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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DOCTUM ACABAMENTO E POLIMENTO EM RESINAS COMPOSTAS - PARTE ESCRITA Ana Luísa Nascimento Silva , Anne Gabrielle Chaves Ricardo, Arthur Soares Vital, Kamilla Hamdan Ferreira e Taynara Rodrigues Gomes. 4°PERÍODO - ODONTOLOGIA TEÓFILO OTONI Novembro de 2021 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DOCTUM ACABAMENTO E POLIMENTO EM RESINAS COMPOSTAS - PARTE ESCRITA Trabalho apresentado na disciplina de Dentística do Ensino Superior, da UNIDOCTUM, como requisito parcial para avaliação do 4° período de Odontologia. Orientador: Hadonys Toscano Dutra TEÓFILO OTONI Novembro de 2021 3 Sumário Sumário 3 Introdução 4 Procedimento de Acabamento e Polimento 4 Rugosidade Superficial 5 Materiais de acabamento e polimento 5 Pontas diamantadas 6 Brocas multilaminadas 7 Discos abrasivos 7 Pontas siliconadas 7 Discos de feltro 8 Pasta diamantada 8 Superfícies de fóssulas e fissuras 8 ▶Brocas multilaminadas 8 ▶Pontas diamantadas 8 ▶Pontas siliconadas 9 ▶Discos de feltro 9 ▶Pasta de polimento 9 Notas clínicas 9 Acabamento dos Dentes Anteriores 10 Acabamento e Polimento dos Dentes Posteriores 11 Proximais 11 Tempo de espera 12 Meio de Refrigeração 12 Consequências de um Procedimento Inadequado 13 Conclusão 13 Referências Bibliográficas 14 4 Introdução O acabamento e polimento são as últimas etapas, marcadas pelo desgaste seletivo e gradual, onde os excessos de resina composta são cuidadosamente removidos para produção de uma superfície lisa e reflexiva. Acabamento é o processo de remoção das irregularidades, ou excessos com a finalidade de melhorar os contornos anatômicos, promovendo regularidade à superfície da restauração. Já o polimento, consiste na obtenção de brilho e reflexão de luz, tornando a superfície homogênea, removendo as ranhuras geradas pelas pontas de acabamento. Possibilitando maior longevidade e previne a alteração cromática da restauração e o manchamento das margens. Procedimento de Acabamento e Polimento Os benefícios dos procedimentos de acabamento e polimento são diversos: possibilita obter um contorno cervical ideal, através da remoção de excessos, condição necessária para permitir adequada saúde gengival; conforto do paciente; eficiência mastigatória e reprodução da estética. Com a superfície das restaurações mais lisas, há uma diminuição da retentividade de resíduos alimentares e bactérias patogênicas, facilitando a higiene e saúde bucal do paciente (ANUSAVICE, 2013). Para obter-se essa superfície lisa, diferentes tipos de abrasivos devem ser utilizados de acordo com o tipo de material dentário empregado no procedimento restaurador, sendo os principais: resinas compostas, cerâmicas e metais (ANUSAVICE, 2013). Os fatores que mais influenciam na capacidade e na manutenção do acabamento e polimento são: o tipo de resina composta, tipo e forma dos dispositivos abrasivos, diferença de dureza entre ambos e o modo de utilização dos abrasivos: a velocidade, pressão, ordem, meio de refrigeração e tempo de uso (JEFFERIES, 2007; REIS et al., 2007; BARATIERI et al., 2010; CALLISTER et al., 2013). 5 Rugosidade Superficial A rugosidade superficial provoca o aumento da área de superfície, afeta o atrito e, como dito anteriormente, permite a fixação de outros materiais como o biofilme dental. Diversos fatores vão influenciar para este resultado, como o emprego e seleção inadequada do material restaurador, por desconsiderar sua composição e propriedades (a dureza, o tamanho e a quantidade de partículas de carga). Como também os materiais abrasivos escolhidos, pois deve-se avaliar a dureza, granulação e flexibilidade. Ressaltando a pressão utilizada e o tempo gasto durante o processo. Logo, têm-se como resultado restaurações porosas, ausência de brilho e instabilidade de cor. Materiais de acabamento e polimento Em razão da grande diversidade de abrasivos, existem divergências entre pesquisadores e clínicos sobre quais materiais e qual a sequência eficaz para que o acabamento e polimento atinjam uma superfície ideal (MORGAN, 2004; FERREIRA et al., 2004). Os sistemas de acabamento e polimento variam entre métodos de diversas etapas, utilizando pontas diamantadas com diferentes granulações, discos abrasivos e taças de borrachas, à métodos que