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memoria e como ela muda

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Memória: Como ela Muda?
Falhas na memória costumam ser consideradas um sinal de velhice. Mas, assim como em outras capacidades cognitivas, o funcionamento da memória em pessoas mais velhas, costumam variar bastante.
· Memória de Curto Prazo
Pesquisadores avaliam a memória a curto prazo pedindo a uma pessoa que repita uma sequência de números na ordem em que foram apresentados. A memória direta de dígitos se mantém relativamente bem com o avanço da idade, o que não ocorre com a memória inversa de dígitos. A explicação seria que a repetição direta imediata exige apenas a memória sensória, a qual mantém sua eficiência a vida toda, enquanto a inversa exige a manipulação de informações na memória de operação, a qual gradualmente diminui de capacidade depois dos 45 anos.
Um fator fundamental é a complexidade da tarefa. As tarefas que exigem apenas ensaio ou repetição, apresentam muito pouco declínio, já as tarefas que exigem reorganização ou elaboração, demonstram uma queda mais acentuada. Isso porque, exigir mais do esforço mental para guardar informações na mente, utiliza mais da limitada capacidade da memória de operação.
· Memória de Longo Prazo
Os pesquisadores dividem a memória de longo prazo em três principais componentes: memória episódica, memória semântica e memória de procedimento.
O fato de você se lembrar do que comeu no café da manhã, ou se trancou a casa, são informações armazenadas na memória episódica, o componente de memória a longo prazo que mais tende a se deteriorar com a idade. Uma vez que a memória episódica está ligada a eventos específicos, recuperando um elemento desse “diário” mental e reconstruindo a experiência na mente, pessoas mais velhas são menos capazes de fazer isso, talvez porque se concentram menos no contexto, sendo assim, tem menos conexões para estimular sua memória.
A memória semântica é como uma enciclopédia mental; ela guarda conhecimentos de fatos históricos, espaços geográficos, costumes culturais, e assim por diante. A memória semântica não depende de lembrar quando e onde algo foi aprendido e apresenta pouco declínio com a idade. Em testes que solicita definição da palavra, adultos mais velhos, muitas vezes se saem melhor que adultos mais jovens, mas tem mais problemas para encontrar uma palavra a partir do seu significado. Essas experiências podem estar relacionadas com problemas na memória de operação.
A memória de procedimento, as vezes chamada de memória implícita, inclui habilidades motoras, hábitos e maneiras de fazer as coisas que, muitas vezes, podem ser recordadas sem esforço consciente. Um uso especial de memória inconsciente que se mantém com a idade é o priming, o qual torna mais fácil resolver um quebra-cabeça, responder uma pergunta ou realizar uma tarefa conhecida. 
Resumo para o Slide: 
· Alguns aspectos da memória, como a memória sensória, a memória semântica, a memória de procedimentos e o priming parecem tão eficientes em adultos mais velhos quanto em pessoas mais jovens.
· Porém em outros aspectos, principalmente a capacidade da memória de operação e a capacidade de recordar eventos específicos ou informações recém-adquiridas, muitas vezes, são menos eficientes.
· Mudanças neurológicas, assim como declínios na velocidade perceptual, podem explicar grande parte do declínio no funcionamento da memória em adultos mais velhos. Contudo, o cérebro pode compensar alguns dos declínios relacionados com a idade.
· Segundo estudos que utilizam Metamemória na Idade Adulta (MIA), alguns adultos mais velhos podem superestimar sua perda de memória, talvez devido a estereótipos sobre o envelhecimento.
• Adultos mais velhos podem beneficiar-se com o treinamento da memória.
• Segundo os estudos de Baltes, adultos mais velhos mostram tanta ou mais sabedoria do que adultos mais jovens. Pessoas de todas as idades dão respostas mais sábias a problemas que afetam sua própria faixa etária.

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