo estará normal).Sabendo que o eixo é normal,temos 3 opções : de 0 a 30 graus, de 30 a 60 graus e de 60 a 90 graus. Em seguida,temos que avaliar os vetores vizinhos dessas opções, que seria o DIII e o aVL.
Se aVL estiver positivo, ele vai “olhar” apenas para o lado azul da pizza, se estiver negativo, pro lado vermelho.Como no caso o aVL era positivo, então descartou-se o eixo de 60 a 90 graus. Fazer a mesma coisa com o outro vizinho,o DIII. No caso ele estava negativo, entao a parte da pizza que ele olharia seria a vermelha. Ou seja, descobriu-se que o eixo estava de 0 a 30 graus.
Frequencia Cardíaca
Para calcular a frequencia cardíaca temos que saber que: Primeiro sempre encontrar um batimento coincidente com a linha grossa e contar a partir dele. Considerando que o eletro está correndo a 25 mm/segundo. Se caso estiver a 50 mm/segundo, dobrar a conta.
A cada 5 quadradões (Q) ,é o tempo de 1s. Ou seja, se nesse intervalo de 5 Q tivermos 2 complexos qrs, teremos 2 batimentos por segundo, é só fazer 2 x 60s -> FC= 120 bpm. Lembrando que o primeiro complexo , aquele que está em cima da linha grossa, não é contado!
Podemos também fazer a regra do 300,150,100,75,60,50...
Podemos também apenas contar quantos Q existem até o proximo batimento a partir do coincidente e fazer a conta 300/Q. Exemplo, se tiver 8 quadradões de distancia entre o batimento que esta na linha grossa e o proximo -> 300/8 -> FC= 37bpm.
Rítimo irregular : Marcar 3 segundos = 15 quadrados, contar quantos qrs tem nesse intervalo e fazer uma regra de 3.
 3s-10 qrs,60s-x -> x= 200bpm
· ELETROCADIOGRAMA PATOLÓGICO:
· SOBRECARGAS ATRIAIS: alterações na onda P. Se for ESQUERDA a durações é maior que 110ms em DII, P bífido em D2 e bifásica em VI (positiva e negativa). Se for DIREITA tem duração normal (menor que 110ms), pontiaguda e de amplitude elevada (maior que 2,5 mm) em DII, DIII e aVF. E BILATERAL há duração e amplitude aumentada em DII, DIII e aVF.
· SOBRECARGAS VENTRICULARES: alteração com complexo QRS. Se for ESQUERDA tem duração maior que 110ms, atenuação da onda Q, amplitude aumentada em aVL, V1, V3, V5 E V6. Se for DIREITA há aumento de duração, em V1 aparece ampla onda R ou complexo RS, com amplitude aumentada em VI, V5, V6 e aVR. Já a BILATERAL aumento da duração e amplitude da onda R.
· ISQUEMIA: decorre de deficiência de oxigênio, acarretando na disfunção do miocárdio. No ECG ela depende da duração, topografia e extensão da isquemia. Nesses casos ocorre modificação na ONDA T, que passa a ser simétrica com a extremidade pontiaguda. Quando a isquemia atinge apenas a parede interna é chama de subendocárdica, e o T fica simétrico e positivo; já nos casos de acometer toda a parede é chamado de subepicárdica e a T fica negativa (mais grave).
· INFARTO (NECROSE): é a progressão do comprometimento isquêmico do miocárdio, manifestando- se pelo desnível do segmento ST. No caso de lesão subepicárdica ou transmural há depressão do ponto J e do segmento ST (presença de SUPRA), com concavidade superior nas derivações que exploram as áreas acometidas. Já na lesão subendocárdica ocorre elevação do ponto J e do segmento ST (presença de INFRA) com concavidade superior nas derivações das áreas comprometidas.
 V1 a V6- parede anterior extenso (supra maior que 2mm);
 V1 a V4- parede anterior; 
 V1 e V3- anteroseptal;
 V5 e V6- lateral baixo;
 DI e aVL- lateral alto;
 DII, DIII e aVF- parede inferior ( com supra em V4r e V3r indica lesão no ventrículo direito).