utilizam um sistema único. Este tem o mesmo objetivo, obter uma superfície o mais lisa possível, mas em menos etapas Um bom sistema de acabamento deve apresentar partículas mais duras do que as de carga inorgânica dos materiais resinosos para que no processo de polimento não seja removida somente a matriz orgânica e, assim, expondo as partículas de carga na superfície da restauração (REIS et al., 2017). É importante ressaltar que partículas abrasivas de menores tamanhos fornecem superfícies mais brilhantes e lisas e que partículas de maiores tamanhos promovem um desgaste mais rápido e superfícies mais irregulares e ásperas, ou seja, o potencial de desgaste 22 é inversamente proporcional ao potencial de polimento (JEFFERIES, 2007; ANUSAVICE, 2013; REIS et al., 2017). 6 Os materiais de acabamento e polimento possuem um potencial de desgaste que é determinado pelo tamanho e dureza da partícula abrasiva e, no qual o mais duro desgasta o menos duro. Desta maneira, para a remoção de excessos mais grosseiros são utilizados dispositivos abrasivos com partículas de tamanho e dureza maiores, como por exemplo: pontas diamantadas e discos abrasivos de maior granulação ou brocas multilaminadas. No entanto, esses materiais produzem superfícies ásperas. Sendo necessários dispositivos de granulação menores que irão gradativamente suavizar as rugosidades da etapa anterior, tornando a superfície mais lisa e reflexiva (JEFFERIES, 2007; ANUSAVICE, 2013; REIS et al., 2017). A velocidade da obtenção do brilho desejável será influenciada pelo tamanho das partículas abrasivas, pela dureza dessas partículas e pelo método de abrasão utilizado. Após o polimento final não deve existir riscos aparentes na restauração. Um cuidado importante para evitar a produção de riscos é limpar a superfície entre os dispositivos para que resquícios de partículas abrasivas da etapa anterior não arranhem profundamente a superfície (JEFFERIES, 2007; ANUSAVICE, 2013). Superfícies Lisas São consideradas superfícies lisas as restaurações de classes III, IV e V. Em restaurações que se estendem pelas proximidades da gengiva, inicia-se com a remoção de excessos grosseiros, normalmente por intermédio de uma lâmina de bisturi número 12 e/ou de pontas diamantadas e/ou de brocas Carbide multilaminadas acopladas em alta rotação. ● Pontas diamantadas Existem pontas diamantadas de granulação fina (F) ou extrafina (FF) . As pontas de granulometria fina são identificadas pela presença de um anel de cor vermelha, e as pontas de granulometria extrafina, por um anel de cor amarela em suas hastes. Existem kits para acabamento de resina composta pré-montados que contêm as principais pontas diamantadas presentes na rotina clínica, como as: 3195 F e FF, 1190 F e FF, 3198 F ou 2135 F (KG Sorensen). 7 As pontas diamantadas, devido à característica de desgaste, podem produzir riscos na superfície da restauração, o que não sucede com o uso das brocas multilaminadas, graças à sua habilidade de corte. Deve-se, portanto, empregar primeiro as pontas diamantadas e, depois, as brocas multilaminadas. ● Brocas multilaminadas Projetadas para ajustar, conformar e dar acabamento a diversos tipos de materiais restauradores. Possuem, na maioria dos casos, de 12 a 30 lâminas. Também são apresentadas em diversos formatos, como, por exemplo, H48L (Komet) e 7103-1.2 (Carbil), sendo necessário escolher a broca que melhor se adapte ao caso. ● Discos abrasivos Estão disponíveis em quatro granulações (grossa, média, fina e extrafina) que podem ser identificadas pelas cores. As granulações grossas e médias são indicadas para contorno; as finas, para acabamento; e as superfinas, para obtenção de um excelente polimento.É importante seguir a sequência recomendada do abrasivo mais grosso até o superfino. A parte do disco que deve ser aplicada sobre a restauração é a áspera. É importante salientar que, ao trocar de disco abrasivo, recomenda-se a lavagem com água abundante do conjunto dente/restauração, evitando, assim, riscar a restauração pela mistura dos grânulos de uma lixa aos de outra. ● Pontas siliconadas São borrachas abrasivas siliconadas que também se apresentam em diferentes formatos e granulações, com marcações de cores diversas na haste. Devem ser utilizadas sobre a superfície aplicando leve pressão e com movimentos intermitentes, o que reduz a produção de calor e potencializa a sua ação. Para as regiões de superfície livre, são indicadas as com formato de lentilha e torpedo, por serem mais planas.Cabe ressaltar que, para o seu uso, não é necessário empregar a pasta diamantada, pois ela neutralizaria a ação da própria ponta siliconada. 8 ● Discos de feltro São discos utilizados para suportar pastas e abrasivos empregados no polimento de materiais restauradores e do esmalte dental. Atualmente, alguns discos de feltro já dispõem de pasta diamantada para polimento na sua composição. É preciso estar atento, visto que, nesse caso, não será necessária a aplicação de pasta de polimento. ● Pasta diamantada São produzidas a partir de ingredientes atóxicos, solúveis em água, especialmente selecionados para auxiliar na lubrificação durante o polimento, minimizando a geração de calor, e para facilitar a remoção ao final do tratamento. As pastas possuem diamante micronizado e, a depender da marca comercial e da especificidade, variam de granulação extrafina (2 a 8 mícrons) a média (30 a 80 mícrons). São caracterizadas pela alta dureza, com a finalidade de atender às exigências de polimento e brilho de porcelana, esmalte dental, resinas e outros materiais restauradores. Superfícies de fóssulas e fissuras Estão incluídas nesse grupo as restaurações de classes I e II. Assim como nas restaurações de superfícies lisas, iniciam-se as etapas de acabamento e polimento pela remoção de excessos grosseiros, normalmente com aplicação de pontas diamantadas e/ou brocas Carbide multilaminadas. ▶Brocas multilaminadas Para a escolha adequada, a anatomia dental e a forma das brocas devem ser observadas, dando preferência para as formas ovaladas (H379/Komet®) quando o objetivo for o desgaste compensatório na região oclusal. ▶Pontas diamantadas 9 Para melhor adaptação às superfícies, as pontas mais utilizadas são as 3118 F e FF, 3168 F e FF, que possuem formato de chama e pera, respectivamente, e ainda outras tronco-cônicas, como a 1112 F. Existem kits específicos para acabamento em regiões oclusais, pois reúnem pontas que, por seu formato, se adaptam melhor à região de fóssulas e fissuras, facilitando o ajuste oclusal e a remoção de excessos sem alterar a anatomia definida. ▶Pontas siliconadas Quando não há necessidade de ajuste oclusal ou refinamento de escultura dental, o acabamento da superfície oclusal deve ser executado apenas com pontas abrasivas siliconadas. Para as regiões de fóssulas e fissuras, as indicadas são as em formato de ogiva e taça (cônicas). ▶Discos de feltro Os mesmos utilizados para superfícies lisas podem ser aplicados; não faz diferença, já que todos os discos disponíveis comercialmente têm formato de lentilha, variando apenas no tamanho. ▶Pasta de polimento Assim como os discos de feltro, as pastas de polimento para superfícies lisas também podem ser aplicadas no acabamento de regiões de fóssulas e fissuras (Figura 11.5). Notas clínicas Ocasionalmente, o paciente pode apresentar uma restauração antiga de amálgama ou resina composta que não necessita de troca mas se encontra com manchamento superficial e textura inadequados. Nesses casos, um simples reparo com sessão de polimento pode revitalizar a restauração, sem a necessidade de troca. https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728782/epub/OEBPS/Text/chapter11.html#ch11fig5 10 Acabamento dos Dentes Anteriores O primeiro passo do acabamento inicial é a remoção de excessos proximais da restauração através do uso de lâminas de bisturi número 12 e tiras de lixa abrasivas. Após realizado o ajuste proximal é feita a correção do contorno da restauração e, se necessário, é feito o ajuste oclusa.O acabamento intermediário tem como objetivo ajustar os planos de inclinação vestibular, refinar a relação altura-largura, definir a localização dos contatos proximais e esculpir as ameias incisais . Para realizar o acabamento das superfícies vestibulares dos dentes anteriores são indicados a utilização de discos abrasivos. O acabamento das áreas cervicais ou marginais e para a realização de contornos tem como material mais indicado as brocas multilaminadas . Após concluído esses ajustes, é necessário realizar o ajuste da área plana. Para o ajuste da área plana é necessário demarcar com grafite as arestas próximas do dente homólogo e novamente, os discos flexíveis são empregados para estabelecer uma nova área plana. Nos dentes anteriores, a superfície vestibular geralmente apresenta depressões longitudinais suaves que acompanham a divisão entre os lóbulos de desenvolvimento. Para a reprodução desses sulcos, pode-se ser empregada uma ponta diamantada troncocônica com o extremo arredondado, de granulação extrafina. Para a reprodução de detalhes da morfologia incisal, como deltas incisais e irregularidades, pode-se utilizar pontas diamantadas de pequeno calibre . A texturização da superfície vestibular é feita através da reprodução dos sulcos horizontais e das periquimácias. Podem ser reproduzidos com o auxílio de pontas diamantadas, sendo nos sulcos horizontais empregadas pontas diamantadas de granulação fina, com pouca pressão. Já as periquimácias, são reproduzidas por meio de diversas linhas paralelas com o auxílio de pontas diamantadas de extremo afilado. Após finalizado o acabamento, deve-se realizar a suavização da texturização e o polimento da restauração. Para a suavização é recomendado o uso de borrachas ou discos flexíveis com baixa abrasividade.O polimento pode ser realizado com o auxílio de escovas Robinson ou discos de feltro associados a pastas abrasivas de modo decrescente . Finalizando com o polimento, cujo objetivo é alcançar um brilho na restauração semelhante ao do esmalte . 11 Acabamento e Polimento dos Dentes Posteriores Os dentes posteriores são essenciais para as funções de trituração e mastigação de alimentos. Por isso, deve-se confeccionar uma restauração para garantir satisfatoriamente essa oclusão. Em primeiro plano, deve ser feito o acabamento das cristas marginais com o disco de lixa abrasiva. Após isso, checar o ponto de contato (utilizando uma lixa) e os contatos oclusais. Se necessário, remova os excessos com pontas diamantadas de granulação finas em formato de ovo associadas à irrigação. O polimento dos dentes posteriores pode ser realizado com pontas abrasivas de silicone e seguido pelo uso de pastas abrasivas aplicadas através do uso de escovas de cerdas finas ou discos de feltro (BARATIERI et al., 2015). Como também, pode-se utilizar as pastas de polimento (compostas por óxido de alumínio) com o auxílio das escovas impregnadas por carbeto de silício. Com isso, será gerado alto brilho na superfície oclusal, pois suas cerdas são capazes de atingir superfícies onde pontas e taças de borracha não conseguem. Proximais Como foi dito anteriormente, não existe uma ordem certa para se realizar o acabamento e o polimento. No entanto, em algumas ocasiões onde há presença de excessos nas regiões proximais que possam interferir nas funções mastigatória e biológicas, o ajuste deve ser realizado na mesma sessão. Dessa maneira, é muito importante que o cirurgião dentista faça a detecção precoce de excessos através da exploração clínica, podendo estar associada às radiografias periapicais e interproximais (LOBO et al., 2011).O fio dental também pode ser usado para detectar a presença de fendas ou excessos (MAGNE; SPREAFICO, 2012). Pode-se utilizar um bisturi nº12 para auxiliar na remoção de excessos de resina na região interdental e próximos do tecido gengival (MORGAN, 2004; BARATIERI et al., 2015). 12 As tiras de lixa, para auxiliar na definição das ameias vestibular e/ou lingual. Inclusive, deve-se ter atenção com a utilização dessas tiras para que não ocorra desgaste excessivo da resina e ocorra desgaste e perda do ponto de contato. Para as superfícies proximais, também pode-se usar discos de acabamento a fim de contornar as margens e polir áreas proximais livres. Uma coisa que também precisa ser pontuada, é que durante a confecção de restaurações de classe II, é muito importante fazer o correto uso da matriz e da cunha, posicionando-as corretamente para evitar excessos nas regiões proximais. Tempo de espera Clinicamente, a maioria dos cirurgiões-dentistas realiza o processo de acabamento e polimento imediatamente após o término da restauração. (BARATIERI et al., 2010). Outros, optam por realizar posteriormente devido ao cansaço gerado durante a confecção da restauração, tanto pela parte do dentista quanto do paciente. (BARATIERI et al., 2015). Na literatura existe divergência de opiniões sobre qual é o melhor momento para se realizar o acabamento e polimento das restaurações (ANUSAVICE, 2013). Àqueles profissionais que optam por realizar o acabamento e polimento posteriormente , recomenda-se que este seja feito após um tempo mínimo de 48h. Sendo que na próxima sessão tanto o dentista quanto paciente estarão mais descansados e os dentes reidratados, bem como, avaliar se a cor utilizada foi a ideal. Entretanto, cabe salientar que a presença de oxigênio durante a fotopolimerização resulta em uma camada superficial da restauração não polimerizada. Sendo assim, nos casos de acabamento e polimento imediato é necessário a utilização de gel hidrossolúvel, pois este isola a restauração do oxigênio presente no ar, deixando durante a fotopolimerização a última camada da restauração polimerizada. Meio de Refrigeração 13 Na literatura existem poucos estudos sobre o uso ou não de irrigação durante o processo de acabamento e polimento. A técnica do acabamento sem o uso de refrigeração, com a utilização de pontas de acabamento em baixa rotação tem como vantagem a melhor visualização das margens da restauração (ANUSAVICE, 2013). importante desvantagem do acabamento e polimento é a geração de calor. De maneira geral, independente do sistema de acabamento utilizado, deve-se realizar a refrigeração com água, sempre que trabalhar com a turbina de alta rotação, para evitar o superaquecimento pulpar, pois o aumento da temperatura pode comprometer a sua vitalidade (REIS et al., 2007). Consequências de um Procedimento Inadequado Para a restauração ter longevidade e boa estética é fundamental a realização de um bom acabamento e polimento. É necessário que o material restaurador permita obter uma lisura superficial semelhante à do esmalte dental. Se o acabamento e polimento não forem realizados de forma efetiva não haverá a diminuição da rugosidade de superfície e a restauração apresentará porosidade, instabilidade de cor, ausência de contorno, brilho e textura, o que poderá ocasionar o acúmulo de biofilme, manchamento das margens da restauração, cáries secundárias, irritação gengival, acarretando uma menor longevidade da restauração. Como tratamento preventivo, é importante detectar precocemente os excessos das restaurações e isso pode ser realizado através de exploração clínica com um instrumento sensível tátil, radiografias periapicais e interproximais. As principais causas de excessos das restaurações são o planejamento inadequado, uso incorreto de matriz e técnica restauradora insatisfatória. Conclusão Com base na presente revisão de literatura, foi possível concluir que os principais fatores relacionados à rugosidade superficial são: a composição do material restaurador, a seleção dos materiais abrasivos e o modo que o operador utiliza esses materiais. Devido às técnicas existentes para o acabamento e polimento e a variedade de materiais disponíveis, não há uma consonância sobre o 14 melhor protocolo para as resinas compostas. Porém, é consenso que a utilização. Há uma divergência sobre o melhor momento para realizar o acabamento e polimento, visto que este depende de fatores como o tipo de resina composta e abrasivos utilizados e o cansaço do operador e do paciente. Um acabamento e polimento inadequados pode gerar uma restauração com porosidade, acúmulo de biofilme, diminuindo a longevidade da restauração. Em contrapartida, o superaquecimento ocasionado pode provocar defeitos na restauração. Dessa forma, é de suma importância minimizar essa etapa através de uma técnica restauradora minuciosa. Referências Bibliográficas 1. MENEZES, Murilo; VILELA, Ana et al. Acabamento e Polimento em resina composta: reprodução do natural. Revista Odontológica do Brasil Central, Uberlândia, v. 23, n. 66, 2014. Disponível em: Vista do Acabamento e polimento em resina composta: reprodução do natural (robrac.org.br). Acesso em: 26 out. 2021. 2. SAVINO, Stefania. Acabamento e Polimento em resina composta: uma revisão de literatura. Florianópolis, v. 1, p.1-52, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/213332/ Acesso em: 26 out. 2021. 3. SILVA, .Adriana.; LUND, Rafael. Dentística Restauradora: Do Planejamento à Execução. 1º Edição. Rio de Janeiro: Santos Editora, 2016. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728782/. Acesso em: 26 out. 202.
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